Poemas com Rimas de minha Rua
Sob a Lua Canceriana
Silêncio, eu estou
com ombros de maré alta —
o mundo, um sal,
eu, concha virada.
Não peço leveza,
aprendi a carregar
até que o pranto
vire mapa
e o peso,
asa.
Um Poema-casa, porque Cancerianas carregam até o que não é seu... mas também sabem transformar lágrima em raiz. 🌊✨
Eu que tanto me sacrifiquei por você,
Esta noite, te mato nos pensamentos.
Eu que tanto fiz,
E agora tanto faz.
Te enterro com os sonhos que tivemos,
E você morre com as promessas que fez.
Não, o problema não sou eu,
E você.
As memórias se desvanecem na escuridão,
E cada lembrança se torna um peso a menos.
Hoje, fecho os olhos e deixo partir
A sombra que você deixou em mim.
Adeus as ilusões que construímos,
Às esperanças que se tornaram poeira.
Você não é mais meu fardo,
E eu sou finalmente livre dessa espera.
Festa Julina
Junho de nós se despediu,
o Camboatá floriu,
tem gente que nenhum
arraial sequer viu.
Em algum lugar sempre
tem uma Festa Julina
para quem ainda
não conseguiu festejar.
Quando julho terminar
o quê importa é continuar
com a mesma alegria
e orgulho de ser caipira.
Porque estar sempre
a caminho da roça
é o quê nos importa
com fé e arraial pela vida toda.
A Lua Crescente de braços
dados gentis com a tarde
por aqui no Médio Vale do Itajaí,
É a Lua do Folclore Brasileiro
que conheço e ainda não conheci.
Na vida para tudo tem um começo
e também um recomeço,
É por isso que com poesia, arte
e música o Folclore Brasileiro
desde Rodeio sempre fortaleço.
Porque da Pindorama sublime
a herança honro e carrego,
Trago na mística as veias
a fascinação pelo Hemisfério
cultivando este universo.
Voos emprestados
As badaladas da Igreja Matriz
São Francisco de Assis
sempre semeiam o imutável
que reinicia para a vida.
Lidar com a franca neblina
por Rodeio e que habita
no meu peito jamais desafia,
porque cada canto conheço.
O tempo não é o problema
porque passo por ele
e verdadeira é a recíproca,
e vira por método poesia.
Para onde o mundo caminha
a minha consciência acompanha,
e o coração nunca se engana
nem mesmo na rota que traça.
Porque das aves sublimes
do Médio Vale do Itajaí
sobre o Rio Itajaí-Açu na direção
do amoroso Pico do Montanhão,
os pés pediram o voos emprestados.
O Taperebá florido
recorda que teremos
frutos para fazer
doces com amor,
Se isso não é poesia,
não faço a mínima
daquilo que seja,
Mas sei que Taperebá
tem algo parecido
quando se beija
e a gente se enleia.
Eles chamam-lhe de cafeteria...
Mas para mim, é onde as histórias são íngremes.
corações se revelam entre goles, e o mundo desacelera apenas o suficiente para sentir tudo.
Vejo-te no meu canto favorito. ☕️
As Estações
No meio dessa aventura,
Que se chama viver,
Entre flores, nuvens, chuvas,
Estações marcam sem perceber.
Em cada detalhe da vida,
Uma estrela, um horizonte,
Aprendemos que, pra ser sentida,
Não se deve atentar ao ontem.
O presente, mesmo inconstante,
Com surpresas, aventuras, tristezas,
Traz uma certeza de um instante:
Eis o segredo da leveza.
Queria transpor essas dimensões,
Ultrapassar todas as montanhas,
Sem nome, endereço, destino...
Onde mora a esperança?
Esse vislumbre de ter e perder,
A incapacidade de suportar,
Lembra-nos: a beleza de viver
É ter caminhos a trilhar.
Silêncio no Último Beijo
O nosso último beijo foi a pior despedida,
não houve adeus, só um suspiro preso no ar.
Teus lábios frios selaram a ferida
que o tempo insiste em não cicatrizar.
Ficou no espaço um gosto de ausência,
um toque sem alma, um fim sem final.
Teu olhar partiu com indiferença,
mas o meu ficou... preso no vendaval.
A rua era a mesma, mas tudo calava,
o mundo seguia — eu não. Eu parava.
Na esquina da dor, teu rastro sumia,
levando meu riso, minha melodia.
Eu beijei o adeus sem saber que era o fim,
imaginando retorno onde só havia fim.
E hoje entendo: o pior adeus
é aquele que vem...
com um beijo que não disse nada,
mas levou tudo.
Não importa o quê vier,
sempre escolho ficar
em nome da floresta nas veias,
do ar que se respira,
das águas que se bebe e banha,
em defesa da vida
com os dois pés na terra
mesmo virados
para trás: sou Curupira
indo adiante e para cima
sempre de quem merece,
desrespeita e desacredita.
Pluma e Trovão
por Alex Zanute Dias
Eu vim do silêncio que ninguém ouve.
Do lugar onde a dor cala fundo,
mas a alma — mesmo ferida — insiste em ficar de pé.
Fui queda, fui sombra, fui medo.
Mas hoje, sou luz acesa na escuridão.
Sou fé que não negocia.
Sou alma que não se vende.
Sou cicatriz que virou armadura.
Você me vê suave, mas não se engane:
— meu coração é aço forjado na dor.
— minha esperança é lança.
— minha voz é martelo.
Sou pluma, sim — leve, livre.
Mas cada sopro me ensinou
a voar sem pedir permissão.
E quando o mundo ruge…
eu rugo mais alto.
Quando a vida me testa,
eu viro trovão.
Trovão que rasga o céu da dúvida.
Que acorda gigantes adormecidos.
Que diz:
“Eu ainda estou aqui.
Eu não desisti.
Eu não vou recuar!”
Porque quem já andou no vale
não teme a montanha.
Quem já chorou no deserto
traz a chuva na alma.
Suave como uma pluma — sim.
Mas quando preciso lutar…
sou trovão que quebra o silêncio.
Sou grito de guerra.
Sou chamado à vida.
Sou renascimento!
Desejos de Açaí
desde o dia que te vi,
Versos Intimistas
guardados para ti,
e que para outro
alguém jamais escrevi.
(É sobre nós em segredo).
Sombra do Guardião
Na calada da noite, sem rosto ou sinal,
Surge a figura em silêncio total.
No asfalto frio, seu vulto se impõe,
Com o peso do mundo que a sombra compõe.
Não há cor, nem rosto, nem voz — só missão,
O fardo invisível do guardião.
Arma no ombro, olhar que não cessa,
Vigília na sombra, na paz e na pressa.
Entre luz e trevas, caminha sozinho,
Traçando no chão seu próprio caminho.
Não busca aplausos, não pede perdão,
Apenas defende — dever, coração.
E quando amanhece, some sem alarde,
A sombra se apaga, mas nunca se tarde.
Pois onde há silêncio, temor e tensão,
Há sempre, invisível, um guardião.
Cinturão de Coragem
Em meio ao quarto calmo e sereno,
Ergue-se um homem firme, pleno.
Camisa leve, olhar concentrado,
Traz no silêncio um grito guardado.
O corpo fala com poucas palavras,
A luta é interna — mas nunca calada.
No cinto, não só o peso ou a dor,
Mas a história de alguém que venceu o temor.
Short estampado, alma colorida,
Mesmo nas sombras, carrega a vida.
Cada detalhe diz mais do que mil,
A força que nasce do gesto sutil.
Não é armadura, nem ostentação,
É recomeço, é superação.
Postura ereta, coração em paz —
O guerreiro da vida vai sempre mais.
Na sua pele doce
como Cupuaçu colher
Versos Intimistas
para juntos escrever
em silêncio poesias,
e só de muito amor viver.
22/10
Quero que tenha
em mente o seguinte:
Só merece a sua confiança
aquela pessoa que não
faz com que você brigue
com as pessoas ao redor,
Busque só manter
quem te põe em harmonia
e em busca de viver
a cada dia melhor.
22/11
Verdadeiros discursos
de paz jamais propõem
choques no convívio,
E sim buscam conquistar
harmonia e alívio.
22/12
Não acredito
em metáforas
alarmistas,
E sim em falas
de vontades destrutivas.
(É sobre não minimizar)
Não esquecer genuinamente
daquilo que traz paz
como quem busca serenamente
colher Pequiá,
É assim que se deve entender
para se chegar onde quer.
Por ironia do destino
tu haverá de recitar
os meu Versos Intimistas
como quem saboreia
mais de um Bacupari nos lábios,
E fará questão ser
poema por todos os lados.
Plantei no coração
Versos Intimistas
como quem planta
Taperebá para o amor
crescer e surpreender,
Quando menos imaginar,
estarei dentro de ti
florescendo e frutificando,
e estará prá valer amando.
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