Poemas com Rimas de minha Rua
O sonho
Andando pela rua da cidade, foi quando eu deparei com uma lâmpada, “será mágica”.
Fui logo pensando, olhando para ela achei muito estranho, resolvi da uma estregadinha, que estranho! Estranho ainda foi o que apareceu. Uma nuvem de fumaça, que quando abaixou, apareceu um gênio.
- Ele me disse:
O que deseja, você tem um pedido, veja bem! Só um.
Sem pensar fui logo imaginando você, princesa “, com muito amor, o coração a palpitar, foi logo pedindo o gênio”.
- Gênio, por favor! È com muita saudade eu faço este pedido a você, eu não a conheço, mas o meu coração conhece muito, que até morre por ela.
- Gênio, traga a minha princesa para perto de mim.
- Ele respondeu:
O seu pedido é uma ordem!
Zapet...
Naquele momento, eu já estava beijando, abraçando-a com muito amor e ternura.
Foi uma noite de muito amor e fantasia.
Logo eu acordei e vi que tudo não passava de um sonho.
Hélio Pereira Banhos.
O menino de rua
Quero ter um amigo
Como você
que mesmo eu esteja errado
Não deixa eu me entregar a depressão de uma vida
Uma vida de trabalho e sofrimento
Quero um amor de livramento
Menino de rua é assim
Parando de esudar para trabalhar
Se esforçando a cada dia para se criar
Meu pai não conheci
Morreu antes dos 30
Como qualquer vagabundo que se preze
Vou tocando a vida
Como um violão que toca sua rima
Vou crescendo e aprendendo
Na rua solto igual ao vento.
Pensando em Você
Todos os dias acordo imaginando, uma hora poder me encontrar com você na rua,olhar nos teu olhos e dizer o quanto eu te amo, que o quanto eu fui besta em alguns momentos em não dar importancia para você hoje, estou aqui sofrendo por você, esperando um dia eu ter mais uma chance com você,minha minha. Ao fechar meus olhos todas as noites penso em você, sonho com você, vejo você. espero você o tempo q for possivel sem pressa.
eu te amo.
Passo na rua e reparo
no meio da multidão
Gente umilde que transita
junto de gente maldita
muita gente, muita gente
Almas que fazem parte
dum mundo em podridão
O encontro no perdido
Na esquina, dois lados da rua, dois destinos se perderam. Andar feminino, pés descalços, lágrimas no rosto. Olha o vulto masculino, sem destino, arcado, o frio do vento suprime suas dores. O asfalto devolve seus sonhos.
Chove em Porto Alegre
Dia de chuva, nuvens de chumbo,
A dança dos guarda-chuvas na rua.
As pessoas caminhando apressadas,
Sem querer se molhar...
Cuidado a poça menina,
Das árvores caem pingos,
E ainda por cima,
O descuidado motorista do ônibus que passa,
Encharcando os desavisados pedestres...
Vou colocar botas de chuva vermelhas,
E usar uma sombrinha laranja,
Para alegrar um pouco este dia...
Simplesmente
"Hoje, mesmo que chova, vou sair sem guarda-chuva.
Andar sem rumo na rua.
Vou pular nas poças d´água.
Hoje, quero distância das calçadas.
Vou despreocupar-me de tudo.
E que a chuva derube todos os muros.
Vou tirar todos os agasalhos.
Só quero aquilo que é necessário.
E hoje, só necessito de chuva."
O Final do que nem começou
Sou uma rua
Esquecida pelos governos
Sem árvores , sem asfalto , sem luz , sem nada
Sou um barco, abandonado ao léu
Sem amarras, sem âncora nem proa
Nem velas a serem içadas
Sou um espelho embolorado
Úmido e velho, quebrado
Ninguém, nem nada reflete em mim
Sou uma casa vazia
Sem tapete peludo e vermelho
Sem vaso de flôr na porta entrada
Sem familia dentro dando risada
Sou um livro velho , antigo... Empoeirado , sem capa, largado
Desordenado, páginas rasgadas
Sem marcador a despencar na estante...
Abra-me e você vai ler uma história que não começou
E brutalmente se acabou...
Na rua escura a vagar choro só de lembrar
Sua ausencia me faz sofrer
Nas ruas da solidão
Sinto largadas no chão
Suas palavras de amor!
Meu coração a sangrar
Minha boca a calar
Sinto agora que perdi
Agora não consigo mais crer
Que um dia amei voce!
De onde venho?
De hoje eu sei e nem mudo.
Correndo no intento,nos traços do sol,
Na beira da rua, no canto do mar.
Quem me dera, voltar ao sonho!
Desvenda meus medos, me torna me traça.
Se quero, teus versos, me finjo de anjo.
Se ouço teus "murgios", me isolo, me canso.
Sou
Sou
Sou alguém que fala o que sente
Que não tem medo de amar
Que ama os cahorros da rua, os mendigos
Ama os velhos nos asilos
E seus restos de sonhos
Sorrio por tudo e por nada
Dou a mão a quem me ofende
E choro por aquele que me odeia
Não tenho inimigos, e nem os quero
Na terra, tesouros não guardo
Os quero no céu me aguardando
Apanhei muito na vida, de mãe, de irmão
Mas os amo incondicionalmente
Não sei direito quem sou até hoje...
Tenho dois nomes, um de sangue , um de cidadão
De criança adotada, virei a filha mais amada
A irmã mais requisitada
A Tia mais concorrida
E a mãe mais engraçada
Só sei chorar á toa
E rir á toa também
Prefiro sorrir, pra conservar a juventude
Mas quando choro é sempre por amor
Nos mais variados sentidos
Sou assim, com um pedaço de Deus na alma
E um coração sincero e encharcado de amor pra dar
Ivani 2009
...Olha o olho olhando o olho que olha o olho da rua.
Mas o olho só olha o olho quando olhado for.
Se olhado o olho refletirá o olhar de olho da vida.
O olho que olha a vida olha a vida do olho da rua!...
De volta.
Peço ao motorista para ir mais devagar, quero matar a saudade de cada rua, cada ponte, tento abraçar tudo com os olhos, quero absorver, observar.
Não tenho mais certeza quanto ao endereço, ainda bem que achei ao acaso escrito num pedaço borrado de papel, dentro de uma edição velha do meu livro favorito.
Agora não olho mais pra rua, tento disfarçar o nervosismo, tento acreditar na mentira de que o tempo não passou, que tudo ainda está no mesmo lugar.
O carro para, deixo de lado meus pensamentos mais íntimos, dou uma nota e digo que não preciso de troco, saio com as malas, o táxi parte e eu fico, parado.
O mundo girou e eu nem percebi, procuro as chaves no bolso, deixo as malas na porta e entro.
Não sei se é a saudade ou se é de verdade mas sinto aquele cheiro de café forte sendo coado, saio abrindo portas e janelas deixando a luz entrar, vou até a cozinha com a esperança de que ela esteja lá, não tem ninguém, o cheiro de café era fruto da saudade, ela foi embora dois anos antes, levou o cachorro e a velha TV.
Sento no balcão, ainda posso ouvir seus passos, continuo andando pela casa lembrando cenas antigas de um passado qualquer, vou ao quintal, o jardim continua florido e bem cuidado, corro para o portão sorrindo, tenho certeza que ela vai voltar.
Suspeito passando num carro de vidro fumê
Na rua peguei a pista em plena véspera de natal a caminho do Peba, povoado de Piaçabuçu via BR 101.
Uma multidão com fuzis apunhalados a minha face.
Me fez respirar mais contida, no pulsar de um coração em meio a uma guerra de reais sem cor. excluída de dignidade que carrego todo dia que consigo respirar. No universo da não contradição, do não fazer o que é de errado por tanto levanto a mão não, policia, pois não sou ladrão e segura a língua quando usar sua entonação de quartéis que ainda não me alistei no exército pois nesse momento aponto o fuzil, pra o ir e vir, pra o abordar com sutileza. Pra o respeita pessoas comuns, pra falar comigo como se eu fosse um ser humano.
Primeiro entra na sua vida: saia do carro com a mão pra cima, depois usa de mau educação pra lidar com os civis. Busco a dignidade de andar pelas ruas não quero ser chacota de ninguém. Nem quero fazer ninguém de chacota.
Quero andar nas ruas feliz da vida e me sentir protegida pelos meus impostos não atordoada por eles.
Respeito é bom e eu gosto.
Então que se respeite, para ele lhe ser dado.
Precisamos de cursos de boas maneiras também na policia. Bons tratos não se dar só ao presidente.
HORA “D”...
Hora de arrebentar a linha.
Hora de atravessar a rua.
Hora de navegar por outro mar.
Hora de encarar o novo e experimentar o gosto de um novo tempero.
Hora de delirar com o acaso e não ter medo de descontrolar os controles internos.
Hora de estancar saudades e acender o sol para espanto do inverno.
Hora de pensar no seu caso e de deixar o cansaço morrer.
Hora de sair do lugar.
Hora de voar.
Hora de saciar vontades.
De ouvir uma canção e cantar.
Hora de olhar pra a lua e me reencantar.
De deixar sem freios os poemas circulantes nas veias.
Hora de me jogar, sem medo e sem culpa, no abraço que me espera logo ali.
Hora de tornar eterna e para sempre esta hora feliz.
Ele me chamava de lua
Eu sempre
o chamava de sol
Quando ele
chegava da rua
A casa inteira
se abria
E respirava
um tempo novo
E suas histórias ficavam
E se misturavam
nas coisas da casa...
Ele me embalava
no vento
Seu beijo tinha
gosto de céu
E quando chegava
o momento
Em que
os dois corpos
se uniam
Parecia que era chuva
Banhando a Terra querida
De paz e de vida
Me trazendo força...
Meu amanhecer, foi te conhecer
E teu despertar, foi me procurar...
Estou parado no outro lado da rua.
Sentado na calçada assenando, esperando que ela pudesse ver que sou tudo que ela espera nessa vida.
É difícil ser invisível para quem se ama.
Por isso não me vê...
As nossas ruas não se encontram, não se cruzam.
São separadas por infinitas distâncias.
Divididas pelos polos do meu continente e pelo oceano. Tão azul e escuro. Nunca nessa vida poderei atravessar e se eu o fizer, será en vão.
É dificil ser invisível.
