Poemas com Rimas de minha Rua
Equipa Dupla
Autor: LCF
1
Eu possuo a minha equipa;
Na qual posso contar;
Um grupo unido como este;
Não pode, de forma alguma, acabar.
2
Contudo temos rivais;
Que usam truques ilimitados;
Todos contra nós;
Não atuam disfarçados.
3
Penso que será uma batalha difícil;
Todavia, seremos vitoriosos.
Esta equipa dupla;
Não parece presenciar momentos gloriosos.
4
Aquela equipa mal formada;
Era toda uma farsa;
Daqui a pouco tempo;
Não será uma relevante ameaça.
5
Mas o nosso grupo é feliz;
E o irá continuar a ser;
Adoro-o desde sempre;
Não o quero ver desaparecer.
Yara, minha fabulosa amiga (Dedicado a Yara Martins)
Autor:LCF
1
Yara:
Há pouco tempo te conheço;
Mas a tua generosa amizade;
Conquistou-me pela sua graciosidade.
2
Simpática e bastante divertida;
És uma linda rapariga;
Radiante e interminavelmente maravilhosa;
Tenho orgulho em seres minha amiga.
3
Com cada balada de um sino;
Com cada onda a bater;
Sinto que a cada momento;
Contigo, eu estou a vencer;
E a bons momentos, reviver.
4
Yara:
És uma doce flor;
Ser teu amigo;
Afasta qualquer dor.
Plano Renunciado
Autor:LCF
1
De maneira nenhuma;
Renunciaria algo pela minha alma;
Falho por culpa de segundos;
Mas desculpam-se, dizendo-me para ter calma;
Sendo eles próprios os indivíduos;
Que causaram este enorme problema.
2
Não faz sentido nenhum continuar a existir seres;
Destruidores daquilo que construímos;
Com envenenadores psicóticos;
Para um mundo em delírio, caminhamos;
E a destruição;
Assim avistamos.
3
Desta maneira, renunciamos os nossos planos;
A nossa vida e o nosso prazer;
São eliminados com um mísero golpe;
Um golpe que não nos mata, mas faz sofrer;
E a parte mais infeliz;
É desistir do planeado sem nada dizer.
Glaciação
Autor: LCF
1
Sentir o meu corpo congelar de uma forma asfixiante.
Sentir minha alma queimar a cada segundo.
Um olhar perturbador, petrificante.
Fazer aparecer um glaciar dentro do próprio coração.
Ser implacável, não ter erros.
2
Nunca mais erguer as mãos ao solidarismo.
Querer mais do que é permitido.
Olhar para a vida como um disfemismo.
Referir parte do discurso planificado.
Criar falsas expetativas.
3
Não ter mais oportunidades e agir erradamente.
Uma mente em plena metamorfose parada.
Acreditar desoladamente.
Viver para marcar a presença.
Pensar que tudo está em completa glaciação.
Às vezes penso em dar-te meu eterno desprezo.
Apagar-te da minha memória..
Mas quanto mais tento,
mais me afundo nesse poço de saudade!
..
Quero poder amar alguém
Que não tenha medo de ser amado.
Pois minha capacidade de amar
É intensa e imensurável.
meu desespero, minha vida
jogada ao nada, minha solidão
morte apenas no gosto da navalha,
com muitas estrelas vivemos na solidão...
Rendo-me!
E entrego-me,
trêmula, ao toque
das tuas mãos
em minha pele...
Calada... Querendo.
Como tentando
decifrar o poema frio
e obsceno que tu
escreves em meu
corpo quente com a
ponta dos teus dedos.
Sou folha em branco
onde tu, em êxtase,
rabiscas pecados!
Arrepios... Delírius...
E à mercê de todas
as tuas vontades,
rendo-me a ti...
Particularidades Do Meu Ser!
Minha mãe é a lua,
Sou irmão de todas as estrelas,
Filho primogénito do sol,
Neto do ar,
Condão do luar,
Sobrinho do vento.
Eu sou enteado da terra,
Acórdão do céu,
Reverso do arco-iris,
Vizinho de uma formiga,
Advogado das borboletas,
Pai coruja de um beija-flor,
(...) Sou poeira esquecida
nas gavetas de um trovão,
sei que pareço ser estranho,
mas isso pouco importa, pois não?
Porque,apesar de tudo,
Eu Sou Poeta de coração.
Morgado Mbalate
Presa
na minha
memória...
Está a
nossa história...
Como ousei tanto
me apaixonar
por você...
Mas...
Meu coração
não tem juízo...
Segue por ai
sem destino.
Faz morada
onde não deve fazer.
Beija-me com toda força que o seu prazer permite;
E descubra o tom da água na minha boca;
Rasgue as minhas vestes e me leve... me leve!
SÓ
Demasiadamente só,
Eu e minha sombra.
A cadeira ao lado está sempre vazia.
As vozes do radio são as minhas companhias.
Eu e meu espelho do quarto.
Surge uma imagem refletida
Em constante metamorfose.
O espelho sorri da minha doidice.
Eu e minha comédia.
O sorriso se esparrama na minha face.
Vejo meus olhos, meu nariz no centro.
Minha boca cala a voz da minha angustia.
21/junho/2004
Minha vida em papel
...Desde criança sempre fui um sonhador, sonhava em mudar o mundo, a forma das coisas, de transformar a meia noite em dia, de atrasar o relógio da vida, viajar no tempo e ver mais uma vez a cena perfeita de um filme real.
Procurei entender o porquê de nascermos e morrermos, e o de não sermos infinitos no finito, aprendi o desnecessário, culpei meus pais por eu ter saído da rota, mas qual era a rota certa? Não sei!, Apenas seguir o sol em busca do ‘eu’ verdadeiro.
Quão complicado tornou-se pra tal ser e encontrar-se no mundo de fantasias e mistérios.
Morri algumas vezes, eu confesso!
Mas foram mortes rápidas. Não ressuscitei. Ainda estou morto para existência, hoje estranhamente vivo alguma coisa!
Às vezes é como se nada fizesse sentido, tornei-me ausente de tudo e de todos, do À ao Z, do um ao infinito... Louco né, pensar assim?!
Esse fui eu em uma dimensão paralela e sem nexos.
Recomeço.
O tempo passa e quase me mata,
Trazendo o passado em frente a minha porta,
Me pergunto se abro ou passo a tranca,
Pois meu coração ainda sofre e chora.
Se lembra dos beijos e suor escorrendo,
Nas manhãs ardentes de amor proibido,
Quando amar era só o esperado,
E o seu corpo um labirinto no paraíso.
Acho que abro minha porta e meu peito,
E enfrento meus medos e sonhos,
Pra ver se você se encontra lá dentro,
E assim com você eu também me encontre.
Chuva cai lá fora
o céu chora, aqui dentro
minha depressão piora.
Tic-tac lá se vai
mais uma hora.
E dai? Que diferença vai fazer?
Nada mesmo ia acontecer
Perdido, sozinho, nessa escuridão
parece que a falta de companhia
congelou meu coração.
Me sinto sozinho, vivendo num vazio.
Acredita cara, é uma merda ter de trilhar
esse caminho sozinho.
Lá fora ou aqui dentro
que diferença vai fazer
sentindo que ninguém dá
a mínima por você
e o que eu acho, e o que eu sinto?
E daí, que diferença vai fazer?
Tentando expor meus sentimentos
essa chama me consome
a verdade é que eu me sinto
na droga de uma prisão.
Sentindo um turbilhão de sentimentos
Loucura, doideira.
Psicose corriqueira.
Escuridão mais uma vez
Escuridão cobre minha alma
Toda essa busca sem fim
Pra quê?
O que seria isso tudo
Sutras de repetição sem fim
Tudo isso para?
Informaçoes pra quê?
Nada disso terá valor algum.
E se tudo voltar a pó.
Areias do tempo,irão me cobrir.
Todos sons já feitos
se vão com o vento.
Me levo com o tempo
com o vento
Entro nas areias
nas areias do tempo.
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