Poemas com rimas para guardar, recitar e sentir
►Pobre Coração
Em um dilúvio de ideias,
Tudo o que me resta
É pensar nela.
Enquanto os dias passam,
E as noites me solapam
Busco refúgio, como um cãozinho assustado,
Em memórias aconchegantes, esperando reparo.
Exangue, diante a um sorriso vibrante,
Enlouqueço-me, deslumbrando o vermelho brilhante
Agonizada e desamparada, a triste saudade clama teu nome
"Donzela, para onde fugiste? Cansou-se deste teu amante?".
E, tal como Carolina
Musa, pudera eu audaciosamente chamá-la de minha
Transformaste na rainha de meu xadrez
Em águas, longínquas, em escassez
E, em olhos do vira-lata, preto e branco,
Resumo meu mundo sem "você".
Aguentei por horas a fio os gritos de solidão
Mas, o meu coração se encontra sem guarnição
Incapaz, pobre coitado, de se defender
Incapaz, pobre coitado, de se compreender
E, tudo o que ele consegue dizer, em desolação
Confesso, em murmúrios, não conseguir escrever
"Irei te amar em direção ao horizonte,
E jamais haverei de te esquecer".
Estrela Cadente
passei grande parte da minha vida acomodada
Eu era feliz e não sentia falta de nada
Até que o lado que estava da gangorra baixou
E meu mundo simplesmente mudou.
Ah, e agora?
Sinto falta do passado
Mas não tem nada que eu possa fazer
O jeito é seguir em frente
No momento sou estrela cadente 
Procurando um novo lugar,
Uma nova história pra chamar de minha.
A vida é curta, o mundo é grande e eu quero criar memórias.
" Fiz "
De tudo eu fiz pra que valesse a pena
e, para tal, de muito eu abri mão
movido por amor e por paixão
na entrega verdadeiramente plena!...
Fiz como pude e como o coração,
sangrando tanto afeto nessa arena
imposta no querer que me condena,
mandou-me amar com tanta devoção.
Se hoje se difere a nossa estrada
e nem sequer te sintas mais amada
eu sei que, do que pesa, a culpa é minha...
Por condenado, fiz o meu destino
sabendo que serei qual peregrino
na solidão em que a alma em mim caminha!
Salpicando.
Separam-se os amadores dos escritores,
Os sonhadores dos inspiradores
E os imitadores dos voadores,
Aqui,
E Do outro lado do horizonte,
Bem longe de qualquer olhar,
Existem,
Almas de poetas,
Versos de escritores,
Salpicando vai a canção,
Do Zé e do André,
As do João trovão e as dos Barnabés,
Se juntam com a bola,
Do grande rei Pelé,
Pega a visão,
São letras que componho,
Onde me deparo com os bajuladores,
Podem pesquisar,
Nos cartazes da propagação,
Me visto de tarimba,
Casaco de pele,
E me esqueço do frio,
Faço o desafio,
Sou roceiro e sou do mato,
E detesto confusão,
Tenho cachorro labrador,
Que me ajuda na lida desse sertão,
Levo no bolso a fotocópia do meu documento,
Porque a original em casa eu deixei,
Detrás das minhas inspirações,
Existe um mensageiro que me ajuda,
São anjos da guarda,
Que me conduzem e me deixam contente,
Não sou campeão,
No ramo da escrita,
Tenho também meus borrões,
O meu barco é velejador,
Arranquei o motor que me dava despesas,
No vento que me sopra,
Ouço os gritos das gaivotas,
Vou versando para minha amada,
Ela me bajula como seu único trovador,
Não queiram me imitar,
Na rima sou professor,
Galanteio para o fazendeiro,
Só para filha dele eu beijar,
Travo minhas novilhas,
Para as moças eu mostrar,
Sou boiadeiro tarimbado,
Sou atrevido sou menino,
Sou apenas uma ave que canta,
Esse poeta sempre dá o que falar..
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
Mudei a arquitetura lógica e a ótica
Por ter luz própria
Virei incógnita
Apaguei estrelas mórbidas, após botar o Ceará na órbita
Sou como Hipócrates pra hipócritas no mic
Poeira cósmica, o que come os hóspedes do hype
O pai é rápido demais
Um chips sobre um beat é hit
Sobre o feed, need for speed
Eólica suprime
Deixa energia tóxica pra trás
Ideias avançadas causam mortes cerebrais
No meu ramo, rimo sem suportes cardeais
Múltiplos sentidos, nunca perco o rumo
Remo ao norte dos demais, bye
- RAPadura Xique-Chico
  Cinesia da vida
Vivo entre o caos e a poesia
Navegando entre a tormenta e a maresia
Ontem eu era noite, hoje sou dia
Mas amanhã quem sabe? Eu seja uma heresia
Servindo à vida com cortesia
Aproveitando a euforia e a ousadia
Enquanto aguardo o fim da minha estadia
Nesse mundo, meio fantasia.
►Sorria, sorria
Ressuscite-o, como sempre fizera
Deixe-o em suas lembranças, faça-o sua vela
Vela que te conforte em solidão, afinal, sem ela
Como poderia discursar dor, sofrimento e desilusão?
-
Apague-me, descarte-me, mesmo que eu resista
Fale que sou louco, me abrace, alegrando minha vida
Maltrate-me, diga que sou idiota, insensível, em órbita
E então, ressuscite-o, já que a lembrança te conforta,
Que bate, dia ou outro em sua porta, nunca deixara ir embora?
Por quê? Medo de ser feliz? Nula de memórias capciosas.
-
Amada minha, me diga o que tanto lhe aflita
Diga quais pedras deslizam em sua trilha florida?
Queria, junto a ti, caminhar sobre jardins de flores tulipas
Mas teu passado, amada linda, está em teu encalço
Chute-o para longe, distante, e seja livre, querida, livre.
-
Em lágrimas encerro está carta em desolação
Meu coração, sereia divina, se afoga e se embebeda em solidão
Quem sabe um dia, a quem duvida, sorria para mim
Como um dia sorrira, mas que, assombrada, se encontra tristinha.
-
Espero, como um cão, em sua porta, ao meio-dia
Sorria para mim, sorria, por favor, sorria
Para que minha vida encontre uma saída desta perdição tão corrosiva
Para que você ressurja linda, perfumada, cintilante à vista
Que seja divina, como fora outros dias, minha linda anja, porto minha.
Expectativas
Tive paixões que não me deixaram viver
Culpa das expectativas minhas
De fazer parte de suas vidas
E nossas histórias não deram rima
Existe um porque de tudo isso
E mesmo sabendo disso
Insisto pensar em você
Esperando nosso encontro acontecer
E o que vou fazer?
Quando a verdade doer
Deixo apenas o tempo correr
E tua felicidade em mim prevalecer
O sorriso é o gesto mais exuberante e crucial,
É uma espécie de mãe da expressão facial.
Quem sorri incita o espectador a sorrir em troco,
E nem adianta resistir, pois logo vem o riso solto.
Não há muitas exigências quanto às maneiras,
Basta esticar as extremidades labiais rumo às orelhas.
Há uns sinceros, outros nem tanto,
Mas também tem aqueles que cessam até pranto.
De tão espontâneos que são,
Beiram a perfeição.
Se me permitissem um desejo realizar,
Eu gostaria que todos pudessem gargalhar.
E percebessem mais a grandeza dessa ação.
Sorriam! Não há tempero melhor para alegrar o coração.
► Minha vida sem você
Se soubesse o quanto te amo
Não me desejaria boa noite estando longe
Se soubesse o quanto sofro em abandono
Não me enviaria beijos sem lábios tocantes
Se soubesse como me encontro
Não me perguntaria como vivo neste semblante.
-
Princesa, saudade, essa sim me define
Saudade, seus abraços, sorrisos, ah que frio
Verdade, como não sentiria? Estou sozinho
Pareço até um cravo sem espinhos
Rosa, venha, fique comigo, só mais um pouquinho
Deixe-me sentir seu aroma tão doce e florido
Já não sei mais como alimentar meu coração,
Quando você se despede em plena imensidão
Que solidão, amor, que solidão.
-
Irei adormecer agora, mas entenda
Que sem ti, nada mais posso ser,
Só me tenha, venha, aceite essa oferenda
Um coração nem pouco valoroso, coitado
Tão caridoso, um tantinho louco em poemas
Então o aceite, para que possamos viver
Nossa linda e romântica novela em cenas.
PRIMAVERA
Quando a primavera passar,
os versos insegurosdo meu poema
terão palavras vazias.
Involuntários, sem pressa,
com desdém, num gesto tímido,
sutilmente deslizarão num papel,
sem se ater com que minha alma sente.
Os seus substantivos estrangulados,
apenas se fartarão de algumas pobres rimas;
cores… resplendores… flores… amores…
Sem lamúrias, os versos indolores,
não dirão absolutamente nada,
daquilo que dilacera e queima a minha alma.
Inspiração vem à mente,
anoto tudo para não esquecer.
Quando estou inspirada
eu sou uma máquina de escrever.
Soluços do universo
Hoje, ouço soluços
Vindos de todos os cantos
E até das palavras, emanam prantos
As minhas rimas
Refugiam-se no fugidio leito
Do esquecimento das coisas
Os olhos de carne
Dos sentimentos que hoje
Escolhi para sentir, flamam
E as lágrimas mortas
Que foram proibidas de sair
Depuram-se, renovam-se
Guiando-me por caminhos
Regenerados pelos sonhos
Restaurados pelo amor.
Hoje, os soluços do universo
Foram calados
E por sonhos e amor foram trocados.
Enide Santos 14/04/20
Extraio então o pensamento
numa tentativa desesperada
de lidar com o tempo
Evitando notar os defeitos
não somente os meus
sem preconceito.
Extraio então palavras
algumas ralas, insensatas
outras raras.
Extraio então a ideia
aquela boa e velha
de ser feliz até em miséria.
►Outra Vida
Mesmo que não seja nesta vida, meu amor
Ainda serás minha, algum dia, ainda que eu pegue outro voo
Talvez te encontre em um outro lugar, mas, sigo a te amar
Mesmo que não se lembre de mim, ainda sonharei contigo
Sentirei seu calor, a maciez de seus lábios a me acalmar
Que eu fique sozinho pelo resto da minha existência, só peço
Para que fique bem, se soubesse o quanto te prezo, se eu pudesse
Daria a ti, um castelo, um prédio, um arranha-céu completo
Diga o meu nome no sexto dia de minha ida,
Que suas lágrimas, ao caírem, entristecerá o sol,
E a lua lhe dará boas-vindas.
-
Cada passo dado, é mais um minuto afastado
Acredite quando digo que me enraiveço ao não estar do seu lado
Isolado, passo então a me mutilar, as dores da separação me lincham
E assim parto, para longe, para as montanhosas colinas, sem saber para onde
Mas, te deixo meu querido, e sofrido coração, sem rancores
O deixo para ti, para que ele fuja do monocromático, que conheça as cores
Entrego a ti também, um buquê de flores, silvestres, como o nosso amor
Um morango do Nordeste, louco, resistente, valioso, tanto quanto ouro.
-
Crio então, uma carta em dissonância
Sentimentos abalados pela distância
Perdi a harmonia, sinto-me perdido, como uma criança sem o seu abrigo
Perdi o futuro tão cobiçado, tão bonito, uma utopia sem razão ou juízo
Encontro-me aqui, abatido, morto, ferido, numa distopia sem sentido
Mas, guardo bem seguro, o seu sorriso, seus olhos coloridos
Seu amor ficará comigo para sempre, guardadinho
Então, sonhe comigo, que sonharei contigo até que eu fique velhinho
E a loucura me devore, e apague seus olhinhos de esquilo.
Minha
Seus olhos me traem fixando-me com falsa atenção
Seus lábios a contraditam seguindo o seu coração
Percebo que me quer beijar a cada toque de mão
Se ela a sente, por que não compartilha desta emoção
Sempre que a deixo banho-lhe com aflição
E se calhar não à tenha por esta mesma razão.
►Partida
Irei te ver nas paredes, na cama, por meses
Falarei seu nome várias vezes, em dizeres
Despeço-me de você, meu amor, como da última vez
Minha felicidade está com você, sempre
E, mesmo em lágrimas e olhos inchados,
Escrevo aqui, em meu diário, nossos retratos.
.
Agora estou sozinho, perdido, com frio
Queria seu abraço quentinho, fofinho
Mas, agora estou sozinho, neste mar, em perigo.
.
Fui tolo em pensar que saberia amar
Mesmo relatando romances sem fim, tudo que fiz foi me enganar
Sonhei que ficaríamos juntos, mas, não foi assim
Agora estou chorando em desespero, sem parar
Lembrando dos seus beijos, do seu abraço caloroso, seu sorriso meigo
Como eu poderia simplesmente aceitar em silêncio, sua despedida?
Como eu poderia simplesmente me desprender de quem realçou minha vida?
Difícil, querida, difícil aceitar sua ida
Por isso escrevo, querida, escrevo, torcendo para que seja mentira
Que não irá embora, que ficará comigo, se for, por favor
Não me diga.
.
Escrevo em dor, meus olhos ardem por conta da ferida
O que será? Penso eu, da minha cama vazia?
Sem seus cabelos em meu travesseiro?
De suas curvas em sinfonia me desejando bom dia?
Eu não quero acordar sem sentir seu cheiro
Então fique, permita que este camponês a ame, princesa.
►A Caminho
Sozinho eu me pego pensativo
Pensando se houve um momento
Um pequeno momento, que passou despercebido
Um pequenino momento, que se fora pelas curvas do vento
Talvez uma faísca, que tivesse como intuito, prover alegria
Não sei, temo também que nunca saberei
Porém, hoje vivo em despedida para com a minha própria vida
Já não sou mais feliz e creio que assim, morrerei
Talvez permanecerei vivo por conta de uma mentira
Dizendo que terei amor, terei uma chance, uma companhia
Mas, ah, como está sendo enlouquecedor, quanta dor estou sentindo
Muitas vezes sinto que acabarei desistindo
Testemunhos alegarão que despenquei do mais alto precipício,
Que eu estava perdido, "pobre do pequeno menino
Desiludido, coitado, pensou que todos eram seus amigos
Pensou que poderia confiar em todos, pobre do jovenzinho".
Meus dedos, trêmulos, me alertam que estou a caminho
Partirei, escrevendo sobre o carinho
Aquele que nunca haverei de conhecer
Aquele que jamais poderei prover ou manter
Se me perguntarem por que penso de tal maneira,
Não saberei como responder, sinto meu corpo perecer
Em um lugar, tão distante, mas ao meu alcance
Um lugar sombrio, gélido, mas que sou bem conhecido.
Escalando rochedos, morros e serras
Busco conforto, busco incansavelmente uma peça
Para encaixar e me fazer entender o quebra-cabeça
Antes que eu enlouqueça.
A menina que sonhava com o seu cavalo! 
Mas o cavalo não veio
E o seu olhar não se desvaneceu
E ela continua de coração cheio
Olhando o azul do seu céu
Na esperança de encontrar
O seu cavalo branco
Que traz a liberdade
Galopando no bailar do vento
Trazendo a magia no seu olhar!
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