Poemas a um Poeta Olavo Bilac
Eu não sabia ao certo o que fazia as lágrimas, lentas, escorregarem entre meu rosto. Faz tempo não sentia, relembrei o gosto. Foi como se meu corpo continuasse somente, mas meu coração houvesse parado em um momento do tempo, impossível de se retornar, mas tão igual difícil de esquecer.
Chorarei pra sempre quando estiver sozinho, por dentro, ao ouvir tua voz, nas letras das músicas, ao ver tuas fotos e te rever, pensar em tudo não vivido, pelos meus sonhos perdidos e o que foi vencido por entendermos tão pouco.
Uma máscara impede que todos percebam, e será sempre mero detalhe dramático aos olhos. Estou bem, respondo com um sorriso. Tudo se distorce no tempo, que com força devasta nossas tentativas, e o que resta.
Eu sou o resto.
(...)
Como tu está?
(...)
Começa a chover, já estou quase indo embora. É só mais uma noite estranha que tudo que eu mais quero é você.
Ligo o som, e aumento. Já faz algum tempo, não me recordo quanto, me perdi entre números que não faziam nenhum sentido. O que importa contar quando há uma voz de dentro que grita tão alto e, posso ouvi-la em qualquer lugar, mesmo com os dedos nos ouvidos e a música muito mais alta?
Confuso, andei em lugares estranhos e as pessoas me falavam de desejos que eu não tinha, e faziam coisas sem saber porque, diziam que eu deveria tentar, que perco tempo demais em descrições. Imaginei quantas histórias escondidas em todas aquelas marcas no rosto e no resto do corpo, diziam mais do que sua boca fechada, olhar devagar, apático, insinuando cansaço, entregue em rotinas que mandam pro inferno todo o mundo. Poderia por horas observar, reproduzir no papel o real sob a minha visão, e seria expulsar tantas lembranças que não se cansam de repetir e se juntar até formar tantos pensamentos desconexos, ou ligados de maneira que raramente entendo.
Decepção e solidão fazem parte de meus passos; e pra onde vai esse caminho? Eu queria anos atrás saber, antes de começar a caminhar, mas agora nem há como parar, já não consigo descansar, não sinto o ar. Já posso dizer que não importa tanto o passado, nem o que me fez chorar aqueles dias por dizer adeus. Eu tô deixando de ser eu pra ser alguém melhor, e talvez assim te reencontre.
Por mais forte que seja o sol, a noite sempre vem, escurecendo tudo que podemos ver e tocar. Até o conhecido se torna perigoso um segundo antes do alívio que antedece a certeza de que era desnecessário o receio - (mascaramos o medo de diversas formas e em palavras como essa). Na escuridão a visão se limita e compromete outros sentidos, que se aguçam na tentativa de ir mais longe. Tocar o impalpável, o fisicamente distante, o mentalmente inimaginável, mas que está lá, involuntariamente, e confunde, consequentemente entristece. Permanece a melancolia quando esses dois sentimentos se cansam de questionar, e não vem nenhuma resposta sequer.
É tentar explicar o inexplicável, ao risco grande de incoerências. No tempo curto indefinido é possível sentir em oposição amor, ódio, alegria, felicidade, mas a dor é somente a dor... não se engana, não se expulsa e nem se conceitua em racionalidade o que somente se sente. Variando a intensidade, mas sempre lá, imperceptível as vezes, acostumamos... Mas machuca quando nem esperamos, em datas que trazem lembranças, lugares que fazem reviver histórias, sons, gestos, olhares, palavras, o vento, céu cinza, a calçada molhada, chuva, poças... e até em detalhes banais estará o que acorda a dor presa dentro de nós.
O que pode ser além disso talvez não faça sentido depois. Bom seria poder repetir sabendo o errado, mas sem lembrar que errou. Um amor depois da dor não é igual ao primeiro amor. Algumas coisas na vida tem impacto tão grande sobre nós, que mesmo depois de tanto tempo só sabemos que nunca vai ser como antes. Minha chance passou, agora eu sou amor e dor.
Solidão é conversar em silêncio, não perguntar por não ter ninguém pra responder, já decorar essa resposta...
A melancolia da madrugada em versos simetricamente tristes, misteriosamente subsiste em ecoar nos meus ouvidos. Não há como correr do que vem de dentro. Qualquer canto não faz cessar o pranto se o choro é interior. Quem vai me dizer que o passado passou? Eu fiquei parado no tempo, disperso num instante, me perdi da vida.
Onde fica o lugar que posso voltar? E seria o futuro como se nunca te conhecesse ou fosse apenas mais uma. Destilo a agonia, insurreto, não sei se são rimas ou só um amontoado de palavras vazias. Posso descrever todos os problemas como posteriores a esse, e mais uma vez teu silêncio me ensurdece. Daria tudo pra adivinhar um pouco dos teus pensamentos agora ou nos momentos de solidão. Dentro de você eu não fui tanto assim, mas sei que tua vida impassível não fez esquecer-se de mim. Todos vagamos por aí à procura de um alguém, invejando os que podem falar e ouvir 'meu bem', é isso...
Desperdiçamos o amor, se esvaziou dos nossos corações e evaporou. Um vazio impreenchível, só o que restou. Quem pode me levar daqui? Me diz, se não for você, se não eu, eu vou fugir para o invisível além de mim. Parece inevitável...
Faz algum tempo que tudo é escuro por dentro e por fora.
Já é quase dia, se aproxima o último amanhecer... Susurro baixo em teu ouvido declarações de uma jornada obscura, e de todas essa foi minha maior certeza, na indecisão vaguei por aí e em tanta confusão era só isso que eu tinha.
[...]
"Te levei comigo onde andei, fragmentos de meu coração ferido, que ainda vivo, se decompõe lentamente, até que a terra consuma por inteiro, e em cada parte um pouco do que era você em mim. O orgulho nos levou pra longe, nem sei como, mas sempre lembro do teu olhar e teu sorriso pra saber que foi feliz".
[...]
Chega mais perto, pensamentos se embaralham e a lucidez se afasta, mas me esforço em puxar o último fôlego... Dispense o entender, só preciso que saibas que por detrás da raiva sempre guardei seguro o seu amor, distante de todos os sentimentos inferiores, mas que juntos nos afastaram pra tão longe.
Adeus, meu amor.
Hoje, eu escrevi uma carta. Sem destinatário, seu destino seria somente ir, a lugar nenhum, a todos os lugares. Se espalharia pelo mundo, entre o invisível impalpável, o sobrenatural, e depois, ao divino, e o infernal, em mundos diferentes, inimagináveis, ilocalizáveis e impenetráveis, que em qualquer fraqueza nossa somos proibidos de enxergar um pouco, e ver-se tudo do nada, a calma que nos mantém por tempo indeterminado aqui e lá não-sei-onde no lugar que demos alguns nomes.
Ao tempo que me conta consta tão profundas decepções diminuídas ao nada em comparações, o que passa e o que vem não é real faz parte da lembrança e do desejo, o presente é ilusão, só tentativa de motivação. É êxtase ao meu coração, indescritível a sensação quando os olhos se cansam e são tons de cinza o céu, o sol. Cores, do horror, do amor, a dor, ardor que incomoda meus sentidos aos segundos sincronizados ouço a batida do relógio, só ele ao me torturar na memória de um tempo futuro onde talvez seja tudo mais escuro, e me incomoda não poder andar nem enxergar. Anseio desolado que a morte seja maior agrado, quem nunca sentiu e ignorou pensamentos considerados loucos abafados pelas palavras imediatas de repreensão do desgosto de não ter que escolher somente o fim, e só o fim.
Passos curtos, cabeça baixa, somente sombras sem cadência, indiferença, ninguém vê, só números e as vezes nem isso...
Que essa luz no fim de alguma coisa possa ser o alívio, ou o precipício, que dê fim ao imperfeito físico e ao espírito, se decompõe em processo lento quase que em pesar fúnebre e lágrimas de vento soprando aos pedaços engolidos ou levados, dissipados ao nada até não poderem mais se recompor, projetando o que sou na representação mais fiel da insignificância dessa minha existência tão confusa.
Falam de amor e amizade como se existisse sinceridade
A fraqueza que me busca me enforca e maltrata
Do que foram tantos bons momentos e agora nada
Se muitas palavras não valem uma atitude
Pensei ser nossa amizade uma virtude
Mais do que as dores do coração por romances
A decepção foi ainda maior por não esperar
Como pode de tantos abraços não lembrar
As várias histórias de cumplicidade, não enxergava falsidade
A vida afasta as pessoas ou somos nós que nos afastamos
Cansei de te avisar por palavras ditas e escritas
O que eu me tornava não queria pra tua vida
Mas teu caminho foi mais curto e eu me culpo por te deixar
Distante fazia questão de me aproximar
Mas te perdia para presenças e emoções constantes
Me conhecia tão bem mas não se importou
Teu egoísmo te transformou, me machucou
Hoje o lamento e comodismo toma conta
Só posso seguir, sem lembrar, nunca esquecer
Tuas desculpas nunca vão me convencer
Uma carne suculenta; O silencio predominava na sala escura!
Água na boa, minha alma e meu coração na bandeja será oferecida ao Rei
Minha pálida e triste face sussurrando suplícios lagrima regavam rosas negras postas ao meu lado
Queria poder lamentar aos demais deixados para trás sem mais escolhas você e sempre você será meu grande amor .
Te Amo!Eduardo
Quando estou sozinho, a reflexão vem a tona,
A solidão toma conta de meu coração
E me entristece, mas eu sou forte e
Supero as decepções que já tive! E penso
Nas pessoas que me ama e sempre vão me amar...
Partilhar, Sim. Mas, Com Quem?
Por Maurício A Costa* "Há muitos que desejam ardentemente seu crescimento pessoal e se lastimam de maneira incessante da miséria cultural ou econômica em que vivem. Todavia, não fazem absolutamente nada para que isso mude. Vivem como algas no fundo do mar; ora presas aos arreci
source: MARCAS FORTES
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"A vocação é a forma como a alma percebe sua própria realização. Siga a voz do seu coração; é por aí que irá
encontrar a própria felicidade."
"Detectar e responder à vocação pessoal deve ser a prioridade maior para atender aos anseios mais íntimos da sua alma."
São dias perdidos de solidão, incertezas abundantes de uma dor sem fim.
Vezes que dormi, ou apenas tentativas, foi teu rosto embaralhado entre o querer, ilusão da minha mente insistente em não te deixar.
São feridas cicatrizadas, restos perdidos em teu amor que quis ignorar por medo de chorar.
Suficiente entender que vai voltar se for pra ser, mas não impede de fazer. Não há como evitar os dias nublados, só ore pra ter a quem abraçar quando não há mais em que acreditar.
São ilusões maximizadas ao vazio, gente perdida por não entender nada…
E eu me mordo por não saber o que fazer, só tua voz pra me acalmar. Perco até as condições de avaliar, se sou tão bom ou é apenas um minuto de alívio.
São aspirações na plenitude do aparente impossível, mas tu vai estar pra ver.
E mesmo se nada for assim, estarei feliz em te ver sorrir. Essa é minha recompensa imerecida.
São palavras pra você, mesmo não sabendo descrever que encontro paz toda vez que dirijo meus olhos a você.
Eu e minha ansiedade em não deixar para depois.
Sentir demais é sofrer demais com qualquer coisa, trivial afirmar…
Me escoro em frágeis representações de resistência, encontro calma na ilusão inconsciente. Já tive mais o que dizer, já fui menos repetitivo. São as mesmas sensações, mas por razões diferentes. O mesmo quarto vazio, só menos vazio. Não há ao menos sequência. Só me sinto completo no teu abraço.
Queria que minhas palavras te importassem mais que meu silêncio.
Imprescindível diagnosticar todas as linhas tortas e aquelas palavras engolidas a seco. Tem dias que o paradigma é ser ruim, e duram além do próximo amanhecer. Tem vezes que perco a glória dessa existência ínfima. Tanta subjetividade para nenhuma certeza. Respostas que não existem são esperas cheias de ilusão.
Escrevo pra destrinchar o que eu penso, e em algum verso pode até ser que te entenda.
As palavras doem pra sair. Parece justificativa para a pouca frequência, mas é que a felicidade não permite intervalos. Todas as vezes que escrevo sou triste. Extensão de tudo que não sei falar e que tu nunca quis ouvir por medo de saber.
Só o que tento querer é mais de você, mas tropeço no silêncio que criou pra me afastar, ao mesmo tempo me prender, sujeito a ignomínima da ingenuidade em não saber o que fazer. Em tanta instabilidade enevoa-se os sentimentos. Se eu devo esperar, vai doer saber. Quis fazer parte da redenção, mas quase todos os dias acabam em desilusão.
Me sinto preso em parágrafos sem fim, e tudo que não foi dito corrói a dor até perder a sensibilidade. Talvez meu futuro seja relembrar. Buscar sentidos sempre tirou minha paz, mas não consigo ignorar. Se é mais do que consegue explicar, é só dizer, estou aqui pra você. Só não vamos falar em prioridades, meu amor… O orgulho já me abandonou também. Viver no por enquanto é muito menos do que preciso.
Essas palavras não eram pra você, mas já não há como evitar.
Eu reconheço que as chances favorecem sua conclusão.
O que você quer? Estou tentando trazer beleza ao mundo.
"De certa forma estou desapontada com você, Xena. Parte de mim tinha a esperança de que você vencesse e arrancasse a raiva no meu coração. Às vezes isso até me assusta. Mas então eu supero!"
(Callisto)
Quando falo de solidão. Não sinta pena de mim.
Solidão para mim é poder estar em casa.
Solidão me faz livre. Me dá asas.
Depois que te escrevi, me perguntei se tudo sou eu, ou se tudo são personagens.
Ou se não existe em mim alguma verdade.
Quem sabe é história do meu melhor personagem?
As vezes me vejo atormentado. Passo dias assim.
Então fecho os olhos e não vejo mais nada.
Mas paro embaixo do sol
E sinto tudo iluminado.
Por isso é bom fechar os olhos.
Quem abre demais os olhos, olha muito pra si.
E acaba achando bonito tudo o que sente.
Sinto muita saudade desde pequeno.
E caminho com um espinho no pé.
Quem anda reto, com sapato e sem espinho?
Ah, mesmo assim, prefiro o meu caminho.
Não preciso de fita para ser bonita.
Nem de flor na lapela para me sentir bela,
Nem viver em engano comprando pano.
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