Poemas a um Poeta Olavo Bilac
VERSO BASE
Na rua que brincava
Tinha um pé de amora e
Um pé de limão.
Na infância, suguei o doce da amora.
Hoje, sugo o azedo do limão.
CALO-ME
Calo-me.
A saudade me cala.
Tantas coisas me calam.
É um silêncio enorme.
Um vazio...
Um redemoinho sem vento,
Um conturbar-se em nada!?
Exclamo a frase
Num tempo passado.
Passado.
Passos.
Lento passo o meu dia...
Vejo o mundo e o mundo do vizinho.
Só não vejo o meu.
Olho um vazio.
E o vazio me engole.
Peço um gole de pinga
Tomo num trago.
A cada inveja,
Retribua um sorriso
Não sou um anjo,
Mas diante do amor de Deus
Calo-me.
Por um tempo minha aluna,
logo, minha amiga.
Linda, meiga, carinhosa e presente.
Da amizade e do convívio brotou o amor dentro de mim
Contido, sufocado em nome da amizade, da confiança que me tinha.
Nos momentos mais difíceis tanto meus quanto dela, ambos, um ouvia o outro.
Ela, a quem um dia orientei, fui mestre, tutor,
Surpreendeu-me ao dizer que queria o meu amor.
Hoje em meio a tantas diferenças vivo esta louca paixão
Uma jovem, quase uma menina, linda jovem e mulher.
A quem ama loucamente este cinquentão apaixonado.
Gritaria para o mudo inteiro que te amo mais que tudo
Michele tu és minha vida e minha vida sem ti é nada.
A CANÇÃO DE AMOR
Uma coisa vou falar de improviso
Minha rosa menina,
Senti um grande amor
Ao lhe encontrar...
Fui devorado por uma imensa paixão
Me envolvendo com você
Serei capaz de ir até o céu
Viajar no caminho das estrelas
Indo até ao infinito,
Para buscar esse grande amor
Que se encontra guardado no coração...
Esse amor é bonito, é eivado de emoção,
Ele é paz, é alegria, é comoção,
É o meu único sentido de viver
E você menina, é minha amada,
É minha querida, meu bem querer...
E, esse amor é tão lindo... tão lindo...
Ainda mexe com minh’ alma
Entoando essa canção,
Que faz qualquer estrela sorrir
Amor que faz delirar de felicidade.
Esse puro amor, de emoção profunda,
Emoção essa, que afasta a tristeza
E também toda saudade
E ao coração inunda
Quando se ama com fervor e beleza.
O fim
Dizem ser um momento eternizado,
tão venerado quanto o próprio começo, o debute, o nascimento
ou o amor que surge em acelerado batimento
de coração apaixonado.
Num otimismo alvoroçado,
o fim é exaltado por ser o ponto mais distante dos outros finais;
E no eterno jamais, o pessimista vê o começo de um novo ciclo,
fadado ao fim em um novo ciclo de cabos, definitivos e amargos.
O fim causa estragos,
mesmo abstrato, imaginário, é feito num triste cenário,
sem nada aparente, temerário, reticente…
Mas no romantismo remanescente, o fim é o meio,
vivido como se fosse o começo,
e nenhum tropeço ou desapreço faz com que o tempo seja cessado,
mesmo que uma vida tenha cabo,
ou o amor tenha pago o preço da incerteza de que o fim não é feito de tristeza.
Ela disse que o fim é o início de uma nova etapa, de uma nova era, de um novo momento…
Assim como o fim de cada minuto é o começo de um outro.
Triste parece o fim de quem pensa que ao final tudo acaba.
A espera sem fim pelo fim, deve causar-lhes tormento.
Ah, se eles lembrassem que justamente os dois – a espera e o fim – são…
meros embustes, subprodutos da fraude chamada, tempo!
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Breve Sonho
Tudo que desejei em minha vida.
Tudo que queria
Um sonho.
Uma historia.
Tudo deixado pra trás.
Tudo esquecido.
Tudo adormecido.
Tudo por você.
Deixei pra trás.
Um sonho
De infância.
De uma vida
Pelo teu olhar.
Pelo teu abraço.
Pelo teu sorriso.
Pelo teu beijo.
Tudo que queria
Tudo que desejei.
Não tinha sentido.
Faltava você!
Acordei do sonho
Pra adormecer!
Sonhar novamente.
Breve sonho!
Vivenciaria novamente.
Tudo!
Pelo amor.
Que aqui existe.
Desejo de Morte
Branco anjo de candura.
Negro anjo, bela morte.
Desejei-te um dia. Hoje desejo a salvação.
E num pequeno instante juro, que esta, é a morte,
para os males do coração.
Não tenho medo de morrer.
Não tive medo de lhe querer.
Desejo agora, o antónimo de viver.
Que minha existência seja cancelada.
A minha alma, aprisionada.
Já ouço o sussurro da foice
a satisfazer o meu desejo.
Agora que me entreguei a Ela,
grito aos sete ventos:
Vem Anjo! Vem foice!
Vejo-a se aproximar.
Fulgaz como a luz.
Veloz e impaciente.
Sorrateira e silenciosa.
Desliza num rasto de sangue e dor.
Ó doce anjo de morte
respira junto a mim.
A exibir tua inexorável foice
rompe as veias do meu pescoço.
Beija o sangue, que delas vais brotando
Em teus braços agora a minha pressão sinto aliviar.
A respiração mais lenta e regular.
Minha pulsação deixa de ser o que é.
Meus olhos passam a ver o que não é.
Confunde-me a ideia e traz-me visões
Lentamente a força começa a faltar.
Agora é pior
não consigo respirar.
Enquanto entrego minha vida a Ela,
a dor já não mais sinto.
Emaranhado em teus cabelos, sinto o fim
em cada em uma de tuas doces palavras.
Em cada uma de tuas falsas promessas
há a sombra da morte, há a certeza
de que me fizeste deseja-la para mim
Anjo, negro anjo de morte
Ai como te quis anjo!
Entreguei-me a Ela, iludido por ti.
Roubaste-me a paz de espírito
Não me esquecerei de ti.
Vou para o mundo dos mortos.
Levo-te no pensamento, espero por ti
aconchegada às portas do inferno
com as marcas da morte em mim.
As já cicatrizadas marcas da foice
que cortou minha cabeça e meu corpo
com minha alma consciente disso.
Anuncia a felicidade no negro refúgio
uma bela caixa de madeira preta
sete palmos de terra em cima
Tu disses ao vento que me excluiu de teus pensamentos
Ele veio até mim e disse: é mentira
De um amor despedaçado permanecem as feridas
Mas as lembranças que cercam se tornam como pedras
Que desabam nas tentativas esquecidas
E esmagam as frases não ditas
Introdução do talvez ou nunca
Na brisa que sinto há palavras escondidas
Em destinos confusos sem planos
Nos corações mortais machucados
Cicatrizes abertas e o frio que gela
É teu nome que ouço de dentro da cela
Reproduzido em milhões nas paredes riscadas
Marcas do delírio e é escuro, sem janela
O que poderia ter sido se não fosse a pressa
Das vezes que rimei da angústia que deixou
Frieza de emoções é o que restou
Não puder amar foi a pior sequela
Pra todo sentimento agora há cautela
O ANO QUE FOR
Espero que um dia possamos iluminar
O casulo dos flashes e ambições.
Taca fogo nessa Babilônia!
E poder ouvir o som de Bob em dialetos de paz.
Pois quero ser feliz também
Andar pela ilha, aldeia, Brasil
E aqui não ser forasteiro.
Com a princesa do cerrado
Ver a cor da praia dos golfinhos
Cantar quando você acordar.
Misteriosa atração o presente de um beija-flor
Que pode ser em paz, a cor
O fundo do mar, A hipnose do amor.
Verbalize povo brasileiro! É nossa missão...
Para ver o vôo do Carcará
A semente nativa no toque do berimbau
O discípulo de Mestre Bimba
Gingando e fazendo aú de cabeça
Não esquecendo Palmares o ano que for.
Pois sei que o homem do povo é um leviatã
Eu luto, pois eu eternamente cantarei a paz!
E não se fará gotas de vidro minhas lágrimas.
Verbalize povo brasileiro! É nossa missão...
Tô de bem com minha positiva vibração
'Mano velho', leve com você de vez
O que diz meu REGGAE DE RAIZ...
aNDRÉ DO a. goMEs.
Coisas Intocáveis
Pela manhã, canta um galo digital.
O sol reluz numa alamêda infinita.
Café com leite numa xícara quebrada.
Da sacada também vejo a rua inabitável,
Uma porta velha trancada com um cadeado.
Dentro existe uma piscina em desuso
Refletindo a plantação abandonada
Uma criança sorrindo com bolhas de sabão
Em frente de um quadro de bela imagem,
Uma ponte que faz chegar num zoológico
De rosas mal cuidadas e baldias.
Chegando à beira do lago, cena de piquenique:
Pães, frutas e vinho abençoados.
Por uma oração e um girassol bem amarelo.
Duas pessoas satisfeita de mãos dadas
Perdidas por entre o vão da cidade
Que no passado contruiam castelos de areia.
Que agora à beira da praia, tantos reveillons...
Com as mãos murchas lavando os pratos,
Enxugando os pés numa toalha branca
E o colorido a estourar no poder da memória.
Na gravura do tempo o poder da ciência.
Mil experiências coloridas em vidros intocáveis
Que o resultado é uma cor que não existe
Que guardaram num lugar seguro e gelado.
A luz não resiste a escuridão da evolução.
Com esforço, faz sombra na ampulheta que marca mas não vê passar o tempo
Nos fazendo saber que mais um ano findará.
Árvores coloridas, mesa com comida, diplomas e formaturas
Passando nossas vidas com vitórias e agruras
É mágico o tapete do tempo pendurado no armário.
Uma roupa, uma gravata. A porta colada nos retratos
Dos enfeites, perfumes, convites revelados no álbum
De um mundo tão pequeno e valioso
Prendendo nossa história no relógio do calendário.
André Amaral
O Amor é livre como um pássaro na janela
Não sabe se entra, não sabe se foge...
Mas observa passivamente todas as coisas,
com a calma que a eternidade lhe deu.
É um Anjo!
Eu te amo!
Sobre uma aisagem bela,
juntos eu e ela,
fazendo juras de amor,
em frente á um senhor.
E pra oficializar,
e começarmos a nos amar,
vou pintar em um muro,
o nosso amor lindo e puro.
Não vejo a hora de gritar,
até a china vai escutar,
que para sempre eu vou te amar,
e nunca vai se acabar.
Para sempre em meu coração,
sem solidão,
sem escuridão,
apenas a nossa paixão.
E depois de tudo isso,
vou parar,
te olhar,
e dizer que...
... Eu te amo!
A vida e uma caixinha de surpresa onde vem sempre um presente novo que as vezes fazem você rir ou chorar, nada e do jeito que programamos tudo e do jeito oposto do que somos esta e á vida, que levamos , sempre lutando atrás do que queremos e mesmo assim e muito difícil conseguir.
No relacionamento isso e não e oposto a isso, as caixinhas vem com mais freqüências e não são nada fácies lidar com elas.
Não há garantias no amor. O fato de estar num relacionamento amoroso, não significa saber tudo sobre o outro, ou estar no controle do rumo que a relação seguirá.
Como tudo na vida não passava de um caixa onde sempre aparece algo novo , é preciso correr riscos, quem não suportar a idéia de fluir a cada dia, com tranqüilidade em relação o seu futuro amoroso e morre de medo de viver uma vida a dois em trancos e barrancos esta colocando um imenso Não a sua frente . se isso tem acontecido com você, esta na hora de para com as lamentações e olhar de frente para o que esta se passando.
Os relacionamento que você tem, reflete o seu relacionamento com você mesmo, a vida e um surpresa só, cada vez mais e mais fica nos surpreendendo, então vamos levar a vida como não ouve-se amanha.
Planeta você
Existe nesse universo
Um planeta chamado: você
E no seu sistema natural de coisas
O sol: é o brilho dos seus olhos
As flores: exalam seu perfume
As ondas do mar: lembram seus cabelos ao vento.
Onde abelhas fabricam a doçura dos seus beijos,
E a natureza é o esplendor do seu corpo!
Ela é um presente, um terror
Ela é meu presente
O meu futuro,
E meu amor.
Ela que manda na gente
Ela que diz quem eu sou!
Trouxe luz como sempre
Me fez feliz, minha flor.
Mando um beijo para o Sol;
E um abraço apertado para a Lua.
Por que se eu me arriscar à abraçar o Sol;
Eu vou me queimar.
Um livro não fala, um livro é humilde e quieto, ele apenas informa.
Pessoas falam, falam muito... Essas pessoas interpretam o que informam os pobres e calados livros. E dizem com suas bocas banhadas na conveniência o que querem. Distorcem a verdade do que dizia o livro, mentindo sua verdade, mascarando-a com a capa daquele que é inocente.
Mulher, uma das criações mais complexas de deus, impossíveis de compreender mesmo se vierem com um manual, são incomparáveis e com certeza insubstituíveis, são um enigma que pouco a pouco é desvendado mostrando seus segredos.
Um ser capaz de gerar outro e amá-lo incondicionalmente, amor mais puro que existe, mulheres são de todas as formas lindas, emotivas, delicadas e ainda sim fortes, confiantes, de uma determinação admirável.
O que seria do homem sem uma mulher? Este que é grosseiro, quase insensível, um diamante bruto que é lapidado através dos tempos por este ser chamado mulher.
Mulheres que nos tempos antigos eram desprezadas pelos homens, mas hoje! Ser mulher significa ser símbolo de beleza, sensualidade e de vida! Motivo de cobiça, desejo e de disputa entre os homens.
Mulher, um livro que vem sendo escrito ao longo dos tempos e que jamais será terminado.
(http://escritosdopanda.blogspot.com.br/)
Raro perceber-se um sorriso dentre meus lábios, talvez por ser raro também os momentos ao longo da vida que me levaram a pratica-lo. Não me cobre um sorriso, eu não sei sorrir. (personagem fictício)
Boldane A. Cordeiro
25/07/2016
