Poemas a um Poeta Olavo Bilac

⁠não posso perder tempo
com coisas sem sentido
que tiram meu foco
do que é real.
a vida está diante dos meus olhos
e não desejo perder cada segundo
nessa caminhada
que não avisa quando é o fim.
eu vivo ou apenas existo?
eu faço realmente alguma diferença?
quero fazer parte disso,
necessito viver o melhor de mim.

⁠outro verso de amor
outro verso sobre você
outro verso arrancado como flor
outro verso que escrevo sem você.

⁠a cama quebrou,
o poeta dormiu
no sofá
com pensamentos
e dúvidas,
não dormiu...
é ruim dormir
em sofás.
dor nas costas,
mal jeito...
deitou no chão.
dormiu...
concluiu que era pó!

⁠no meu verso
por mais simples que seja
minha alma
deseja
esse universo que é o calor
dos teus braços,
o esconderijo dos teus abraços.

⁠nos teus olhos,
vejo o céu
encontro teu riso
o que preciso,
na imensidão
do coração,
te contemplar
é como voar no céu!

⁠o poema
é pequeno
e cabe na mão
no coração,
no livro
dentro do bolso
na mente,
o poema é livre
e anda por onde quiser!

⁠o pó da terra
eu
o grito
a força
a transformação
criar
alma e vida
o sopro de poesia.

⁠em cada batida
palpitação...
em cada partida
inquietação...
em cada poema
antes de mais nada,
INSPIRAÇÃO.

⁠hoje eu quero ouvir o som da tua voz,
me liga
manda áudio.
não some!
cada minuto longe de você
é um labirinto sem saída
é saudade!
é morte...
meu fim...
tropeço, sem sorte.

⁠acredito que nunca ficamos "livres"
sempre estamos presos
em alguma coisa na vida,
eu por exemplo me sinto preso
pela poesia,
e escrevendo ela me faz "livre".

⁠esperando contato
entre nossos corpos
de mãos dadas
vivendo nossos sonhos
numa reação de amor
uma dança animada.

⁠o pássaro
voando a liberdade
no céu.
ser livre
é sobrevoar o amor
e não se afogar
no mar da vida.

⁠caminho sóbrio
entre divagações
buscando o destino
da minha existência.

⁠O momento
A hora
O local
A passagem
Viver, morrer
Nascer e existir
E deixar saudade
De hoje e sempre.

⁠o chão seco
o coração frio
a dor na alma
a angústia que não acaba
e o fim
do poema.

⁠correr na rua
embaixo da chuva
molhar o deserto da alma
tirar a secura da boca
matar a sede de ser feliz
e tirar o gosto amargo
que acompanha nossos dias.

a vida é agora
no já,
não é adiante
nem antes,
é neste instante!
não devemos olhar passado
que já foi efetuado
olhamos para o amanhã sem esquecer
que é hoje o ato do viver.

⁠o poema não chega
por mais que eu insista
por mais que eu exista
por mais ou menos
a hora é a guerra
e eu perco todo o meu tempo
quando penso demais.

⁠o som no ouvido
arrepia a pele!
tua voz
é encanto
que enfeitiça meu corpo.

⁠Nesse labirinto vida,
não sei para onde vou.
Desde então ando sem rumo
tentando me encontrar.