Poemas a um Poeta Olavo Bilac
Aprendi que ninguém se torna poeta, a menos que nasça com o coração de um. Aprendi que não desperdicei meu tempo estudando latim. Aprendi que alma e espírito diferem um do outro. Aprendi que o amanhecer é uma ilusão, é só o crepúsculo de baixo pra cima - ou não? Aprendi ocultismo, embora pouco tenha praticado. Aprendi que a obra de Fernando Pessoa não deve ser lida em um instante - entenda por "um instante" a contagem de tempo que preferir - mas sim no decorrer de uma vida. Aprendi, da pior maneira, que depressão não é apenas uma fase, e que hora ou outra ela passa, e fica. Aprendi que amores passageiros são os mais gostosos e que quem jura amor eterno mente descaradamente. Aprendi a não negar os prazeres da vida, a vida é curta para que eu o faça. Aprendi que professoras são os primeiros amores da infância - as bonitas. Aprendi a desapegar do que antes - com apego - me fazia mal. Aprendi que as virtudes transforma-se em vícios se não as ponderarmos e, com Shakespeare, aprendi que nossas dádivas são traidoras. Aprendi que "mais" é antônimo de menos e "mas" é conjunção adversativa. Aprendi que amigos e família são importantíssimos em nossas vidas. Aprendi a adorar os superlativos. Aprendi que escrever logo pela manhã, enquanto o sol nasce, é delicioso. Aprendi que café é bom, mas fazer amor pela manhã é melhor ainda. Aprendi quê: “SÓ O QUE ESTÁ MORTO NÃO MUDA!”.
- E que mudo a cada palavra escrita!
Não duvide do poeta,
plantará um pé de amor
juntinho ao pé de jasmim,
e na varanda deitada na rede,
dormirá sempre,
a saudade de alguém.
by/erotildes vittória
do meu poema - Na casa da poesia
Vida de Poeta
Vida de poeta é diferente
na verdade nem sei dizer
Se eu fosse um poeta
Saberia o que responder
Imagino sentado na praça
Com seu caderno a pensar
Um poeta decidindo
Tudo aquilo vai contar
Deve ser bem difícil
Todas as palavras encontrar
Criar uma melodia bonita
Que não falhe em rimar
Se eu fosse um poeta
Poderia aqui mesmo escrever
Usar todo meu vocabulário
Tornando-o agradável de ler
Mas um poeta na verdade
Sabe os versos metrificar
Combina todas as palavras
Com sua arte de impressionar
Impressionar as pessoas
É uma coisa bem gostosa
Para os poetas na verdade
É uma arma poderosa
Musicalidade e melodia
É pra quem sabe escrever
Não quero passar por poeta
Porque nem sei o que dizer
Por isso encerro aqui
Essa minha tentativa frustrada
É melhor voltar pra escola
E botar meu pé na estrada
E deixar que cada um
Cumpra a sua bendita missão
E não querer ser aquilo
Que não tenho condição
Corpo Celeste
Existe um P de poeta em mim.
Ah, isso sim, é o que sou.
Talvez seja o que de mais belo
E latente, exista no meu interior.
Tem um rio de águas mansas,
Que se encontra com um mar em fúria.
Há um choque neste encontro,
Tão eloqüente,
Quanto o sol ao encontrar a lua.
Minha superfície é parte oculta...
Como um eclipse...
Mas há tanto céu em mim!
E não é um céu de estrelas,
É um céu...
De sol se pondo no horizonte,
Que espera pela noite,
Mas não quer deixar o dia.
Assim é que sou fração,
Conjunção ou oposição...
Ah, pudera eu, ser neste corpo,
Um celeste...
Destes que se vêem pelo céu,
Destes que inspiram,
Que iluminam a humanidade,
E pudesse assim, transformar
Tudo em bondade, tudo em arte,
Verdadeira luz da verdade,
E assim chegar ao céu.
Palavras de um Analfa_poeta
Amores não deveriam morrer
Lembranças sim
A morte do amor
É como a cegueira
A eternidade do amor
É luz para os olhos
Amores não deveriam morrer
Pessoas sim
Se morremos amando e sendo amado
é como se vivêssemos um pouco mais.
Resposta ao Analfa_poeta:
Dúvidas sobre o meu amor
Não sei escrever como os grandes poetas
Li tantos e tantas vezes, que nem o nome guardei
Ficou em mim este misto de alma e sangue
E foi assim que desejei
Escrevo com a alma
Às vezes, sem a rima pedida
Como uma menina que vê uma paisagem
Mas que deseja com traços de linha
Assim o amor se fez em mim
Amo, mas não sei falar
Amo, e fico a esperar
Que o ser amado perceba
Só de ver meu olhar
UM CAIPIRINHA APAIXONADO
(Poeta Caipirinha)
Mariquinha du meu coração!
Nois tamo viveno a mais linda das paxão
Vois micê se aderreteno e eu se atremendo
Tudo por tamanha das emoção
Mais, mô!
To animado inté pensano em ocê virá uma muriçoca
E ficano zunindo nos meus ovido e pinicano nas zorêia
Dizeno aquéias coisa que deixa nois cheio de cumichão
Sentindo aqueis treim ... aquéias coisa ...
Ocê sabe né ... meismu ainda virgê, ocê sabe usá as mão
Mais sei que os minino aí deve de ficá tuco insima de ocê ... Potrancuda que só!
To toidim de pedra, pra modi vê ocê toda prosa
Sentadinha aqui pertinho de eu, cum vistitu cor de rosa
Õ, sinhá Mariquinha!
Cumu vai sê bão a nossa vida na minha roça!
Quano vejo a lua se escondeno,
já fico imaginano que a tarzinha
já tá se sentino com ciúmi de ocê.
Onti vi uma estrela daqueas que se vem caino do céu ...
Ichi! Acho que a bicinha se assuicidô,
sabeno que ocê agora é que vai cuidá de eu ... Tadinha!
Aqui, tá tudo assim, Sinhá!
Uma ciumêra que só!
A vaca Mimosa e a cabritinha Filó, j
á tão me zoiano pelos cantinho ...
Eu! Heim!!! Num é só ocê que falá cuns animá!
Sinhá!
Num consigo pregá cuns zóio tamém naum. As durmida não curta, os sonho são bão e acordo cuns treim tudo impinado, quereno saí dos trilhu ... to um pirigo que só!
Inté, Mariquinha! Vô ficano puraqui.
Aguardu noticia de ocê
Sem ocê num sei vivê
Se um dia ti perdê
Prefiro inté morrê
A ficá aqui sofreno
Cum sodade de ocê
Seu Joca, Poeta Caipirinha, pra vida intêra!
Sou um poeta feito de pedra, tive meu coração arrancado por uma feiticeira, para que não mais pudesse amar, em meus olhos já não há mais brilho, e quando olho os pássaros cantando e o arco-íris de cores das mais diversas flores, não vejo nada, apenas um espaço vazio, mas na verdade o verdadeiro vazio não está no que vejo, mas sim dentro de mim, tudo que vejo, é um reflexo de minha alma. Já não mais sinto dor, frio, saudade nem mesmo o amor.
A feiticeira que roubara meu coração, sem saber deixou um feitiço; se um dia eu a beijasse, teria meu coração de volta, enquanto isso, não posso amar ninguém, pois fiquei cegado pelo feitiço.
Agora estou aqui, diante de você... minha feiticeira! Tu roubaste meu coração. Tudo que quero de você é um beijo... quem sabe com este beijo você possa ter não somente meu coração, mas ter eu todinho só pra você, para sempre... ou pelo menos o quanto durar o feitiço do amor.
A vida é uma poesia
Poesia ansiando por um poeta
Quem sabe uma poetisa
Ela quer ser declamada
Quer ser vivida
Não somente discutida
Mas usufruída
Porque nunca será compreendida
Queria um dia ser como o poeta
Poder falar de amor pra você
Rimar as palavras com doçura
Fazer seu coração me querer
Te dar toda paz e ternura
Sentir seu corpo estremecer
Quando receber com candura
O beijo que vou dar em você!
O poeta e o vagabundo...
(Nilo Ribeiro)
Na barbearia, dois personagens,
um poeta, um vagabundo,
eles contam suas vantagens,
ambos deliram com o mundo
o poeta como era de se esperar,
conta em versos sua estória,
fala da mulher que o fez apaixonar,
que ela não sai da sua memória
de amor o vagabundo também fala,
teus olhos contém tristeza,
diz que não tem o dom palavra,
que a verdade é a sua riqueza
o poeta em sua explanação,
fala da sua vida,
fala da sua inspiração,
cultua a sua diva
- "meu caro amigo,
minha felicidade é sem dimensão,
o amor se encontrou comigo,
hoje eu vivo uma bênção
amo uma linda mulher,
por ela sou amado,
isto é tudo que se quer
para um amor encantado
mas juntos não podemos ficar,
o poeta, do amor se abdica,
pois a sociedade não pode suportar,
ela é inteligente, bela e muito rica"
o vagabundo também se expressa,
e o coração ele abre,
ao poeta ele confessa:
"eu acredito em milagre"
- "encontrei a mulher perfeita,
do meu coração virou dona,
uma mulher que me respeita,
uma mulher que se apaixona
a ela me entreguei,
fiz juras e confessei,
com seu amor eu morrerei,
e para o Além eu levarei
um amor também impossível,
não está ao alcance da gente,
por uma coincidência incrível,
ela também é rica, linda e inteligente"
pelo espelho da barbearia,
uma estória de coragem,
só mesmo em poesia,
poeta e vagabundo são os mesmos personagens...
Mal necessário
A inspiração de um poeta, vem com a dor
Mas também vem com o amor
Quando em paz
O poeta não é capaz
Sem sangrar ou amar, não haverá poesia
Não sou poeta, em tempo de maresia
Se escreve, na angustia, quando intenso
Essa é minha visão e assim eu penso
Quando sinto a vida arder
Mais tenho vontade de viver
O nunca mais vou me apaixonar
Se transforma em, mais uma vez, me entregar
Nada dá certo, quando o par, não é idem
Quando um ama de verdade e o outro nem
Não há mesmo sentido, esta paixão ingrata
Insistir, não seria opção sensata
Mas alguém, de repente
Na nossa vida, se faz presente
Te tratando com aquele carinho sonhado
Me sinto correspondido e de verdade, amado
Então, me desarmo, pra mais uma vez arriscar
Porque é bom ser amado, mas também é bom amar
O risco de sofrer, é mal necessário
Que venha ocupar, as folhas do meu diário
Queria ser um poeta
Queria ser um poeta,
mas não posso ser...
pois o poeta pensa em tudo,
e eu, só penso em você.
Quando penso em você,
me sinto melhor,
vejo um amanhã melhor, diferente...
acho que fico meio bobo de amor
ou qualquer coisa assim,
Vejo flores no jardim
desabrochando com o amanhecer
de primavera,
as vezes fico na janela,
a tua espera,
Mas não vens e eu torno a pensar
como queria ser um poeta
para pelo menos imaginar
você despertando em meus braços a me beijar...
O Poeta enquanto escritor é um ser histórico e atemporal. Ao passo que verseja a vida e tece suas reflexões, o faz sob a perspectiva da atualidade, porém não se prende ao tempo, posto que deste aproveita as flexões. As respeita e obedece. No presente não pretere e nem esquece o passado, tampouco profetiza futuros. Apenas os reverencia enquanto escreve, seja em prosa ou poesia.
Adriribeiro/@adri.poesias
Cicatrizes de um Poeta
Há momentos em que lembramos tudo o que vivemos —
lembranças cravadas como um punhal ou uma espada na memória,
trazendo histórias que insistem em não se apagar.
São vestígios de amores passados que, no tempo,
transformam-se em dores futuras,
numa metamorfose inevitável.
E desse turbilhão nasce o alimento do poeta.
As palavras, muitas vezes, são rabiscadas,
jogadas ao vento ou simplesmente ignoradas.
Mas com os sentimentos não é assim.
O coração, que pulsa no peito e nos mantém vivos,
é também um cofre silencioso,
guardando raiva, dor, amor e até rancor.
Não é justo julgá-lo —
pois vivemos consequências escritas por nossas próprias mãos.
Falar de sentimentos parece simples,
mas sem argumento torna-se árduo.
E falar de amor?
Que sentido teria se nunca tivéssemos amado?
Um dia, me perguntaram se eu ainda sofria por um amor.
Sorri de canto, desviei o olhar… e deixei a resposta perdida no silêncio.
Afinal, como diz o ditado:
“Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.”
Até mesmo a água, com paciência, pode vencer a pedra.
By: Pasq
Poema III
Repente de um poeta
Já vi cacto dar flor no silêncio da aflição,
E vi lágrima em dor, em sorriso e oração.
Quem planta o sonho bruto, colhe verso em cada mágoa —
O que rega o futuro? Suor e lágrima, vulgo: água.
O sol não tem compaixão, a chuva virou promessa,
E a terra só dá legume se a fé não for só conversa.
O filho da estiagem tem coragem desde os ossos —
Não murmura a miséria, nem destrata um dos nossos.
Já vi homem ter dinheiro e morrer sem ter sentido,
E matuto sem um troco dividir o seu abrigo.
A riqueza que perdura não se mede por moeda —
Mora é na intenção, no coração de um poeta.
Setup de Poeta
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Com conceitos habituais.
Dou um clique na realidade.
Assim,
Reconfiguro diversas partes do meu lado humano e poético.
Aos poucos vou Instalando alguns sistemas que estavam inoperantes.
Reinstalo todos com instinto de violeiro com sucesso.
Em busca de melhorias,
Algumas atualizações na vida nunca fazem mal a ninguém.
Aos poucos vou me reprogramando.
Com diversas opções,
De acordo com o necessario
Faço alguns acordos com os meus pensamentos.
Sempre utilizando a ilusão,
Navego no delirante acorde do violão.
Algumas vezes acordo em modo seguro,
Outras em estado normal.
Com respeito ao meu coração,
Informatizo o meu olhar fitando novos horizontes com estratégias infinitas.
Vagarosamente em alguma copa, pousarei durante o dia.
De preferência que seja a mais alta entre as outras.
Acho que sonhei com isso!
Senão,
Sonharei essa noite.
Vou me banhar, jantar, orar e adormecer.
E na próxima madrugada que se aproxima,
Nela, quero eu estar aconchegado debaixo dos cobertores.
Em sono pesado vou me contorcer de frio ou de calor.
Sem ansiedade o sol nascerá.
Será um novo amanhecer,
Até outra noite chegar....
Cobiçarei palavras de paz e
Mergulharei nas fantasias do amor.
Com ou sem apetite irei me alimentar.
Darei prazer ao prazer de estar respirando e
vivendo.
Sorrirei sem saber os motivos.
Pois no Setup que iniciei.
Formatei e reinstalei tudo para não ter da vida,
Nada que reclamar.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
a poesia é o jeito do poeta dizer “eu não aguento mais”
enquanto diz “é só mais um erro”
e não, toda a sua história.
Não sou um grande poeta
E minha escrita é modesta
Mas tu me inspira as mais belas poesias
De sentimento e fala honesta.
No vasto universo
Nem um astro já se viu
Que tenha tamanha beleza
Como quando você sorriu.
Encanta com seu brilho intenso
Ofusca a Lua que anela
E te observa lá do alto
Desejando que a beleza fosse dela.
És tão bela, quão astro neste sistema
Sua forma os planetas desalinha
Cada qual que a deseja intensamente
Pensando: Ah! Quem dera fosse minha!
Tens uns jeito que encanta
Seus olhos brilham na imensidão
Arde com fogo e brasas vivas
E abala com qualquer desavisado coração.
Queria ser um poeta
mas um poeta não posso ser
Porquê um poeta tem o coração quente
e a alma fervente
E eu, pobre coitado
Do coração gelado
E com a alma perdida no espaço
Busco incessantemente me encontrar
Aqui, nesse lugar, a pensar
Que mesmo acompanhado me sinto sozinho
No meu âmago, me questiono
Se estou vivendo ou apenas existindo
