Poemas a um Poeta Olavo Bilac
Dificilmente a convivência, com os indivíduos que concebem a audácia de se acharem os criadores de tudo, registram marcas amenas.
De tanto voltar ao seu ponto de partida, percebi que o poço profundo criado pela repetição transformou-se em mina de lamentações!
Não acaricio os espinhos, mas compreendo a necessidade de conviver com eles considerando que eles mantêm a beleza das rosas!
A essência dispersada no espaço que respiro, embora não me acalente a alma... pode ser o sentido questionável da permanência não pretendida! Por isso, abstenho-me dela!
Não me imagino sofrente e, muito menos, sofrível. Existo comedindo os espaços e insisto, sobremaneira, para não causar sofrimento e ver as minhas penas misturadas ao cumprimento das dores!
Ir e vir... Direitos e roteiros distintos... Início ou fim. Sair ou chegar. Focar o que se quer e seguir.
Abri os olhos para contar novo dia... e uma infinidade de pontos surgiram em minha lembrança como agradecimento ao Criador. Vivamos em paz e com amor.
Tento fazer muito para o meu próximo e as pequenas porções que suprem as minhas necessidades são os lenitivos que minha alma recebe em forma de reconhecimento por estar vendo, respirando, caminhando e com mais um dia de vida!
Não vivo de passado e, muito menos, de futuro. Tenho o meu agora para ir e vir... quem sabe, ele possa ser lembrado como um bom passado e, melhor, como uma visão moderna de futuro quando lá chegar.
O vento avisa. A prevenção é sua. Então, não se sinta incomodada(o) com a tempestade que nasce com o seu sopro de vida.
Se a vida fosse o retilíneo risco que liga as extremidades, talvez, não tivesse tanto sentido o nosso caminhar.
Quanto mais eu vivo, mais me asseguro que niguém morre pelo cansaço da espera ou pela ausência de subterfúgios que alimentam o fisico. O pouco com Deus é muito.
Apego-me ao compromisso de sempre melhorar... talvez, por isso, a exclusão de tantas coisas que afetam esta possibilidade.
O exemplo educa, então, percebamos os gestos que a vida nos oferece. Não vivemos sem o ar e, nem por isso, ele nos reclama sobre a sua importância.
Deixemos os pontos do passado acentuar a história que passou... nada mais. Talvez, sejam apenas pontos ou até poderão ser acentos.
As pessoas fogem em face às suas comodidades de vida. Preferem continuar na mesmice do dia que apenas passa, sem muito sentido.
