Poemas a um Poeta Olavo Bilac
Não vivo pelas metades.
Vivo inteiro mesmo sofrendo o naufrágio do meu amor, mas, ao menos, poderei sepultá-lo para ressurgir nas ondas do mar.
Ninguém estará isento das suas próprias penas.
Que possamos flanar com a leveza resultante dos seus ensinamentos.
Fingir não escutar o que ouvimos é nos iludirmos com a ausência dos fatos avisados e desconsiderarmos os anúncios que indicam risco imanente para o próximo passo.
Algo diferente e divergente corre em minhas vênulas quando percebo este seu descompromissado modo de amar.
A roda do mundo não para, bem sei...mas, não posso permitir ao meu coração esta deslealdade entre a oferta e o recebimento de amor.
São as súplicas silenciosas que nos entristecem quando são descobertas... perdemos, muitas vezes, a oportunidade de termos servido.
Não há obstáculo intransponível quando estamos caminhando sob as bençãos do Criador... então, façamos a nossa parte
Tem gente que finge tanto e
vive tão bem os seus papéis que se enganam nas suas farsas e se declaram gente.
Que não fiquemos narrando histórias alheias, mas que consigamos escrever as nossas histórias resultantes das nossas obras edificadas e ornadas pela solidariedade e fraternidade.
Somos criaturas inexatas por ocuparmos a pretensão da exatidão das nossas referências!
Nem sempre somos o que estamos, mas sempre estaremos naquilo que somos.
A conquista de qualquer coisa nesta vida é mérito exclusivo do conquistador... inclusive as tristezas que plasma ao pronunciar sobre a vida.
Encontre-se, primeiro, nas linhas da sua história.
Depois, então, quem sabe, poderá tentar entender as minhas.
Entre os tantos entretantos desta longa caminhada.... hão aqueles que aniquilam os nossos sonhos.
Sabemos que outros sonhos nascem, mas toda perda retrata uma dor incontida e, muitas vezes, inenarrável.
Ao colocar fogo no circo, ao menos, saia de dentro dele.
Não se esqueça de não deixar ninguém dentro dele, também.
