Poema Sobre Viver
Era mais desconfortável ainda olhar para cima e saber que qualquer ação minha estava sendo observada por aqueles olhos. Eu não gostava de ser observada, com o tempo eu passei a me acostumar a ser incompreendida, levei muito tempo para começar a gostar de ser assim. E ele aparece, naturalmente fazendo tudo que pode para me entender. Se eu sabia como reagir a isso? Não, mas também não sabia como reagir a noventa por cento de suas ações. Pela primeira vez em anos me vi perdida, e não foi em mim mesma, e sim, em outra pessoa.
Sei que não sou quase nada, mas se alguma parte de mim é algo, loucura está definitivamente incluso.
Porque eu era tão errada? Tão cheia de nada, enquanto todos eram tão cheios de si? Porque logo eu fui ser tão escassa?
Bom, afinal, nada melhor que traduzir a vida em morte, tudo que nasce um dia morre. E tudo que morre um dia renasce.
Eu gostava de sentar e só pensar, mas eu adorava quando alguém achava que possuía a audácia de interromper meus pensamentos.
Gostava de ansiar por alguém, que algum dia me dissesse que me entendia, me entendia e me conhecia. Eu queria partilhar minha generosa loucura com alguém.
Nada voltará a ser o que já foi um dia, morrer querendo ou não te torna mais vivo. Estamos gradativamente morrendo. Se perdendo em partes, vivendo de escassos, caindo aos pedaços. Eu morri uma vez. Hoje nasci de novo, e amanhã voltarei a morrer. E vou continuar morrendo até levarem a ultima parte de mim. Bom, afinal, nada melhor que traduzir a vida em morte, tudo que nasce um dia morre. E tudo que morre um dia renasce. Faz parte, tudo faz parte…
O mais irônico de tudo é que o homem destrói a natureza na justificativa de garantir sua tão clamada existência, e a natureza luta para sobreviver com o objetivo de garantir ao homem a sua sobrevivência.
Eu me perguntava qual era seu problema, você dizia que era eu, e eu não entendia, tudo que eu fiz foi fingir que existia.
E no meio da natureza, sentindo uma brisa suave, a gente enxerga melhor que viver vale a pena e solta aquele grito bem alto, obrigado meu Deus!
Deparo-me a indagar, o que vejo é o que almejo? O que sinto é o que me perpetua? O que tenho é o que me pertence? O que sou é o ideal? Onde estou é o real? Não sei, nem tão pouco saberei, pelo menos por ora.
É necessário voltarmos nossos sentidos para a real vida, para a nossa essência, para que quando chegarmos ao crepúsculo de nossas vidas, olharmos no espelho e contar as marcas fincadas em nossa face e enumerá-las uma a uma, como um troféu de honra ao mérito, por ter vencido essa longa batalha chamada vida.
A angústia existe, sempre existirá, o que nos resta é driblá-la, não deixar que ela apague nosso brilho, nossa força e vontade de viver.
Nós somos o que somos e nossa luta pela liberdade necessariamente deveria passar pela dinâmica da lucidez mental.
Viver é muito mais que respirar, viver esta para a vida como o desafio do próprio ar, ar que surge sem tempo o tempo todo e que ao reagir da fúria de uma nebulosa que brilha ensaiando o ballet de uma galáxia colorida e retumbante.
“Compreenda o seu eu, vá atrás do que te faz feliz, se vivemos só uma vez que tal viver em busca da felicidade?!”
“Viva o que tem que viver, faça o que achar que é pra ser feito, perdoe, peça perdão, ame, chore, cante, se arrependa mais do que fez! Não deixe de fazer por medo de fracassar.”
Comumente escuto/leio que envelhecer é o produto final do trato digestivo... Prefiro agradecer que (ainda) estou no mundo, seja lá quanto espaço tempo for.
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