Poema Terra
Guardiões da terra. Em um mundo que se desfaz,
Onde rios secam e florestas jaz,
Onde cidades sufocam e paisagens morrem,
É hora de sonhar, de respirar, de renascer.
Escute o grito da terra, o chamado do vento,
Plantemos a semente da esperança.
Fiquemos atentos ao cântico dos rios, que ainda fluem.
Escute a voz do universo que nos chama,
A cuidar da terra, a respeitar o tempo,
A mão que planta, que cultiva, que colhe,
O olhar que vê, que sente, que sonha.
Nós somos os guardiões da terra,
Os cuidadores do futuro,
Nós somos os sonhadores,
Que podem mudar o curso.
Vamos semear uma nova sociedade,
Em harmonia com a terra,
Vamos criar um mundo,
Onde todos possam viver.
Com poesia, vamos nutrir,
Novos caminhos, novas possibilidades,
Vamos erguer-nos, respirar,
E olhar para o horizonte.
O futuro se desdobra,
Com cada verso, cada linha,
Um novo mundo se cria.
Que seja este o nosso legado,
Um mundo vivo, um mundo sagrado,
Onde a humanidade possa florescer,
Em harmonia com a terra.
Nós somos pó estelar
que o vento sopra na vida.
Santo Antônio do Salto da Onça RN
Terra dos Cordelistas
18 agosto 2024
O Grito da Resistência
Nasci acorrentado,
na terra do sangue derramado.
Minha pele é o preço, minha alma, o fardo,
e o mercado exige o que não soube negar.
Cada golpe corta minha carne,
mas o que mais fere é o grito engasgado,
a raiva que cresce em minha alma,
a dor que não se vê, mas me consome.
Me chamam de “animal”, me tratam como terra,
mas meu espírito não se dobra.
Sou o grito que tentam calar,
sou a força que resiste, mesmo acorrentada.
Minha cor não é mercadoria,
é resistência, raiz, história.
A luta é minha, a memória é minha,
e um dia, a liberdade será nossa.
E quando os muros da opressão caírem,
quando o silêncio for quebrado de vez,
a liberdade será nossa não como promessa,
mas como o grito de quem sempre se levantou,
como a força imortal de quem nunca se curvou.
Na beira do rio
deixou sua voz
brincou na terra
dos seus antepassados
perto de nós há
um caminho de vida
Eis a esperança
desse som.
Choro no pampa
Na vastidão dos pampas, onde o céu abraça a terra,
Eu vi a água subir, tragédia que desespera.
Rio Grande em pranto, suas lágrimas a correr,
Levando casas, sonhos, num lamento sem poder.
Chora o gaúcho, de bombacha e alma lavada,
Pela perda dos seus, pela lida inundada.
No galpão submerso, a tristeza era senhora,
E as fotos dos antigos, agora só na memória.
Sem teto, sem abrigo, sob o manto estrelado,
O peito da gauchada, de saudade foi cravado.
Perdido o que se tinha, construído com suor,
Restou só a esperança, e o peito cheio de dor.
Mas veio a solidariedade, de todos os cantos, a brilhar,
Brasileiros de mãos dadas, prontos para ajudar.
Do Oiapoque ao Chuí, um só coração pulsante,
Na tragédia das enchentes, somos todos irmãos, adiante.
E assim sigo campeiro, com o pala a me cobrir,
Na certeza que o Rio Grande, há de novamente florir.
Com a força do meu povo, e a ajuda nacional,
Reconstruiremos tudo, num esforço sem igual.
Esta poesia reflete a resiliência e a união do povo gaúcho e de todos os brasileiros
diante das adversidades, mantendo viva a esperança de que unidos venceremos todas as adversidades.
Roberval Culpi
08/05/2024
“Somos sementes de uma só árvore, enraizados na mesma terra, nutridos pela mesma seiva, mas cada um floresce no seu tempo e dá frutos diferentes. A beleza está justamente nessa diversidade: somos únicos, mas pertencemos ao mesmo tronco da vida.”
Rafael Falanga
CARTA DE SOCORRO
A quem ainda pode me ouvir,
Aos que ainda sentem a terra sob os pés,
Aos que ainda se lembram que sem natureza não há futuro:
Socorro!
Eu sou a Caatinga.
Sou o único bioma exclusivamente brasileiro.
Nasci do calor, cresci na escassez, floresci na resistência.
Durante séculos, abriguei povos inteiros, curei feridas com minhas raízes, alimentei famílias com meus frutos, e dancei com o vento seco sob o sol ardente.
Mas hoje, estou morrendo.
Tenho sido queimada, arrancada, esquecida.
Espécies que guardava como tesouros — como o pau-ferro, a baraúna, o umbuzeiro, o mororó, o juazeiro e o mandacaru estão sendo levadas embora, uma a uma.
Meus filhos verdes, meus espinhos de proteção, meus galhos retorcidos de luta, estão sendo transformados em cinzas, carvão e silêncio.
Me chamaram de pobre, de seca, de lugar sem vida.
Mas nunca perguntaram o quanto dei de mim para que a vida sobrevivesse aqui.
Nunca olharam com carinho para o que fui capaz de sustentar, mesmo com tão pouco.
Eu sangro em silêncio, mas agora grito: me recatinguem!
Me curem.
Me deixem respirar de novo.
Não quero virar lembrança em livros didáticos.
Não quero ser só nome em relatório de extinção.
Quero ver de novo as folhas do umbu se abrindo depois da chuva.
Quero ouvir o barulho das ararinhas-azuis que quase não existem mais.
Quero acolher de novo o vaqueiro, o sertanejo, o viajante.
Peço socorro aos cientistas, aos agricultores conscientes, às escolas, aos jovens, aos povos originários e tradicionais. Peço socorro a quem ainda me reconhece como vida.
Plantem o que sou.
Ensinem quem fui.
Preservem o que restou.
E devolvam-me o que me tiraram: o direito de continuar existindo.
Eu sou a Caatinga.
E eu ainda resisto — se vocês resistirem comigo.
Com dor e esperança,
Caatinga a voz esquecida do sertão.
Seguir trilhas que não existem permanece um mistério:
quem inaugurou a terra com os próprios passos?
Sem explicação, vivemos — e, às vezes, apenas existimos.
Seguir por onde ninguém passou ainda é enigma:
quem foi o primeiro a pisar a terra?
Num mundo sem explicação, tantos apenas vivem por viver.
O mundo continua dando voltas
e a terra treme e não está ficando
pedra sobre pedra; pedras estão rolando
e muitos agora estão temendo.
O que estava encoberto foi descoberto;
ganharam por um tempo os espertos
e o mundo está vendo a Vitória
do que é justo, do que é certo.
Virão outros fazer história;
que sejam eles os despertos!
BOM JARDIM TERRA QUERIDA DE BELEZA SEM IGUAL
Profª Lourdes Duarte
Bom jardim terra querida
De clima ameno e de lindas manhãs
Por sua beleza singela e exuberante
Com seus campos verdejante
Outrora cobertos pelas flores dos Ipês.
Graças as esplêndidas matas floridas,
Dos paus-d’arco de várias cores,
Amarelo, branco, roxo ou lilás
Bom jardim é o seu nome
O Capelão, outrora, encantado, o batizou.
Meu bom jardim terra querida,
Com paisagens tão belas que ostentas,
Teus encantos, embora singelos,
Fascinam a todos os visitantes,
Que aqui se aconchegam,
Em período de festas ou não.
Bom jardim terra da música
E do granito imperial,
Do rio Tracunhaém da Pedra do Navio,
Da Gruta De Lourdes e do Caboclo
Terra de Santa Ana e São Sebastião.
Bom jardim, berço de filhos brilhantes,
Com seus feitos, na poesia, na política,
Na arte, na labuta e na educação,
Construíram passo a passo sua história
Sementes plantaram com honradez
E até hoje, seus frutos perpetuam.
Em cada recanto do município
Encontram-se belezas sem igual,
Ladeiras cobertas de verdes pastagens
O céu azul, com sol brilhante,
Ou nuvens douradas ao entardecer
A noite! A lua no alto e o brilho das estrelas
Não tem beleza igual!
ECLIPSE LUNAR
Mostraram-se exuberantes
Vermelharam o coração...
Sol, Terra, lua...Amantes!
Clécia Santos
Aqui estou eu.....
Com a mala feita para esta terra abandonar
É que cá nao tenciono ficar
Nao consigo nem imaginar
Nem caminho a retornar
Nova vida vou contornar
Deixei tudo para terminar
Sem nada a armazenar
Nova vida retomar
Fastasmas quero destronar
Mais aqui nem tencionar
Simplesmente vou andar
Para daqui voar
(Adonis Silva 08-08-2018)
Planeta
Quando nascemos, nossa mãe terra
nos recebe e nos alimenta ;e quando
mortos, ainda nos mantem acolhidos;o
minimo que poderíamos fazer com
tamanha bondade de nossa mãe terra
seria retribuir a ela amando-a ; mas o
que ai se apresenta não passa de
ódio puro para com ela.
OLHOS D'ÁGUA
Os olhinhos se abriu
Diante de tanta beleza
De candura a natureza
Que a terra descobriu
Viver o amor é encantado
Na humildade de um povo bom
Onde a vida em um simples tom
Si, bem acompanhado
Pra esquecer a minha magoa
Vou pro meu paraíso
Partiu Olhos D´agua
Quando o peito rasga por dentro,
E arde como brasa, não significa o fim.
Mas como a terra, precisa ser arada e revirada por completa, pra ter nova plantação.
Não deixamos que o sofrimento nos abale a ponto de não ser fértil o bastante pra recomeçar.
Sempre haverá um amanhã de fartura.
Esperar
Esperança
Esperançar
Cansei
Não quero dar
Quero inventar
Outra terra
Menos espaços
.
.
Mais abraços
Voei, andei, naveguei;
Conheci lugares, pessoas e paisagens;
A brisa, a maresia e o aroma da terra;
Sensações que vão e vem como o balanço de um trem.
FÉ.
A terra aqui anda quente
a chuva a tempos não cai
vaqueiro perde a patente
a vida emperra e num vai
o sertanejo é quem sente
e apenas cresce a semente
da fé que existe no Pai.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp