Poema Terra
(II)
passados os mil anos
partirei voando com as aves
até aos confins
onde a terra e sol se abraçam
e é negro o pôr sol
SOU NORDESTINO.
Essa terra é minha vida
o nordeste é meu encanto
não tem dor, não tem ferida
que me arranque desse canto
minha semente é protegida
e mesmo na seca atrevida
sou valente e me garanto.
Tenho certeza que a minha missão aqui na Terra ainda não terminou e o que me dá tamanha convicção é que ainda estou vivo!
Pedro Marcos
Quem poderia dizer
Que hoje seria assim
Se tudo que dá na terra
Acontece por sob ela
Ocorre com o passar do tempo
O frio em calor transforma
E assume outra forma
Cada essência traz um gosto e seu aroma
Acontece nas fibras mais íntimas de tudo
Entrelaçando e trançando
Coisas que cegos que enxergam
Acreditam tê-las visto em linha reta
Resultado inesperado
E o jogo ainda no meio
Alguns crendo saber tudo
Sem ao menos suspeitar
Onde vai e a quê veio
Faça as tuas apostas
A resposta aparece ao anoitecer
Numa linha de tempo diferente
Tênue e muitas vezes branda
Mais ou menos parecida
Com o jogo de mais e menos
A mesma luz
Que faz a química da vida
É a luz que desvenda a mímica mal feita
da terceira versão
Nisso consiste a perfeição da vida
Onde cada um de nós se conduz
No escuro caminho da solidão
É tudo espetáculo de sombra e luz.
Óh coração adolescente,
procuras amar intensamente.
Por todo horizonte dessa Terra,
encontro-lhe e penso que me levas.
Meu corpo, minha alma, eu sou teu,
sonhei, implorei por beijo seu.
Garota bonita, eu te amo,
conheço-te a pouco, porém anos.
Confuso fiquei, não deu certo,
perder-te me faz te querer perto.
Queria amar-te para sempre,
quem dera eu não fosse adolescente.
Chorei pelo fim, faltei à escola,
pra vida não quis nem dar mais bola.
Contigo partiram meus encantos,
pra sempre ficarei meio aos prantos.
Garota que era alma gêmea,
por ti cantarei meu poema.
Queria amar-te para sempre,
passastes óh amor, adolescente.
E naquele momento
- momento de decisão –
Havia apenas uma ordem:
“Sai da tua terra,
Deixa a tua casa,
Caminha para um lugar
Que eu te mostrarei...”
Mas onde ir, onde andar?
Qual o caminho seguir?
Em que estrada caminhar?
Mas havia uma promessa:
“Qualquer que for o teu destino,
Qualquer que seja a tua habitação,
- garante o Deus Divino –
Vai, Sê tu uma bênção.”
SAGA DE VALENTIA.
O nordestino sabe honrar
nossa terra, nossa gente
quem nasce pra trabalhar
não se esconde do batente
quando não pode plantar
ele abastece o caçuá
agradece e segue em frente.
SOU DAQUI.
Ei você que fala Oxente
nunca pense em ir embora
essa é a terra da gente
e não tem melhor lá fora
a beleza é permanente
e aquele cuscuz quente
por aqui tem toda hora.
SER.
Ser Nordestino é ser
cabra valente da peste
mesmo se a terra arder
ficar o quanto lhe reste
fazer cuscuz pra comer
e ter orgulho em dizer
o quanto ama o Nordeste.
TERRA DO NUNCA
Ela vive a realidade,
mas se afasta assim que pode.
A realidade que foge,
enquanto tenta alcançá-la.
Ela finge, se acomoda.
Ela está sonhando acordada.
Ela vive suas loucuras.
Fugindo sempre pro mundo da lua.
Experimenta a dureza do chão,
enquanto ela ainda não descobre,
por qual caminho se consegue "cair para cima".
Porque a sua sabedoria,
ainda é loucura pro mundo.
Nessa terra toca o som do meu amor
Meu coração bate no ritmo do Olodum no pelo
E só de lembrar vem a saudade
dessa linda cidade
São Salvador
Meu orgulho se aflora no instante em que posso dizer, sou baiano com amor!
ESPERANÇA!
Essa terra sobretudo
será sempre um paraíso
apesar de pouco estudo
tenho mais do que preciso
no que depender ajudo
porque a seca leva tudo
mas não leva meu sorriso.
NOSSA TERRA!
Meu Nordeste abençoado
rico de tanta de beleza
esse terreno é sagrado
presente da natureza
aqui tudo que é plantado
sai fresquinho do roçado
direto pra sua mesa.
Essa é minha terra amada
porque sou cabra da peste
falo oxente e arretada
e não ligo quem conteste
gosto de bode e buchada
não tem seca, não tem nada
que me tire do nordeste.
A VOLTA.
Sem chuva e a coisa feia
no sertão tudo arrasado
fui viver em terra alheia
passei fome fui negado
por aqui ninguém proseia
mas eu fiz um pé de meia
pra voltar pro meu roçado.
Não boto minha terra a venda
mesmo na maior revolta
quase nada aqui dá renda
mas a fé é quem me escolta
eu não vendo essa fazenda
mesmo que seca me prenda
um dia a chuva me solta.
FIBRA!
No sertão a terra racha
o grau aqui passa de cem
e a seca ainda despacha
os nordestinos de bem
passa fome se esculacha
mas não tira uma bolacha
do balaio de ninguém.
"NA SOLUÇÃO PARA DIVERSOS PROBLEMAS QUANDO CRIOU A TERRA,
DEUS CRIOU O HOMEM PARA RESOLVÊ-LOS.
AGORA.
O MAIOR PROBLEMA NA TERRA
É QUANDO O "HOMEM" SE ACHA UM DEUS!"
ALVORECER
No horizonte distante
morre o sol atrás dos montes,
a terra sucumbe nossos pés...
e o silencio sobressai aos sentimentos.
Vem a noite o rompante
... Surge a lua, triunfante...
O amor, encrua no quarto.
A ganância expande nas ruas...
Dias noites, momentos efêmero
Sol brisa, bolhas...
Sobre a linha do mar atenua,
as velas de um navio, uma canoa
cascatas de ondas, ventos, garoas...
redes, e esteiras de taboas.
Quirela de milho, charque uma boa broa...
Os astros circulam suas linhas
estrelas seguem o rei.
A tarde vem para atender as decepções
dos sonhos, e se deita sob a noite, para
sanar o cansaço mental e físico.
Tudo gira nada para de correr
cada mundo em seu mundo, cada ser...
Todos e tudo cada um, cada você,
Se você tomba, seu mundo para ti,
deixa de alvorecer.
Antonio Montes
ÁPORO
Um inseto cava
cava sem alarme
perfurando a terra
sem achar escape.
Que fazer, exausto,
em país bloqueado,
enlace de noite
raiz e minério?
Eis que o labirinto
(oh razão, mistério)
presto se desata:
em verde, sozinha,
antieuclidiana,
uma orquídea forma-se.
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