Poema Terra
Explicação
Ó linda que nasce da terra que sai das ranhuras com tanta bravura do pé desta serra,
Pedi tanto para não perder sua formosura, teu cheiro, sua textura.
Pedi para juntar-se uma a uma formando um montão, caminhar mais um pouco formando turbilhão
Pedi para guanandi, sanca d'água, imbaúba, pinhão do brejo, agarrar-te aos teus pés, para dar-te firmeza até chegar ao seu destino
Ó bebida amarga que provo todo dia
Em dias de calor e em noites frias
Quero uma explicação !
Porque tornaste tão amarga ?Levando nossas casas, meu arreio, meu cavalo
Minha tralha de montaria
Destruiu tanta beleza
Carregou nossa esperança
Nossos sonhos de criança
Ainda estamos de pé
Não levará jamais a nossa FÉ.
Leve o que no caminho achar
E não se esqueça do abraço, mas deixe minhas lágrimas no mar.
Minha terra tem Torquato
Onde canta a Tropicália
Quem não se arrisca?
Um poeta não se faz com versos, mas com a gentalha...
Hoje andamos pela terra cheios de planos e sonhos,
Em algum momento estaremos sob a terra, sem vida
ela estará sobre nós
E os planos vão embora com os sonhos que não são mais sonhados...
Almeirim, Terra Que Inspira
Almeirim, teu nome ecoa forte,
no sopro doce da mata e do rio,
és poesia que nasce no Norte,
és raiz, és caminho, és desafio.
Teus traços moram nas mãos do artesão,
na dança que gira em roda de chão,
no batuque que pulsa a tradição,
no canto que embala o coração.
Tens no povo teu maior tesouro,
simples, valente, guardião do ouro
que não brilha em metal — mas em alma,
em histórias contadas com calma.
Sou filha de tuas águas, de tuas ruas,
onde aprendi que o mundo também é meu.
Em teus braços, cresci, sonhei,
e hoje declamo: Almeirim sou eu!
Cidade-menina de colinas reais,
te reverencio em verso e canção.
Não trago ouro, nem trago festim,
te trago, inteira, no meu coração.
"Eles esquecem que quando colocam sementes em uma cova, e chegam terra em cima, árvores crescem a partir delas, e a grande maioria são de bons frutos."
Essa frustração é compreensível.
Este texto não é sobre terra, e muito menos sobre arvores e frutos!
Creio eu, lógico que não tenho certeza, que tudo que há no Planeta Terra serviu, serve ou servirá para outra(s) coisa(s), ou seja, na Terra não há nada em vão. Será que estou certo em pensar assim? Avisando que não sou o dono da verdade e nem o dono da razão. Respeito todas as opiniões, inclusive as contrárias das minhas.
[Fortaleza/Ce., 12/04/2025]
✍️
Na terra onde o bode berra,
também canta o bem-te-vi,
cantata em meu pé de serra,
nas plagas do Piauí!
“Os sarobeiros vieram ao planeta Terra como revolução da arte capoeira.
Capoeiristas diferenciados, com seus próprios segmentos e fundamentos.
Criam sua própria história, trilham sua própria caminhada.
Não seguem ninguém — são a própria referência.
Dizem que já nasceram sabendo tudo,
Porque carregam no sangue o axé, a malandragem e o saber ancestral da capoeira.”.
“Tocantins Palmas, capital da arte capoeira.
Terra onde a ginga floresce e o berimbau canta alto.
Tem bons, tem ruins — mas na roda, todos têm seu lugar.
É na mistura das malandragens, dos estilos, das intenções,
Que nasce a melhor roda de capoeira.
Ali, ninguém é maior que o jogo,
E é juntos que fazemos acontecer o axé.”
"Primavera em Verso"
Desperta a terra em doce alarde,
com flores dançando em tom suave,
o vento canta, a vida arde
num verso leve que não se acabe.
Borboletas traçam no ar
desenhos livres de esperança,
o sol sorri só de espiar
o renascer da temperança.
Os campos vestem-se de cor,
os ramos brotam sonhos novos,
o tempo abranda sua dor
e pinta o céu com traços roxos.
Primavera, estação do peito,
onde tudo encontra jeito
de florescer sem ter receio —
até o amor, num simples beijo.
Ciclos da Alma
Por Rizza de Morais
Neblina na serra, chuva na terra
Neblina que baixa, sol que racha
Felicidade na alma, paz que acalma
Silêncio que aquece, ternura que embala
Entre montes e vales, o tempo dança
Ora em névoa, ora em esperança
É a serra que chora, é o céu que clareia
Natureza que fala, alma que anseia
Tal como o tempo, a vida é passagem
Hora é nevoeiro, hora é miragem
Mas dentro do peito, brilha esperança
Feita de luz, de amor, de bonança
Felicidade não grita, sussurra baixinho
É vento leve, caminho mansinho
É paz que se achega sem pedir licença
É flor que desabrocha na minha presença
Não preciso de olhos que me vejam flor
Sou raiz, sou tronco, sou o meu amor
Ser feliz é saber — com alma e certeza —
Que o amor mais profundo nasce da minha beleza
Quem mora no interior
não quer saber da cidade
em terra de plantador
não se fala em vaidade
aqui se diz sim senhor
e quem oferta o amor
jamais entrega a metade.
Raça maldita,
Terra bendita,
Planta e colhe,
O carma escolhe.
Dor e labor,
Amor e rancor,
Fé e esperança,
Desprezo com bonança.
Lança de Luz
Na terra dos mártires, lá do Oriente,
nasceu um guerreiro de alma valente.
Soldado de Roma, mas servo do amor,
ergueu sua espada ao chamado do Senhor.
Montado em seu branco cavalo sagrado,
enfrentou um dragão com olhar iluminado.
Não foi só a fera que ele derrotou,
foi todo o medo que em mim já morou.
Quando o mundo se fecha, quando tudo me fere,
é teu nome, Jorge, que o peito prefere.
Teu manto me cobre, tua fé me conduz,
és santo de ferro, és chama de luz.
Tu não recuaste diante do mal,
pagaste com vida teu gesto leal.
Mas tua lenda atravessou a distância,
e virou promessa, virou esperança.
Hoje, meu santo, com canto e respeito,
te trago em palavras guardadas no peito.
Que tua coragem nunca me abandone,
e que tua lança meu passo apronte.
Escrevo na esperança que esse tempo e o vindouro leiam:
A terra canta em raízes, rios e folhas que sussurram segredos antigos, onde cada árvore é um pulmão, cada flor, um verso esquecido no livro do vento. O sol tece ouro sobre a pele da humanidade, lembrando-nos: somos feitos do mesmo pó que nutre as sementes, a natureza não é cenário, é abraço que cura a fome de ar puro, a sede de silêncio.
Escrevo para lembrar que cada árvore plantada é uma carta ao futuro, cada gesto de cuidado, um poema invisível, e que o amanhã encontre flores onde hoje semeamos raízes.
A terra não é herança, é empréstimo, que saibamos devolvê-la inteira, cheia de histórias para contar. Que o futuro leia estas linhas como um mapa: nas veias do mundo corre o mesmo sangue que nos une. Protegê-la é escrever, com raízes e mãos, um amanhã onde a vida ainda respira.
Contei-lhe minha história e para ti fiz nascer poemas...
Coração solto em terra ímpia a florescer...
Da ilusão por mim criada só tive algemas...
Onde aprendi a sofrer...
Todas as portas já cerradas...
Todas as ruas vazias...
Vejo as estrelas a chorar...
E até, quem diria...
Não é mais bela a lua...
É só uma luz fria...
No jardim das almas...
Ninguém acompanha meu caminhar...
Saudade ou aspiração?
Deixei minhas virtudes cair ao chão...
Cansei de tanto oferecer...
Do que não há de voltar...
Do tempo que há de chegar...
Castigo inexpiável...
Tamanho é meu parecer...
Para ter meus sonhos realizados...
A quem devo obedecer?
Para quê a busca das coisas?
Quando por fim tudo acaba?
Valerá a luta da conquista...
Onde ainda se crê e se ama ainda?
Sim, é certo...
Quem eu amo...
Agora zomba e ri do meu amor…
Em tudo o que fiz pus o cuidado...
Será possível mesmo o fim de tudo?
Restando-me só ausência e dor?
Sandro Paschoal Nogueira
Carrego o peso de um céu distante,
onde até os anjos hesitam em me acolher.
Na terra, caminho entre sombras e feras,
sem medo do que rasteja, sem tremor diante do mal.
Meu temor é apenas um:
não encontrar abrigo nem na luz, nem no abismo.
Ser um lobo sem matilha,
um espírito solto, entre a guerra e o silêncio.
Barra do Corda, Joia do Sertão
Barra do Corda, terra de encantos mil,
Entre rios que dançam sob o céu anil.
Corda e Mearim, em sagrado enlace,
Guardam tua história, que o tempo não desfaz.
Berço ancestral, de tribos primeiras,
Ecoam teus mistérios pelas ribanceiras.
Antes mesmo de seres fundada,
Já eras sagrada, já eras amada.
Manoel de Melo, em teu seio chegou,
E diante de ti, seu coração se encantou.
Viu nos teus rios um espelho do céu,
Na tua paisagem, um poema fiel.
Colinas te abraçam, chapadões te guardam,
Teus caminhos vermelhos memórias resguardam.
Tua cultura é viva, tua alma é forte,
Barra do Corda, és do Maranhão o norte!
Hoje, ao soprar teus cento e noventa janeiros,
Celebro contigo, entre cantos e festeiros.
És sertaneja, és centro, és raiz,
Terra que pulsa, terra feliz.
Que os teus dias sigam em paz e progresso,
Com teu povo altivo, firme e promesso.
Barra do Corda, orgulho e paixão,
Eterna estrela do meu coração!
À Mui Nobre e Leal Barra do Corda, Terra de Antanho Encanto
Ó Barra do Corda, gleba veneranda,
Onde os rios Corda e Mearim se entrelaçam qual serpentes de prata,
Nasceste do seio da selva antiga,
Antes mesmo que mãos humanas te nomeassem.
Em teu berço de mistérios e lendas,
Habitavam as almas primígenas das tribos,
Guardando, com silente altivez,
Os segredos dos matos, dos ventos e das águas.
Foi então que o destino, em sua vereda tortuosa,
Conduziu Manoel de Melo Uchôa —
Varão destemido, de espírito fundante —
Que, deparando-se com a paisagem formosa,
Estacou sua jornada e contemplou a obra do Altíssimo.
Rios se abraçavam, colinas vigiavam,
Chapadões vastos, feitos muralhas de barro e sol.
E ali se firmou o primeiro marco,
Ali nascia, na alma da terra, a mui nobre Barra do Corda.
Ó cidade sertaneja, centro pulsante do Maranhão,
Tuas veredas foram trilhadas por outros nomes imortais:
Frederico Figueira, destemido no verbo e na ação;
Dunshee Abrantes, voz que ecoou em tua ribalta;
Isac Martins, pilar da memória e da justiça;
Galeno Brandes, mestre das letras e da honra.
Sois filha dileta do tempo e da luta,
Teu povo, forjado no barro e na fé,
Ergue-se altivo em cada alvorada,
Guardião de tua história, teu nome, tua fé.
Agora, que celebras teus 190 janeiros,
Recebe esta humilde lira,
Como quem oferece à rainha um ramo de mirra:
Canta-te meu peito, exulta minha alma!
Salve, ó Barra do Corda, terra de bravura!
Que teus dias sejam longos e tua memória eterna.
Que em cada alvor renasça tua glória,
E que o tempo jamais te vença.
preces ao mau tempo
de tudo que dá na terra
honrar respeitar bem-dizer
de tudo que dá na terra
nosso futuro ao breu consagrado
ave o seu ventre mãe de deus e nossa
decepamos a destra o cetro
não menos o nascimento e a luz
ofusclarão de placenta oca
de tudo que dá na terra
nos ensina a confundir obediência e amor
de tudo que dá na terra
repete que é dor o que educa
e faz lentamente a pele crescer
sobre os espartilhos da doutrina
de tudo que dá na terra
nos acinzentaram a imaginação
para as cores do desobedecer
desobediência de rato desobediência de leão
desobediência de água-viva desobediência de mosca
ainda são bípedes
os que vivem de joelhos?
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