Poema Sobre Solidão
Sr. Sorriso
Vou te mostrar o melhor de mim e embora você possa presenciar o meu pior, eu nunca vou deixar de sorrir para você.
Você nunca vai me ver chorar e você nunca vai saber que estive ou que estou triste.
Pode me magoar, você não vai me machucar e eu vou deixar você saber porque, eu vou sorrir para você.
SONETO INDIGENTE
Na entranha dos poemas tenebrosos
O silêncio parece ter palpitante vida
E a solidão, sobre a poética refletida
Traz ocos e sentimentos impetuosos
Pela sofrência, em salmos lamuriosos
Sussurra a prosa em uma rima sentida
E a versificação senti tão enternecida
Os cânticos rumorejantes e vultuosos
Em odes sombrias, a privação, o pesar
Ah! soneto indigente, deixai-me livrar
Da situação importuna que tempestua
Priva-me do verso esfolado, crucificado
A aflição, as matinadas, de um passado
Que suspiram na poesia sibilante e nua!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Maio, 16/2022, 18’16” – Araguari, MG
Pensar é premeditar fantasias e realizar energias.
A prisão não são as grades,
as vezes você pode ser livre e preso dentro de você mesmo.
CHORAR BAIXINHO...
Morreu. Vestiu-se de negro o sentimento
entre as lembranças as muitas, as penosas
dando um aperto do que foi um dia alento
hoje só tristuras nas recordações dolorosas
Má sorte! Como dói o afeto que foi ao vento
ao relento, o olhar afligi agonias silenciosas
ó ilusão, então, me tira deste tal sofrimento
balsama minh’alma com perfumes de rosas
Aliviando, assim, essa fúnebre infelicidade
pense na sensação de ferir-se com espinho
desolado pelos pensamentos de saudade...
Se este amor está morto, sem um carinho
um abraço, o laço, e não mais restou nada
então, deixe meu coração chorar baixinho! ...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
15/03/2021, 14’07” – Araguari, MG
Rumo
Ando sem rumo
Triste e sozinho
Sem ninguém para contar
Ninguém para chamar de amigo
Esses dias estão sendo difíceis
Escondo-me debaixo de uma máscara
Para que ninguém saiba o quão triste estou.
Sou tão ingrata. Egoísta.
Tenho tanto mas não tenho nada.
Sou pobre de alma e espírito.
Sou um vasto nada em meio a um completo desespero de tudo.
Decidir me afastar de tudo e todos que não me faziam mais bem, aprendi que no final sempre vai ser eu por mim, e que nem sempre amizade é essencial para se viver a vida.
E que a vida é constituída primeiro pelo amor próprio antes de qualquer coisa.
Nem sempre amigo, família e conhecidos vai te trazer felicidades, por isso aprenda a curtir sua jornada sozinho daí você verá o quanto é bom ser feliz sem depender de alguém.
Muitas vezes na caminhada
já em passos bem cansados
segue o viajante que divaga
sobre o que lá atrás há deixado
Seu coração pede aconchego
está quase desistindo de lutar
mas a vida manda- lhe um adrego
encontra sempre um jeito de se adaptar
Adapta-se à lágrima e à dor
consegue até dar algum sorriso
sem saber que foi Deus, o Criador,
que lhe mandou tudo que foi preciso
Segue então de novo seu caminho
muitas vezes sem ter mais a solidão
pois encontrou quem lhe dê carinho
seja um amor ou um abraço de irmão
***Adrego : acaso ou casualidade
Abrindo Caminho
O estrada tem uma pedra
E um pouco de espinho
Um esforço que se arreda
Abriras o caminho
Não tem humidade no chão!
A solidão é obscura!
Tristeza que não tem cura?
E a rosa do sertão?
Como fugir do tormenta
Sem nenhuma ferramenta
Enxergar uma tramela
Sente-se e reze uma prece
A escuridão desaparece
Sem que haja vela.
Ademir Missias fev/21
Solitude
Não é que eu seja solitário, não é isso. Eu só aprendi, com a vida, que de vez em quando é necessário estar a sós com minha mente, para que ela e meu coração apertem as mãos e percebam que se completam. Auto-conhecimento e equilíbrio são duas coisas que não se pode ensinar... É preciso que a razão e a emoção se abracem. Nem todo mundo precisa de companhia o tempo todo... Essa é a diferença entre solidão e solitude: a solidão é uma sensação de profunda tristeza e abandono, por achar que não tem com quem contar; já a solitude é se colocar em um estado de reflexão, aonde vc já entendeu que tem pessoas ao seu redor com quem pode contar, mas mesmo assim, prefere se aproximar daquela que é mais íntima de ti, minha flor. Você.
Texto inspirado na música Sozinho de Caetano Veloso
"Às vezes no silêncio da noite", a gente chora, a gente ri, agradece, ora, pensa, repensa…
"Às vezes no silêncio da noite", a gente pensa em desistir. Mas depois de tanta luta, não dá pra largar tudo e dá adeus aos sonhos.
"Às vezes no silêncio da noite…", a gente se decepciona. Lembra das amizades antigas, das novas amizades, das que deram certo, das que nem chegaram a ser amizade… das que pensamos ser amizade.
"Às vezes no silêncio da noite", a gente reconhece os erros. Relembra os acertos e rir de si mesmo pelas mancadas, dos micos que pagou…
"Às vezes no silêncio da noite", conversamos sozinhos: "tá vendo? Eu te falei… Você já disse isso para si mesmo? Eu já.
Ah! Às vezes o silêncio da noite é solitário, frio, melancólico, triste.
Todos temos o nosso momento de silêncio. Basta parar um pouco.
Quer saber? Parece triste. Mas no decorrer de um dia cansado, entre o deitar e o momento em que o sono chega, fique em silêncio. Fale com você mesmo. Fale com Deus. Ore. Agradeça. Peça. Seja forte. Faça o simples, mas o faça com vontade. E quando acordar, bem, aí é com você. Seja feliz. Boa noite.
Quero ser seu mundo
(03/04/2021)
Você já foi o mundo para alguém?
É tão bom, né?
Mas, de repente, a vida corre e você vira uma lembrança, apenas um passado.
O mundo segue girando e você segue vivendo a vida.
Você trabalha, você vive, você mal respira.
Você segue do seu jeito,
Segue não pensando para não sentir falta.
Porque a grande verdade é que é tão bom quando se respira o mesmo ar onde o amor está.
Fazer falta para alguém.
Ser o mundo de alguém.
QUEM DEFINE É VOCÊ...
Uma tarde de chuva, as gotas escorrem pela janela e tudo que você tem é um bom livro e uma xícara de café quentinho.
Nada mais que isso importa, apenas você e seus pensamentos.
E por falar em pensamentos, eles te remetem a um encontro com o passado e com isso a lembranças de momentos em que você sofreu por coisas que não valiam a pena.
Quantas lágrimas derramadas, promessas não cumpridas e quantas ilusões de uma vida feliz e perfeita.
Então você olha pela janela, janela essa que ampara as gotas da chuva, mas que reflete também o rosto e com isso você percebe que o seu olhar não é mais de tristeza, com isso enxerga o quão importante você é, pois não precisa de ninguém para ser feliz a não ser você mesma (o).
Você respira fundo, olha em volta, senta na poltrona em sua sala olhando para a janela.
A chuva cai, você toma o seu café com o livro em seu colo...
Se o momento é de liberdade ou solidão ?
Você Define.
Renatto Oliveira
Eu morri.
Não sei exatamente quando nem onde
Mas eu morri
Olho no espelho, não reconheço este rosto fora do padrão, olhos assustados, cheios de lágrimas...
Penso comigo "essa sou eu?"
Engraçado, não me lembrava de ser assim.
Mas torno isso natural até a próxima dor.
Vivo em um corpo morto, cabelos ralos, unhas quebradas, dentes amarelos, um psicológico fraquíssimo, me pergunto: Eu morri?
Sim, eu morri ha muito tempo, mas meu espírito se nega a desistir de sua missão, porem, eu morri.
►Caro Sabiá
Sabiá, meu caro amigo viajante
Avisei a João que estou a caminho
Diga-o o quanto estou em romance
Peça-o para que me receba com carinho
Sabiá, sabes bem a quem fui a confessar lá nos mangues
Andorinha vizinha, Sabiá, que criaturinha linda em sorriso
Logo que a vi, piei, rebolei-me todo em sedução cativante
Atrapalhei-me, Sabiá, deixando-me levar pelo calor sem juízo
Voou tão distante a criaturinha, caro amigo, tão distante
Piei em dor ao luar, pensando se voltaria a cantar em delírio
Chorei, Sabiá, sem saudades de um amor correspondido para sarar.
-
Passei desta fase vergonhosa, Sabiá, pela dor sem motivo
Saí pelos céus a fora, até que ficassem alaranjados, em busca de um lugar melhor
Machuquei-me em encontro de alguns galhos em frente ao destino
Sabiá, busquei ela, admito, Andorinha que sempre sorria ao redor
Penso somente em suas plumas a voar no horizonte, como se não fossem voltaria
Nunca mais as vi, Sabiá, que saudade de quem não me conhecia, que dó
Sabiá, amigo, tudo o que desejo é que eu volte a vê-la, só um pouquinho
Então voarei a seu encontro, Andorinha linda, que desconhece meu amar.
Cala-te... Teu silêncio é teu refúgio, teu abrigo e uma única esperança.
Não busque inquietações a mais do que já te assombram, não fale, apenas fique em seu silêncio e solidão.
A solidão é um momento de reflexão e auto conhecimento sem igual, aproveite. Ao se sentir só, veja o que há dentro de você, a luz ou escuridão, mas tenho certeza, que nunca estará completamente vazio.
O vazio é estéril... Logo nada se têm e nem se produz. Portanto, a solidão é sua porta mágica, onde você pode fugir de tudo e todos, até de se mesmo, para assim, analisar os fatos de fora pra dentro, até conseguir se reencontrar e salvasse de se mesmo.
A dores bateram sempre em sua porta, mas a escolha é unicamente sua de deixa ela entrar.
Suspiro num último ato de misericórdia.
Ouço a decima terceira badalada, no momento
Em que me apercebo que o passado o presente e o futuro
Se convergem numa melodia feroz, obscura, oprimida.
Nessa noite soube que nada mais havia a ser feito.
Deixei de ver a luz, deixei de acreditar e comecei a viver.
CONFIDÊNCIAS A DRUMMOND
“No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho”.
Não julgue meu caminho por ter uma pedra
Peguei um atalho no desatino
Nasci na sombra dos esquecidos
Tenho fome de amor, de pão e de carinho
Descanso no teu colo poeta, no meio do caminho
Entre a fumaça e o cachimbo
Tem uma pedra no meu caminho...
Sou alvo do descaso, sem esperança no teu colo cochilo
São dias e noites fadigados neste corpo franzino
No meio do caminho tem uma pedra, desta pedra perdi todo o meu caminho...
DIA CHUVOSO
Dia chuvoso, dilúvio,
a maré cheia, alagada,
gotas de água no ar,
olho as faces molhadas,
céu relampeja, trovão,
a cegueira da visão,
alma fria, congelada.
RECIFE FRIO
Quando você foi embora,
meus dias foram sombrios,
na congelada existência,
pálido Recife frio,
e vi subir nível d'água,
e carreguei toda mágoa,
que devastou o meu brio.
