Poema Sobre Solidão
Luz infindável
lamentos
bem vinda
doces desejos
mortos bem querer,
sonhos que morreram
em amores que transcenderam...
mesmo paradigma esdrúxulo
tem tantos atrativos num ambiente
frio coloca se sobre o destino de escolhas
sinuosamente suas corvas denotam cada estrofe,
entre o dia e o anoitecer... sendo vagante
num dilema atroz sois milhares de sentimentos.
Poesia que deflora alma,
como a musica demonstra seu calento,
virtuosa sua alma que desabrocha
fenomenal sendo igual
ao mundo que nunca vivenciei,
em termos que o senti
vulgar deliciosamente,
a imagem refleti a ternura suave,
e tão macia que se da entre âmbar dos deuses...
resistir num mundo que se inunda em perfeições.
por Celso Roberto Nadilo
Atrações
Um ritual me trouxe a vida
entre os mortos caminhei
seu amor era única lembrança,
tudo era magico, agora é uma sombra
em agonia sem memorias...
apenas a chuva que cai no meu peito
um intenso vazio me desperta todos dias.
Memórias do Espelho
Naquela tarde ensolarada de outono, onde o verão ainda imperava, ela olhou-se no espelho, entretanto, não conseguiu ver-se. Ao contraio do que acontecia fora das muralhas do seu quarto, ali, em frente ao espelho havia tanto frio, tudo era cinza, chuvoso...
Sentiu vontade de gritar, percebeu que sua voz nãos seria ouvida...
Havia nela tanta culpa por senti-se assim, ela não tinha nenhuma doença física, deformidade, a vida lhe dera oportunidades, não era ignorante em muitos sentidos, e no entanto, havia em si tanta dor, tanta certeza do incerto.
Nesse momento, eu, o espelho, olhei para ela, seus olhos verdes ardiam em meio as lágrimas, dando-lhe nuances azuladas e turvando-lhe a imagem.
_ As lágrimas lhe caem bem _ sua voz interior ecoou como uma sentença fazendo seu coração quase parar por um segundo. Sim, ela parou de respirar por um instante, quase senti sua dor, as horas implacáveis seguiram em um tique-taque frenético movido pelo tempo, mas nada aconteceu, nada mudou dentro daquela menina. Então, ela vestiu-se de solidão, blindou-se de desesperança, sepultou qualquer réstia de sonho e adormeceu para a vida.
Dormiria ela todos os dias que restassem dentro da sua rotina viciante do dia-dia. Sabia que nunca mais iria despertar então, aceitou o sono e esperou que uma nova vida chegasse.
Nos teus dias
Sabe o amor que eu te amo,
E dele eu me esqueço
Envolvido em teus braços...
Já não sinto mais o chão.
E porque te amo,
Nada tenho em mim
Que não me seja pra você...
Eu me entrego em tuas mãos.
Tua presença renova a minh’ alma
A cada toque do teu beijo,
Só quero dos meus dias
Estar a cada dia nos teus dias.
Edney Valentim Araújo
Seria errado pensar em você ainda?
Depois de tudo o que aconteceu?
Nossa relação era tão linda...
Não levou o fim que mereceu.
Você leu meus poemas
E nada falou
Viu que eram sobre você
E apenas se calou
Sei que posso ser dramática
Mas o conteúdo era real
Meu amor por você
Era mais que especial...
alucinações...
num corpo violado
a face estraçalhada,
pedaços espalhados,
no abandono a lhe cerca,
desculpas flamejam...
a vergonha de continuar...
nesta primavera é o inverno...
tantas angustias que primeira vez
que tudo encontra se num precipício...
compreenda minha dor...
ninguém sabe quando deixei de viver,
ainda que o tempo passe será mesmo inferno,
frio que atravessa a alma,
sacrifícios num mar de solidão...
por querer algo do além...
mais que flor da morte tenha doce perfume,
estranhamente mais uma decepção entre tantas,
lamentações apenas o frio e o escuro,
nada terá um sentido para imensidão...
sonhos desmoronam, o que mais esperar...
concertos atroz
em desatino...
som peculiar...
sonhos entre sombras,
sobras de um amor,
vago terror,
lagrimas secas...
desejos em rios de sangue...
confesso o sofrimento...
mais uma facada no peito...
o fel se transfere para o vazio.
respirei sua pele no ador do amor,
almeje um sonho...
acorrentado por sentir...
a noite se embriaga...
em diluvio desdem se
desastre no intimo do ser.
até as estrelas caem e morrem...
sua luz chega atravessar o universo...
metáfora, sem união do teor o sonho é o amor...
quando se acorda morremos um pouco.
um café expresso...
o sangue ferve...
o sono desperta...
tentei juro...
mais um expresso...
com doce da teus lábios...
e trago de cigarro...
cai a madrugada mais uma dose
de seus lábios...
Tudo que o que carrega sem sentimentos ou arrependimentos.
conversar torna se um algo de troca e consumo,
ricos e pobres desculpa me mais alguns trocados,
tenho fome,
tem um preço,
para onde vamos também tem um preço.
como parasitas humanoides, de um mundo decadente,
os dias se passam num sacrifico para sobreviver,
muitos tem um horizonte de consumo irreal...
e quando a existência torna se um pano de fundo ignora se
simplesmente por se um excluído,
senhores de terras distantes absorvem o destino,
são paranormais dissolvem o sentimental,
pois sua existência está em outro patamar da classe social,
tendo para si o ideal que muitos perecem para o bem comum,
a felicidade é termo comercial...
para tanto se houver um circunstância a benevolência é um ato heroico na tangente humana.
quando se violência social é um erro governamental.
viver por viver é estado imaginário e necessário,
culpados sejam citados numa carta alforria,
entre a declaração de liberdade e igualdade o somos?
errantes dentro de uma utopia divulgada pela mídia,
a cultura se difunde aos status de bem feiturias,
ingenuidade, mais templo de eleições todos te conhece
mesmo mero ser excluído ganha direito legal de existir...
para quem quer o poder depois só são elementos numéricos,
tenha a certeza que depois serão apenas mais um numa suplência da felicidade.
tristeza evidente
nessa evidência te compreendo
quando vejo meu vazio expresso que te amo
meramente a solidão que clama arder
pois bem então absoluto.
obra de arte
denota se o ar que dá
puramente até o fim da inocência...
resoluta sob o carma
que desvenda o doce prazer.
aonde esteja o vento que a carrega,
num sentimento algoz
até altruísta,
bem querer que seja.
tua permanência diante o espelho,
demonstra teu encanto, diante o algoz feroz implacável,
nessa que é distancia do amor que desvenda sua nudez,
clara e clássica, reata dores e prazeres,
ao vinho que delicia derramado sobre teu corpo,
vaidades sobre a noite de desejos,
severos coitos que devastam alma.
derretendo seus lábios mordidos.
suores entre as cavas que reluz o ador em gemidos,
cruel repente vaga sinuosamente...
pela escuridão seus desmandos parecem parador
ausente submerso nas tuas entranhas...
virtuosamente para integro da imensidão.
em retalhos murmúrios ao vai e vem
tudo em temperes que dão ao desatino...
sem mais um beijo profundo,
puramente um vulto mais acido...
em lamentos ao luar... sendo singular
deveras a supremacia do encanto,
dama da noite expressa a gloria em curvas deliciosa,
maliciosamente deslisa nos lugares inesperados...
siliciosamente a tormenta torna se seu corpo.
para unica a ausência da luz viaja diante o espaço...
momento que vento sopra tantos suspiros.
amas como amo
error é amar até morrer...
amar por amar e esquecer a vida,
amei enquanto pode amar...
ame e tenha certeza de ser amado.
Vivendo você em mim
Se pensares em mim
E te lembres de que passei,
Recorde apenas onde em ti eu fiquei,
E se encontrar-me, encontre a nós dois.
Eu que nunca te esqueci
Dei-te o melhor de mim,
Guardei-te no meu coração
E lhe entreguei o meu amor.
Sou agora parte deste tempo
Que ficou no vento de momento
Aflorando os teus pensamentos,
Estou eu vivendo você em mim.
Edney Valentim Araújo
sois encantadora...
toda noite quero te ver...
tudo desmorona quando outra noite termina.
tantos sentimentos guardados...
que assim tudo passa o coração ainda sangra...
sendo singular a lua chora... por amor...
seus olhos azuis se contrastam com a noite.
na sedução de seus lábios esqueço a vida.
entre esses dogmas da vida...
muitas vezes o amor não basta...
