Poema sobre Julgamento
Não é eliminando ou ridicularizando quem é melhor que a ti, que te tornas melhor que ele e nem te livras do peso da comparação.
Seguir tentando evoluir como ser humano num mundo onde você é julgado por um erro é uma atitude de grande resistência.
Não use as suas experiência como critério de análise para julgar a experiência dos outros. Coisas que para você foram fáceis para outras pessoas podem ser extremamente difíceis e dolorosas. Cada um sabe o peso da dor que carrega e não cabe a você se colocar na condição de juíz da dor de ninguém. O fato de você não ter vivido a história e nem ao menos tê-la represenciado já torna você inapto a julgá-la.
Às vezes, nem é sobre o que a pessoa diz, é sobre como ela faz você se sentir. Existem julgamentos silenciosos que condenam mais que palavras.
Os africanos não julgam os seus líderes ou dirigentes com base nas suas próprias convicções, mas, julgam-nos com base nas convicções dos seus neo-exploradores.
Nós temos a mania de julgar e condenar as pessoas com base em critérios que nos são bastante convenientes.
Se queres julgar alguém, julga a ti mesmo e corrige os teus defeitos. Depois, modifique sua vida e tenha atitudes e seja ético.
As pessoas julgam você, e julgam você, até que um dia você não aguenta mais e explode. Simplesmente explode.
Não importa o que diga, o que faça ou o que professe. Se não for capaz de se sintonizar com a dor do outro, de deixar de julgar o infortúnio do próximo, nenhum feito valeu a pena.
A natureza humana está constantemente evitando o diferente. A estranheza que o adverso nos causa, nos faz buscar o caminho mais curto: o de julgar e condenar.
Se eu coloco algo que eu não conheço na categoria do erro, evito me dar o trabalho de pensar, analisar e correr o risco de mudar de ideia. Muitas vezes a intolerância no campo das ideias nada mais é do que simples preguiça mental.
Quando os pais assumem o direito de punir, colocam-se no lugar de um juiz. Devem julgar o comportamento da criança para decidir se ela merece ser punida e quanto. O próprio ato do julgamento quebra uma relação baseada no amor. O amor exige compreensão, enquanto que o julgamento exige onisciência.
Para não se importar com a opinião dos outros é preciso se conhecer tão bem a ponto de saber que o que dizem não tem nada a ver com você.
Quem você pensa que é para julgar alguém profundo como o mar com o teu olhar raso que mal enxerga a superfície?
