Poema sobre a Seca
Libertação
Hoje eu me senti um pouco folha, folha seca que cai da árvore.
Pela primeira vez vi a vida ‘’árvore’’soberana aos seus pés....
Grande, forte, poderosa, de repente, senti o vento me levar.
Livre, encontrei solos áridos e úmidos e percebi que a vida ‘’árvore ‘’
Tinha sido uma fase importante do meu ser. encontrei rios .cuja
Correntezas me arrastaram para lugares distantes. Percebi esse ciclo
Metamórfico no qual a vida se realiza. Percebi que não estou longe da árvore,
Pois a árvore está em mim.
MINA!
Era a seca castigando
era a poeira no chão
era a sede aumentando
sem verde na plantação
arredei, mas tô voltando
que já tem água minando
nas terras do meu sertão.
Uma garrafa de água, seca, alguém tem sede,
Mas o plástico do recipiente será reciclado,
Se ninguém jogá-lo no bueiro mais próximo,
Causando a próxima e (in) evitável inundação.
Esperança do nordestino
Como é difícil abandonar sua terra
A seca é cruel e não espera
Em busca de uma vida melhor todos almejam
Arrumar o sustento para aqueles que ficaram
A viagem para o sudeste é muito cansativa
Longa, num pau de arara e cheia de expectativa
De conseguir trabalho nesse lugar desconhecido
Para um nordestino longe de casa e esquecido
Muitos não conseguem voltar
Se viram como podem nesse novo lugar
Na esperança de um dia poder retornar
Para seu nordeste querido que um dia foi seu lar
Quando menos se espera, anos se passaram
Apenas lembranças e saudades restaram
Sotaques e costumes desapareceram
Filhos e novas famílias apareceram
E assim encontraram seu novo lar no sudeste
Deixando para trás as dificuldades do nordeste
Com um sonho distante de mudar de vida
Sem esquecer das raízes de sua terra querida
Senhor, dai-nos o discernimento
para que possamos enfrentar
essa epidemia,
que seca nossa alma a cada dia.
Olhai Senhor, pelos que a doença não consegiu enfectar, e pelos que estão infectados.
Y love
Pensamos que estamos por cima da carne seca...
Mas a carne tão linda e bela vive atraindo as moscas.
O quadro nu na parede seca
faz sala na rosa sobre a mesa.
Copos vazios de meias palavras enfeita
cinzeiros cheios em meio a madrugada.
E aos olhos do olho da nuca cega,
a verdade na retina da palavra certa
faz companhia à lua, majestade daquela noite.
A hora certa surpreende
No poema que cura a alma,
A alma seca plangente
Da terra que não pertence.
A Pátria desconhecida,
Na poesia imaginada,
A alma surge extasiada
De tê-la assim escrita.
No galope do verso,
Na glória do Ahalteke,
Que o destino não me negue.
Na rima do deserto,
No rodopio do vento,
Que o som seja o do saltério.
Não estou autorizada,
A inspiração me encontrou;
Sei que ando radiante,
O Universo me iluminou.
Em silêncio,eu ouvia seu desabafo.
Sentia a garganta seca
e meus olhos em seu
semblante parado!
Então eu só conseguia entender que entre nós estava tudo acabado.
Minhas mãos suavam frias,
suor escorria gelado e o que dizer do meu pobre coração acelerado...
Depois de um tempo com os olhos ainda lacrimejados e percebendo meu mal estar se levantou,foi até a cozinha voltando com uma xícara esfumegante em mãos.
Na situação lastimável em que me encontrava,sei que mal
poderia ficar pé!
Que sofrimento o meu!!!
Sentindo o aroma delicioso em minhas narinas,tomei um gole saboreando
Cada momento,me sentindo bem,
restaurado e cheio de fé!
E ela já sentada esperava ansiosa
Que eu dissesse algo.
Olhei-a sorrindo e disse;
Finalmente um café!
Noites frias
Solidão invade o peito
Coração caloroso
Lábios aflitos
Garganta seca
Olhos fixos
Te procurei a noite inteira
Você não apareceu
Na verdade você nunca veio
Talvez só existisse nos meus sonhos
Você era uma invenção da minha cabeça
Queria muito que fosse real
Mas o que eu sentia era
Tão real quanto a vontade de te ter
Você se foi, aliás você nunca veio
Bagunçou meus sonhos
Iludiu meus pensamentos
Inventei alguém que nunca existiu
Você era real apenas no meu interior
Um dia eu irei trazer você para o mundo real
E você amará ter feito parte da minha vida
E as noites não serão mais frias
Serão quentes e aconchegantes
Bem vinda, solidão
BOCAS
boca aberta, boca seca, boca muda, muda boca!
boca de incontáveis dentes a sorrir ou assustar
boca ardente recoberta de um vermelho fatal
boca nua, boca sua, sua boca pura, boca escura, que surdos ouvidos irão te calar?
Boca em desenho de lábios e curvas e gloss escarlate
boca do lixo, do sangue pisado, do murro vil, boca suja, imunda que vitupera répteis e escarnece do nosso mundo humano, este confuso animal
bocas nossas, vossas, tortas...
cuspindo em poças nosso pecado habitual, do hálito da boca nasce o incontrolável arrepio, e da boca arfante é refém fugidio
boca da noite que agora invade o distraído dia
e as bocas do mundo, entradas de tudo.
as bocas de beijos, os beijos de boca
bocas sábias eu sabia, não podiam deixar de gritar
@MACHADO_AC
O que tinha se transformado em recordação,
sentimento engavetado, como dentro de livro,
seca flor em botão;
o que vivia apenas na saudade das noites insones
e pela manhã, novamente envolto nas névoas do esquecimento;
O que jazia nos caminhos inexplorados,
dos olhos despercebido, esquecido no tempo,
o que era fragmento de história vivida...
Explode num arco-íris de luzes e cores,
ressurgidas no simples reencontro de olhos,
de um segundo, a fração.
Cika Parolin
IDA!
A seca é um agouro
acaba tudo que se investe
racha a terra, mata o touro
e a esperança que me reste
pego o meu gibão de couro
e vou deixando meu tesouro
que é viver no meu nordeste.
"...no mundo que vale a pena
Onde cicatrizes cortam a terra
Ora seca-molhada ou tenra
e lágrimas mais soluços encerra
Que esse convívio em ser
por entre exemplos a toar
minhas horas a não esquecer
esse bem nunca vai acabar..."
Não...
Eu não sou uma árvore velha e seca...
Cuja morte me ronda...
Cerca e cumprimenta...
Posso não ter mais a beleza de outrora ...
Posso não mais ter o vigor de antigamente...
Porém, tenho comigo a vitória dos anos vividos...
Felizes...
Sofridos...
Histórias para contar...
Tanto para compartilhar...
Se assim desejar...
Muito disse sim...
Sem vontade de dizer...
Foi quando mais sofri...
Mais me anulei...
Em favor de alguém...
Quando aprendi a dizer não...
Incompreendido me tornei...
Desprezado...
Odiado...
Me calei...
Porém assim tem que ser...
Amar é doar...
Mas também é negar...
Tantas lágrimas caíram...
Tantas outras escondi...
Tantas, e muitas, ainda escondo...
Nem contigo...
Nem com ninguém...
Posso dividir...
Não me julgue...
Se pouco, ou nada, me compreende...
Aceite...
Meu jeito de ser...
Um pouco diferente...
De muita gente...
Que se vê por aí...
Sandro Paschoal Nogueira
Árvore seca...
De coração vazio...
Anos a fio...
Não tinha cor...
Não tinha amor...
O vácuo cada vez maior...
Raízes mortas...
Não mais florescia...
Sob um sol quente e árido...
Me contou sua história...
Foi semente...
Plantada com esmero...
Por um senhor...
Velada com carinho...
Cresceu...
Nas folhagens verdejantes...
Pássaros faziam seus ninhos...
Cantavam alegremente...
Retribuía com sombra...
Muitas flores ofertava...
Fronte de belas mulheres enfeitava...
Suas folhas eram remédio...
Doença ela curava...
Foi orgulho daquele senhor ...
Que um dia a plantou...
Seresteiros à sombra dela...
A todos encantou...
Conversas fiadas ouviu...
Pessoas que chegavam na cidade...
Um ou outro que já partiu...
O banquinho ao seu lado...
Foi ponto de encontro...
De amigos e de enamorados...
Quando o vento levou o senhor...
De tristeza a árvore chorou...
Me disse que se fechou no silêncio...
Que de saudades suas folhas cobriram o chão...
Não tinha mais forças para então florir...
Sua aurora tinha ido embora...
Sua madrugada chegara...
Sua hora findou...
Hoje...
Triste...
Seca...
Morta...
Ainda conta sua história...
Da saudade que ficou...
Do tempo que passou...
Sandro Paschoal Nogueira
Árvore, pata-de-vaca, branca, que meu pai plantou, em frente de minha casa.
Homenagem póstuma Scylla Dias Nogueira
— em Conservatória, Rio De Janeiro, Brazil.
Becos do Cerrado
Becos do meu cerrado
Amo a tua melancolia, seca e tortuosa
Teus ipês breves. Teu devaneio encantado
De recantos de chão árido, e flora andrajosa
Teu cascalho roliço, céu cinza e enfumaçado
Deixando a alma da gente, comovida e chorosa
Do pôr do sol nos tordos galhos, luzidio, encarnado
Amo o silencioso horizonte, cheios de tal quimera
Que em polmes dourados e os olhos cheios d’água
Suspiram em poemas de rogo, tal a rudeza, quisera
O vento, em açoites nos buritis, aturando a frágua
Nas frinchas de suas folhas, e que ali então esmera
Que se defende, peleja, viceja e na imensidão vivace
Desenhando o sertão do planalto de intrigante biosfera
Como se a todos nós um canto de resistência declamasse.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02 de março de 2020 – Cerrado goiano
paráfrase Cora Coralina
Folhagem
Cai a folha seca depois da chuva,
mancha o chão de sua dor,
não mais serve a folha,
somente forra o tempo da vida.
Cai a folha seca da estação,
parece que seca a vida.
Morre o tempo de florir,
perde-se o fio da esperança.
Mas nessa imensa vida,
é luz o seu olhar
que, no meu tempo,
é vida sem fim.
Não morre jamais a folha do amor,
das folhas, os frutos...
Onde vive a vida, vive o amor,
o amor sem fim.
É impressionantemente como a vida dá voltas. Onde antes era terra seca e árida.
Hoje floresce os girassóis
🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻
Eu superei a obesidade mórbida deixando pra trás 46 quilos e vencendo um câncer. Não foi, não é e nem nunca será fácil mas acredito que desistir, abandonar-se e não lutar não é escolha e nem deveria ser opção pra ninguém.
Portanto levante todos os dias agradeça a Deus por estar vivo e vista sua armadura e vá lutar você tem uma guerra pra vencer e sonhos pra realizar.
Se não for capaz sozinho peça ajuda as guerras são vencidos por exércitos.
Conte comigo!
Estarei contigo nas trincheiras se você quiser. Meu desejo e oração pra sua vida neste dia é para que Deus faça de você um Grande Vencedor!
Um realizador de sonhos!
É isso que eu quero pra vida. Ser uma realizadora de sonhos.
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