Poema Quase de Pablo Neruda
Um diário em minhas mãos
Madrugada fria
A vida quase vazia.
Chove lá fora.
O quarto jaz numa penumbra que me arrepia.
Folheio lentamente um diário.
Nem sabia da existência dele...
O acaso colocou-o em minhas mãos.
Sinto-me como se estivesse
um altar profanando.
Dúvida cruel a me assaltar...
Ler ou não ler
aquelas linhas
... tão certinhas?
Olho-o... descuidadamente...
Como quem não quer olhar...
Como que por acaso...
Dou uma espiadinha.
Vejo o meu nome mais de uma vez escrito
naquelas folhas que vou folheando bem devagar.
De partes em partes há datas...
Uma lágrima rola.
Nossos instantes vividos estão todos aí
Meu eterno amor registrou tudo quando ainda estava aqui.
você parece triste hoje ?
Estou triste quase sempre .
Só que hoje não estou muito afim de disfarçar.
Lucius disse a um Psicólogo:
Minha mente tem sido como um navio quase à deriva, enfrentando intensas tempestades com ondas super gigantes! Redemoinhos, tufões, chuvas torrenciais, têm sido o que meu "barco" está a enfrentar. Porém, não nego, navego com arpão nas mãos, com vontade de matar tubarões. É uma mescla de medo, emoção, prazer, desgostoso e repugnância pelos "mares". Mas sigo em frente, nesse imenso turbilhão. Quando irei parar? Não sei! Só sei que prossigo. Ora com medo e ora com garra, na vontade de destruição total. Prossigo sempre avante. Talvez o medo do desconhecido me mantém vivo. Mas temo mesmo, perder o medo. Porque aí sei que perdendo o medo, é que irei morrer. Mas também poderei morrer, mesmo sentindo o medo que me mantém vivo diante da Morte.
Então tenho mesmo, é que está pronto a MORRER.
Às 10:57 in 13.05.2025”
Quase
eu quase morri.
não foi por falta de dor,
mas por excesso de espera.
quase fim,
quase meio,
quase gesto inteiro que se perde no intervalo.
quase vida —
essa sombra acesa que não ilumina.
quase amor —
esse sopro que não toca,
mas levanta poeira no peito.
quase ida,
porque eu ainda volto em sonhos.
quase vinda,
porque nunca cheguei por completo.
quase morte,
como um adeus sussurrado sem convicção.
quase destino,
feito linha torta que não ousa ser traço.
quase eu,
quase tudo,
quase nunca.
Pequenos Detalhes
Pulsar envolvente
Quase a unidades de ecos
No horizonte singular
Demasia das estações
Tendência da amplitude solar.
Eu nem peço muito.
Peço o que é quase nada
mas que, no fundo, é tudo:
silêncio que não me fira,
presença que não me sufoque,
um canto quieto onde eu possa respirar.
Aquietei meu desejo sem fazer alarde.
Enrolei-o num véu de silêncio
e o deixei repousar onde ninguém mais alcança.
Há um tumulto lá fora.
Uma pressa que empurra,
uma sede que nunca se sacia.
Mas eu…
eu recolhi meus sentidos,
como quem apaga as luzes para ver melhor por dentro.
Permiti à solidão entrar com os pés descalços,
sem medo dela
como quem reencontra uma velha amiga.
Não me falta amor,
me falta barulho a menos.
Me falta gente que saiba calar bonito.
Hoje, fico guardada.
Não por medo do mundo,
mas por amor a mim.
Sou abrigo do que é leve,
sou pausa.
E quem souber me encontrar nesse silêncio,
não precisará bater.
Minha alma está ferida
Meu coração tomou um tiro da vida
A hemorragia as vezes quase me traz a despedida
Mortalmente caminho com dificuldade
Aguardando a cura
Uma voz me diz
Respira.
E fere a vista...
E dum ou doutro...
Aonde agora quase sempre chego...
O indiferente...
O oposto...
O adversário...
O surdo-mudo...
O recalcado...
Grosso...
Mal educado...
Os mortos reclamam...
Enquanto batem os pratos...
Enrolam seus baseados...
Enchendo seus copos...
A melhor palavra...
É o silêncio...
As idéias...
Um sonho...
De um louco transloucado...
Onde se acenam somente os olhos...
Poderia beber a humildade...
Mas recuso o cálice sagrado...
Poderia comer com os porcos...
Mas sinto-me entendiado...
Prossigo meu caminho...
Desta obra a concluir...
Há vida...
Há murmúrios pelas praças...
Mas como nada vem de graça...
Batalho por existir...
E a triste e dúbia luz...
De quem tenta me ferir...
A Deus peço misericórdia...
Por assim esse coitado insistir...
Apenas magoa-me a saudade...
Do tempo em que habitava...
A transparência da inocência...
Em mim...
Roubada...
Sandro Paschoal Nogueira
É uma tristeza funda, uma angústia que quase não se explica, ver quem se mede pelo que tem. Carregam, sem saber, o peso de títulos e bens que brilham por instantes, como o ouro que o tempo consome. Ignoram que a verdadeira luz não vem da ostentação, mas do silêncio profundo que habita na alma.
Lá no alto, os que se julgam poderosos deliciam-se na adulação dos que rastejam. É nesse louvor vazio que buscam o sentido da sua grandeza, um valor inchado por pobres de espírito que aspiram a ser como eles. Esses poderosos só existem pela bajulação; se os deixassem a falar sozinhos, não seriam mais que pavões, gritando por atenção, adornados por um brilho que nunca será verdadeiro.
E os que rastejam, sem coluna, vendem-se na busca de um lugar ao sol, dispostos a tudo para se elevarem e serem iguais aos que veneram. Perdem-se na sombra de uma ambição vazia, almejando um brilho que não lhes pertence, esquecendo-se de que a verdadeira grandeza não se mede em posses.
No fim, o que resta? A certeza de que o valor autêntico não se encontra em aplausos ou no eco oco de títulos. O tesouro real reside na essência, no caráter que se mantém erguido quando o silêncio envolve e a vaidade se dissolve. A dignidade não se curva ao ouro ou à adulação, mas ergue-se na simplicidade do ser.
E, se pararmos para refletir, perceberemos que a verdadeira sabedoria não se encontra na acumulação de riquezas ou reconhecimentos, mas na liberdade de ser fiel a si mesmo. Quando se vive com autenticidade, abrimos espaço para a verdadeira beleza da vida, que se revela nos gestos simples, nas conexões sinceras. A vida é uma arte, e a sabedoria está em saber viver cada instante com plena consciência de que somos mais do que o que possuímos; somos a soma dos nossos valores, das nossas escolhas e da luz que irradiamos no mundo.
Um canto, ainda com resquícios da sua originalidade ‘quase longe’ do movimento VUCA do mundo.
Ser resiliente, como um pedaço de terra no meio do nada, mas que é tudo, e o que se deveria ser.
Mais um dia passando
se não foi o esperado
já é quase passado
lave as mãos
nas águas da justiça
amanhã tudo será possível
um novo sol brilhará
a alma, hoje silente,
trocará a espera
pela esperança
há tantos Herodes
em peles de heróis
e os valores
(os verdadeiros)
dirão ao mundo inteiro
que em humanos
não tem último
nem primeiro
as únicas alternativas:
falso ou verdadeiro.
A mesa de tábuas
envelhecida
as paredes condensadas
de vapor
a água quase fervendo
a magia de estender
a massa sobre a mesa
enrolar com esmero
fatiar
espalhar
enfarinhar
fervura breve
molho
queijo
alegria
a família reunida
falando alto
rindo feliz
― Tutti buona gente!
Carta Aberta
Encontrei alguém à sua altura,
Um ser envolvente, sedutor, quase mágico,
Habilidoso no jogo do amor,
Sem pressa, aprecia cada movimento,
Como um artista que pinta com calma.
Ele instiga meu riso espontâneo,
Desperta em mim a criatividade adormecida,
Me inspira a escrever,
Mas, oh, como é diferente!
Uma nova melodia em um antigo compasso,
Com reciprocidade que flui como um rio.
Admiro sua habilidade culinária,
Pois, embora cozinhe mal,
Esse pequeno erro é um charme,
E permite que eu brinque,
Implicando com leveza,
Como um dançarino que desafia o parceiro,
Uma dança onde o controle se transforma em jogo.
É uma luta sutil pelo poder,
Sem brigas, apenas risos e desafios,
Uma colaboração onde dominador e submisso,
Dançam em um ritmo equilibrado,
No zero a zero e um a um,
Onde cada passo é diversão,
E cada olhar, uma promessa de mais.
Neste novo capítulo,
A vida se desenha com cores vibrantes,
E a saudade que você deixou,
Agora se torna um eco suave,
Uma lembrança que ainda dança,
Enquanto sigo este novo caminho,
Com alguém que me faz sorrir,
E me convida a explorar o inexplorado.
Ele conhece os trilhos que sonhávamos juntos,
Isso me fascina, um mistério a desbravar.
Seu cabelo é longo, seu olhar, forte e marcante,
Como um modelo belíssimo, um quadro em movimento.
Quero pintar as curvas do seu corpo,
E cada riso seu me faz morder os lábios,
Uma mistura de desejo e leveza,
Enquanto descubro novas paisagens,
Com ele, na dança do amor,
A vida se transforma em uma obra-prima.
...
"Hoje em dia, ser de verdade virou quase um clichê, né? Parece que a galera se contenta em viver na superfície, postando o que é bonito pra foto, mas sem nada muito real por trás. Só que, no meio desse mundinho raso, ser autêntico é quase um superpoder. Quem tem coragem de mostrar quem realmente é, de coração aberto, já está na frente. Ser verdadeiro pode até parecer fora de moda, mas é o que diferencia quem só passa pela vida de quem realmente faz a diferença. No fim das contas, o que importa é o que é real — o resto é só filtro."
Evangehlista araujjo O criador de histórias
fugiram todas as pétalas neste quase verão espantado de nuvens..
fugiram pelos arrabaldes à procura de mãos frágeis e mais gentis..
fugiram porque a dureza daquela rua sequer aceitou a tamanha delicadeza de uma pétala..
a doçura é sútil e quase invisível..
dá a ti mesmo um terreno onde possas morar sem construir muros..
d.
Por causa de você,
Bate em meu peito
Baixinho, quase calado,
Coração apaixonado por você.
O terramoto
O Marquês de Pombal, no Iluminismo, quase quis provar que Deus não existia. Afinal a ciência é que comanda tudo! O terramoto não veio de Deus, mas sim dos fenómenos naturais. Aí estava a ciência para prová-lo.
Por mais que católicos e protestantes beijassem os "Santos"; por mais que o Jesuítas profetizassem a origem do fenómeno de Lisboa e do Algarve, havia o "ditador" e salvador de Lisboa. O fenómeno, segundo aquele que estava acima do Rei Dom José (Marquês de pombal), foi um efeito natural.
O Rei nada mandava, pois estava ceio de medo, dormia apartir dia 1 de Novembro de 1755, em casas de Madeira. Porque Deus não existia, o primeiro Ministro de Portugal. Achou que não havia lugar para uma ordem de fanáticos religiosos. Os Jesuítas são expulsos do país.
Pois só enfraqueciam o pensamento racional, para que Lisboa não fosse reconstruída. Pela primeira vez se começou a construir, prédios com construções anti sísmicas na Europa. Foi o chamado "método de Gaiola"!
E Já lá vão mais de 200 anos que o terramoto ocorreu. Virá outro ou não?! Talvez não! Porque a ciência e não Deus, diz que o terramoto só ocorre de 2000 em 2000 anos . Mas isso se Deus não quiser! Porque afinal agora a ciência diz que Deus existe!
Acredito que tudo é relativo, que tudo custa quase nada ou muito pouco. Às vezes, demais é pouco, e,
às vezes, pouco é muito.
Livro: O Respiro da Inspiração
Nem tudo está predestinado
Nem tudo é destino, já que temos um arbítrio.
Quase tudo é transitório e passageiro, exceto as promessas de Deus.
Olhei lá fora e, por um instante,
Parecia tão perto o sol,
Quase ao nosso alcance.
O mundo girava sob a luz do farol.
Por um instante, um segundo,
Nos afastamos da realidade amarga.
Observei seu sono profundo,
O silêncio e a paz que eu tanto sonhava.
Vi reflexos de nós dois:
Éramos crianças correndo entre rosas brancas,
Sem pressa e sem pensar no depois.
Eram tantas, nossas esperanças.
Eu sei, fábulas douradas não existem.
A razão nos impede,
Mas nossos sonhos resistem,
E o sonho permanece.
Somos condenados pelas ilusões,
Presos como bandidos.
Mas de onde vêm nossas inspirações?
Só quero que venha comigo...
Mentira, verdade — não importam agora.
Se permita sair do chão!
Há um mundo todo lá fora.
Não solte minha mão.
Se temes voar sem direção,
Ziguezagueando pelo mundo,
Feche os olhos, sinta apenas seu coração.
Estamos juntos.
Diz pra mim!
Se tudo é só questão de opinião,
Por que teus olhos dizem sim,
Mas teus gestos teimam não?
Vamos viajar,
Nos teus e meus sonhos.
Nada pode nos parar,
Tudo faz parte do plano.
A cada amanhecer,
Escrever novos dias.
Podemos morrer e renascer,
Criando novas fantasias.
Mas, se não vier,
Me permita ser memória.
Onde você estiver,
Você sempre será eterna em minha história.
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