Poema Ordem e Progresso
Poema- Canção das Mães
Mãe, teu nome é mais que palavra, é oração,
É o alicerce que sustenta o coração.
És farol em noites densas de escuridão,
És o começo e o fim de toda canção.
Como desvendar o mistério que te cerca?
Sabes a verdade antes mesmo que se confessa.
Teu olhar penetra o silêncio do não dito,
E, com um sorriso, desfazes o conflito.
Tu, que és forte em tua fragilidade,
Que lutas com amor e serenidade.
Mesmo quando o peso do mundo te encontra,
Transformas o cansaço em amor que desponta.
Teus braços carregam mais que um corpo pequeno,
Carregam sonhos, medos, e o futuro sereno.
És arquiteta de vidas, construtora do amanhã,
Com teu amor, ergues um mundo que ninguém desmancha.
Teu coração bate no compasso do universo,
És mãe, és verso, és o próprio reverso.
Onde a dor se torna força, o pranto, coragem,
E a saudade se dissolve na tua imagem.
És rainha sem coroa, heroína sem medalha,
Teu trono é o lar, tua força nunca falha.
Enquanto o mundo mede forças em batalhas,
Tu vences no amor que nunca se cala.
Mãe, teu brilho é eterno como as estrelas no céu,
És o poema escrito no mais puro papel.
Nenhuma palavra jamais será suficiente,
Para descrever o que és, tão simplesmente.
Que este poema seja teu espelho e tua história,
Um tributo eterno à tua memória.
Pois em cada dia, não só no teu,
Celebramos o amor que em ti floresceu.
Poema- Meu lar , meu mundo
Fui convidado para conhecer a terra do reggae, e então chorei ao ver a dura realidade, onde Gonçalves Dias sonhou com a liberdade, mas a tristeza se esconde em cada esquina o que dirá da minha princesa do sertão, onde nasci, hoje perdida em solidão. Sem autoridades que tragam amor, só sofrimento, um grito sem valor. crianças indo para as escolas em pau de arara, outras indo a pé, pegando poeira na estrada. Por que tanto sofrimento? A vida tão cara, flores que brotam em solo de dor e jornada. As casas de palha, as paredes de barro, reflexo de uma vida em meio ao desamparo. Na terra do bumba meu boi, onde o ritmo ecoa, mas a dor da miséria é que verdadeiramente ressoa. Caminhando com olhares que falam de dor, escolas em ruínas, sem amor nem valor. Futuro incerto, sonhos esmagados, Um grito silencioso em corações cansados. Olhei para aquela criança com olhos de mar, “Estou com muita fome”, me disse em súplica. O coração apertado não soube como agir, um clamor que ecoa e nunca se explica. se o comunismo ou socialismo é bom, o Maranhão vai te dizer! Um voto por um Bolsa Família que abrace, que traga dignidade e esperança ao lar. Que cada criança tenha um futuro que enlace, e que a fome se torne apenas um lugar. Na terra do reggae e dos versos de amor, é preciso um canto por justiça e verdade. Que as vozes se unam na luta que entoa, por um Maranhão livre da dor e da saudade. Assim sigo em frente com o olhar mais atento, carrego essas histórias no peito aflito. Com amor como escudo e esperança como vento, que leve as sementes de um futuro bonito.
ADAILSON PEREIRA SALES
O poema de ALICE
Eu queria ter conhecido Alice, mas só ouvi falar do timbre de sua voz e que sua alma nua era linda igual a noite de lua. Eu queria ter sido amiga dela, ter escutado o seu sorriso e ter sorrido com ela, gargalhando de piadas que nem todo mundo entende.
Eu queria ter sentado numa mesa de cafeteria, ter bebido um café com Alice, conversado sobre vida após vida e sobre morrer não dói. Falar sobre mudanças, evoluções e sobre a coragem de assumir-se quem é, mas não deu, a gente não se conheceu. Ela arrumou a bagagem, a bagunça que ainda insistia ao seu redor e fez a viagem sem a gente se ver.
Fico com as memórias que dela ouvi dizer e só de saber que ela resistiu, eu aprendi a amar essa Alice que não vive em um país das maravilhas, mas que vive, ainda que não a vejam com olhos carnais.
Nildinha Freitas
Poema de Gabi
Onde eu estava quando você ralou os joelhos depois de cair de bicicleta?
Onde eu estava quando, pela primeira vez, você sentiu o coração bater por amor a alguém?
Onde eu estava quando você foi para a aula e arrasou com uma nota boa?
Onde é que eu estava quando você dançou com tanta alegria em uma apresentação cultural?
Onde eu estava quando você passou mal?
Onde é que eu estava quando você riu alegremente, iluminando tudo ao seu redor?
Onde eu estava quando você sentiu e ainda sente tantas emoções?
Onde eu estava quando, pela primeira vez, você entendeu que já não era uma criança?
Onde eu estava quando para você eu me tornei lembrança?
Quantas vezes me perguntei onde é que eu me escondi! Mas a verdade é que eu não estava escondida! Quase sempre, eu estava lutando! Mas acabei me perdendo de você. Estava lutando para que não nos faltasse nada, lutando por nós! Mas deixei faltar a mim.
Mas sei, eu sei! Eu sou consciente! Eu errei, eu errei, eu errei! Eu estava tão perdida que é difícil me encontrar novamente. Desculpa, eu não sou mais assim!
Nildinha Freitas
Ser poeta, mas não o poema
Ser poeta é tecer versos com a alma,
É dar vida às palavras, à dor e à calma.
É pintar com tinta de sentimento,
E entregar ao mundo o fruto do pensamento.
Mas ser poeta é também caminhar na solidão,
Ouvir o eco dos versos sem encontrar a canção.
É ver as palavras voarem sem destino,
E sentir o silêncio onde deveria haver carinho.
Ser poeta é viver entre a luz e a sombra,
É desenhar sonhos em cada linha que assombra.
É ser o criador de mundos que ninguém vê,
E encontrar beleza onde ninguém quer crer.
Assim, ser poeta é ser o guardião da emoção,
Mesmo que os poemas se percam na escuridão.
É continuar a escrever, mesmo sem plateia,
Pois ser poeta é viver a arte, mesmo sem plateia.
Pela janela o sol entrava
Meu café eu tomava
E então eu vi o poema
Ele era escrito com luz e sombras
Era a silhueta do teu corpo
Era os laços dos teus cachos
Era o sonho realizado
Era o sonhar acordado.
Ler é visão
Ler é tão bom
Vale a pena
Mergulhar nas palavras de um poema
Ler é visão
Nos engrena
É o empenho a resolver algum dilema
Visão é um dom
Graça plena
Como ter asas pra voar por onde queiras
Liberta a noção
É centelha
Desenbaraça e engrandece ideias pequenas
No fogo da imaginação
Ler é lenha
Ideias assam e projetam-se em cena
Essa visualização
É a gema
É onde esboça, onde brota, onde drena
☞ Um Haikai Tanka☜
☞ Me Encanta ☜
sonho com você,
recitas para mim, amor,
poema na voz.
sua fala me envolve,
grande amor que acalma.
.
so.nho com vo.cê,
re.ci.tas pa.ra mim, a.mor,
po.e.ma na voz .
su.a fa.la me en.vol.ve,
gran.de a.mor que a.cal.ma.
Tereza Lima
Você é o poema
mais lindo que
escrevi dentro
de mim.
Ao seu lado é
como se eu não
existisse, me rendo
ao seu amor
com beijos
e emoções.
MULHER!
Trazes poema aos olhos e rimas ao seu andar, os anos passaram rápido, saudades vieram lhe dar, poucas rugas e desesperanças, o tempo foi lhe mostrar, mas traz bem escondido, somente um bom poeta, disto te faz se lembrar, e nas madrugadas frias, um corpo frio a se amar, tens este o teu calor! Mas apenas a se enganar, o poeta aqui te lembra, e faz o passado voltar, voltas então há um tempo onde tu foste um lindo altar, e santa não tão bem santa, mas que sabias amar, calores e frios intensos, tremores a se lembrar, sonhos e lindas verdades, que o tempo fez se guardar! Guardião deste tesouro que o poeta vem mostrar, destampando tampa tênue, fazendo a alma chorar, lembranças de um passado que nunca quis se passar. Poeta tu sem juízo! Aqui minha alma a desnudar, mostrando que o escondido, escondido não estas! Mas que o calor deste corpo somente a morte o esfriará...
(Zildo de Oliveira Barros) 13/02/14 09h01min.
Terra da garoa
Neste poema que escrevi
Das coisas que vivi
Das coisas que senti
As tortas palavras
Nas linhas retas
Pautadas na minha consciência
É me redimir
Um erro que cometi
Minha timidez me impede de te levar uma flor
Minha sensatez me faz poeta
Para me esconder nestas palavras
Sei o que sei
Sei o que não sei
Sei o que sou
Sei o que fiz
Só sei
Nas últimas horas
Em você pensei
Desculpas
Arthur Silva
🎵 Poema/Oração Musical: "Sopro de Aliança"
Sopro sagrado, som do deserto,
Chama que ruge do trono aberto,
Ergue teu som, chifre bendito,
Rompe as trevas, rasga o infinito.
Na sombra da cruz, eu repouso e clamo,
O sangue do Cordeiro é o meu escudo e amo.
Como o carneiro que salvou o herdeiro,
Sê tu, Senhor, meu rochedo inteiro.
Sopra, chifre, voz de Deus altíssimo,
Faz tremer muralhas e véus do abismo.
Que caia a inveja, que cesse o olhar vil,
Pois meu abrigo é o Teu amor sutil.
Anjos de fogo guardam meu chão,
Armas de treva não tocam minha mão.
Espada da fé, escudo da luz,
Tudo em mim agora Te conduz.
Ó Pai, ó Filho, ó Espírito Vivo,
Sela-me em glória, torna-me cativo
Do Teu querer, da Tua aliança,
Sopro divino, eterna esperança.
Guarda o poema do amanhecer
Na tua alma
E viverás no reino da esperança.
Guarda o poema do silêncio no teu coração
E Deus será em ti uma radiante canção
Guarda em ti o mágico horizonte
É serás um verso de fé e esplendor.
Guarda o cântico dos pássaros
No ninho das tuas palavras
E serás beleza e amor!
"GUARDA EM TI"
Escrevo-te um poema simples,
mas pleno do meu valor sentimental por ti.
Tua voz, acalanto aos meus ouvidos
é melodia que embala minha alma.
Teu toque, sutil e meigo,
é como massagem que desperta meu corpo no silêncio da emoção.
Teu olhar, tão brilhante,
guia meus passos no caminho
que me leva até você.
E tua voz, soa como chama acesa, a
sussurrar.
Vem para mim, meu amor,
e eu vou, inteiro,
porque amar-te é leve,
é paz, é fascinação.
'POEMA INACABADO'
Declamar-te minha
Cultivo poemas
Nas noites pratinas
Disperso no tom cristal
Mar glacial
Poemas sem teoremas
Gélidos sob as cores sintéticas
E a alma cética
Barco esquelético
Metamorfose insurgente
Cheiro neblina
Pedra atracada
Aduela alvejada
Noites lufadas
Garoa rapina
Recitarei-o inacabado
Vocábulos
Nos verdes disfarçados
'POEMA DESESPERADO...'
Cada um de nós, uma vertente nos punhos. Exceto o desespero, tal qual a proliferação do amanhã, sem cortina de cores...
Canto palavras ao chão sem sentidos. Jogo vogais nas cortinas, falando das desesperanças do amanhã. Tenho sílabas, proparoxítonas. Não quero o olhar dos que tem idade de oitenta...
Quero crianças nas calçadas soltando borboletas. Sem criação de desesperos. Espreitando no peito calçadas de nuvens em meio à multidão. Poema desesperado, cantando canções de ninar...
Poema do amor impossível
Quisera fosses sonho, pra sonhar-te
Literalmente doce, devorar-te
Se fosses um poema, declamar-te
Talvez fosses problema, resolver-te
Quisera fosses morte, pra morrer-te
Se feita pro consumo, consumir-te
E se eu te visse triste, divertir-te
Mas eu existo apenas pra querer-te
Quisera fosses fumo, incinerar-te
E se você sumisse, procurar-te
Quem sabe então; eu nunca te encontrasse
E Deus me desse a sorte de esquecer-te
Poema de compreensão.
Na vida nada se tem
Como o ar que te escapa entre os dedos
Vai rodando a longa estrada
Um dia há medo
Em momentos, coragem
A paisagem que sumiu pela janela
Coisas boas e ruins
As pessoas
Nada que se vive
A vida vem para mal ou para bem
Mas passa
Esvaindo igual fumaça
E nada se tem ou se leva
Até mesmo as lembranças evaporam
A tudo que tive
O momento mais suave da existência
Não se leva nada
Nesta estrada estreita
Só se deixa
Nossos passos vão ficando no caminho
A gente só precisa
Aprender o que não sabe
Atentar onde pisa
Para que os passos sejam leves
E as lembranças suaves
Pois
Nessa nossa breve existência
Nada se leva
Nada se deixa
Nada e ninguém nos pertence
A vida é uma curta experiência
De cujos resultados, nada saberemos
Diferente
De tudo que se pensa
Enquanto vive
Tudo passou por mim
Mas eu nunca nada tive.
O PÁSSARO QUE MORREU ONTEM
(Poema em homenagem ao herói venezuelano Oscar Perez)
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Não há como ser livre
Espíritos livres, pensam liberdade
Mas meu pensamento está na alma
Minh'alma, em minha mente
E minha mente está em mim
Assim, não há como ser livre de verdade
Pois hoje eu penso não ser eu
Eu era um pássaro, que morreu ontem
No meu voar, sem precisar de amparo
Eu tinha um Deus como amigo
Que me provia a água, que chovia
No meu beber, sem precisar de cântaros
E meu cantar de pássaro subia aos Céus
Meus Céus e meu Deus
Eram bem maiores que os seus
Assim era o meu viver
Sem abrigo, anteparo e nem casa
Feliz, feito alma livre
Que não pensa, porque não precisa
E sem pensar me feriram
Quebraram-me as asas
Qual se fosse nada
Qual se fosse brisa
Mataram-me, sem precisar sentir vontade
Uma das poucas liberdades que se tem
E aquele, agora sou eu
Sou eu, sem o poder de ser eu mesmo
Mesmo assim, de alguma forma
Eu sou obrigado e vou seguindo às normas
Regras de gente, totalmente imprecisas
E já faz algum tempo que estou aqui
Pacata vida, de pássaro que não voa
Pensamento preso à alma, pois pensar precisa
Vivendo à toa, esse tempo infinito
Sentindo a saudade, que também me mata
Porém, quase nunca, uma morte certa.
Edson Ricardo Paiva.
