Poema na minha Rua Mario Quintana
rua da oferta e da procura
amores não se compram
não adianta encher o carrinho
pessoas não só se amam
como se encontram no caminho
lojas estão cheias
mas também vazias
enquanto uns pegam atalho
tem muito caminho vazio
e a maior liquidação de todas
é saber se amar sozinho
Uma vez vi um homem de rua, eu resolvi dar 10 reais a ele. Ele não me pediu, mas eu resolvi dar assim mesmo, falei para ele que eu não tinha preconceito com ele, E lamentei a situação em que vivia. O mesmo ficou sem entender nada, e retrucou dizendo que não precisava da esmola. Eu insisti, disse pode ficar, é seu, faça o que melhor lhe parecer. Ele ficou em contrito, se aceitava ou não. Quando aceitou, perguntou:
- Isso não é casinha não né?
Eu respondi :
Reflita, ele seguiu o seu caminho, E eu o meu.
Rua Saudades
Na rua de nome Saudades,
passeio bem devagar.
Sento-me em praças,
revejo lugares, realidades
de mim.
Ouço coisas, vozes, passos.
Quando para trás olho uma
das ruas viravas, quase que
te revi.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Acadêmico Acilbras - Roldão Aires
Cadeira 681 -
Patrono- Armando Caaraüra- Presidente
bichomem
um bicho e um homem
na rua que adormeceu
procurando comida
reviram e juntos comem
na cidade esquecida
do mesmo lixo
que o outro bicho
em casa comeu
Eu ando com meu Deus na rua
E quando chego em casa Ele está comigo
Eu falo com meu Deus na hora de dormir
E logo quando acordo digo: Eis-me aqui
Hoje a rua amanheceu sem folhas,
não rolavam mais
no turbilhão de Agosto...
Hoje a rua despediu os sonhos
de coisas caídas
que vagam à esmo...
Pra onde vão as folhas
pra onde vai a poeira
pra onde foi o vento
& o alento do Outono?
Hoje... é o dono das lembranças
marcadas agora desde sempre
no nunca-mais-será
junto a tudo que se foi...
Hoje... tudo sempre vai
para o eterno 'hoje'... só por hoje...
Amanhã & ontem
pertencem aos sonhos
que aconteceram & acontecerão...
em uma rua escura,
aguardo com um olhar vazio,
não espero mais luz,
apenas o fim;
no fundo de tudo, vejo apenas a lua...
finalmente paz.
"arrivederci e non aspettarmi"
Flagelo
Nascer sozinha no túmulo de uma rua fria.
sem colo, sem beijo, sem leite;
flácida, pálida e enrugada;
grata por ter um chão a quem lamber.
Sem pássaro no ar,
sem cão na terra,
nem ventre para voltar.
Nascer sozinha no fim da vida não dói, apenas cansa.
T
Os dias tem sido escuros, caminhei de rua em rua e voltei para o mesmo lugar. Tentei ir direcao contraria caminhei depressa e te encontrei em tudo que habitava ali, é fracassei!
Querido amado eu estou percorrendo essa correnteza de incertezas procurando resposta para nossa historia e tudo leva para o mesmo lugar, o fim.
Eu nao quero ter que seguir esse caminho ao te lado, caminho de dor, eu aceito esse fracasso que me venceu.
Querido amado eu ja nem sei mais, quem eu sou! Os dias tem sido tao longos para nos dois estamos indo em direcao contraria e se encontrando, continuar doi em mim como nunca doeu antes, o ar ao te lado me sufoca mais aceito esse fracasso nosso fim.
Voce nao sabe o que ficou pelo meu caminho para que eu chegasse ate aqui por nos dois, e de mim hoje nao resta mais nada voce ja sabe eu aceito esse fracasso.
Flagelo
Nascer sozinha no túmulo de uma rua fria,
Sem abrigo, sem paredes,
sem cama, sem colo, sem amor.
Grata por ter um chão a que lamber?
Nascer sozinha no túmulo de uma rua fria,
sem pássaro no ar,
sem cão na terra, nem ventre para voltar.
Nascer sozinha no fim da vida não dói,
apenas cansa.
Selvagens
Na rua, tanta gente
a procurar a gente sua
nada fácil
nas metrópoles
selvagens
sonhos enfileirados
na distância
saudade de casa
gritando solitária
juntar as mãos
manter a fé
quem sabe amanhã,
se Deus quiser!
Engrandecer o encontro, o olhar, a vida
Enegrecer a rua, a cidade, o mundo
Enriquecer de abraços, de histórias, de afetos
Enlouquecer os donos do poder, os padrões, as regras
Fortalecer as mulheres, as crianças, o outro
Florescer os dias, os meses, as periferias
Crescer com as lutas, com os erros, com as perdas
Reconhecer os meus, os nós, a ancestralidade
Renascer a força, os sonhos, a esperança
O Mendigo
Na calçada fria, ele se estende,
navegante só, sem porto, sem cais,
veste a rua como manto e abrigo,
sem nome, sem rumo, sem nunca ter paz.
Olhos perdidos, sem brilho, sem cor,
mãos que tremem na busca de pão,
a vida escorre como chuva no rosto,
levando esperanças ao chão.
Um passado, quem sabe, o levou até lá,
talvez sonhos partidos, talvez um amor,
mas hoje é silêncio, poeira, e as horas
passando, sem rastro, sem calor.
E ele segue, invisível à cidade,
nas sombras, no frio, no vão do alvorecer,
como folha caída que o vento desfolha,
esperando apenas o nada acontecer.
TRÊS GATINHOS
Na esquina da rua
Três gatinhos
Miavam de fome
Eram tão lindinhos.
Alguém sem piedade
Deixaram abandonados
Procurasse quem queriam
Seriam adorados.
Dois eram pretinhos
Os olhos arregalados
Orelhinhas em pé
Os pelos arrepiados.
O outro era pintado
Os três sempre juntinhos
Bem sossegados
Os lindos gatinhos.
Irá Rodrigues.
Na mesa, a esposa não expõe sua íntima nudez, os filhos não brincam como se estivessem na rua, e os mordomos não se vestem nem agem como se estivessem em suas próprias casas. Na mesa, o relacionamento caminha lado a lado com a reverência do serviço.
A mesa representa o serviço no altar. Existem momentos em que chegamos à casa do Senhor, especialmente quando pecamos e necessitamos do Seu perdão, como filhos que se dirigem ao Pai, confiantes de que Ele nos conhece e pode nos ajudar. Mas também há ocasiões em que entramos na igreja para prestar o serviço, como mordomos que trabalham na casa de seu Senhor.
Prestar serviço na casa de Deus exige reverência, assim como o mordomo age com respeito na casa de seu senhor, ou como um súdito demonstra honra dentro do palácio de um rei. No serviço, a reverência não é opcional, mas parte essencial da adoração.
Contudo, a intimidade com Deus vai além do serviço. Ela nos chama a buscar que o Senhor revele e revele-se a nós, assim como um rei se apresenta dentro de sua recâmara. Não há conversas mais profundas e íntimas do que as de um marido e uma esposa. Quem pode estar mais próximo de um rei do que a sua esposa?
Esse é o convite que o Senhor nos faz: irmos além do serviço reverente e buscarmos a comunhão íntima com Ele, onde Ele se revela e nos transforma, como um Rei que confia os segredos de Seu coração àquele que está ao Seu lado em amor.
#MADRUGADA
Louco...
O vento passeia...
Enquanto a noite envolve a terra...
E na rua deserta...
Uma alma vive...
Alma cheia de dor...
E de dor a alma está cheia...
Ao sabor dos enganos...
Vagou...
Não sentiu o decorrer dos anos...
Olhos fitos no vácuo...
Murmúrios desconexos...
Conserva o mesmo orgulho...
De um morto austero...
Celebra as ilusões com os fantasmas...
Enquanto gela o sorriso nos lábios...
Está só...
Não querida...
Apenas usada...
Caminha...
Passo a passo...
Se arrasta...
O tempo já lhe pesa...
Enquanto sopra o vento...
Nas altas horas em calma...
Cansada...
Tamanha fadiga...
Espreguiça...
Boceja...
Enfim, se dá por vencida...
Com os olhos cheios de mágoa...
Segue o vento pela estrada...
Aurora anuncia...
Nessa noite não foi usada...
Nem foi querida...
Sandro Paschoal Nogueira
Caminhos de um poeta
.
Estou andando na estrada dos decaídos.
A rua está enfeitada de depressão e iluminada por um roxo cheio de luxúria.
Eu gostaria de estar a caminho das glórias futuras para enrriquecer o meu ser.
O mal tenta me cercar sujando minha carne e trazendo morte para minha alma.
SEMEIO ROSAS DE TI 💕
Semeio as pedras que piso na rua
Que gravitam aromas que o vento trás
A alma se despe de mim deixando-me nua
Infinitas sombras num sopro asfixiado de vida
Raiz cravada na terra dum tronco despido
Semeias no meu jardim as memórias dos meus olhos
Contornando as tempestades que vou sentindo
No marear do meu corpo, a faminta luz que sentes
Desnudam-se as rosas de pétalas uma a uma
Murmuram as rosas ao sol o nosso amor
Semeio flores de abraços, beijos de felicidade
Deste-me a lua de rosas em sinos dos teus lábios
Acordei e fui para a rua,
Para ver a Lua sangrenta,
Para ver a Lua nua,
Nada mais me afugenta.
Estava namorando ela,
Em segundos sem eira nem beira.
Vermelha de vergonha se escondeu,
Atrás do Morro do Maciço da Costeira.