Poema Margarida
(Ferida)
Mais um frasco quebrado,mais uma essência derramada,Margarida que alegra minha vida cicatriza minha ferida que é mentirosa e culpada diante do medo e da dor da madrugada excêntrica.
(Dan),está me ouvindo?
ela acabou de levar um tiro aqui.
ultimamente ninguém consegue me ouvir,deve ser por causa da minha descida a cova.
Margarida envenenada,culpada traiçoeira que estressa o ego do meu egoísmo e sem formalidade nenhuma me manda embora e assim vou descendo a ladeira.
Margarida,
os dias passam rápido, sejam eles bons ou ruins. tudo se acaba. até mesmo a plantinha que você plantou agora a pouco no jardim.
mesmo que não lhe falte água, luz, ou amor. chegará um tempo em que ela cansará de existir.
DA MARGARIDA
Olhou de soslaio e era ele.
Assim... Num bem me quer.
E ela despetalava-se Margarida:
Bem me quer, mal me quer.
Eu sou a rosa de Saron lírios do vales,
Eu sou a margarida tô te esperando para mudar minha vida,
Eu sou a violeta te espero pra mim dá rosas vermelhas,
Eu sou a girassol te molho todo com meu suol,
Eu sou a orquídea quero ser sua melhor amiga,
Eu sou eu mesma quero que ache que sou perfeita.
rainha do lar,
que me ensina a amar.
rosa do campo,
me ensinando tanto.
margarida do coração,
que me ama de montão.
mãe tu es minha vida,
tu es munha tulipa.
tu es meu dente do leão,
que me ama de montão.
tu es minha orquídea,
que me da alegria.
Elegia da Margarida
Era uma vez uma margarida,
que se alimentava de compaixão,
ela não era muito forte,
pois vivia com a solidão.
Solidão era sua companheira,
elas eram inseparáveis,
as duas se isolavam,
as outras flores não eram amigáveis.
A Rosa, por exemplo,
influenciava-se facilmente,
bastava corante em sua água,
e sua cor mudava de repente.
O Girassol era um viciado,
necessitava de luz solar,
não se sentia muito bem,
se não visse o sol brilhar.
A Vitória-Régia era ignorante,
era muito superficial,
só prestava atenção nos pássaros,
que pairavam sobre o pantanal.
O Narciso era narcisista,
pois tinha um enorme ego,
sempre a admirar a si mesmo,
e nunca dar atenção a Eco.
A Margarida murchou,
devido a escassez de amor,
a Solidão não bastava,
para sustentar aquela flor.
Solidão se zangou,
pela morte da margarida,
'' - Ela não merecia isso!!''
Gritava ela, enfurecida
A Solidão ficou mais forte,
com presas e garras letais,
ficou forte o suficiente,
para nos assombrar nos dias atuais.
Maria e José
José pediu uma flor a Maria
E ela deu uma margarida
Ele não gostou
Então ela deu uma Tulipa
Ele disse que ela tinha flores mais bonitas
Então ela lhe deu uma Rosa
Ele achou que ela poderia dar outra mais bonita
Então ela não trouxe mais flores
Pois seu jardim havia secado
Santa Margarida da Hungria
Segunda, 18 de Janeiro
Margarida era uma princesa, filha do rei da Hungria, de origem bizantina. Ela nasceu em 1242, logo foi batizada, pois os reis eram fervorosos cristãos. Aos dez anos, o casal real a entregou para viver e ser preparada para os votos religiosos.
...
Iniciei desencarnado.
E encarnado.
Escolhi uma flor.
És Margarida.
O primeiro elo se fechou.
E o destino começou.
Na conexão de um cordão.
No poder do livre arbítrio.
Prossegui incorporado.
E decidido.
Escolhi mais uma flor.
És Girassol.
O segundo elo se fechou.
E o jardim angariou.
O branco, o amarelo.
E as bênçãos do Astro Rei.
Avancei encorajado.
E despreparado.
Busquei o meu caminho.
Esbarrei com alguns espinhos.
E concebi uma linda Prímula.
És minha primeira rosa.
Mas meu terceiro elo se quebrou.
E o jardim virou saudade
Melancolia e pétalas de lembrança.
Resisti entorpecido.
E aliviado.
Conheci mais uma flor.
És orquídea.
O meu sonho restaurou.
Atravessei o mar com ela.
E o quarto elo se fechou.
És mulher.
Seja ela qual flor.
Beija essa flor, que essa flor é Margarida
Bate “tambor de morena” pra nossa damurida
É que a gente se deu o maior amor do mundo
Pra se amar, pra se cheirar, pra se beijar, e ser fecundo
-Eu queria era ser vista com uma roupa mais bonita para ser chamada de Margarida.
-Sol escaldante queima a minha pele, sinto que algo me fere e me repele
-Sinto meu corpo passar no agito da cidade e ninguém o notar.
Será que sou transparente ou não existo ao passar?
Margaridas não tem espinhos.
Em nome de meu jardim, lhe declarei flor. Uma margarida, a sua favorita.
Aparei todas as ervas daninhas que se alastraram em seu arredor, reguei-a para que crescestes bela e saudável.
Você deixou com que eu escorresse lágrimas em suas pétalas, absorveu e mesmo com o gosto salgado fizestes delas uma dádiva.
Porém, mesmo com todo cuidado e carinho, no final, tu não pudeste pertencer ao meu jardim, não pode ser a minha flor.
Afinal de contas, margaridas não tem espinhos.
A sra. Margarida
Simples, delicada, despretensiosa. Por diversas vezes rejeitada e descriminada pela sociedade, porém, ela coloca beleza até mesmo em um momento difícil.
Mas para mim é a que me faz querer enfeitar meus cabelos cacheados numa noite de festa, ou até mesmo um piquenique numa tarde de outono vendo o por do sol. Ela é pura, singela e bela.
_Srt.Cristiliano
FLORICULTURA
A bromélia morreu.
E, junto com ela,
A minha paixão por Margarida.
Joguei a rosa fora,
Mas fiquei com os espinhos.
(Guilherme Mossini Mendel)
Flores em meu funeral
Não desejos flores em meu funeral. Nunca recebi uma só margarida, porque receberia buquês no meu final? O arrependimento é sempre maior que a gratidão. Sempre só damos valor quando sentimos, à porta, a solidão. Os tempos mudam, os velhos se vão e as crianças crescem. Aquelas pobres almas, completamente esperançosas, se amargurecem. A verdade as atinge como um raio inesperado. Não há carro te esperando, não há uma só escolha própria e muito menos seu destino desejado. Tudo o que há é um mar de incertezas, cercados por uma baía de certezas ainda piores que as dúvidas. A antiga criança percebe que, no sistema que estamos, não somos nós que vivemos nossas vidas. Afinal, quantos adultos tu viste que realmente gostam de trabalhar? Pouquíssimos, pois quando cresce, percebe-se no mesmo lugar deles, escolhe o dinheiro ao invés do amar. Todavia, relembra o que viveu, volte tua infância. Ache o porque escolheste esse caminho: sobrevivência.
Assim as gerações passam pelo capitalismo. Como máquinas, sem nenhum estrelismo. O morto nunca se levanta, com ou sem flores, sua esperança ali descansa. E a morte o toma, silenciosa e mansa. Eu não recebi flores em meu funeral. As dúvidas ainda sim me acompanharam até meu final.
- Espinhos e flores -
Te quero rosa celestial,
Margarida vital,
Do ocaso irreal.
Amo-te puro lírio,
Essência de meu delírio,
Espinho do meu martírio.
Por que poeta,
Por esta flor te encantastes,
Não sabes que com espinhos,
Ela pode perfurar-te.
Margarida que és tão tristes,
não pensa mais em te mesma?
com a primavera chegando
fortalece mais em te a tristeza,
mesmo com o sol a brilhar ah
escuridão nunca a deixa,
perdeu uma flor querida,então tuis
nunca mais será a mesma.
Margarida.
O ponto de mutação
Um canto de pássaro
Aquele traço profundo
Meus passos cada vez mais lentos
Quatro ventos
Quatro pontos
Quatro estações
Não sei em qual delas eu desço
desde o começo eu desconfiava
Que essa estrada
Não leva a lugar nenhum
Pressinto o quinto dos infernos
Resumindo tudo isso
Eu meço a distância
e concluo
a relevância do nada
E é nisso
Que tudo consiste
Sigo mudo e cego
Ouvidos ouvindo absurdos
A cada dia mais corretos
E cada vez menos lerdos
Á minha esquerda
Jaz a margarida
Quase apagada
Semi-desenhada na parede
Milhões de Céus
Bilhões de mundos
Eu no chão
É quando chego ao ponto
Porém este
de interrogação
Edson Ricardo Paiva
Kilômetros e kilômetros da mais embriagante beleza,
Adulada em um berço de flores
Rosas, margaridas, violetas
Orquídeas, petúnias e
Lírios, e você, no meio de tantas outras cores.
