Poema Maos de Semeadora Cora Coralina

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⁠Pior velhice

Sou velha e triste. Nunca o alvorecer
Dum riso são andou na minha boca!
Gritando que me acudam, em voz rouca,
Eu, náufraga da Vida, ando a morrer!

A Vida, que ao nascer, enfeita e touca
De alvas rosas a fronte da mulher,
Na minha fronte mística de louca
Martírios só poisou a emurchecer!

E dizem que sou nova... A mocidade
Estará só, então, na nossa idade,
Ou está em nós e em nosso peito mora?!

Tenho a pior velhice, a que é mais triste,
Aquela onde nem sequer existe
Lembrança de ter sido nova... outrora...

Florbela Espanca
Poesia de Florbela Espanca: volume único. Porto Alegre: L&PM Pocket, 2015.
Inserida por pensador

⁠No crepúsculo suave, Victoria surge,
Entre estrelas douradas, seu nome se insurge.
Um sorriso que dança como raios de lua,
Seus olhos, faróis que minha alma flutua.

Victoria, a musa em noites de encanto,
Seu toque, poesia, como um doce canto.
No jardim do coração, suas pétalas florescem,
Um amor que no peito, eternamente enobrece.

Seus passos, suaves como brisas noturnas,
Despertam desejos, como canções taciturnas.
No palco do amor, Victoria é a estrela,
Cintilando na noite, como promessa bela.

Oh, Victoria, em teu nome a melodia se entrelaça,
Como uma canção de amor que o coração abraça.
Nas linhas deste poema, tua essência floresce,
Victoria, em meu ser, eternamente merece.

Inserida por yIm

⁠Na dança do tempo, o pensamento vagueia,
Entre sombras de dúvida, a mente semeia.
Questões que flutuam, como folhas ao vento,
No jardim da existência, busca o entendimento.

A

Oh, efêmero mistério, que é viver,
No palco do cosmos, a dança a reviver.
Entre paradoxos, a mente se expande,
Buscando na essência o que o tempo comanda.

Em cada escolha, um destino se entrelaça,
No tecer da razão, a mente abraça.
Filosofia, guia na jornada incerta,
Do pensamento humano, a eterna descoberta.

Inserida por yIm

⁠Eu tenho um bom coração.

Essa é a minha melhor qualidade
e também minha maior fraqueza.

Inserida por lothianandrade

⁠A dança das cadeiras

Ciranda da vida, a dança das cadeiras,
Cada volta um ciclo, destino que desenrola.
A música soa, novos ritmos, novas brincadeiras,
E à cada parada, permanecer na dança, nos consola.

Na orquestra do tempo, novas melodias incluídas,
Cada reinício, um novo interesse, uma nova paixão,
Novos rostos, de velhas presenças desapercebidas.
Neste jogo de estar, uns ficam, outros se vão.

A cada parada, um adeus, uma despedida,
Como folhas que ao vento partem, vida após vida.
Mas há o encontro, na pausa, uma nova mão estendida,
Em cada assento vazio, uma história nova, uma ferida reaberta, uma ferida esquecida.

Assim gira a roda, na aproximação da distância,
A cada ciclo, a vida nos ensina a resiliência, a importância,
De saber dançar mesmo quando a música parece incerta,
Pois a cada volta, novo desafio, uma nova descoberta.

E quando a música finalmente parar, o que nos resta?
O eco dos passos, as memórias desta Festa.
Com suas perdas e ganhos, cada momento, uma chegada.
Na dança das cadeiras, da vida, o prêmio maior é a jornada.

Inserida por linamarano

⁠"Haverão dias cinzas, nublados e pode até cair uma chuva
Mas como o sol uma luz continuará a brilhar em algum lugar
Para enxergá-la, entretanto
É necessário mover o olhar das poças e focar no que está no alto
O sol continua brilhando em dias nublados"

Inserida por jackelinemartins

⁠Sobre escrever
Por vezes, ela (a escrita)
foi minha maior companhia
Em cada traço, um sentimento
A cada rascunho uma energia
palavra por palavra,
um sorriso no rosto,
uma lágrima no papel,
um teclado engordurado
preso a cada dedilhado
de infinitas histórias,
derrotas e glórias
do futuro, presente e passado.
18/03/2024

Inserida por marcielmuniz

⁠Vejo você
Às vezes tão longe
Às vezes tão perto
Às vezes te cheiro
Às vezes te beijo
Às vezes, às vezes…
Quantas vezes Eu precisarei
Para tê-la comigo?

Inserida por BianeyRodrigues

⁠me abrace !
me abrace
quando eu estiver
inquieta
mas não deixe de
suspeitar de meu silêncio
quando meus
olhos marejarem
e eu não possuir mais o
controle de minhas águas
quando meus olhos
estiverem cansados de
não se sabe o quê
e ainda quando você
sentir que meu nariz ardeu
quando eu não puder me
sustentar devido à certas
avalanches ;
quando eu reclamar
de dor externa , pra não
falar daquela que
corrói nos ossos
quando eu não souber
sorrir
quando não aguentar
falar
e a respiração passar a
ser controlada
na verdade
não meça esforços
nem deixe que
surjam razões
apenas me abrace
me abrace por abraçar
por estar feliz
me abrace por nada
apenas me abrace ,
eu suplico !
nem que tu cries o
motivo mais sem nexo
na face da terra
a ponto de que
minha estranheza
se assimile à tua
e eu não tenha medo
de te pedir um abraço
mesmo que seja porque
tu sorriste pra mim
ou porque gostei
de tuas falas
de tua alma
mas …
me abrace
te suplico !

Inserida por estrelasoo

Na cidade pequenininha, havia uma casinha
Na casinha tinha uma pequena arvorezinha.
A arvorezinha deixou de ser pequenina
E virou um pé de bananinha.

Inserida por nemethrafaelprochask

⁠A menina que queria tudo e que queria nada:

as vezes eu não sei se o problema sou eu
ou eles
normalmente eu
eu acho

a minha cabeça é uma bagunça arrumada
aos olhos alheios parece tudo organizado,
mas se vc abrir as gavetas la no canto,
você vê a verdade

as minhas emoções são instáveis
minhas reações também
minhas relações também

eu nao sei o que sou
o'que quero
quem eu quero
ou por que eu quero

Eu quero tudo.
e não quero nada.

Eu quero todo o amor
toda a beleza
a luxúria
e a riqueza

mas não quero nada de conflitos
nada de repreensões e rigidez
nada de frieza
nada disso

Na minha bagunça organizada tem tudo
eu eu quero que não tenha nada
mas se tiver nada, vai ficar vazio
dando espaço pras brechas de infelicidade que eu mesma crio

esse fungo que é a infelicidade
essa substância mortal que eu gero

é quase um suicidio

estou me matando com esse fungo

logo baratas se juntam ao quarto

e o nada se torna tudo
e outra vez eu torço para que o tudo se torne o nada

Inserida por paolastoduto

⁠Burraco sem fundo
Algo me atrai
Cai
Buraco sem fundo
Esclamei pro mundo
As paredes sussurram
Vc está acabado!
Me finjo de mudo
O silencio me atrai
Me contrai
Sinto lâmina
Me perfurando
Algo me ilumina
Me distraio
Estamos em maio
Ou abril?
Eu realmente quero sair?
Mas pra onde ir?
Não gosto deste mundo
Mas estou morrendo
Neste burraco sem fundo

Inserida por Rikenatorr

⁠Injusto
Mundo injusto
Queria gritar
Mas estava mudo
Som agudo
Som humano
Um ser
Desumano
Mundo justo
Sem humano
Obrigado homem
Por tornar esse mundo
Injusto

Inserida por Rikenatorr

⁠Entre olhares perdidos e silêncios compartilhados,
Dois corações batem em compasso acelerado.
Nunca trocaram palavras, nunca se tocaram,
Mas suas almas se reconhecem, jamais se enganaram.

Há uma conexão que transcende o verbo e o toque,
Um sentimento profundo que nenhum outro reprova.
Nos encontros casuais, seus olhos se encontram,
E o mundo ao redor parece desaparecer, em calma.

Eles criaram um idioma próprio, sem som,
No balé sutil dos olhares, a dança da paixão.
Seus olhos contam histórias, sem precisar de voz,
E assim seguem unidos, nesse amor sem protocolos.

Um casal unido pelo mistério do destino,
Que escolheu se comunicar sem nenhum desatino.
Pois no silêncio que os une, há um amor sem fim,
E mesmo sem palavras, sabem que são um para o outro, enfim.

Inserida por levindoalves

⁠Até mais com gosto de adeus
Um sorriso de lagrimas
Da realidade meu sonho, você
Faz a falta, minha falta
Do meu sonho, não real, eu

Inserida por Barretoaletheia

⁠De longe te hei de amar
nos seus mais radiantes dias,
até nos mais profundos e obscuros
pois lhe amo e não hei de te magoar
Hoje, não, jamais.

No que eu poder ajudar
em fazer-te acordar
sobre o amor ser uma flor,
se não cuidar, sentirá dor.

Jardineira do seu coração, eu posso ser
tendo meu espírito curador,
regando ela não irá de morrer,
e o desprazer, não irá de conhecer.

E com este verso encerro,
dizendo que o amor só é lindo,
quando sentido genuinamente.
Pois quando sentido puramente,
verdadeiramente, há de amar intensamente.

Inserida por Nadile

⁠Rótulo da embalagem
Meu nome é Ille, sim, apenas Ille
Poderia citar os pronomes que gosto de ser chamado
ele/dele, ela/dela, elo/delo…
mas isso não é relevante
Poderia falar meu genero, sexo e sexualidade
homem/mulher, homosexual/heterosexual, cis/trans…
mas isso seria interessante?
Poderia claro explanar sobre meu laudos mentais
TDAH, autismo, bipolar, depressivo, ansioso…
mas, me diga…
tudo isso é importante?
Produto rotulado que não passa do que está escrito?
É para isso que estou vivo?
Limito a minha existência a essa simplória definição…
qual a razão?
Buscamos nisso um lugar para chamar de nosso
Um grupo para que parte possamos fazer
Isso até parece bom negócio
Mas cega o que se vê
Cega o que somos, seres únicos e parecidos
Precisamos de união, porém a que custou então?
Será possível igualar todos os depressivos?
Mentes iguais de diferentes ideias e passados
Todos tentamos falar do mesmo algo
Porém
Esse algo, mesmo diferente, nos convém?
Ou iludimo-nos para nós sentir algo maior
Ignorando o fato que sim! Somos menor
Aqui não falo de pior ou melhor
Sermos humanos é o que nos une
Não essa forma de julgamento que nos pune
Atualmente taxamos tudo, produto, empresa, pessoas
Compreender é o novo obstáculo
Para seres que estão fartos, de tantas formas de mercado
Aqui encerro meu protesto
Não, não quis ser modesto
E agora enfim lhe peço
Ouça antes de ver, reflita ao conhecer e salve…
Ao invés de deixar morrer

Inserida por ille

⁠Sensação
Tantas são as sensações
parece um turbilhão
como sentimento e emoções
que um dia aqui estavam
emocionado é aquele que se permite sentir
é o iludido que sempre vai se iludir
vive sem medo do julgamento
não se importa se está andando lento
Em que momento?
Foi dito ser ruim o sentimento?
alegria, felicidade, carinho e fraternidade
tristeza, melancolia, depressão e agonia
tudo isso é inato de nós
mesmo assim calamos nossa voz
negando a necessidade humana
de expressar nossa gana
por algo em vós
pena a dor do sonhador
tenta passar sua mensagem com tanto amor
mesmo assim isento de louvor
vem a ti propor
permite-se sim, sentir até o fim
o coração grita lampejos de mais belo desejo
compartilhe o que sente, não esconda na mente
ou quando menos esperar
o que tanto escondeu
virá te atormentar

Inserida por ille

⁠Amor
que bobo sentimento incompreendido
esqueço da rima de amor com dor
não percebo como estou perdido
a rima daquilo que é igual rancor
isso a mim se refere
eu sou quem me fere
isso é o que permito
esse sofrer infinito
quantas lágrimas quero derramar?
por esse sentir negligenciar…
por que não deixo-me amar?
será isso uma tortura eterna a resoar…
a melancolia comigo fala
não sei como a deixo gritar
atravessa meu peito como bala
mesmo assim…
não posso evitar
o que me consome
o desejo de um homem
permitir sentir
acho que isso…
é amar

Inserida por ille

⁠Viver
curioso essa ação é
ao viver, podemos escolher
permitido alegrar-se
possível decepcionar-se
de nós cobramos o incompreendido
a gana da perfeição no infinito
o eterno é como um terno
belo sim ao olhar
mas o que dentro há
apenas outra pessoa
igual a mim e você
a qualquer um que isso lê
finge que não vê?
prefere o que crê?
belo esse pensar
utópico na sua raiz
simples de te amassar
cômico a gana humana
fingimos sermos o que não somos
frutos de anjos e demônios
inocência inata
percorre a alma
por isso pedimos calma
que vida engraçada
tudo e nada
o mesmo significado tem
isso se refere a todos (e a ninguém)
assumimos nossas diferenças
(o preconceito vem de crenças)
mesmo assim…
SOMOS IGUAIS?!
todos criaturas voraz
que pena dessa ilusão
aflige nosso coração
então
brincadeira boba não?
estranho sobreviver
supondo viver
roda-roda de roda torta
onde o destino…
pouco importa!

Inserida por ille