Poema Maos de Semeadora Cora Coralina

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⁠memória revisitada no barco
de pesca artesanal nas ondas
em plena Ilha dos Negros
enquanto liberto os medos

de como será o futuro
na heróica Baía do Babitonga
que o tempo nem conta
de tudo o quê o mangue suporta

de tudo o quê coração
precisa para a bater
e a gente continuar a viver

nas mãos a rede está
para capturar no teu olhar
indelével o mar de amor inabalável

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠15/10

Observe os silêncios
desrespeitosos,
Não insista e retire-se
para que ninguém te limite.

...

15/11

Não permita transferência
de pesos alheios,
Liberte-se mesmo
que no final só sobre você,
porque o problema
é do outro e nada tem a ver
insistir naquilo que não
tens o dever de fazer.

...

15/12

Não permita que ninguém
te diminua ou coloque
uma terceira pessoa
para implantar uma insegurança,
mantenha a temperança.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Os guarás sempre buscam
o seu lugar por isso vou
navegar até a Ilha Guaraqueçaba
na Baía de Babitonga contemplar.

Não preciso me incompatibilizar
para o quê for preciso falar,
por isso sempre busco melhorar
para lá na frente continuar.

Tolo sempre será aquele que
não busca um jeito de falar
porque o destino é naufragar.

Marujos com experiência não embarcam sem pensar:
esperam a tempestade passar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Adorado Maio divinal
da linha do destino,
Estação que outonal
esplende sob a Lua Nova
no Médio Vale do Itajaí.

Desenrolando o gobelin
de raios sutis enfeitando
a noite por aqui em Rodeio
e inspirando o meu peito.

Assim nos braços do tempo
o noturno romantismo
trazendo o doce sentido.

Para ser mais amor
do que o amor muito além
do que pode ser compreendido.⁠

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Uma visão que do coração
toma conta na Baía do Babitonga,
divina Ilha do Pernambuco,
por um instante fugi do mundo.

Furo que o mar faz na memória
no idioma do povo que a História
pertence permanecendo indelével
e mais vivo do que nunca mente.

Sei muito bem qual a rota eleger
aconteça o quê acontecer
e navegar: levo a filiação do mar.

A dança do tempo sempre mostra
sob o Sol ou tempestade,
e premia quem espera de verdade.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠A luz da Lua Crescente envolvente
no Médio Vale do Itajaí com as luzes
da romântica Cidade de Rodeio
trazem à tona memórias do peito.

A alma, a mente e o coração
pertencem a América do Sul
e a nostalgia da guerra das Malvinas
escrevem juntas poesias engolidas.

O quê carrego não vai passar
porque toda esta Pátria Austral
também é o meu sagrado lar.

Abrir mão da liberdade é algo
que jamais vou abdicar,
porque assim sou e não vou mudar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Fazer-te minha propriedade
privada como a Ilha Queimadas
na Baía do Babitonga é uma
ambição que não abro mão.

Algo de muito de Carijó ainda
permanece em nós e brinda,
e sei que não nada que impeça
de todo o coração e os pés na terra.

Tu haverá de ir e sempre
irá para mim regressar porque
de dentro de ti não tirará.
.
Porque não há mais como negar
a absoluta dama das tuas auroras
e a glória do amor do tamanho mar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Quando a constelação
Cruzeiro do Sul
encontra a posição
no nosso Hemisfério,
Coloco a confiança
sob a Chakana
pelos teus olhos
que tanto enalteço,
e venero acordada
porque não te esqueço.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠O Médio Vale do Itajaí iluminado
pela Lua Crescente traz solene
a inspiração e o encanto necessário
na nossa Cidade de Rodeio silente.

Trago diante das vistas a rota
para que não entremos nesta onda que mais parece um filme de volta
a passados sem nos dar conta.

Tudo está em alta rotação,
para saber lidar com tudo isso
é preciso serenidade e atenção.

O quê realmente importa é aquilo
que te traz paz e libertação,
aprenda a cultivar a concentração.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠No silêncio noturno
ilhéu da Ilha do Quiriri
Um olhar profundo
como um banho de estelar

Dos pés a cabeça
a amorosa emergência
A fortuna poética
que não dá para disfarçar

Navegando neste estuário
tenho consagrado
a rota do atemporal rimário

Daquilo que ninguém conta
sobre a Baía do Babitonga
reafirmo o pacto com o tempo.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Permito-me serenar
pelo Luar Crescente alumiando
a nossa querida Rodeio,
adorada musa citadina
do Médio Vale do Itajaí,
lapidando a utopia poética por aqui.

Sem temer nenhum tipo censura,
vivo para admitir a minha loucura
que é o meu romantismo exacerbado
numa época que falar livremente
de paz e amor tem sido desprezado.

O quê é extremo ou de gracejo
pertence só a quem não foi avisado,
consciente do que e como mereço,
e, daquilo que sei que pertenço,
jamais será na vida arrancado...!!!

(Vivo para ao autoconhecimento
render culto e dele fazer endereço,
nem todos podem fazer o mesmo).

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Saber ir e voltar das situações
que não se pode navegar
no mar das humanas emoções
e até daquilo que se não pediu.

Diferente do que impuseram
na Ilha da Rita nós sempre
podemos reagir para o curso
da história nunca mais se repetir.

No campo do diálogo e da ação
para não cair nas armadilhas
da nossa própria destruição.

Para que ninguém tenha mais
poder sobre nós e que venhamos
se lembrados da melhor maneira.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Madrugada de Cruviana
a falta que a sua existência faz
é a única que não engana,
A gama e o de buscar
que não há mais como simular.

...

Na balada da Corrubiana,
o véu frio da madrugada
de névoa e de garoa,
A dança das estrelas
e eu coberta de poemas.

...

Nesta roda de Corriola
ao som da viola
do Mestre encantador,
Vou encontrar o meu
amor que irá me dar
o coração e o andor.

...

Corta-Jaca bem dançada
para fazer a sua atenção
toda para mim voltada,
Eu sei que você me deseja
e não estou equivocada.

...

Depois de me dar o melhor
do seu coração com amor,
Tu haverá de se divertir
com a Corrida do Chapéu,
Porque és meu céu
e sabemos por onde ir.

...

Há cruzes traçadas
no chão de Correr Caguira,
Lembrança de infância
e de muita poesia desta vida.

...

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠A tua memória tem agido
como buscando o ninho
na Ilha do Xavier haverá
de ser por mim e assim será.

Leio isso na dimensão
do meu Atlântico Sul,
pleno desta Pátria Austral,
num rito jamais visto igual.

Em ti a minha existência
habitante tem escrito
o seu secreto romance.

Espiando-me no buraco
da fechadura os teus olhos
meninos de amor têm inundado.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠No Extremo Sul
de Santa Catarina,
um rio que muda de cor
é digno de poesia.

Ora verde ou azul,
sua resiliência extremada
ainda no Rio Araranguá
se pesca com tarrafa.

O rio é como a gente
que precisa de tudo um pouco,
sem ele ficaremos no sufoco.

Nas cores dele deixo
o meu coração e o carinho
em nome de um melhor destino.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Não dá para fingir
que o nosso presente
ainda parece repetir
os vícios do passado,
Se renova o voto diário
de camélia do jardim
espiritual da Abolição
ainda que pague o preço
ordinário da incompreensão.

(Resquícios de outrora pedem
renovação de tipos de rebelião).

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠O Rio Urussanga
precisa voltar a viver,
como aquela alegria
genuína que a gente
sentia sem mais
e nenhum o porquê.

Nas águas do rio
a gente também
encontra águas
de banhar e de benzer,
se a água está boa dá
para plantar e colher;
por isso deixe a mata
na beirada crescer.

Todo mundo gosta
de comer peixe e ter
água para beber,
não posso fazer nada
a não ser escrever,
porque sei da dor
do pescador de querer
continuar a sobreviver.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠A algazarra das araras
na memória do nome do rio
nem mesmo o tempo
apagou como foi escrito.

Os tempos mudaram
e ainda insisto na recusa
pela última dança
nas correntezas do destino:

O quê falaram ou faltaram
está ali tudo o quê pode ser visto.

A ginga que levou continua
a mesma de barco de pesca
que dança no rio ou no mar,
Por isso vou por onde desemboca,
encontra e naquilo que toca
e a esperança ninguém sufoca
e tem a grandeza do Atlântico Sul:

(Carrego o quê há ora verde e ora azul
do Rio Araranguá do Extremo Sul).

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Coração quente experimentado
na liberdade de pássaro no banhado
em água muito fria e espalhado
pelo Rio Urussanga que ainda hei
de ver completamente resgatado.

O meu sutil nome é teimosia
e o meu sobrenome é insistência
tecida pelas mãos do redeiro,
assim se escreve a poesia
para afastar a dor no meu peito.

Batizada pela pesca artesanal
feita com toda a maior paciência
muito antes do raiar de qualquer dia:
a força, a oração e a resiliência
sobre as correntes do tempo.

Não para imitar a lenda,
mas por orgulho e emblema,
quando voltar a encontrar
de novo o Rio Urussanga:
quero ver a minha imagem real
refletida na água cristalina da existência.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠A força da tua bondade
de Pai Bravo nutre a vida,
és a personificação física
do Cacique ancestral
e espiritualmente nos guia;
Da tua existência plena
e de cada teu reflexo
enxergo teu sou a tua filha.

Nas direções das correntes
do seu curso levo etérea
os sentimentos do mundo,
Consciente que não
merecemos tudo o quê
tens feito por gerações,
venero a tua existência
com poéticas inspirações.

Meu amado Rio Tubarão,
os apelos das tuas canções
ouço todos com o coração,
Porque o amor que sinto
por ti em todas as auroras
transcendem as estações,
e sei de que precisas muito
mais do que meras louvações.

Inserida por anna_flavia_schmitt