Poema Maos de Semeadora Cora Coralina
לב אומץ
OMETZ LEV
CORAÇÃO VALENTE
Um coração corajoso e valente do tamanho de uma casa é forte, atento e cheio de vitalidade e justiça...
שבוע טוב
SHAVUA TOV – BOA SEMANA
A paz que habita
a casa do homem
que observa o bem
produz misericórdia
e vida...
גיהנום
GEHINOM– LIXÃO
INFERNO?
Um lugar desprezado
pelo Criador,
onde era
processada no calor
as almas íntimas...
- Dependência emocional -
Vivemos um amor utópico, isso eu não nego!
Lhe amei como se fosse meu primeiro e último amor.
Tal que para mim foi utópico até o dia do termino.
Você fez sua escolha, e eu lhe apoiei, como havia te prometido!
Com o tempo, depois do termino consegui tocar a vida, mas infelizmente você não.
Percebi que em sua mente, esse amor utópico virou um amor platônico!
E está noite percebi que o amor dói!
Pois 2 anos depois do termino, você ainda tenta continuar essa utopia.
Mesmo não á amando mais.
Observei em meu interior que ao acabar com suas esperanças de reatar, acabei com meu psicológico.
Não consigo pensar que você está sofrendo e ficar bem.
Contudo não posso te dar mais esperanças, pois a dependência que foi desenvolvida e perigosa!
E ao alimentar essa dependência emocional pode ser pior que o afastamento total.
Falsas esperanças são como as utopias, “não existem”, e o nosso amor não existe mais, o que sobrou são apenas resquícios de um momento feliz que nunca mais voltara.
Espero que entenda,
Até nunca mais.
Ass: Alguém que te amou mais do que a si próprio e sobreviveu ao termino.
O oceano
Vivido brilho azul intenso
Em ti nasce e morre um Sol extenso;
Lindas são as tuas ondas
E mansos são os teus segredos;
Na imensidão das profundezas
Por onde andas os teus desejos;
Salgadas são as tuas águas
Doces são os teus manejos;
Sempre belo azul celeste
Na minha vista sempre o perco.
Carlos Mandetta
Gabriela
Foi lá que eu achei.
Foi lá que achei ela.
Foi lá que conheci, Gabriela.
Embora não seja minha.
Para sempre serei dela.
Justamente por não ser minha.
Eu a terei para sempre bela.
Minha bela, Gabriela.
ESTAMOS REALMENTE FRIOS
Os Jogadores de Bilhar.
ete no Pá de Ouro.
Nós estamos realmente frios. Nós
Fugimos da escola. Nós
Ficamos escondidos até tarde. Nós
Damos golpes certeiros. Nós
Cantamos o pecado. Nós
Diluímos o gin. Nós
Brincamos com June. Nós
Morremos Cedo.
Torturas
Nada mudou.
O corpo sente dor,
necessita comer, respirar e dormir,
tem a pele tenra e logo abaixo sangue,
tem uma boa reserva de unhas e dentes,
ossos frágeis, juntas alongáveis.
Nas torturas leva-se tudo isso em conta.
Nada mudou.
Treme o corpo como tremia
antes de se fundar Roma e depois de fundada,
no século XX antes e depois de Cristo,
as torturas são como eram, só a terra encolheu
e o que quer que se passe parecer ser na porta ao lado .
Nada mudou.
Só chegou mais gente,
e às velhas culpas se juntaram novas,
reais, impostas, momentâneas, inexistentes,
mas o grito com que o corpo responde por elas
foi, é e será o grito da inocência
segundo a escala e registro sempiternos
É, outrossim da solidão
A solitude companheira
Sempre cheia de reflexão
E distante da barulheira
Solitude se torna solidão
quando não tem conclusão
Reflexões transvertem em ociosidade
Perdura-se o eco sem reversibilidade.
Procissão a esmo
Vejo os seguidores e vou junto.
Não pergunto do que se trata.
Apenas sigo os passos.
A quem eu sigo?
E o que eu persigo
Nesta procissão a esmo?
INSACIÁVEL FOME
A poesia é o grito
Que me sobra
E a insaciável fome
Que me assola.
@poetamarcosfernandes
Reflexões sobre o ocaso III
O que dirão os futuros vermes
Que hão de comer minha matéria?
O que dirão a respeito do que lhes espera?
Ficarão satisfeitos com tanta podridão?
Eu estou longe de ser imaculado.
Reflexões sobre o ocaso IV
O que me sobra
Ao fim da caminhada?
Um punhado de terra
E ser comida de bactérias.
Reflexões sobre o ocaso V
A sensação de chegar ao topo
É desanimadora.
Cheguei até aqui para nada?
Qual é a minha recompensa?
Eu não sou o vencedor?
Marcha fúnebre
Quem será o responsável
Pelo meu olhar acabrunhado?
Quem carregará
O fardo de puxar o gatilho?
Quem vai embalsamar
O meu corpo para a hora da partida?
Quem trará uma lágrima,
Ao menos uma, para o meu funeral?
Quem?
Eu, que guardei tantas dores,
Acumulei desilusões
E chorei tantos dissabores,
Agora sei rir sem motivo aparente.
Tudo que sofri acabou com apenas um toque.
Vi que toda névoa se dissipou
E agora tudo faz sentido.