Poema Insiqnificante Mario Quintana
Se eu soubesse que esse mundo
Estava tão corrompido
Eu tinha feito uma greve
Porém não tinha nascido
Minha mãe não me dizia
A queda da monarquia
Eu nasci, fui enganado
Pra viver neste mundo
Magro, trapilho, corcundo,
Além de tudo selado.
Assim mesmo meu avô
Quando eu pegava a chorar,
Ele dizia não chore
O tempo vai melhorar.
Eu de tolo acreditava
Por inocente esperava
Ainda me sentar num trono
Vovó para me distrair
Dizia tempo há de vir
Que dinheiro não tem dono.
Meu coração. Branco.
Minhas bochechas. Vermelhas.
Nossos olhos estão fechados. Preto.
Meu céu tranforma-se. Amarelo.
Assim Como
Os cortes doem,
Assim como os das árvores.
A prisão é ruim,
Assim como dos pássaros.
A destruição da natureza é ruim,
Assim como a destruição da confiança.
O desperdício da água é ruim,
Como o desperdício de uma chance.
O Natal em toda idade
é sempre nova alegria,
mas nos dons da caridade,
o Natal é todo dia.
Natal! Festeja esquecendo
quaisquer preconceitos vãos...
Natal é Jesus dizendo
que todos somos irmãos.
Não me subestime...
Caminho sozinha, mas estou atenta a trilha que devo seguir...
Se não ouvir o meu grito é porque aprendi que o meu silêncio me traz respostas...
Suas críticas não me abalam, porque aprendo com elas.
As pedras que me atiram pelo caminho, carrego comigo pois construirei o meu castelo...
Se queres falar de mim, me conheça e aí sentirá desejo de ter a minha amizade...
Respeito como sou, tente se aproximar e verá que tenho um coração acolhedor, e que honra e lealdade faz parte de minha índole...
Eu não sou nem pior, nem melhor que você...
Sou apenas eu...
Como pode me subestimar se nem conhece os caminhos que ando, o que já passei em minha vida...
As dores que já tive me deixaram mais forte...
Se me calo é porque devo ouvir mais e falar menos...
Respeita a minha maturidade, pois aprendi com o passar dos anos...
Sou guerreira, loba, então se quiser me atingir, ouça o meu conselho...
Pode até me ver cair, mas sempre me levanto mais forte, então faça bem feito porque fiz do chão a minha fortaleza, aprendi que sou mais forte quando dobro os meus joelhos, coloco a minha cara no pó da terra e peço conselhos ao meu criador...
A minha força vem da minha fé, enquanto muitos duvidam, eu creio...
Sou selvagem por natureza, mas carrego em meu corpo uma alma mansa e sonhadora, então vem conhecer o meu santuário, e sentirá a paz de meu espírito...
Sou questionada todo o tempo, não possuo todas respostas, mas sei que procuro pela justiça e não pela vingança...
Então mas uma vez vou insistir, por favor nunca me subestime que você poderá se surpreender."
Eu queria morrer um pouquinho
Pra ficar com você um tantinho
Que essa dor me consome, voraz
Eu queria morrer um instante
Pra matar a saudade constante
Que meu coração já não tem paz
Eu queria morrer um momento
Pra morar nesse teu acalento
E não sair desse abraço jamais
Eu queria morrer um segundo
Pra recuperar em teus olhos, meu mundo
E então já lhe digo, até mais
A chuva voltou
A chuva voltou
Vento e chuva
A vida e o frescor
O arborescer e a mata reflorescer
Estação de chuva e sol
De dia calor e ventilador
E de noite muito lençol
A esperança de plantar
E em alguns meses da roça sentir o sabor
Poder dos seus doces frutos comprar
Desfrutar depois do trabalho e seu ardor
Mesmo com dores jamais demonstrar tristeza
Essa é a doce amarga vida
De quem depende da impetuosa natureza
Onde só chove
Se do homem for bem servida
E respeitada sua eterna verde beleza
Graciliano, José de Alencar, Alvares de Azevedo, Machado ou Drummond, que seja Quintana ou Lispector, que seja ainda, meus simplórios textos. Suas leituras me encantam.
Com um lápis ou caneta
faço o traço, faço a letra
de Quintana ou de Amaral.
O poeta e a artista
os ambos tem a mesma vista
de um mundo com um problema
irracional.
SUELY DO ZITO
“Morrer, que me importa? (…) O diabo é deixar de viver.” M. Quintana
Meu pai:
Como o Senhor sabe, a Suely foi embora também. Pouco depois do pai. Ela não agüentou a “maldita”.
Tentamos de todas as maneiras deixá-la em pé. Valeu a presença dos médicos, dos pastores, das famílias…Mas não deu! O pai tinha razão, ela estava com os dias contados.
Uma vez eu disse pra Suely: “ O pai vai partir antes da mãe”. Acertei! Mas errei ao ignorar que ela iria, de imediato, acompanhar o pai.
Há um ano dei-lhe de presente um belo chapéu francês. A idéia era encobrir as marcas anti-estéticas do seu tratamento. Quando mais jovem ela era tão vaidosa!
Deixo gravadas as imagens de nós três: o apelido carinhoso de “Chó” que o pai lhe deu quando criança, as músicas que a gente tocava para ela e a “visita saideira” em sua casa, quando, sabiamente o senhor lhe disse “ Adeus”.
A exemplo do que fiz em relação ao pai, agradeço a Deus sua partida. Difícil estava sendo vê-la sofrer. A Suely em seu estágio final era o retrato da tristeza.
Agora, livre da dor, ela mora em nossa saudade, com as imagens mais bonitas da vida.
Nadir, Felipe, Taís e Aline, vamos inventar juntos, esperanças pra viver!…
Carlos Alberto Rodrigues Alves
com Quintana
...tempo
depois de 60 um próximo minuto
próxima hora depois do sexagésimo
e nós Quintana vida plena depois dos 60
plena de não ilusões
enfartada de não decisões
maltrapilhada de discriminações
ações
só as que desejadas
medicalizadas
parcimonizadas
nem por isto ridicularizadas
deverse-ia, claro
de 1 a 60 no jovem eterno se embarca
depois, os furos de chuveiro não naufragam
a canoa caminha pelas águas
o horizonte apenas referência é
é
"jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas" Quintana
Mário ou Amaro
a estrada para todos os pé e asas foi feita
seguir em frente...
piu
Quintana para os íntimos
Quando nos afirma
que o amor é feito
é sentindo nos hemisférios
Quando duas pessoas
fundem seus corpos
fazem amor verdadeiramente
Não estão apenas no ato
mas de fato fazendo amor
dão corda ao relógio do mundo
Dão vida a suas vidas
no ato mais etéreo
menos fugaz
muito mais verdadeiro
Afinal, amar não tem mistério
basta se entregar
mergulhar de corpo e alma
e extasiar num intenso
num louco desejo
com cumplicidade eterna.
RUAS DE QUINTANA
Tantas vezes cruzei por ti
na rua de teu andar
que pena!
não te reconheci
agora te encontro sempre
nas ruas que não andastes
naquela rua encantada
que nem em sonho sonhastes
Ah, esse tal de amor
Tão escrito por Neruda
E, também por Quintana…
Drummond e tantos outros
Eu mesmo sou um fiel seguidor
Acredito em sua existência
O amor só o é
Só é verdadeiro
quando os amantes
moram um no outro
Com desejo e paixão
Amor… é flor …
e beleza no coração
(23/03/2019)
Quintana, Bandeira e Neruda
escreviam suas dores, as cores
deixando as almas em paz
Alimentavam assim, outros seres
aos leitores apaziguar
Seus escritos fazem até hoje
nos dias atuais, nossos corações
simplesmente pulsarem
Nossos grandes mestres, escritores
vem para nos inspirar
QUINTANA
Escrevo olhando para o céu
O papel é da mesma cor azul
Verde, a caneta, da esperança escrita
E também desenho um pássaro ao léu.
Estou curioso por ver a paisagem enfeite
Misturo tons que me arregalam a visão
Buscando sempre as mesmas descobertas
O céu, é inútil querer dar-lhe outros efeitos.
Brinco com a luz incidente na folhagem
Que pinto e bordo, da cor e do cortado
E que propunha, a poesia, enfeita-se
Desses desmandos de nova linhagem.
Ando volátil como o ar rompido
Que acolho e beijo em minhas mãos aos poucos
E me permito voar com ele aos pedacinhos
Aí nessa folha como tenho sido.
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naeno*comreservas
O olhar do poeta escapa
Quintana disse: Ao olhar do poeta,
não escapa nada.
Mas, não seria: O olhar do poeta
não escapa à nada?
Não!
O olhar do poeta escapa,
escapa à pessoa amada.
E, quando escapa,
tudo passa; o tudo é nada.
O passarinho voa, treme uma asa
pro poeta, nada.
Uma nova estrela, revelou a Nasa
pro poeta, nada.
A formiga anda, adentra a casa
pro poeta, nada.
Se seu olhar
somente escapa
à pessoa amada,
pode-se dizer
que somente dela
depende o tudo
e depende o nada?
Ele citou Quintana, ela citou Drumond.
Ele citou Veríssimo, ela citou Clarice.
Ele citou Vinícius, ela citou Cora.
Ele citou ela, ela citou ele.
Ele excitou ela, ela excitou ele.
Eles exercitaram poesia,
e só então fizeram amor.
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