Poema Infantil sobre Viajar pela Leitura
" EU DUVIDO "
Te quero! Mas… Me queres? Eu duvido!
Não tenho aqui cacife ao teu dispor
nem nada além de mim pra te propor,
o que não te parece ter sentido!
Por que darias, pois, qualquer valor
a quem, na vida, só tem padecido
embora, bravamente, resistido
a não se dar, se não for por amor?!...
Deixei meus sonhos todos pela estrada,
os bens, os familiares de jornada,
e só tenho a poesia em companhia…
Me queres, pois, como te quero, enfim?
Duvido! Não há mais valor em mim…
Não sou aquilo que eu já fui um dia!
" ESCOLTA "
Permites que viaje o pensamento
(vai se saber por onde), sem receio,
sem restrições quaisquer, assim, sem freio,
sem dar-lhe prazo ou leis para o momento!
Disfarças, pelas ruas, teu anseio,
teu medo que se perca o sentimento
ou que ele se transforme num lamento
por um qualquer, insano teu, falseio.
O lapso de tempo que isso omite
só faz com que, o temor, teu peito habite
e tira-te a visão do mundo a volta…
Que o pensamento vague, então, permites,
e sem dar, à razão, reais limites
nem vês que o amor, contigo ali, te escolta!
" ARREPENDIMENTO "
Te bate forte o arrependimento,
porém não há regresso nesta estrada
que possa desfazer o mal! Mais nada!
Escrita fez-se a voz do sentimento!
Chorar não deixará a alma lavada,
sequer te livrará deste tormento
de ter a consciência e o pensamento
pesando a decisão que foi tomada.
Te ergas, pois, e siga teu destino
levando o aprendizado e o que de ensino
ficou da história toda deste amor…
Teu arrependimento veio em hora
que não te ajudará chorar agora
e só provocará tristeza e dor!
" TÁ FRIO? "
Eu sou do sol, do céu azul, calor,
da pele exposta ao bronze de verão
e ter, no corpo inteiro, a sensação
da liberdade entregue ao seu sabor!....
Sou eu por lenha seca na paixão
e combustível pronto para o ardor
que se fizer, por chama de um amor,
presente no teor da relação.
Aqueço a carne, o peito, em fiel carinho
chegando como a aurora, de mansinho,
num dia ensolarado sobre a areia…
Tá frio? Chegue mais perto e corra o risco
de se abrasar comigo em meu aprisco
e se embromar de amor na minha teia!
A florada de outono.
Ah! Aquela flor, dentre todas foi a mais especial, com um aroma sem igual.
Quando não vejo ela dentre todas as outras, sinto um diferencial, diferencial que eu chamaria de algo sem igual, como uma coisa que me deixa passando mal, que, ao mesmo tempo faz-me sentir um líquido lacrimal.
Lembro-me de seu rosto perto do meu, de seus braços me aquecendo como uma mãe acaricia sua vida. Quando ela se foi, senti-me num breu e ao momento que fui percebendo dei-me conta que nada passou de uma lembrança atrevida.
Se fosse para eu descrever ela, diria que seria uma margarida, como daquelas que não vemos em qualquer lugar, afinal, ela carrega aquele aroma sem igual, lembrando-me sempre que quando não a vejo, dói me a ferida.
Neste momento, estou a lembrar-me deste grande amor, que por não tê-la dito o que eu sentia, deixei a ir. Quando me lembro do que deixei acontecer, só consigo sentir dor, porque afinal de contas, não é todo dia que perdemos uma flor que estava por florescer, essa flor só pode receber um nome, Amor.
Continuar entre os vários
tipos de Morte de cada dia
como a Ilha Deserta
da nossa Santa Catarina.
Independente da maré ser
o forte rochedo, a coragem,
a Ressurreição e o reinício
diante de todo o desafio.
Crer que o tempo jamais
será o seu inimigo,
e tenha fé no seu caminho.
Não importa se está sozinho,
o Sol do Universo sem você
perceber guia o seu destino.
Teus olhos, meu abrigo
Teus olhos são meu mundo, meu sossego,
me perco neles sem querer voltar.
É só olhar e já me desintegro,
num fogo manso, só pra te amar.
Têm cor de café forte, madrugada,
quentinhos como abraço em dia frio.
Me olham e eu esqueço da estrada,
só quero o teu olhar como meu guia.
Tu nem precisa dizer uma palavra,
teu jeito de me ver já me desfaz.
Acende em mim a chama mais suave.
Se eu pudesse, amor, sem mais demora,
vivia em teu olhar, ficava em paz...
Perdido ali, pra sempre, sem ter hora.
" NASCER DE NOVO "
Se eu não nascer de novo, resta a morte
e o fim de tudo o que foi prometido!
Melhor seria não ter, cá, vivido
do que viver entregue à própria sorte!
Que importa, as intempéries, ter vencido
e ver que me fizeram ser mais forte?
Talvez, para outro alguém, tudo isso importe
mas, para mim, há mais a ser vivido.
Morrer para nascer de novo! Em vida!
É o abraçar da graça recebida
por meio de quem já venceu a cruz…
Me resta a morte, sim, das pretensões
que tomam conta, aqui, dos corações
e o renascer nos braços de Jesus!
" VIDA PLENA "
Libertação: da morte para a vida!
É Páscoa a ser, pra sempre, festejada
e, assim, se ter a história recordada
na graça eterna aqui nos concedida!
Ao anjo, a morte a todos, ordenada
traria, por juízo sem medida,
condenação cruel ali estendida
onde a corrupção fôra instalada.
Mas um cordeiro a ser, pois, abatido
teria sangue, às portas, aspergido
trazendo o livramento e a salvação…
Se sai, assim, da morte obrigatória
pra vida plena, dada por vitória
ao se acolher o Cristo ao coração!
" QUER? "
Que prenda linda: moça, dentes brancos,
sorriso aberto, intencional, sincero…
Fico a pensar e (dentro, em mim) espero
que os pensamentos dela sejam francos…
Pois, afinal, sem farsa ou lero-lero,
sorriu pra mim cercando-me nos flancos…
Aceito o risco, aos trancos e barrancos
acreditando que o amor é vero?
Sou homem das paixões, um poeta nato,
por vezes sonhador nesse aparato
de ver, onde não tem, vasto querer…
É moça linda, prenda das mais belas…
Aceito ou me reservo nas cautelas?
Difícil crer que quer, ela, me ter!!!
" INJUSTAMENTE "
É vasto esse universo… A imensidão…
Nem sei se vim parar aqui, do nada,
pois sinto-me perdido nessa estrada
sem rumo, sem destino ou direção!
Pergunto-me se tenho, na parada,
alguma culpa e, até, condenação
por me incluir na imensa multidão
dos que, cá, nada sabem da jornada.
Sou réu ou vítima deste sistema
sem solução nenhuma pro problema
que foi me posto ao colo abruptamente?
É vasta a imensidão, esse universo
tão rico, tão confuso, controverso…
Aqui fui posto ao caos injustamente!
DE UM ABRAÇO NO VAZIO
À medida que os anos vão passando
as nossas ambições materiais
vão cedendo lugar às ambições
de natureza emotiva.
No campo da emoção
é sempre ou quase sempre assim:
mais avançamos na idade,
mais crescem, mais se acentuam
dentro de nós as carências.
A propósito,
um dia desses eu me perdi
na ansiedade da espera
por um abraço presencial
de alguém por quem tenho
um amor sem limite,
e que, depois de bom tempo de ausência,
esteve bem perto de mim,
mas não se dispôs a se aproximar
um pouco mais,
a fim de que meus braços abertos
não se fechassem no vazio,
sem que se completasse o gesto
do abraço esperado...
Saí de cena, sem lamento, sem choro,
sem condenação e sem buscar justificativas,
porque o tempo me ensinou,
além de muitas outras coisas,
a bloquear os prováveis efeitos
dos sentimentos menores,
tipo tristeza e mágoa.
Se algo me incomodou,
foi simplesmente a consciência
de não ter aprendido a lidar,
diante de uma grande expectativa,
com essas sensações
de frustração.
REALIZAÇÃO
Eu te encontrei, não sei se por acaso,
mas logo me encantei contigo,
quando eu já tendia a desistir
da busca por alguém
com quem compartilhar
verdades e mentiras,
ternuras e loucuras,
carinhos e arranhões,
erros e perdões
e tudo mais que flui da comunhão
do homem e da mulher,
na vivência do amor.
Entrei em tua vida,
não para visitar-te apenas;
sim, para fincar minha bandeira
na terra rubra de teu coração
e com tua cumplicidade
disfarçada em “nãos”
que eu entendia “sins”,
fixar-me, isso mesmo,
ficar permanentemente dentro dele
e dar-te sempre razões
para que o ouvisses bater de satisfeito
por eu tê-lo ocupado.
Era a única realização
que me faltava,
pois quando saí
em busca da mulher ideal,
que se materializou em ti,
deixei sepultados
no lugar de onde vim
todos os meus projetos
de conquistas amorosas,
exceto este, cujo objetivo
já posso declarar
plenamente alcançado.
A Ilha Feia não tem praia
e não deixa de ser menos
bela por ser coberta
de Mata Atlântica plena
Não tens a metade dela
e julga o próximo segundo
a sua própria imaginação
em nome da destruição
Ser como a ilha é ambição
daquele que tem a ciência
de eleger a rota de renovação
Por isso opto ir de acordo
com a minha intuição
e para alguns casos a silenciação.
A minha mente segue
no fluxo da direção
dos cristais temporais
na Ilha do Ferreira.
Ali na Baía do Babitonga
me retiro de uma
parcela do mundo
que já morreu por dentro.
Sempre que celebram
a morte ou um ato violento
enterram é a si próprios.
A opção deles foi por o quê vier,
a misericórdia só a Deus pertence:
escolho mesmo é nem saber.
" A FEITICEIRA "
Mas que mulher fantástica, guerreira,
das que se dizem ter real valor
e para quem se deve dar amor
ao se fazer, em tudo, companheira!
Se colocou, inteira, a meu dispor
mostrando-me ser fada, feiticeira,
e fez-se, na magia costumeira,
garota dada ao riso e ao bom humor.
Assim, me enfeitiçou no amor doado
e fez-me, da paixão, acostumado
prendendo-me à magia que irradia…
A chamam feiticeira, bruxa boa!...
Só sei que o seu feitiço, em mim, ressoa
e dei-lhe o coração por moradia!
" MISSÃO IMPOSSÍVEL "
Amar é uma missão quase impossível,
mas fomos nós capacitados, sim,
a nos doarmos nisso posto, enfim,
de forma que o amor é factível!
Também o tenho aqui, intenso em mim,
ardente, caloroso, até sensível,
mas sempre se achegando imprevisível
quando a paixão lhe acolhe forte assim.
Como é possível alguém, como eu, amar
é mais difícil, em tudo, de explicar…
Tu podes crer! Sem provas nem razão…
Quase impossível! Uma missão nos dada
que eu abracei sem entender-lhe nada
mas que, o bem, tem me feito ao coração!
" CONTATO "
Parece que esse olhar me quer! Sei não!
Talvez só seja o meu imaginário
tentando a sorte pura nesse aquário
e pode até não ser essa a intenção!...
Mas vou apimentar esse temário
deixando no suspense que há paixão
e ver no que é que dá essa impressão
botando contas mais nesse rosário.
E pode ser que cole! De verdade…
Vai que essa reza aos santos, pois, agrade
e que o querer mostrado seja fato…
O olhar diz que me quer! Deve ser isto…
Se assim não for, disfarço ou improviso,
mas fica aberta a porta pra um contato!
Entendimento inconcluso
A última das certezas repousará no esquecimento
Serei eu tolo de bradar coragem no desconhecido
Sinto a memória como força vital e sigo em margens seguras
Pois o futuro tem pressa em ser anunciado
Mas só aceito vê-lo,
se trouxer consigo o novo !
Respira o último dos últimos
pulmões do mar,
É na Ilha dos Herdeiros
que vou atracar.
Navegar pelas correntes
da Baía do Babitonga
vou deixando me levar
adiante sem muito pensar.
Nesta embarcação poética
vou permitindo apenas ir
nesta rota íntima seguir.
Sem pressa de viver porque
tudo permitirá concluir
que seremos só eu e você.
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