Poema Infantil sobre a Lua
IMORTAIS
No fim do arco multicolorido
da Mensageira de Hera
Me aguardava leviano
O anjo que combinava o som com o silêncio
Que sucedeu a morte dos filhos de Urano
A voz grave e melódica
De coração dissonante
Cantava o silêncio de força orquestral
Que profetizava o arranjo final.
O anjo enfermo que quer curar
E se cura
Almas expostas que sangram
E sangrando se misturam
Até se tornar singular
E a alma ensolarada e siamesa
Regra os excessos e duplica sua força
Surgida do vazio original
Amparada por Eros percorre do Caos ao Cosmo
Se tornando imortal.
MÚSICA ALTA
Ontem eu fui ao inferno em busca de aventuras
O som estava alto do jeito que eu gosto
O cheiro era morno, a cerveja era quente
Risadas histéricas, uma loira gelada
Dançando lindamente
O inferno acolhe em seus braços
Bancando o indulgente
As almas enfermas, de olhar embebido
Em água e sódio
Que carregam o triste sorriso do incoerente
E celebram para abortar o ódio
O inferno te envolve em um enredo
Te lambe sem segredo
Com sua língua bifurcada e repelente
Enquanto a vida, obediente
Segue o curso que seguiria se você não tivesse o medo
De viver e de ser gente.
Tudo o que você ama e preza
O inferno ignora
O vendedor do ingresso te despreza
Quem você amava, morreu
A bússula que te norteava
Agora só aponta para baixo
As crianças cresceram e não carregam nada seu.
Você agora é um morto-vivo
Que passa os dias olhando sua vida estagnada
Através de uma janela trincada pelo calor
Você não sente nada.
A música fica alta demais quando você quer descansar.
Insones conversas
Insones conversas desencaminhadas
Que mudam a vida e não levam à nada
Só eu e você enquanto a noite vira madrugada
Eu, você e nossa vida em pauta
Soluções na bandeja
Teoria musicada
O amanhecer transforma
Os garranchos em vida
jogando no lixo a certeza lírica
Da poetisa que se conscientiza
Que só o que sabe
É tornar arte
Palavras difíceis
Que nunca sentiu
Triste essa artista
Que fez do papel
Seu coração
Triste essa artista
Que recebeu o dom
De emocionar
Sem emoção
Insones conversas desencaminhadas
Que mudam a vida e não levam a nada
Que tentam viver e se perdem na estrada
É nas falácias da madrugada
O único momento em que me encontro
Desarmada
E eu, menina, sempre tão desalmada
Assumo que tudo não passa de medo
De não ser amada
ENQUANTO OS ANJOS DORMEM
O adormecer dos anjos
Desperta o desejo sonegado.
Declinamos corpo, alma e espírito
Aos prazeres do pecado.
Libertos desse dogma,
Desobrigados da culpa,
Atraídos e embriagados
Ofertamo-nos à divindade
Que habita o ser amado
O despertar da sutileza amaldiçoada
Faz desabrochar a flor nascida
Nas pegadas de Buda Gautama
Que nos conduzem ao Éden,
Entorpecem
Para atingirmos juntos o Nirvana
Há quatro horas da liberdade do corpo, a mente já percorre vales de fogo.
A fotografia é fria mas a verdade transpira implorando um gole da garrafa vazia.
Uma cerveja e uma pinga, são a chave que abre a algema.
Uma volta de carro, depois um cigarro e aí tudo bem.
O balcão e o banquinho, esse sim é o caminho que busquei a semana inteira esperando a sexta-feira.
Espero o momento perfeito do sol encontrando a lua promovendo o encontro dos amigos de sempre que percorrem a estrada do zodíaco para brindar e respirar o ar seco e empoeirado de Brasília, do Cerrado, até a lua encontrar o sol.
A liberdade gelada do fim de semana me chama, aos gritos, aos berros, mas ainda estou presa em um sistema falho, de paisagem bucólica e ares de retidão.
Mas quando quebrarem-se os grilhões,as estrelas se apagam e a luz do seu isqueiro é a única que eu vou ver.
Passo a semana inteira esperando a liberdade e a minha liberdade é me prender à você.
Existem mil razões pra se desprender,
Existem 7 dias pra depositar o desapego,
Eu te quis o dia inteiro.
E a lucidez chegou antes de eu imaginar perder - me lentamente por ti.
Domingo, encontro, amigos,
o pensamento longe.
Quero que vás,
quero que fiques,
quero permanecer,
quero sentir e
E sempre senti sozinha.
Assim desejo continuar,
Até encontrar uma razão para novamente amar.
Saudades de quando tudo era leve,
De conversas paralelas,
De como nos entendíamos.
Daí você olhou pro lado, olhou pro outro,
Resolveu seguir.
Ê laiá, a saudade aperta o peito,
Mas se te faz feliz desse jeito,
Eu aceito.
É assim, um dia um cresce e amadurece, no outro
A gente brinda de novo.
Aquele velho abraço de amigos,
Talvez fique pra mais tarde,
Talvez fique apenas na lembrança.
Minhas tardes não são das melhores,
Meus pensamentos chega a doer dentro da cabeça.
O estresse chega no auge,
Eu vejo então, as folhas caindo, o vento com pressa, e me sinto mais morta do que viva.
Invejo um pássaro diversas vezes, só por que ele tem a liberdade de voar,
Mas no fim da tarde, ele morre que nem eu.
Se não for pelas mãos do homem, morre pelo término cíclico de vida.
Teu rosto suave,
Suaviza minha solidão.
A imensidão do teu olhar,
Me encoraja a esperar.
Os teus lábios são doces,
Como o nosso amor.
Tuas mãos tocando meus cabelos,
Lembra - me Deus,
Tocando nossos corações,
Unindo nossa alma.
Sinto falta da época de criança
Quando tocava a música
Da formosa dança.
Quantas pedrinhas joguei
Em cima do telhado rachado.
Quantas gotas de chuva engoli
Pra molhar a garganta seca.
Hoje sinto falta
Dos tempos de alegria
Da inocência que um dia houve
Nesse coração machucado.
Isso vos digo, depois de um elo rompido.
Isso vos peço, após o chá da tarde.
Isso vos entrego, talvez tarde de mais.
Ainda assim tardio, arrependida estou.
Não valorizei o tempo entregue a mim, entregue a ti.
Não deixei que o amor, (ainda que esse mal colocado) me tocasse.
Entrego - te minha poesia, minhas mais delicadas palavras.
Peço - te o perdão, perante a dor da perda, (mesmo não tendo te perdido fisicamente).
Como foi possível que o amor paterno se rompesse assim ?
Pela dureza dos nossos corações, eu resolvi me render.
Eu quero o "herói" que toda criança diz ter.
Eu quero ainda que tarde, recuperar dia após dia o tempo perdido.
Quero com toda delicadeza e paciência, amolecer esse seu coração.
Eu sei, que por detrás dessa capa de espinhos, você é imensidão.
E o que vos digo no princípio,
Te amo!
Homem.
José.
Eu entregava flores a todo instante, e sempre me furava com os espinhos das mãos de quem as recebia.
Sangrava na maioria das vezes, então eu resolvi ser espinho por um dia.
Ninguém teve coragem de sangrar como eu sangrava por algumas mãos.
Ninguém me entregou nenhuma pétala se quer, só por medo de se machucarem.
Concluí que quem sangrava mais não era eu, era quem recebia as flores com as mãos de espinhos.
Pois sim, nem todo mundo está acostumado com um ato de gentileza.
E esse é um ato que não escolhe pessoas, é um hábito diário pra todos.
E eu? Eu continuo entregando flores, e resolvi não escolher uma mão sem espinhos, porque talvez um dia, de tantas outras mãos furar - me com seus espinhos, diante da delicada flor que vos ofereço, seus espinhos possam acabar - se.
Eu tive muita pressa de sobreviver,
de não me deixar submergir.
Queria chegar na superfície pra poder respirar.
Eu sinto que todo esforço que eu fiz não foi em vão, por outro lado,
foi um pouco inútil.
Às vezes não me sinto parte dalí,
às vezes sinto que não quero incomodar, não quero causar alvoroço por conta da minha aparência.
Eu admito que sempre fico na defensiva, e sempre quero me manter minha, sem me expôr.
Não sei, eu sou muito ar, pras pessoas quererem que eu seja terra, apesar de ter vindo do pó, o fôlego me orienta. Eu decidi voar.
Demorou um pouco pra entender,
que aquela sanidade que eu buscava
eu jamais iria ter.
O por que? Ah! Eu apenas quis ver as coisas de uma maneira menos lúcida.
Pois ver o caos do mundo
tirava minha paz.
Então eu reinventei esse mundo
da maneira que eu acredito
que ele deve ser.
E nesse mundo que eu reinventei
Havia sorrisos
Havia amor
Havia uma fraternidade
Uma compaixão
Um mundo sem inimizades
Eu queria chamar de mundo "perfeito"
Mas ele não era, por que no mundo que eu inventei na minha cabeça, existia dor, dores que se transformavam em poesias, e mesmo assim alguém era tocado
e no final de tudo,
Sorria.
Eu quis escrever mil versões sob mim
Eu quis me descobrir na multidão,
e eu era apenas uma
Queria ver o que tinha de diferente
no meu eu interior
Eu vi que eu não brilhava como a multidão
Eu vi que eu era um minúsculo grão
no meio daquela plantação frutífera
Eu entendi depois,
que eu era a única que estava descobrindo como é bom e estranho ao mesmo tempo, estar em sua própria companhia.
Me dizem que sou um ser humano
Que tenho vida
Que tenho braços e pernas
Me olho no espelho
E me vejo como os objetos do meu quarto
Que nada vê e nada sente
Permanecem no seu devido lugar.
O véu rasgou - se
E eu tive acesso a ti
Eu descobri o verdadeiro amor
Que o coração do homem
Pode sentir.
O que tínhamos não era amor.
O que tínhamos não era atração.
O que tínhamos era mais forte.
Nunca soubemos explicar o que era,
até hoje não sabemos.
Se nossos corpos se encontrarem,
por um descuido os nossos olhos
se cruzarem, e o nosso sorriso aparecer, é sinal de que por mais distantes que estejamos, nossa conexão jamais acabou.
Somos um do outro, mesmo o destino não querendo, mesmo que você e eu tenhamos que seguir um outro rumo, virar a esquerda e seguir na direção contrária.
Nenhuma pessoa irá sentir o que senti contigo, ninguém terá o que eu tive com você, o que você teve comigo.
Da forma que te beijei, ninguém te beijará, das vezes que te olhei, ninguém te olhará, dos carinhos que te fiz, não existirá outro igual.
É, recordar o passado
Deixa marcas,
Aperta o peito,
Esmaga a saudade.
Se o meu coração falasse
Ele não falaria nada
Por que nada o tem a dizer
Se o meu coração pudesse sorrir
Ele não sorriria
Por que motivo algum faz o rir
Se o meu coração sentisse
Um amor verdadeiro, intenso, e puro
Ele poderia falar da experiência única de um amor assim
Ele poderia sorrir, sorrir bastante
Por ter sentido esse amor.
Não dá pra ficar assim
Assim como tá não dá pra ficar
Tenho muito
muito pouco
O pouco que tenho
quero dividir contigo
Até transbordar.
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