Poema de Pobre
AS PALAVRAS OCULTAS
Quando passávamos por aquele cortejo
Senti palavras dívididas feito queijo
Eram sentimentos de despojo
As mangas estavam bem arregaçadas
Nas praças desgraçadas
Seus vidraços reflectiam tamboradas
Os ninhos eram estilhaçados
Os discalçados tremiam num só clima
As palavras ocultas eram navalhas multiusos, sandálias inocentes foram vítimas implacáveis.
Nesta incredulidade do meu espírito,
O fim vem adiantado, usurpando o começo, na verdade tudo me é inquieto,
Até na lentidão do camaleão vejo manipulação, tudo me é inquieto, porque a verdade foi desnutrida, e a mentira festeja com os melhores vinhos, até invoca "Dionísio", exibindo suas taças, doando sua cabaça numa hora intermédia aos 0x1.
AMIZADE NÃO RELATIVIZADA
Decidimos juntos está verdade
Porque firmamo-nos na cumplicidade
pactuamos uma amizade não derradeira
lutamos proximidades sem fronteira
Você ficava onde sempre estava
Despertavas meu humor adormecido
Perante seu sorriso rasgado
Não tinha como não estar confortado
Na verdade sempre lá estava
Vejo intelecto como seu baluarte
Não vejo desvinculação nos seus feitos
Sim!!! Nao vejo desvinculação
Seus passos convergem com seu coração
No rítmo da nossa música sempre dançaste indiscriminidamente
Vejo-te uma fortaleza confidente.
Num tempo e mum espaço
Lavramos e cultivamos
Pulverizamos e colhemos
Em sincrónia o Adonai dá-nos frutos, e segrega os joios.
Mulher
Mulher, que você seja sempre heroína
Que lute pelo seu direito
E encontre força onde nem imagina.
Que você seja tratada com primor
Que todos reconheçam
O seu verdadeiro valor.
Que não lhe falte o respeito
Que nessa busca por seus objetivos
Seja livre de qualquer preconceito
Que você seja o que quiser
Seja dona de casa, modelo, jornalista
Ou simplesmente ser mulher.
Que nesse dia tão importante
Seja protagonista de sua história
E não figurante.
FICO POR AQUI
Dentre tantos crépusculos vespertinos,
O de hoje foi o escolhido,
Escolhido com lágrimas, lágrimas provindas do seu próprio fontenário
Achei oportuno negritar nossa amizade, sublinhar o nosso passado com os marcos interessantes!!!, rabisquei outros marcos a tinta preta. Sim!!! A tinta preta, preta, porque chegou o fim duma bela aventura, foi mesmo oportuno ter-te deixado a beira, não é porque nunca tive paixão da mesma, ao contrário amei-a tão forte, ao ponto de muitos me tratarem por insensato e santo por tantos, portanto chegou, chegou o dia em que o branco tornou-se vermelho coberto dum manto preto. Foi assim que pude rever a nossa querida amizade, que por mim mereceria uma sepultura digna, afinal de conta foram tantos anos de enlance, aliança, cumplicidade, epha!!!, foi muita coisa reinada de ambivalências, equivalências, surtos e paradoxos, mas tudo isso foi necessário ter ocorrido. Nossa amizade já estava disprovida de força vital, decaia cada dia que passava, lentamente partia, pois chegou o dia em que a própria fraqueza ficou mais enfraquecida, e a hipocrisia dispiu-se da verdade, na verdade, foi pela verdade que chegamos a este termo. Bastante lamuriante, mas preferivel, assim atingimos o climax da nossa amizade que deu muitos frutos, porém devorados por depravados.
VISÃO ÚTOPICA SOBRE TI
Num olhar penetrante aos teus, julguei seu olhar como aparente visão sobre mim, condenei-te na primicia do seu comportamento para comigo, deduzi os teus passos pensando que era tudo perfomance do teu bem estar para com tantos partícipes da visivel natureza cujo panaroma é-me maculado, segui um desejo que preciptava-me ver-te discriminadamente diante das circunatâncias maculadas que vivi. Sorri-te porque decidi buscar inodor. Imune do pecado era tão utópico em mim para consigo, desejo um renascimento de ti para mim.
PARTIDA
Parte-se sem estilos de despedidas, pois o amor está decorado de negritude, luta-se pelo luto, ama-se até o elogio mais funebre, é a partida sem retorno, vai-se na certeza de nunca mais contemplar a luz do dia nem da noite, chega-se as boa vindas da escuridão do fim, dolores perpetua da existencia, e a certeza dum adeus maior, nem o nada fica, também ele parte na chamada nostalgia conformada duma terra árida sequiosa sem água. De repente um silêncio se perpetua, um grito é encubado com atitude medonha de ser contemplado de impotente neste dissabor, tudo é encubado, até o nome é aniquilado nos sarcofagos sonoros, outrora desejado nos sonhos, posteriormente passar-se-a uma lista de ausência da ex-existência. é o fim duma realidade finita, um adeus maior.
ASSIM É A VIDA, COMO UM CREPÚSCULO...
A vida começa como uma clareza matutina e termina como uma clareza vespertina. Este ciclo, porém, é intermediado por uma clareza tensa, isto é, vida abundante, luminosidade foguenta, em que só se corrompe com uma lei natural: "MORTE". Analogamente falando, cada um é como um crepúsculo.
PARA AMAR COM COR
Pensei que amar era apenas sonhar,
Ansiei pela resposta obter.
Regressei em mim para me encontrar,
Andei à procura de me reconhecer...
Alguém tirano me veio agarrar,
Monstro frio só me fez entristecer!
Agora que, enfim, me pude libertar,
Rio com verdadeiro prazer!
Contudo, vou continuar o caminho,
Olhando para a imensidão...
Meramente espero alcançar carinho.
Concentro-me sozinho,
Orando para o amor chegar à multidão...
Rosa minha, perfumada e sem espinho...
Querida Rosa
Incrédulo, eu observava
Num disfarçado êxtase
Estonteante é ela
Delicada na forma
Bela na essência
Mas triste em verdade
Pois em solidão permanecia
Distante da lividez doce
Sem nunca ser amada
Conhecendo só o sabor amargo
Do que era vida
Presa entre arbustos
Seu forte natural
Adentro seu covil
Arranco-na de sua prisão verde
Aqueço-na em toque
Jazendo agora em mãos
Não permitirei que se destrua
Não em mim
Pois a semente do amor
Plantada agora estava
Pelo teu amor
As rosas crescerão
Em comunhão viveremos
Condenados na solidão.
Nada feito
Lá se foi um verso inteiro
e eu não disse coisa alguma
Esse aqui já é o terceiro
e a rima mal se arruma
desperdiço meu tinteiro
escrevendo, assim, ligeiro
antes que a palavra suma
Biblioteca
Entre gritos abafados
no silêncio da Babel
Pensamentos empilhados
entre sonhos de papel
Ideais catalogados
deuses, reis empoeirados
Um inferno! quase céu...
Assombro
O nó seco na garganta
O meu passo meio manco
Nada disso me espanta
É preciso ser bem franco
O Terror que me encanta
vem da alma sacrossanta
dessas páginas em branco
Nu (flagra)
Quem pegou o meu soneto
e jogou metade fora?
Encontrei só um quarteto
Ai, meu livro! e agora?
Quando abri o meu terceto
Eu flagrei meu poemeto
Com redondilhas de fora
Escalando As Montanhas
A inércia dura e fria
da granítica muralha
que se ergue sobre a via
da humana e vã batalha
Guarda, em si, como quem cria
em seu ventre a fantasia
de um sol que não se espalha...
Passo
Sinto aperto no meu peito
Sigo andando meio manco
Sigo, canso e me deito
Sinto, tenho que ser franco
Num poema tão sem jeito
Eu percebo só ter feito
outra página em branco
Fogueira
Se pensar é meu pecado,
a caneta - qual cilício -
me flagela e vou, calado,
escrevendo meu suplício
pelo qual eu sou julgado,
torturado e condenado.
Eis aí meu Santo Ofício!
Melancólico Réquiem
Os restos angelicais
Espalhados na perfeita superfície
Submersos em puro sangue
Não apodreciam
Pois assim eram feitos
Da água da vida
Originaria a Raça Eterna
Os novos donos do mundo
Banhado eternamente
Na melancolia rubra
Nascia o Primeiro Querubim
Trajado em glorioso preto
Suas incontáveis asas rompiam em graça
Graciosamente subia àquele céu fúnebre
Para observar pela primeira vez
O que viria ser seu
Para todo sempre um lar
Da nova chama maleável da vida
Caos cessado
Em eterno silêncio mortífero
A orquestra se instaurava
Compondo notas proibidas
Tocava sombria e solene
Num mundo apocalíptico
Canções ao além
Num mundo pós-morte
Assumia forma gótica
Sufocada outrora em sangue
Em tragédia angelical
A misericordiosa subjugação
Não existiam vivos
Sob terra
Sob mar
A permanente avidez simbólica
Construções lascivas
Apontavam suas lanças ao céu funesto
Procurando desesperadas
A ausente luz antepassada
Se os olhos pudessem ver
Nada teria visto
Pois nada afinal existia.
Galopa o cavalo, com as crinas ao vento.
Vem a briza, a paz, a vida. A paisagem correndo diante de seus olhos sinceros, cria-se a esperança em seu coração acelerado.
Vem alma de cavalo para dentro de meu ser, para eu entender a sua magnitude de ser.
Deixe me ser seu cavaleiro, confie em mim, e eu confiarei em você.
Galoparei contigo, amigo, até onde o sol nascer.
Doma-te, doma-me, mas nosso amor se torna indomável, e ao seu relinchar me sinto confortável em acreditar que em seu coração é meu lugar.
*GRATIDÃO*
Pai, eu quero agradecer,
Pelo teu amor leal,
Que nos guia nesta estrada,
Até a jornada final.
Obrigada pelo silêncio,
Permeado de tanta paz,
Que a Tua presença acalenta,
Abraçando cada vez mais.
Obrigada pelo escuro,
Que faz descansar a mente,
Quando fecho meus olhos,
Posso ver claramente.
Lembro tudo o que tenho,
Reconhecendo a origem,
Vinda dos altos céus,
Tanto favor me atinge.
Obrigada pela luz,
Iluminando cada passo,
O Senhor quem me conduz,
Guiando-me a verdes pastos.
Obrigada pelo ar,
Que eu posso respirar,
A vida que me destes,
Para iluminar.
Quero transmitir o poder,
Da tua doce presença,
Concedendo o que recebi,
Para que alguém mais enriqueça.
✒️ Autor: Vanessa Ribeiro
Liberdade De Ser
Não são as convenções humanas ou sociais que vão levar meus sorrisos ou sonhos para longe de mim.
Como um presente que escorre por nossas mãos que damos o sim ao sim e o não ao não, porque simplesmente não podemos dar ao outro pedaço do nosso coração. Mas esse presente, a nossa verdade nua, é a demonstração do desejo de que todos se encorajem de suas verdades e fiquem bem. Porque o amor por si próprio deve ser maior que qualquer orgulho ou barreira.
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
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