Poema de Pobre

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A Dádiva

Numa casa pobre,
onde o chão é frio
e a mesa tem mais remendos que pão,
uma mulher cozinha.

Não tem quase nada —
só dois filhos de olhos grandes
e um coração que lhe sobra no peito.
Então frita esse coração
como se fosse alimento.

Fá-lo sem pensar em sacrifício,
sem esperar glória,
sem procurar virtude.
Fá-lo porque é o que há a fazer.

E ao dar-se assim,
inteira,
sem palavras grandes
nem promessas de eternidade,
torna-se mais livre
do que todos os senhores do mundo.

Os filhos olham
e não sabem ainda
que assistem a um milagre:
não o da multiplicação dos pães,
mas o da multiplicação do amor.

Ela,
sem o saber,
ensinou-lhes tudo.

PRIMA POBRE

Demétrio Sena, Magé - RJ.

A prática de gerar debates ou controvérsias em torno das puladas de cerca, dos hábitos alimentares ou de vestuário entre outros de pessoas públicas ou não, já concedeu a muitos indivíduos aqueles quinze minutos - às vezes um pouco mais - da fama questionável de polêmicos. Isso nunca os elevou ao pódio do respeito e da credibilidade consistentes de um público de qualidade.
As polêmicas pairam sobre questões importantes. Assuntos que merecem atenção pública, por seus contextos políticos, sociais, filosóficos, de classes e credos. O que gira em torno de assuntos íntimos, vidas pessoais e os mais diversos contextos de natureza originalmente particular, não importa o alcance ou a dimensão: será sempre uma discussão medíocre. Um debate menor... uma fofoca. Nada mais relevante ou substancial.
Por mais que tente atingir o patamar superior dessa nominata que jamais lhe coube, qualquer esforço há de ser feito em vão: a fofoca é a prima pobre - tanto quanto ilegítima - da polêmica.

Inserida por demetriosena

CONSELHO TORTO PRA POBRE BOBO

Demétrio Sena, Magé - RJ.

Faz arminha e faz festa para teu patrão
que sorri satisfeito; chibata na mão;
ele sim, tem motivo pra fazer arminha...
Agradece por tudo que o governo arranca,
faz caretas e bocas, impõe tua banca,
dando vivas e urras pra tua vidinha...

Ou até faz arminha por nem ter emprego,
diz que o céu proverá, finge ter desapego
ao conforto que todo cidadão merece...
Faz arminha pro SUS que te mata e aos teus,
pede ajuda, migalhas, dá graças a Deus
e decora o ditado: "Faz parte; acontece"...

Faz arminha pras armas que nunca terás
pelas formas da lei, mas aí tanto faz,
o país ter mais armas deve ser tão bom...
Faz também pra quem faz com arma de verdade;
pra indústria do crime; da desigualdade,
pela qual manda o rico e você baixa o tom...

Pro teu líder que faz porque tem vida ganha;
para muitos espertos que fazem barganha
ou estão protegidos em algum segredo...
Continua sofrendo com tanta injustiça,
mesmo assim faz arminha no culto e na missa,
pra milícia, pro tráfico e também pro medo...

Faz arminha que aponta para o próprio pé;
quando jogas teu sonho; teus dons; tua fé;
porque já te rendeste à própria covardia...
E repete os discursos de quem se dá bem
com teu dízimo, imposto, com teu vai e vem
para nunca sofreres barriga vazia...

Louva os falsos heróis que se criam aqui,
faz arminha pro nada que fazem por ti,
continua sem tino, sem chão e sem rumo...
Enaltece quem quer que a criança dê duro;
pobre fora da escola; perdido no escuro;
faz arminha, gargalha, salta e leva fumo...

Inserida por demetriosena

⁠Mente do desocupado é como a oficina do diabo. o pobre com dinheiro é um malandro perturbado, muitos sabem ganhar mas poucos sabem gastá-lo.

Eestando mostrando não ter apreço por ele, até parece que não gosta muito dele.

Na sua mão é como um vendaval provocado pelo deslocamento violento de sua carteira e da conta bancária. O dinheiro só não traz felicidade para quem não sabe o que fazer com ele, não dá felicidade mas compra até amor verdadeiro.

E por final maldito é ele que não só fala, como faz muita gente calar a boca.

Inserida por Marc7Carl6Rod9

⁠DE COMER POR STATUS

Demétrio Sena - Magé

Atravessei uma infância muito pobre, tendo que "aprender a gostar" de uma sopa rala; comidas feitas com restos misturados; alimentos não convencionais catados no mato, por necessidade ou fome, sem uso dos temperos - caros, para quem não tem nada - que os tornam "iguarias excêntricas".

Hoje, quando já posso comer o que me apetece ou satisfaz, não quero "ter que aprender a gostar" de escargot, caviar, larvas preparadas por chefs prestigiados e outras nojeiras caras. Variedades que existem mais para mostrar quem é quem do que para satisfazer apetites. Comida não tem virtudes e defeitos que passamos a perceber, como no ser humano. Tem sabor, é bem ou mal preparada. O sabor é bom ou ruim. E se tenho nojo, não fingirei não ter para passar no crivo de um grupo social.

Comer por status não é crível para mim. Nem é incrível. É medíocre. "Aprender a gostar" de comida por ascensão social não compõe minha índole; não tenho projeto nem intenção de mostrar a quem quer que seja, "quem é quem" e de que lado estou nessa ostentação gastronômica fútil; sem propósito nem sentido. Nem poderia, se quisesse, porque não alcancei o status inútil de quem coleciona dinheiro e joga fora o excesso, numa disputa sem fim com quem faz "clicherianamente" o mesmo.

Não quero comer, vestir, morar, consumir, ter ou fazer algo por status. Quero poder vivenciar o que aprecio, sem para tanto, precisar "aprender a gostar". O que é bom e prazeroso é à primeira garfada, ao primeiro gole, ato e utilização. Comida e coisas não "se abrem" ou se revelam aos poucos.

... ... ...

Respeite autorias. É lei

Inserida por demetriosena

⁠Nesta terra quente e nobre,
pelo campo alguém o disse,
que o Alentejo era mais pobre
se a paixão não existisse.

Inserida por AntonioPrates

⁠Tanta gente pobre
Pouca gente rica
Tem gente rica e não sabe
Tem gente pobre que não sabe

É muito pobre no bairro nobre
É muito rico no bairro pobre
O pobre que nasceu rico é herdeiro
O rico que nasceu pobre é grosseiro

Ser rico é ter onde chorar
É ter alguém para amar
Ser rico é na dor e na loucura ter com quem falar e ninguém para julgar

E nas maiores angústias ter alguém para olhar
Como é bom viver a vida sendo rico
Ser rico sem ser rico de dinheiro

O rico que é pobre nunca vai saber como voltar
Nunca vai ter um colchão quente de amor para deitar
Ou um alento de carinho para sustentar.

Inserida por AnaTubino

Pobre indivíduo, individado como só ele
É o destino, diaxo! O todo poderoso
Se soubesse que ia ser assim, não teria entrado na casa do cifrão
Só queria ter um lar, um cantinho para chamar de seu
Quanta hipocrisia ronda esse popular
Acreditou no anúncio e viu no que deu

Agora só resta rezar
E marcar na memória
O quanto um falso sorriso doeu
Essa é a verdade do país continental
Onde o malandro tem sempre seu lugar
No pesadelo de cada trabalhador
Inclusive no meu

Inserida por douglastrindade

É tanta dor... é tanta decepção... é tanta tristeza
pobre do meu coração...
Cansei... abandonei... larguei mão.

Ei você! Vá plantar batatas!
vê se toma jeito...
há médicos, psicólogos, psiquiatras
certamente um deles curará seu defeito.

Eu já tomei a decisão:
primeiro: pra minha dor feriado prolongado...
não resolveu...
segundo: férias (que já estavam acumuladas)
também não resolveu em nada...
terceiro: aposentei
agora, é definitivo... Dor, não mais te sentirei!

Inserida por RosangelaCalza

⁠DORES

Sabe... Tem dores que eu sinto e não demonstro. A minha pobre alma sofre, em um silêncio profundo, e chora. O meu coração sufoca, grita:e ninguém ouve, ninguém vê! Mas será que você sabe? Será que senti?

Será que você me observa e entende?

Inserida por Ricardoolobo


É Pobre de Sentimentos quem não tem capacidade para amar alguém. E mais pobre ainda é aquele que sequer reconhece e valoriza quem o ama.


꧁❤𓊈𒆜🆅🅰🅻𒆜𓊉❤꧂

Inserida por valdecir_val_neves

⁠O ano está se despedindo,
e até agora nada mudou:
os pemones ninguém escutou.

Pobre Salvador, pobre Salvador,
pelo jeito vai ter por aqueles
o esquecimento da própria dor...

O ano está se despedindo
com notícia de conspiração
neutralizada no Palácio;
Não 'veem' o autoproclamado,
ele parece mais é tratado
(como pet de estimação).

Nada mudou e nada mudou,
tudo do jeito que estava,
é do mesmo jeito que ficou.

O ano está se despedindo,
sem notícia de justiça
equilibrada e de tropa libertada.

Nada se sabe e não se sabe
de absolutamente nada:
até a vida já está acostumada.

O ano está sem despedindo,
mas o General está na prisão
(injustamente aprisionado)
desde este dia amaldiçoado
o mundo foi parando e parou.

Ali o mundo foi parando,
paraaaando e parou;
o mundo dele parou...

Dos velhos hábitos maldizentes
tem gente que vejo da janela
que ainda não mudou,
não é verdade quando falam
que o General traiu ou conspirou.

(Apenas há uma falsa notícia
crime que acusa
que a rebelião ele instigou).

Só que a poesia e a verdade
não acabou e ninguém apagou;
como os dedos que não podem
capturar a liberdade que carrega o ar,
e a Lua segurar o Sol da manhã raiar:

a verdade e a poesia não vão evaporar.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Chimarrão de China pobre

O gaúcho sempre teve um
coração enlaçado pelo mundo,
olhando e meditando
para o Chimarrão de China pobre
na Cuia pode ser que
o nome dele remeta a memória
do doloroso período
Imperial que foi uma época
que o povo chinês vivia
condenado a pobreza brutal,
assim esculpido na Cuia o Mate
me fez lembrar da luta sem igual.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Povo Nordestino

Povo forte, de alma nobre
Tem coragem, garra e fé
Seja rico ou seja pobre
Seja homem ou mulher

Nordestino é um guerreiro
de cultura sem igual
É um orgulho brasileiro,
patrimônio nacional.

O nordeste tem belezas
de encantar quem admira
Comidas típicas, riquezas
E uma história que inspira

Terra de belas cidades,
Praias, serras e sertões
De incrível diversidade
Que nos desperta paixões

Viva o povo nordestino!
Qualidades: mais de mil.
Construtores do próprio destino
Gente que orgulha o Brasil.

Inserida por lobo13

Nasceu numa manjedoura um pobre menino
Revestido com a couraça da esperança
E ao repartir a eterna bonança
Mudou para sempre nosso destino

Inserida por RandersonFigueiredo

Do Amor que Foi ao Amor que Sobrou

⁠Pobre amor genuíno,
tão desejado, tão admirado —
coração corado, vivo e cheio de amor para distribuir.

Secou.
Te sugaram.

E agora sobrou um coração frio e narcisista.
Não te sobrou amor para distribuir,
porque você o gastou em si mesma.

Fez certo.

Mas seu amor verdadeiro ficou com os restos —
restos que você não gostaria de lhe dar,
porque são restos.

E ela não merece restos.

Inserida por yasz

Incompletude

Minha maior riqueza
é a incompletude
sou rico de fraqueza
e pobre de vicissitude

Porém, sou de solicitude
busco total franqueza
ao outro não sou rude
ao gentil, gentileza

E neste vivo açude
bebo estranheza
sacio, talvez mude
saia da tristeza
pra alegria, amiúde

Mas, não serei lassitude
só por não ter grandeza...
Mesmo inacabado, eu pude
no amor, ser eu, ter pureza

Almejando sentido na finitude
com liberdade, com leveza

Luciano Spagnol
Maio, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Num mundo violento
e pobre de afeto,
rico é quem
desarma o outro
com amor concreto...

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠O PRESIDIÁRIO ....

Ó meu coração, meu pobre coração que choras
Os soluços sentidos dum nefasto desventurado
Se a lei do amar te angustia em seguidas horas
Diante do afeto ninguém deve ser condenado

Se tem sede de mimo e se confiante imploras
O suave amparo de o cupido a ti deliberado
Que seja flechado de luz nas suaves auroras
Superando a regra da sorte que a ti é dado

Não há prisão, nem há solidão tão pobre
De um olhar abraçado, cumplice e nobre
Que não possa estar ao lado e ao dispor

Somos todos uma solta sensação serena
Quando o desejo deseja eximir de pena
Safando da sentença o condenado amor! ...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24/01/2021, 16’50” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠MEU POBRE SONETO

Ele sussurra com uma dor sofrida
Que esmaecido chora na emoção
Tal a uma lágrima na falta sentida
Que bate forte o apertado coração
Ele canta com a sensação pendida
Dos urutaus, que cantando em vão
Entoam cantos de sisuda despedia
Soando saudade adentro do sertão

Um versar gemido e de melancolia
Que rola na trova com árida agonia
Com frios sentimentos superficiais
Meu pobre soneto, tão moribundo
Que quer arrebatamento profundo
E vive o sonho, que não volta mais.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
27 abril, 2024, 18’17” – Araguari, MG
*à amiga Lucineide S. Ghirelli

Inserida por LucianoSpagnol

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