Poema de Pablo Neruda Crepusculario
Aves sem rua
Pássaros que voaram em meu pensamento
por um instante os comparei com a família
talvez a minha, talvez a sua ou uma homilia
de minha filosofia exasperada de vil talento!
Se cada pássaro representasse um membro:
- Qual deles seria você e por que seria você?
Então se bem que cada um de ti me lembro...
poderia ser fidedigna ao dizer o que pode sê?
O pai, a mãe, o irmão e a irmã neste vôo...
Será que seria condizente a comparação
se aborreço, se amo, se condeno ou predôo?
O que tenho de cada um feito na liberdade?
Seria o espelho reflexo das gotas que caem,
ou a torrente força da cachoeira de verdade?
II
Qual seria a verdade de cada um neste vago?
E se a extensão das asas fosse o mundo todo...
Qual seria a importância de sua vida neste algo?
Que papel representa no universo e no mundo?
Você já parou para pensar se leva ou é levado?
Se é palco ou se é platéia, se aplaude ou vaia;
Se és o que voa alto ou voa baixo, se de lado...
porque no desvio não se molha e não há a raia,
o ferir com a possibilidade de uma montanha!
Há quem diga que quem olha o céu, se aranha;
Por certo que sim! Mas como não ver a lua?
Como negar a existência das constelações?
Como negar a vibração das nossas emoções,
se neste âmbito, somos as aves do ar sem rua?
Aparece a luz do luar
Com a noite vem o seu olhar
Se seu sorriso fosse uma bebida
Então é dela que eu irei me embebedar
Não lembro dos que vieram antes de tu
Os que vieram antes de tu vieram e foram
Mas tu, tu veio e ficou e insiste em ficar
No meu corpo, no meu pensamento
Ficando de uma forma intensa que se
Fechar os olhos posso te ver aqui
Em pé na minha frente
Com esses olhos esbugalhados
Inchados de chorar por amores antigos
Os que vieram antes de mim
Vieram e ficaram.
Não preciso de caminhar mais rápido para chegar primeiro.
Não preciso de empinar o nariz para me sentir importante.
Não preciso olhar de cima para baixo para me sentir maior.
Há fatos que se tornam valores.
Quando reagimos com amor acima de todas as formas de ser e de estar é que atravessamos a vida com leveza
Quando acreditamos que o lugar mais belo é o que há dentro de nós podemos nos transformar no que somos.
E isso nos basta
Que sejas iluminado pelos lampejos
da lua cheia, sobre os galhos que
cobrem o caminho que te norteia.
O tempo me viu,
Ele me disse “onde você vai?”.
Vou quebrar minhas pernas,
Retratar minha preguiça.
Me afogar nas mentiras,
Tirar-me-ei a dignidade,
Tempo em excesso, preguiça em excesso,
Me perdoe doce tempo.
Não fujas de mim,
Eu vou te reconquistar,
Eu vou lamentar sua partida,
Eu te darei o devido valor.
Liberdade da razão
A minha alma é leve feito a pluma,
meu vôo a suavidade da liberdade...
porque deixo - me enveredar nela
como Deus fez - me de verdade...
assim deixa - me fluir pelos ares,
desvencilhada de seus 'ah' inúteis!
Deveras tens tuas razões vulgares
a mim, são elas parcas e fúteis...
Se sou teu alvo, me acerta logo
porque assim vôo pra longe de ti
e nele esquecerei - te sem rogo!
O universo é minha imensidão,
é meu palco e meu íntimo aqui
transmuto no rasante da razão!
O olhar de uma alma
Minhas palavras sentem a tua dor
E eu só quero saber disso
Quero sentir
E depois guardar pra
mim
Meus olhos abertos só vêem os teus
É mais que transversal..
Quero sentir tua alma, ao
menos uma vez
Conexões..
Nos deixam vulneráveis e persistentes
em um sinônimo da
realidade.
Algo que olhares instigam
E só são lidos pelos amantes da tua natureza.
Ilda Baio
rua é para os encontros,
quem disse que era para os carros?
Vou pela rua de cima,
pois desejo ver a vozinha.
Vou na esperança e atento.
Na rua vejo muitos dos conhecidos.
Risos e apertos de mãos,
Virando a esquina, vejo-a no portão.
Vejo minha avó por adoção,
Sei que sou adotado,
mas sempre recebo seu abraço.
Cheiro de vó ela tem,
cabelo e pele também.
E não é só isso!
As histórias sempre vem.
Vem e leva-me, e eu vou.
Viajo sem dar um passo.
Sinto tudo daquele tempo,
Sonho quando estou ao seu lado.
Agradeço ao Bom Deus
por ser um neto abençoado.
Sou grato por ter Ilda Baio,
em meu coração estampado.
Feliz com a vida,
Que sempre planta flores
como a Dona Ilda perfumada e sagrada.
Quero um dia ser rua de encontro.
Ser o motivo de esperança e alegria.
Fazer das minhas memórias,
contos e reencontros,
de novos e anciões,
compartilhar sempre
para permanecer vivo.
Vários de um só
Somos a construção de vários.
Eu por exemplo, sou niilista, romancista,
Cristão, poeta, rapaz pobre,
nascido na América do sul.
Influenciador e influenciável
Ouvinte e falante
Motivador e motivado
Triste, vulnerável, solitário.
Completo, metade, sou um rapaz.
Sou DNA de um e outro,
conhecimento dele e daquele,
momentos atuais e passados.
Esperança e descredito.
O sou não poderá ser um futuro,
lá serei outro!
Em outros vários me encontrarei
e neles me farei.
Sou a certeza que mudarei,
Fugaz, finito, passageiro.
Pré-programado e com data de validade.
Mas serei somente o que deixarei ser
e deixarei o que não importa ser.
Por certo pensarei assim,
até um outro ser de mim pensar o contrário.
Vitrais
Poemas em pedacinhos coloridos nas paredes.
Escritos por poetas das artes.
Editados pela luz do sol...
Não sei, sem inspiração você me inspira sonhos!
Ironia é fluir com o cérebro retardado
Que Transcende, Habita e Cria
A teoria de fatos baseados
Menina
Meu coração ainda dói quando te vejo.
A Sombra de um retrato,
Um desejo.
Desenhada de ilusão
Vi graça
Onde só encontrei confusão,
Desgraça!
minha morte em lascívia,
Eclipsou meu eu.
Morri para viver minha premissa
E fugir da quimera que em você havia.
Perdoa-me por sempre ficar
Pq existe essa pequena parte (sua)
Ainda que tudo em mim se vá
E quase tudo mudar
(será?)
Serei eternamente tua...
...menina...
A travessia
A vida vai te levando,
Experiente na sua jornada,
Com os olhos vibrantes,
Das corujas da noite,
e das águias do dia,
Por cima flutuam num longo tapete de sonhos,
E eu no meu carro pelas lombadas,
A sinalizar o chão de concreto,
Seja como for, será o condutor,
Por onde passar, terá sempre alguma coisa a vivenciar,
Na vida de estrada, no carro de sua alma,
Nas travessas de obstáculos,
De caminhos de escolhas,
Buracos imprevistos,
Atalhos cruzados,
Trilhas inesperadas,
Alguns passarão a fazer um drama,
Outros passaram a fazer a viagem eloquente,
Todos percorrerão,
Seja como for,
Será seu condutor,
Da travessia.
Eu te amo;
Com todas as forças da minha alma;
Sem nenhuma força do meu corpo;
Pois meu corpo é infestado de pecados;
Minha alma é pura;
Por isso apenas te invento nos mundos dos ideais;
Você é a pessoa perfeita;
Eu te amo porque você é bela, por dentro;
Mesmo não tendo te conhecido;
Isso é apenas amor;
Amor genuíno;
Amor puro;
Amor que não escolhe nem julga;
Amor de cristo;
Amor correto;
Eu repito nesse verso;
Eu te amo.
INSACIÁVEL FOME
A poesia é o grito
Que me sobra
E a insaciável fome
Que me assola.
@poetamarcosfernandes
Arco-íris
E assim se deu no nosso caso de amor
Como uma flor, que desabrochou
No meio do asfalto.
Minha vida, quadro cinza na parede
Retrato em branco e preto
Agora um arco-íris se pintou.
Ao seu lado tudo se transforma
Contornos viram formas
Desenhos de asa e flor.
Quando você me abraça tudo fica rosa
Não leio mais Rimbaud
Meu verso triste virou prosa.
Acordes dissonantes soam simples
Como as melodias do sertão.
E o amargo do café se adocica
Quando você fica, sem pressa e sem razão.
A vida com você é colorida e doce
Como um caramelo de paixão.
Eu sou uma ave em um oceano;
Sem onde pousar;
Sem onde descansar;
Eu sinto que não vivo nesse mundo;
Eu sinto que não fui criado para viver;
Eu fui criado para amar;
Eu fui criado para lutar;
Pela perfeição;
E pelo mundo dos ideais;
Amo você, alma.
Na rua onde moro não há falsidade
Somente a verdade que alguém escondeu
Há crianças na rua brincando
Entretidas e não lembrando que são mais velhas que eu
Na rua onde moro existe uma praça
Por lá um velho caça as glórias que viveu
Nela há um bebedouro
Onde vertia um tesouro que alguém distraído bebeu
Na rua onde moro impera a nostalgia
Lembranças de um estranho dia que nunca aconteceu
Histórias do bar da esquina
Onde morava uma menina que no vento se perdeu
Na rua onde moro as casa são vermelhas
Portas, janelas e telhas transparentes como eu
Pra visitar não tem segredo
Em sua mente perca o medo de criar um mundo seu
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