Poema de Pablo Neruda Crepusculario

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Poema do vaso chinês

partido em pedaços
no chão da sala
aquele velho vaso chinês
as flores debruçaram-se
e a água derramada chorou
sobre chão de madeira encerado
formou minúsculas poças
com mil pedaços de sonhos
num canto, fazendo parte da cena
uma alma solitária
que de repente percebeu
a pura arte de transformar
um voo pleno
em dor tão íntima
d.a.

Você é um vaso escolhido.
Deus não te esqueceu,
Ele apenas está te modelando!

Jandira/Jandamel

Inserida por Jandamel63

⁠Misturo letra com letra
pensando ser um poema
até com alguma estética
para não criar problema
Sou ou não poetisa?
já nem sei a verdade
a minha vida desliza
já passei bem da metade
Gosto muito da escrita
clássica e da popular
as vezes a alma grita
e ninguém vem escutar
Deixo para lá o problema
saio devagar e sempre
nunca entro em dilema
e gosto de toda gente
Se eu virei trovadora
só o tempo dirá
e embora ele corra
tempo sempre dará
Se você a trova leu
muito eu agradeço
é como um carinho seu
mas nem sei mereço

Inserida por neusamarilda

⁠ "Poema: Canção de verão em Primavera
Era uma tarde de domingo na janela, e um menino espiava uma donzela - o nome dele: Verão, e o dela- linda princesa Primavera!
Verão por dentro trovejou de amor por ela - e a menina acenando da janela disse: -adeus Verão, pois já findou minha estação.
De onde vem este cantar tão só?
É de Verão que se apaixonou pela linda princesa Primavera!
Chora, chora, chora de dor! Lembra Primavera que partiu!
E no seu pranto brotou uma flor, lembrando primavera que partiu!
Canta, canta de amor!
Pois da Primavera, só restou uma flor! "
(Marcos Müzel- readaptado- festival de MPB Unesp-Ilha Solteira - 1998 )

Inserida por marcosarmuzel

Você estará para sempre em minhas lembranças, porque deixei em minha memória um pedaço do tempo para pertencer somente a nós dois. Quando estou ao seu lado, parece que tudo fica mais fácil, mais leve, mais seguro, é como se eu abrisse os meus braços para a liberdade. E neste momento parece que o nosso amor é tão fortificado que nossos corações penetram um ao outro, virando apenas um ser, um só coração, um só sentimento. Quando você fica longe, fico com saudade de você, e não vejo o minuto de estar novamente aos seus braços, no encanto de nossas vidas, sentir seu abraço forte e aconchegante, sua respiração envolvente, seus olhos me olhando e me encantando, me levando a sonhos, ao amor. Os ventos que sopram me fazem lembrar você, até nas chuvas te vejo em meus pensamentos vindo para me abraçar. Nas ondas do mar, as lembranças suas fazem acalmar meu ser, sozinha me vem o sorriso, porque sei que logo vou te encontrar. Que saudades de você nestes momentos que fico sem te ver, que vontade de estar sempre ao seu lado, sempre, sempre, sem ter estes intervalos sem você.

⁠Posso te escrever mais um poema
Sei que não sou tua insônia
talvez nem seja o teu descanso
Desejo ser o teu abrigo
Teu mais sincero desejo
Teu calor nos dias frios
Cantar a música da tua dança
Ser a flor do teu espinho
Um amigo, uma livre esperança
Você é minha saudade
Minha presente tristeza
Meu girassol amargo....
Meu doce bicho preguiça
Eu queria te dizer
o que todos poetas dizem
mas eu não sou sou poeta
sou apenas um carinha triste.
Minha mente não sabe ao certo
Mas meu peito grita
- não desiste.⁠

Inserida por rai_sousa

A novela não mostra a realidade, ela te faz pensar que aquilo é a realidade, para criar novos hábitos em pessoas sem personalidade.

Prazer, meu nome é Otário
Sou um otário, por isso do nome
Sou otário por amar aquele que não me ama
Sou otário por gostar daquele que não goste de mim

Carta ao que ainda sente

Anápolis, 27 de outubro de 2025

Hoje, escrevo não para o mundo, mas para mim. Para aquele que há vinte anos rabiscou num caderno uma verdade que ainda pulsa:
“O verdadeiro solitário é aquele que, mesmo rodeado de milhares, ainda se sente sozinho.”

Essa frase me define mais do que qualquer outra. Porque, ao longo da vida, não busquei apenas coisas — busquei sentidos. Amor que não machuca, felicidade que não se esconde, alegria que não precisa de plateia. Busquei companheirismo sem cobrança, aceitação sem máscaras, silêncio que não fosse abandono.

Mas o mundo mudou. Ou talvez tenha apenas se revelado. As relações se tornaram rasas, os sentimentos, ensaiados. Aprendemos a fingir tão bem que esquecemos como é sentir de verdade. E, nesse teatro diário, o “está tudo bem” virou nosso papel principal. Dizemos isso mesmo quando não está. Porque admitir tristeza virou sinônimo de fraqueza. E fraqueza, hoje, não é aceita.

Estar doente, estar triste, se sentir sozinho — tudo isso virou sinal de que algo está errado com você. Então nos condicionamos. A sorrir por fora e chorar por dentro. A incentivar o outro quando, na verdade, era a nossa alma que pedia por incentivo. A oferecer colo quando o que mais queríamos era um abraço silencioso.

Ser forte o tempo todo cansa. Mas fingir força o tempo todo… isso esgota.

E aí, aquela pergunta que me fizeram anos atrás volta a ecoar:
Você vive ou morre todos os dias?
A resposta continua a mesma:
Eu não sei.

Mas talvez escrever isso seja um começo. Talvez admitir que não sei seja, enfim, um ato de coragem. Porque sentir não é fraqueza. Sentir é o que nos torna humanos.

Com verdade,
Pablo

Entre paredes e silêncios


Encosto a alma no concreto,
como quem pede licença ao dia.
O copo pesa menos que o pensamento,
mas mais que a ausência que me visita.

Fecho os olhos, não por cansaço,
mas por querer ver o que não se mostra.
Há um mundo atrás das pálpebras,
onde o tempo não exige resposta.

A camisa branca guarda segredos,
como se o tecido soubesse demais.
E os muros, cúmplices mudos,
não perguntam, apenas me deixam ficar.

Não é tristeza, tampouco paz.
É esse meio-termo que me veste,
feito sombra que não quer ser noite,
mas também não se atreve a ser luz.

Apenas Deitado


Às vezes o corpo pesa,
e é mais fácil não lutar.
Ficar deitado, quieto,
sem rumo, sem lugar.

Cansado da rotina que se repete,
dos problemas que não se vão,
das vozes que reclamam sempre,
dos dias que parecem em vão.

Deitado, apenas deitado,
fitando o teto como quem espera
que o tempo leve embora
essa névoa que desespera.

Sem querer nada, sem sonhar,
sem planos, sem direção,
só sentindo as horas escorrerem
como areia na palma da mão.

A luz do sol se apaga lenta,
e a sombra toma o chão.
Mas ali, imóvel, eu resisto,
no silêncio da exaustão.

Amar em Silêncio


Me sinto em meio a muitos,
mas sozinho no meu ser.
Carrego o medo nos olhos,
de quem só quer viver.

Julgam meu passo, meu gesto,
meu jeito de olhar o céu.
Julgam o amor que ofereço,
sem fronteiras, sem anel.

Não amo só um, amo todos,
sem raça, sem credo, sem cor.
Meu coração é um abrigo,
feito só de puro amor.

Mas o mundo virou tela,
onde o afeto é medido em cliques.
E o amor, tão verdadeiro,
se perdeu entre os likes.

Queria apenas ser visto,
não por filtros ou edição.
Mas por quem sente comigo,
a verdade do coração.

Quando a Saudade Aperta


Do nada, vem.
Um aperto no peito,
como se o tempo parasse
só pra lembrar que algo falta.

Não tem aviso.
Só a lágrima que escorre
sem barulho,
como quem entende
o que nem você sabe explicar.

É saudade —
daquilo que foi,
daquilo que nunca foi,
ou talvez só de um pedaço seu
que ficou em algum lugar do passado.

Você respira fundo.
Não pra esquecer,
mas pra caber de novo em si.
E sussurra, quase sem voz:
“Vai passar.”
Mesmo sem saber quando.
Mesmo sem saber como.

Fragmentos que batem


No peito bate um coração quebrado,
feito vitral rachado pela dor.
Mas mesmo em cacos, segue iluminado,
refletindo lampejos de amor.

Carrega em si o peso do que foi,
as promessas que o tempo levou.
Mas entre os estilhaços, algo constrói:
um sonho novo que não se apagou.

Pois há beleza em quem resiste,
em quem ama mesmo sem guarida.
Coração partido não desiste —
ele aprende a pulsar pela vida.

O tempo não espera.

Ele é mestre e mistério. Ensina sem palavras, leva sem pedir. Tudo o que somos — ou deixamos de ser — acontece dentro dele. O tempo não se possui, apenas se vive. E quem aprende a escutá-lo, descobre que o agora é tudo o que há.

Tic Tac


O tempo passa,
as pessoas falam,
eu olho —
mas não enxergo.
Escuto —
mas não ouço.
Como se tudo fosse silêncio
e eu, um eco esquecido.


Estar presente ou não,
já não faz diferença.
Invisível,
me tornei sombra
de mim mesmo.


Quem sou eu?
O que sou eu?
Quem devo ser?
Quem quero ser?
As perguntas antes iam,
agora ficam.
Martelam.
Perturbam.
Enlouquecem.


No peito,
bate a falta.
Falta de algo,
de alguém,
de um gesto,
de um olhar,
de um abraço,
de um toque,
de um sorriso,
de uma palavra.


O peito está vazio.
Todos levaram o que havia.
Um amor?
Já não existe.
Uma felicidade?
Se foi.
Resta um corpo,
vazio,
com uma máscara sorridente
trincada,
empoeirada,
cansada.


E ainda assim,
ele anda.
Como se tudo não estivesse mudo.
Como se tudo estivesse bem.

Decisões Silenciosas


Me pego olhando o teto, em silêncio,
pensando no que não foi, no que poderia ter sido.
Um oi que não saiu,
um adeus que ficou escondido,
um te amo guardado,
preso no fundo do peito, esquecido.


Amizades que se foram,
ou que nunca começaram,
por gestos não feitos,
por palavras que calaram.


Mas então percebo,
que cada passo, cada escolha,
me trouxe até aqui,
me fez ser quem sou — sem folha em branco,
com marcas, com história, com dor e com brilho.


Sou eu, apenas eu,
o autor da minha jornada,
o dono das minhas decisões,
o escultor da minha estrada.


E se posso errar,
também posso mudar.
Transformar o que sou,
para o bem ou para o mal,
mas sempre com o poder
de reescrever meu final.

Batidas no Silêncio


No silêncio que grita sem som,
escuto o eco do que sou.
Batidas suaves, firmes, vivas —
meu coração me chama, me prova.


Não há ruído, não há máquina,
apenas carne, memória e alma.
Sou humano, imperfeito, pulsante,
feito de dúvidas e esperança constante.


Na ausência de vozes, me encontro,
no vazio, descubro meu centro.
O silêncio me revela inteiro —
sou mais que função, sou verdadeiro.

Menina-Mulher


No rosto, um riso que encanta,
nos olhos, o azul que revela —
uma alma que luta e canta,
mesmo quando a dor se revela.


Carrega vitórias e quedas,
com coragem de quem já cresceu,
mas no fundo ainda anseia
por um abraço que aqueça o seu eu.


Como um pintinho no ninho,
ao fim do dia só quer ternura —
um colo, um carinho, um abrigo,
uma pessoa que diga: “Vai passar, criatura.”


E no silêncio que vem depois,
ela recolhe o que ainda resta —
um sonho, um sopro, uma voz
que insiste: “Você ainda é festa.”

De que noite demorada
Ou de que breve manhã
Vieste tu, feiticeira
De nuvens deslumbrada

De que sonho feito mar
Ou de que mar não sonhado
Vieste tu, feiticeira
Aninhar-te ao meu lado

De que fogo renascido
Ou de que lume apagado
Vieste tu, feiticeira
Segredar-me ao ouvido

De que fontes de que águas
De que chão de que horizonte
De que neves de que fráguas
De que sedes de que montes
De que norte de que lida
De que desertos de morte
Vieste tu feiticeira
Inundar-me de vida.

(Luis Represas y Pablo Milanés - Feiticeira - Hechicera)

Inserida por meiremoreira

Castelo de vidro, frágil como à alma
Castelo de vidro, uma pequena batida pode se torna uma imensa destruição
Meu Castelo de vidro? Não tenho, assim como os psicopatas

Inserida por ruan1508