Poema de Desejo
Insano coração
Dizem
que o coração
é insano e aventureiro
é primitivo e não pensa
seus desejos
misteriosamente
desconhecem os limites
e não há grades nem algemas
suas escolhas
tem a consistência
de um sonho quimérico
e o peso do amor e da dor
seus caminhos
são bohemios, errantes
ele se embebeda do fictício
e se alimenta da esperança
ah o coração
ele é insano, eu sei
mas fazer o que, aprendi que
a vida é feita pro coração que vive
paixão, e.
" Independente dos obstáculos siga em frente,
lá é onde os sonhos acontecem,
lá é onde você deve ir,
às vezes sem olhar para trás...
Eu escorreguei minhas mãos pela sua coxa respeitando o limite da moral e do medo enquanto acariciava sua pele.
E pedia que o tempo não acabasse com aquele dia tão esperado.
Sim, esperado, desejado, treinado!
Tantas vezes treinei sonhar esse momento enquanto deitava minha cabeça sobre o travesseiro e tantas outras quando fechava meus olhos em comunhão com o meu corpo.
Sentia culpa de te ter em meus desejos, mas sempre sucumbia.
Nada novo. Me acostumei com que não poderia ter.
Olhei seus olhos e meu coração disparou, pois eu sabia que ali tinha algo malicioso, também cauteloso, mas oportuno.
Será? Será que depois de tanto tempo?
Respirei fundo e continuei a falar de um assunto qualquer, mas o meu pensamento só conseguia viajar pelos cachos de seus cabelos, um desenho perfeito com o contorno de seu rosto angelical, sua voz envolvente e sua boca que eu deseja mais que tudo naquele momento.
Foram poucos minutos de conversa aleatórias e interesses secundários, mas que pareceram horas e horas até que nenhum dos dois aguentaram mais o desejo reprimido.
As bocas se encontraram, as mãos não sabiam a direção, respiração ofegante, razão a escanteio e peças de roupas jogadas a esmo.
Meu Deus!
Imagine estar perdido no deserto por dias sob um calor infernal e depois de tanto caminhar e suplicar, encontra finalmente um bica d’água. Você bebe, bebe, bebe e a sede não sacia. E você quer mais, pois tem medo daquela fonte secar e ser ali a sua última oportunidade. Eu bebi, me encharquei com o suor dos nossos desejos, dos nossos quereres. Estava feito!
Já li muitos poetas falarem de paixão de carnaval, mas a eles eu gostaria de gritar que vivi um amor de carnaval. Uma noite apenas que terminou na quarta feira de cinzas, mas era um amor porque estava por anos encubado, oculto, mal julgado.
Esse amor, assim como o carnaval, passou, mas deixou marcas de felicidade tão profundas que cabe o ano inteiro lá.
Meu pequeno colibri
Que passa tão rápido aqui
Me bica de leve
Me trás um beijinho
Um carinho suave
E vai ...
Mas volta, fiz uma aposta,
Porque desse mel, meu amor,
Eu sei que "tu gosta".
COMO EXCITAR A ALMA?
É só ser brega e tirar a roupa da alma
Começar com metáforas e hipérboles clichês sobre a lua e o brilho dela que reflete no olhar.
Pra arrepiar o coração (o cangote também) é só falar do perfume que faz inveja a qualquer terra molhada depois da chuva ou a qualquer café que ferve às 7 da manhã de um domingo meio nublado.
Se tua alma se excitar com isso, então não importa se foram 1 minuto ou 1 hora, os versos valeram por 1 infinito de pensamentos que nenhum relógio pode contar
Malcriado
Como criança mimada não importa a idade pedimos a Deus o que não está na hora ou não podemos no momento ter.
Como adolescente rebelde estamos lá com os mesmos desejos enchendo o saco e nos martirizado com os "porquês ."
Então Deus não dá, para evitar prejuízo maior.
Como adulto marginal agora quem assume é o coração impetuoso e com pressa.
Tu pensas agora que tudo está no seu devido lugar, as vontades foram feitas a racionalidade vencida.
Você se perde como criança que soltou a mão do Pai no parque, se machuca como as primeiras paixões adolescentes, chora como adulto e tem medo como criança.
Surge como milagre o conforto de alguém sarando suas feridas sem perguntar, porque já sabe como se feriu.
Esse alguém é o mesmo Deus dos seus desejos não realizados.
Márcio Braga
Fiquei nua.
Tirei a roupa, o sapato, o laço do cabelo.
O brinco e o anel também.
A lingerie se foi, a maquiagem saiu,
O esmalte vermelho das unhas
A acetona removeu.
Nada me cobre além dos olhares
Hipnotizados
Irados
Extasiados.
Fiquei nua
E me sinto protegida
Forte e poderosa.
É que a luz, antes bloqueada pelos trajes,
Brilha.
Irradia.
Ofusca.
Viro a essência do desejo!
Há quem odeie, há quem adore,
Há quem projete seus lixos - vai que a luz os consome...
Santa cobiça, que de santa não tem nada.
E a culpa é do cobiçado
Ou de quem não fica nu?
" Nós que passeamos pelos campos floridos do amor
sabemos da saudade, da dor, da fé
também conhecemos as belezas dos abraços
dos olhares cativos
das sombras do corpo dançando suave
ao final de uma tarde qualquer
nós que repudiamos a ausência
temos na presença o sabor especial da vida
curtimos os desejos, as praias, os passeios
nós que ainda não nos encontramos
sabemos que isso é apenas um detalhe
que o destino logo logo
se encarregará de juntar...
felicidade...
sentir-se bem onde é que esteja
é estar acompanhado de quem você gosta
ter uma noite de carinho
demonstrar a carência de amor
sentir o calor que passa de pele a pele
sentir a parte completa de si
são coisas que fazem a vida virar vida ..
Sou quem quero ser
O dia me borra o escuro me elucida
Chego em correntes partidas
Nadando ao nada entre portos e ilhas
Não conheço o norte ou a sorte
Dos caminhos que eu devo seguir
São apenas picadas na mata
Que não existem antes de mim
Assim sou eu.... quase livre
Preso apenas por uma única porta
Num quarto claro e sem sentido
Com mobílias de história apagada
Preso apenas por uma única porta
De onde quase fujo todo dia
Se não fosse a constante vigia
Da insensata sensatez
" Foi como se a gente pudesse amar todos os amores
abraçar todos os abraços
e num só beijo, degustar todos os beijos do mundo
no fundo era isso, éramos tudo...
" E o tempo ri, chora, faz graça
apaixona, esvai e passa
e o que fica são ventos da saudade
lembranças dos dias da juventude
vontades de vivermos tudo outra vez
e o tempo ri
pois sabe que nunca mais
será o mesmo outra vez...
Contraste
Há dias negros,
escuros sem razão.
Há claridade,
ofuscada pela profundidade do ser.
Há tanto desejo consciente,
recriado na alma.
Há um hábito emocionalizado,
extremo...
Oh Deus!
a criatura insana!
Envenena sua existência e inconsequente,
Deleita-se sobre o pecado, permanecendo impura.
As pessoas gostam de antecipar datas:
"Chega logo sexta",
"Chega logo férias",
"Chega logo fim do mês",
e quando se dão conta, já chegou dezembro, onde desejam que o ano seguinte seja diferente.
" Como não se apaixonar
simplesmente admirar teu lindo sorriso
e dizer ao coração, esqueça
como ser insensível diante de tanta beleza
se quem não conhece teus beijos, sucumbe
nem sequer imagina o carinho de tuas mãos
como?
se tem aqui, um sol esperando para amanhecer
numa gigantesca euforia
digna de toda saudade que existe
e insiste em não esquecer
como não querer
como não sonhar
como não
te amar...
Sou culpado pela divergência...
Dentro de tais fonemas...
Vogais se desprende...
Na prévia do manhã.
Meu algoz é minha agonia....
BURIL DE PLENITUDE
nesse iminente infinito
neste vazio turvado
neste vácuo absoluto
há forma
porventura haja reforma
não faça disforma
ainda que teus sentimentos te transforme
não possuo desejos que me conforme
por mais que esta peleja
corte-me estilhaços
não hei de viver sob nenhuma norma
mas por esta minha serena compaixão
alguma plenitude ainda me informa
que neste iminente infinito
neste vazio turvado
neste vácuo absoluto
haja alguma forma
Olhos cor de mel, voz suave
Sorriso faltando um pouco mais de felicidade
Abraço aconchegante com um cheiro marcante
Se ao menos por um instante fosse permitido
Tudo faria muito mais sentido
Se nesse momento o relógio marcasse mais lento
O tempo ficasse mais frio
E a nossa distância fosse por um fio
Eu iria matar toda essa vontade de ti
Que senti e não vivi.
Não me tomes apenas de corpo;
Acalante e doma minha alma também;
Físico e espiritualmente, nem reto e nem torto;
Envolva-me como um todo e além.
Mostrá-me tua essência, linda essência singular;
De uma forma que dois seremos um, não mais;
Viajemos por vários mundos, sem sairmos do lugar;
O tempo já se faz parado, tudo para o agora ou jamais.
E quando o nosso envolvimento, tentar respirar o fim;
Que não nos sentiremos na moral do inferno;
Nem pecados ou bençãos, para você ou para mim;
Para que o nós seja o mais lúcido sinônimo de eterno!
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