Poema de Amigo de Augusto dos Anjos
Como quem sopra um
dente-de-leão gentil,
soprei cada beijo
na direção do tempo,
para que do meu amor
você não tenha receio.
Quem sabe ser a Lua
platinada que corteja
os ciprestes e cedros
da tua planície fértil,
também nasceu
para ser a tua estrela.
No teu céu noturno
dançam as pétalas
das acácias porque
sou o sonho da época
de menino e não sou
nem próxima de lenda.
Quem no íntimo céu
é dele sutil habitante,
teu fascínio bem sabe
que mesmo que resista
não há nenhum escape
do meu aroma de estepe.
Do destino sou a resposta
trazida pela tua oração
a ocupar sedutora, devagar,
e constante o coração:
o sublime bálsamo de amor
que o tempo não há de negar.
O teu coração que
nunca reclamou
por uma ausência,
agora sabe o quanto
é capaz do dia todo
te fazer ocupado:
ele está enfeitiçado.
Invencíveis mesmo
são os meus olhos
que feitos da cor
de oceano profundo,
mantém pleno o teu
coração capturado
e todo enamorado.
O teu coração que
por muitos antes
era comparado com
uma rede resistente,
anda apaixonado por
mim constantemente:
capturei a tua mente.
O conjunto da obra
explica o porquê
você optou em se
desviar dos olhos
mais sedutores,
me atiçando com
olhos inventados...,
O teu coração que
para escapar cria
sem parar lutas
porque está sempre
mais preso pelas
amorosas ternuras,
suspirando por sinais
e mãos bem feitas
como laços de seda,
que pregam peças
e votos renovados:
De provocar você
a agir como Saturno
em alinhamento diário
e todo descuidado
dando pra Lua sempre
um novo anel de noivado.
Dos giros ferozes
deHiʻiakaeNamaka
o meu pensamento
está em vigília
neste nó cego que
ninguém tão cedo desata.
Nos nossos destinos
quero acreditar que
serão bem-sucedidos.
Hei de ver você chegar
com o brilho do teu
carro haumea
em noite de Lua nívea.
Nos nossos caminhos
quero acreditar que
não haverão mais espinhos.
Hei de atravessar
a trilha decorada
pelas helicônias
para te abraçar
bem forte quando você chegar.
A tempestade vai passar...
Ouvindo os cantos
dos pássaros
nesta manhã gris,
pelo menos tenho
algo que me diz
que apesar de tudo
ainda serei feliz.
Não faço idéia
onde você está;
no teu coração
um mundo todo
para nós dois
irei construir,
e nada irá destruir.
Algo me diz que não
posso por parar
de ir em tua busca
mesmo em dias
dias de sol ou chuva,
eu sou a eterna
tal noiva em fuga.
Amor, até a Lua
e o Universo todo
sabem do meu
plano convicto
até te encontrar
e o destino vir
a nos enveredar.
Por nós e tudo o quê
creio fiz um grande
e fino juramento
para não quebrar,
demore o tempo
que for e custe
o preço que custar.
Os sótãos e calabouços
rugem a devastação feita
pelo isolamento e pela tortura,
demoliram os sinais de fé
na vida e andam tentando
incinerar toda a poética:
(E ainda há quem insista
desfilar o seu ego inflado,
violar a lógica da hora
e espargir a vaidade política
neste momento de pandemia).
Cada versejar tem sido de minha
responsabilidade real,
versejo também a América Latina,
o tempo, o vento e os sonhos
de reconstruir os rumos da História:
(Não é segredo para ninguém
que não conheço a tropa
em situação muito brutal
e o General que continua preso
injustamente e incomunicado
há mais de sete meses).
Que me custe a simpatia de todos,
pois falo o quê a minha
consciência manda falar,
não dou aquilo que não se pode
ao autoritarismo de ninguém dar:
o silêncio como púlpito
para a voz da História se silenciar.
Não confunda a poetisa com a pessoa física.A poetisa é livre, é pessoa espiritual. A pessoa física não chega a ser uma pessoa completamente fechada para o mundo.
A minha poesia é disponível, eu não.
O amor surgiu
bem mais claro
que cristal puro,
Desde a primeira
vez senti que era
você o meu mundo;
Vivendo a entrega
perfeita e mútua
aqui estamos
a cada segundo.
Buscando ler o futuro
nosso nas estrelas,
descobrir nada novo
sob a luz da Lua Nova,
sei que ainda há muito
nesta vida por fazer,
não deixando esquecer
quem pela consciência
correu o risco de deixar
nesta terra se prender.
O quê tem me levado
todo dia para você
talvez nem o Zodíaco
saiba explicar,
o antigo disco de vinil
coloquei baixinho
aqui na sala para tocar.
Correndo na estrada
rumo ao desconhecido,
mergulho no espelho
e o teu coração não
conhece mais perigo;
o ritmo do teu peito
Messier 77 que me tira
a distância para dançar,
doce oceano de amor,
és meu inequívoco lugar.
O quê é tarde
demais é
de verdade,
mesmo que
você nele
não acredite,
e o peito
não se dobre;
a conta com
Mariana não
foi saldada,
mas também
não foi olvidada.
A conta não
é pequena
tal qual a
mediocridade
do evento que
a tragédia
provocou,
nós não
sabemos
a proporção
do desastre
humano:
só se tem
notícias que
somos 200
brasileiros que
desaparecemos,
e no esquecimento
nós caíremos.
É sem sentido
seguir desse
jeito para ocultar
o quê não é mais
segredo para
o mundo inteiro
há muito tempo:
que o Brasil
não preserva
a Natureza,
todo mundo sabe;
e sempre seguiu
atirando da janela
a sua riqueza
não se importando
que se acabe,
e nem prevendo
quanto mais gente
se mate ou se
no futuro desmate.
O ponto nômade
que nos une
está escrito
pelos céus muito
acima da
nossa vontade
de nos encontrar,
ele tem nome
e responde por destino.
No mundo onde povos
usam as dores
de outros e as próprias
para forjar poder
as custas de outros povos,
Opto em ser o vento
que anuncia a tempestade
que arrasta as areias
do deserto da consciência,
Porque sou a persistência
de passos nômades
que não temem escuridão.
Não declino da rebeldia
diária às àlgidas horas,
as noites de agonia
e aos dias agridoces;
Te ter em poesia
salva a verve em linhas,
Não abrirei a mão
da jura da espera infinita.
Na vida onde muitos
passam sob os limites
dos outros para mimar
o ego em noite de Lua Nova,
O Universo em viração
tem dado constante prova,
E só não tem visto quem
quer viver de pura ilusão.
Eu como aquela que provoca
porque da intocável rosa
eis-me espinho de titânio,
do violino a corda
e da música a melodia
que nem mesmo o tempo
será capaz da memória apagar.
Nos teus olhos tenho
o refúgio perfeito,
Nos passos da mazurca
marcada ao nosso jeito
repleto de poesia afetiva
e no calor do teu corpo
o doce acolhimento:
Revelo determinada
que de ti não desistirei,
e de nós dois jamais irei.
Nascemos um para o outro,
entre nós existe uma
corrente real sem fim que nos
une ao mistério tal qual
o tesouro no fundo do rio
que ouvem o ruído
de uma lendária corrente,
Quem tentar nos alcançar
para o amor furtar
nunca será bem sucedido:
O Verão está próximo.
No horizonte vejo
o tempo fechado
e a chuva molhando
as Perobas-Rosas,
E como a Poetisa
de preces amorosas
vou entregando
o meu coração-poema
mesmo que você não veja.
Boleadeiras
Começa a tocar o acordeão
a canção gaúcha esquecida,
As boleadeiras giram no ar,
as esporas tocam o chão,
a gauchada eleva o refrão,
o meu campeiro coração
dança com toda a vibração
e assim todos honram a tradição.
Poesia Alexandrina
Capturar inspirações
nas estrelas para escrever
a Poesia Alexandrina
que me leve a atrever
a ser inesquecível
na sua vida de um jeito
que você não imagina,
e com insuperável magia
que ninguém há de deter.
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