Poema com Soneto sobre o meio Ambiente
Vosso amor, Senhor Jesus Cristo, é fonte de vida,
e uma alma não pode viver se dele não bebe
e não pode beber se não se chega à fonte,
isto é, a Vós que sois a fonte de todo o amor.
Thalita
Ela entrou sem pedir nada, apenas sorriu.
E como fosse pouco, deu carinho, beijo e abraço.
E cada hora era minuto, se desfez o tempo e o espaço.
E, nos seus braços, algo de bom em mim surgiu.
Mas cada centímetro de distancia é dor, é falta.
E a ausência do teu cheiro é quase inexistência de ar.
E ela, serena, me acalma quando sua presença ressalta.
Menina dos olhos puxados, como não amar?
Abrace-me, como fez no primeiro dia.
Me enlace como se não houvesse outro dia.
E a cada dia eu sei que por você tenho mais desejo.
Pois quando estamos juntos somos apenas um.
Me diga, como não amar uma pessoa tão afetuosa?
Meu anjo, meu bem, antes de dormir, meu beijo.
ESQUIVAMENTE
Pensar é uma virtude pensativa
de quem pensar resolve em pensamento,
discernindo, pois tem discernimento,
e agindo, ativamente, na passiva.
Parece que pensar é coisa viva
que atinge por si só o seu intento,
porém, se de pensar morre o jumento,
pensarei em pensar de forma esquiva.
Eu penso, logo existo, diz contente
quem não existe mais pois já não pensa,
e, mesmo estando morto, está presente.
Pensar não é tão mau, mas é doença
se alguém põe-se a pensar constantemente,
e penso que pensar não me compensa.
Marcos Satoru Kawanami
.
Ninfa justiceira
Sou ninfa justiceira das matas selvagens
Sob o cajado da justiça os olhos da águia
Ao instinto de um lobo no ato das imagens
Nos passos de uma onça que me faz guia,
Sobre a devoção da força de um tigre, vou!
Nos passos que descanso meu pé no chão
Aos malfeitores de dores meu forte não;
Minha sentença de ninfa justiceira dou!
Depois de dez olhos mirados no tempo,
Condeno até ao mínimo vil pensamento
Sem a sombra malévola, tudo fica limpo!
E depois das matas a cidade de pedra
Na metrópole posta - me guardiã o vento
As feras na simbiose em mim se faz Esdra!
Perfume de infância
O perfume no jardim
Espalhou o jasmim
Brincando por ali
Logo o perfume senti!
Que infância bela,
Tínhamos eu e ela!
Eu e meu pé de flor
Cúmplice de amor!
Eu dizia assim:
- Flor de jasmim,
Traz um príncipe pra mim!
O jasmim me ouviu
Um príncipe me buscou
E a bela flor por lá, só ficou!
CHORO A VENDA
Vende o choro da esperança
lagrimas expelida a banho
vende o avanço da medicina
em gotas soltas de sonho.
Compra um canto de um canto
de um amor belo encantado
compra felicidade com encanto
e paz reinando a todo lado.
Compra as flores do arrebol
com lenço branco exposto ao sol
dadiva de luz, sem nostalgia.
Compra a energia do universo
junto à poesia rimas e versos
e felicidade expressando alegria.
Antonio Montes
“Dia 1
-
Um prelúdio necessário aos tolos
Numa busca incansável pelo recomeço
O ensejo de esperança em todos
Faz surgir até mais subtil apreço;
Se tu sabes que, de facto, sempre penso
E penso que neste motim não me vinculo
Há esperança em tudo o que vejo
Bem como o pessimismo estrídulo;
Os vícios são relativos a cada ser que vive
Insanidade é mantê-los almejando mudança
Nisto vê-se no início dos comemorantes ineptos
E mantém-se um hábito que insiste
Num passado imerso em inseguranças
Erros que se repetem como implícitos preceptos.”
O sol às vezes bate na janela com uma intenção humanamente insana de clarear. Esquentando o ambiente, penetrado por raios ultra-violetas que impregnam a pele "vez-em-quando". Mal sabe ele, ou sabe muito bem, que não estamos dispostos a aceitar essa tal claridade intangível e mórbida. Mas mesmo assim, ele insiste. Insiste a tal ponto de querer nos fazer sair desse ambiente morno e contemplá-lo por completo...
Soneto torto sobre flores e desespero
Nosso quarto sem você é um mar de solidão
Onde me afogo na cama vazia
As flores do jardim, uma a uma na escuridão
Também esperam o raiar do novo dia.
A aurora renova a esperança
Que o sol que nos move e ilumina
Porto feliz onde meu coração descansa
Presenteie-nos com sua silhueta divina.
O crepúsculo vespertino no horizonte que venero
Recolhe mais um dia de espera, de dor lenta que lacera
Ao meu suave modo me desespero.
As ondas da noite fria
Me carregam novamente para o mar de solidão
Onde me afogo na cama vazia na espera do novo dia.
TRAIÇÃO (soneto)
Sobre o meu ser, como sobre o poetar
Tirano fado, cai o senhor brutal engano
Como numa tarde de outono a desfolhar
Tomba a decepção num recital ao piano
Oh! dor do falto no silêncio a embalar
Solitário, tão sem sonho, no abandono
Minha trova, no pesar põe-se a chorar
A perfídia, acordando o inquieto sono
Oh! lastimar aqui neste meu ensejo
Que me vejo, nesta madrugada fria
Ter a alma como uma fé sem oração
Deixando a paixão sem amor e desejo
Tristonha, cabisbaixa, desiludida, vazia
Aos desmandos da desatinada traição...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22 de janeiro de 2020, 04’55”
Cerrado goiano - Olavobilaquiando
- quem nunca!
Como parte de um soneto,
Vejo o brilho no seu olhar,
Como luzes do luar,
Caindo sobre mim...
Meteoritos lunares.
Como parte de um todo,
Entre razões e existências,
Seguindo a curvatura da vida,
Insistimos seguir em linha reta.
Vejo em mim o teu sorriso,
Resplandescente como estrelas,
Vindo de uma linda donzela.
Que tão bela és singela,
Acende as velas de uma caravela,
És navegante e aventureira,
Já eras o ouro da tua caravela.
Pirata da terra perdida,
Que moveu a manivela,
Roubei o bem mais precioso,
A navegante e aventureira...
Vales mais do que o ouro?
Não havia ouro na caravela,
Eis que escuto lá do alto,
Tu és o dono do ouro e da prata...
Não queria todo o ouro e a prata.
Mas o teu sorriso e o teu coração,
Que vales mais que todo ouro...
Pirata tu és mais valiosa que diamante,
És tu a dona do mais lindo semblante.
Você a protagonista eu coadjuvante,
Essa história começa antes do fim,
Será que histórias precisam ter um fim?
SONETO DE LUZ PÁLIDA
Pálida à luz da ofensiva tão sombria
Sobre a desfeita no peito reclinada
Como malícia na falta embalsamada
Grita lágrimas secas, ardidas e fria
No horizonte a luz poente desmaiada
Refletia o amor que na ilusão dormia
Era tal a ventura que ali se obstringia
Aflita, que pela afronta era embalada
Um desprezo que dia após outro dia
Me despia a alma, tão ferida e calada
Na dor se banhava e que nada alivia
Não gargalhe, ó cerrado, desta lufada
Se vim pela devoção, outras eu faria
Afeto, não tem distinção nem morada
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
SONETO
A PONTE DA SAUDADE
Havia uma ponte sobre um rio,
Um rio que cortava uma cidade
A carne que gemia, um calafrio
Na ânsia de sentir uma saudade.
A ponte de tão frágil, caiu na` água
Só mágoa, num suspiro se afogou
Agora se travessa o rio a nado
Corrente dos desejos se quebrou.
As almas traspassadas em dores cruciantes
o rio e a cidade afastados hoje choram
a sorte esquecida, da ponte e dos amantes.
Mas a ponte da esperança não tem chão
na mente dos amantes que se encontram
distante da cidade do desejo e da ilusão.
Soneto da Saudade
A chuva desaba sobre tua mão
Ela te lembra do amigo perdido
Para que tua fria alma vendam
Levam-te embora deste "paraíso"
Te peço, dance sobre meu corpo
Quero meu caixão inteiro seco
Não sinta saudade, estou morto
Por que você sente tanto medo?
Lembra-se das noites de lua cheia
Onde nós juramos um amor eterno
Fuja de onde a solidão permeia
Eu ainda estou aqui, tão perto
Não quero tristeza, nem solidão
Não desejo isto aos que amam
SONETO DO PLANALTO CENTRAL
Ressequido, a luz do sol alumiado
Sobre o sulcado e arbusto sinuoso
Reclina o planalto central grandioso
Entre as nuvens do céu do cerrado
É percurso do diverso e encantado
Pela maré poeirada, o audacioso
Sertão, de flores e ramo veludoso
Que banha o entardecer encarnado
De grossa casca e, fruto gomoso...
Forma bizarra no leito cascalhado...
Flora ipês, pequi e o buriti viçoso...
Não te rias do planalto, és enganado
Nele, o amanhecer é mágico e vistoso
Nele, o anoitecer é místico e imaculado
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
janeiro de 2017
Cerrado goiano
TÉDIO (soneto)
Sobre minh’alma, no cerrado ao relento
Cai tal folhas ao vento, dum dia outonal
Um silêncio mortal, dum vil argumento
Tão brutal, o aborrecimento, tão fatal!
Oh solidão! Tu que poeta no momento
Abandono, no mundo, a mim desigual
Me dando ao pensamento o lamento
Num letargo sentimento descomunal.
Só, sem sonho, sem um simples olhar
Deixar de sonhar, como então fazê-lo?
Se é um aniquilamento assim estar...
Deixar o enfado num desejo em tê-lo
O que não vejo! Porém, estou a ficar.
Ah! Dá-me a aura da ventura em zelo.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto, 23 de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
EM TARDE CHUVOSA (soneto)
Março. Em frente ao cerrado. Chove demais
Sobre meu sentimento calado, aborrecimento
Gotejado do fado.... Rodopiando nos temporais
Enxurrando desconforto, angústia e sofrimento
Verão. E meu coração sentado na beira do cais
Da solidão. Do mar agitado e cheio de lamento
Por que, ó dor, no meu peito assim empurrais
Essa tempestade e tão lotada de detrimento?
A água canta, lá fora, e cá dentro o olho chora
Implora. Para essa tempestade então ir embora
Que chegaste com o arrebol e na tarde ainda cai
E eu olha pela janela deserta, e vejo o céu triste
E, ao vir do vento, a melancolia na alma insiste
Sem que das nuvens carregadas a ventura apeai
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04/03/2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
NUMA MANHÃ DE INVERNO (soneto)
Inverno. Defronte a inspiração. Cato por quimera
Sobre os sentimentos calados, e a agasta solidão.
Devaneios, perturbação. E a sensação na espera
No frio... tudo solitário, e desgarrado da emoção
A vidraça da janela, embaçada, úmida atmosfera
Tal uma tela em branco, aguardando uma demão
De imaginação, e perfume da delicada primavera
Aí, assim, adornar a epopeia devotada ao coração
E logo, ao vir do vento, gelado, ao abrir a janela
Invade a alma a sensação dum vazio subalterno
No horizonte cinza e tão sem uma luzida estrela
E eu olho o céu deserto, e vejo com o olhar terno
Absorto, com uma oca ideia de uma cor amarela
Que priva o estro poético, numa manhã de inverno
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03 julho de 2020 – Triângulo Mineiro
Olavobilaquiando
Soneto Sobre seus olhos I
O simples olhar que me deixa hipnotizado
Do lado oposto eu vejo o reflexo
Dilatando mesmo fechados
Parado naquele complexo
Ao longe se foi admirar
De uma beleza nunca vista
Espetáculo de cores a chamar
Tudo muito de forma mista
Sempre anexados no que deseja
Contemplar esse intrigante
Desempenho que almeja
Fecha num piscar de segundo
A transformação acontece
A oscilação enlouquece o mundo
- Relacionados
- Poemas sobre saudade para transformar ausência em palavra
- Frases de despedida para refletir sobre finais e recomeços
- Frases Bonitas sobre Saudades
- Charles Chaplin sobre a Vida
- Charles Chaplin Poemas sobre a Vida
- Frases sobre idiotas que mostram seu talento para a estupidez
- 87 frases sobre educação provocativas e transformadoras
