Poema com Soneto sobre o meio Ambiente

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Soneto Adrielense.

Digas quem tu és?
Tu que andas displicente!
Olhos famintos, lábios sedentos...
Com ar de inocente.

Que almejas da vida moça? Diga-me!
De onde tu vens?
Sabes o que este reles mortal resta saber?
É para onde tu vais.

Fotografia em preto – branco
A pele clara, lábios atros apetecíveis.
Cabelos castanhos...

– E que este encanto se encerre!
A Deus peço vendo estes – Olhos ávidos...
Quem és a Dona destes? Adriele.

Inserida por pretobom

SONETO DA SAUDADE
Sinto saudade do beijo
Mas, jamais beijei
Sinto saudade do abraço
Mas, jamais abracei

Sinto saudade do olhar
Ah! Esse sim eu olhei
Muitos abraços e beijos
Naqueles olhos eu encontrei

O beijo é doce, como o mel da cana
O abraço é quente, como o sol de verão
A saudade é fria, como a solidão

O olhar possui a imensidão do oceano
Abraços e beijos são o meu desejo
E a saudade? Continua fria, como a solidão.

Inserida por anaclaracabral

Soneto de cassação

Teje cassado, Cunha
Não és mais deputado
Não é mais tu que acunha
Acabou-se teu reinado

O que outrora propunha
Tudo bem articulado
Te traz uma nova alcunha
De deputado cassado

Sei que não pressupunha
Junto com o bloco aliado
Que a política que impunha

Naquela trama que propunha
Ia acabar esmagado
Como um piolho na unha

Inserida por altairqueiroz

VOEJAR (soneto)

Como deve ser bom voar, no céu planar
Asas ao vento no cerrado, solto ao léu
Tal periquitos, e sobre corcel no tropel
Fechar os olhos e sentir o paladar do ar

Ir acima dos buritis, ipês, num carrocel
Resvalar nas estrelas, na nuvem pairar
Revoar como as aves, e assim delirar
Em quimeras, qual estórias de cordel

Deve ser uma rara sensação ímpar
Pros sem asas uma falta bem cruel
Que só na ilusão, possível esvoaçar

Só queria voar! Ter asas de papel
Poder ao sonho de Ícaro ocupar
E com ele então: voejar... voejar!...

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

FRIO (soneto)

Arrefece o cerrado dentro do frio
E cada bafejo é o frio no caixilho
Da ventana, escorrendo no ladrilho
Mais frio, n'alma causando arrepio

Me encolho neste frio chorrilho
Que ascende o inverno em feitio
Ouvindo em anexo um assobio
Do vento, eriçando até o fundilho

E lá fora é frio que atulha o vazio
Cá dentro o gelado em trocadilho
Em coro com o friasco tão bravio

Sinto chiar na vidraça num gatilho
De frio, sombrio este tal tão vadio
Aquentado com o chá e sequilho

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

EXALTAÇÃO AO CERRADO (soneto)

Retorcido, bem se sabe. Mas encantador
nos seus planaltos, berço extraordinário
desabrocham ipês, pequis no seu cenário
de um chão cascalhado e forrado de flor

E neste imenso entrançado, e tão vário
a vida luta com garra, resistência e ardor
tal como gladiador, ou um guará solitário
o cerrado é aos olhos ato transformador

Nada o impede que seja do belo apogeu
se o belo no encanto o encanto acendeu
e fascina, do dessemelhante embaixador

Deus o pôs, de um nobre a um plebeu
riscando o horizonte com a luz e breu
em uma quimera de paixão e de amor!

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

EXORTAÇÃO (soneto)

Devaneia, poeta! Sonhar sossega a mente
entorpece o sentimento perverso do ser
a poesia mais que ideal do sublime viver
trazendo o profundo da alma vorazmente

Sonha, poeta! Assim terás mais que ter
no infinito, sendo tudo indefinidamente
exortando a vida, num amor semente
onde o prazer é mais que querer valer

Olvida tudo, fugaz é o tempo da gente
tão rápido quanto outrora foi o nascer
que agora o passado se faz presente

Se o fado pouco ou nada pode trazer
leva tu, e não seja na ilusão indigente
pois existir no sonho sonhado é vencer

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SILÊNCIO DAS MADRUGADAS (soneto)

Ainda muita expressão não me avieste
As achatei nas lástimas e tão guardadas
Ações que pelo vento foram dispersadas
E na imensidão do cerrado se fez agreste

Tenho em mim sílabas em vão esperadas
Se devaneio é porque o sonho me veste
E frases trêmulas vão pelo espaço celeste
Enredando o destino com outras paradas

Foi quando o fado me fez centro oeste
Na busca das tão molestadas bofetadas
Das chagas, que a dor ornou com cipreste

Assim, eu, ainda tenho palavras caladas
Nas angústias do coração... tão cafajeste!
Que insistem no silêncio das madrugadas

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

- À Mesa -
soneto

Na Solidão da mesa dos meus sonhos
há um hoje tão diferente que pensei viver,
ausência de ternura, d'olhares risonhos,
só há amargura e desejo de morrer!

Há mesa do que sou não há nada do que fui
e a quietude do nada que acontece é fria,
da dor à melancolia, tudo me possui,
tantas vezes que o disseste e eu não via!

Agora é tarde! Não me tenho nem a ti!
E o que tenho afinal não vale nada
porque afinal do teu amor me perdi.

Estou sentado à mesa com a solidão
e na penumbra dos meus olhos consagrada
vou bebendo do meu próprio coração ...

Inserida por Eliot

O MEU POETAR (soneto)

Eu poeto porque sou prosa
Brindado no redigir o brado
Trilhando os trilhos do fado
De poesia e alma amorosa

Poeto como quem é atado
Aos versos. Sede preciosa
Se suspiros, arte dolorosa
Que imergem do eu calado

Poeto com a voz corajosa
Do amor à vida, indomado
Sem amarras, força curiosa

Canto os devaneios, alado
Tal o perfume de uma rosa
O poeta mineiro do cerrado!

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

BIOGRAFIA DOS MEUS VERSOS (soneto)

Estes meus versos simplistas versados
Que aprenderam a poetar pelo cerrado
Choram, riem, entre o trovar suspirado
Suspiram e pelas rimas são moldados

Os meus versos que um dia tão calado
Voam sujeitos feitos apalavrares alados
Desenhando talhos, pouco rebuscados
Mas que do coração quer ser consolado

São versos adolescentes, e apavorados
Que tentam o encanto pra ser encantado
Tão contentes e, leves pra serem levados

Estes meus versos, no vário devaneado
Tantas outras vezes no peito silenciados
Agora vão, encenados no palco do fado!

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO DO BEIJA-FLOR E DA ROSA

O beija-flor e a rosa
Juntos foram passear
O beija-flor prometeu
A Rosa beijar

A Rosa não aceitou
Mas, com o tempo desabrochou
O beija-flor rondou, rondou...
E a rosa com o beijo concordou

O beija-flor marcou o voo
E neste não compareceu
A rosa esperou, esperou...

A rosa inconformada, convidou o beija-flor
Para um voo inesquecível
E neste, vários beijos lhe ofertou.

Inserida por anaclaracabral

SONETO XVII
QUEM SABE LÁ NA FRENTE... QUANDO VOCÊ VIRAR UMA PESSOA PENDENTE DE SEUS PRÓPIOS SONHOS VOCÊ PODE SE ENGANAR OU ATÉ MESMO SE PERGUNTAR COMO SE INICIA OU SE FINALIZA A ORIGEM DO AMOR.
O AMOR É UMA CHAMA INIGUALÁVEL QUE VOCÊ O SENTE EM APENAS UM CONTATO, É COMO UM ARDOR DE UMA PIMENTA VOCÊ SÓ O SENTE QUANDO O ESPERIMENTA...
HOJE EM DIA SÓ DEVE SE OBSERVAR Á DUAS COISAS PROCURAR E ACHAR A PESSOA CERTA E IGNORAR TODAS AS COISAS QUE VÃO A LHE INCOMODAR EM TODA A SUA JORNADA...
SOFRER HOJE NÃO VIROU ALGO DO DIA-DIA E SIM UMA CHANCE PARA VOCÊ TENTAR SE DESCULPAR COM TODAS AS SUAS CULPAS E PERDAS, ALGO MUITO DIFÍCIL ENTRE SÍ MESMO, VIROU ALGO PESSOAL (SENTIMENTAL), (ESPECIAL), POIS HOJE NÃO SÃO TODOS QUE ASSUMEM SEUS ERROS.
“HOJE EM DIA EXISTE MAIS GENTE PARA JULGAR DO QUE PARA RECONHECER SEUS PRÓPIOS ERROS”!

Inserida por HeyttorGonzalez

Soneto de oração

Me derramo em Tua presença
Fecho meus olhos e ajoelho
Tão profunda e tão intensa
Quão perfeito seu conselho

A ti entrego a minha dor
E com meus lábios te adoro
A minha alma expressa amor
Quando com paixão eu oro

Eu só quero a Tua presença
A cada oração mais intensa
Inundando esse meu coração

Encontrar Tua existência
Mergulhar em Tua essência
É o que eu desejo em oração!

Inserida por davidmassari

SONETO DE COPAS

Para ter uma relação de qualidade
É preciso encontrar um certo amor
Com o qual valha a pena jogar bem
O jogo da vida em dupla

Deixa de ser um necessário amor
E passa ser uma escolha de amor
Passa ser uma possibilidade de amar
Porque só depende encontrar o amor

Claro tem que haver Afinidade
Respeito a individualidade
Em busca da felicidade

A relação de qualidade soma prazer e amizade
Numa bela aproximação de duas unidades
Nao a fusão de duas metades de amor

__________________Norma Baker
( Primeiro Soneto da Escritora- 07/2007)

Inserida por NormaBaker

SONETO FUTURO DO SUBJUNTIVO

Quando eu chegar
Vou acomodar e descansar
Mas não vou sossegar
Eu vou te amar

Quando eu chegar
Vou te esquentar e te beijar
Mas não vou acalmar
Eu vou te amar

Quando eu chegar
Vou te abraçar e mordiscar
Eu vou te amar

Quando eu chegar
Vem me pegar e beijar
Porque eu só sei te amar
____________Norma Baker

Inserida por NormaBaker

⁠ROGAÇÃO

Quando, como uma explosão, fulgura
no soneto o esplendor de uma paixão
arqueja no verso o desejo e a emoção
numa poética suspirosa e com ternura
quando, sair desta sedosa sensação
na inspiração não terás mais ventura
a poesia se entregará a total loucura
duma saudade, do aperto, da solidão

e a ardência do doce beijo, emudece
o coração em prece, suspira e chora
naquela entoação chorosa, tão doída
delira um silêncio, e a dor se oferece
sentimental o amor na prosa implora
o versar amante, outra vez na medida!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
25 junho 2024, 17’11” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Soneto do primogênito

Sua pele clara
suave e macia
seus olhos castanhos marcantes
feito a luz do dia.

Você trouxe a doçura
dos meus antepassados,
a virtude dos bons meninos
e a beleza dos ferozes felinos.

Teu sorriso é a reluzente e fria aurora,
que em minha vida,
é o amor de outrora,
de antes, de sempre e de agora.

Inserida por sophosster

⁠AUTO SONETO

Rima soneto, o meu eu sem detrimento
Diz ao verso a perfeita e a real melodia
Se de sintonia, alegria ou de nostalgia
Traz à flor da pele o capricho do talento
Revela que sou sensações em categoria
Da alma, da emoção e do pensamento
Na dor, amor, que eu sou toada e alento
Anatomize o meu eu poético com eufonia

Vai soneto, me revelando a cada tento
Em loas de aprazimento duma parceria
De que na prosa eu vivo de sentimento
E neste último terceto, desta biografia
Deixo a minha paixão pelo letramento
No meu encruzar, imortal, só a poesia!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
22, agosto, 2016 - cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠QUANTO POSSO

Quem o lê, ó soneto, extasiado e manifesto
sentimento de zelo nos vossos versos belos
envoltos em encantos mágicos só por lê-los
embriagando o olhar com o poético contexto
E neste ato sentimental, um romântico gesto
cheio de toque, de cheiro, e o teor em tê-los
agradando o sentido no agrado em contê-los
e, então, sentirá a sedução, deixando o resto

É o amor, com o amar, ao amador, mesclado
com emoção, inspirando o que é tudo vosso
um coração apaixonado, que a ti, reverência
Porque é tamanha a paixão, e tão afortunado
destino, em dar-vos a devoção, quanto posso
fazendo pouco o simples versar desta poesia.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
06 julho 2024, 15’16” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol