Poema Casa
Lá longe
ha uma pequenina casa;
maior que um ninho
e menor que a expansão da imaginação.
A casa goteja
ou melhor
a mãe natureza chora.
Os braços são as paredes
O chão, são os teus pés
Pés de pisos coloridos ou acizentados. Amaderado e/ou da propria madeira.
Uma tempestade vem e amputa um de seus braços
e então a casa goteja
ou melhor...
a mãe natureza chora....
Minha Casa é uma Janela
"Minha casa não tem porta,
só tem janela,
como tomar café
em xícara sem alça
e adoçar o leite em tigela...
O sol entra na sala pela janela,
a lua, eu espio pela janela,
perguntas quando faço às estrelas
é porque eu estou triste na janela...
Quando me debruço na janela,
lembro da menina que cantava na janela;
“La vem um homem
de terno branco
chapéu de lado,
meu namorado...”
Tudo que acontece na rua
entra pela minha janela,
uma vez mais alta,
um cano que derrapa,
um cachorro que late...
Se na rua, alguém perguntar
onde é a minha casa
eu vou responder... minha casa é aquela janela..."
Eu caminhei totalmente só, nestas ruas que chamo de casa...
Ruas de esperança, ruas de medo, ruas de amor e ódio...
Eu estava perdido, de joelhos e olhos fechados...
Cheio de dúvidas e precisando de provas...
Eu sufoquei as lágrimas...
Para que ninguém veja minha fragilidade...
Quando seu mundo estiver desmoronando..
Fique firme!
Apenas feche seus olhos e ouça os sons dentro de você
Meu mundo não é o bastante
Talvez...seja uma casa de sapê
Seja chato;nada de interessante
Um programa ruim de TV
Meu mundo é abstrato
Onde quase ninguém o vê
Esta dentro de um armário
Num lugar onde não vai perceber
Meu mudo não tem valor
Não é matéria,não é ouro nem prata
Nele mora o frio,mora calor
Mora a chuva e o cheiro da mata
Um das grandes diferenças entre filmes e peças de teatro?
É que filmes eu posso ver em casa, longe da platéia
e sem precisar da papagaiada de aplaudir de pé, no final!
Aquela casa, doce casa...
Sorri e chorei tanto...
Tive vitórias e perdas irreparáveis...
Simplesmente aquela casa não era o meu lar...
Eu continuo seguindo...
... Estou sozinho comigo, mas não suporto minha companhia mais...
Eu estou sempre em algum lugar...e estou sempre comigo...
Espero voltar a gostar de mim mesmo.
Estou me abandonando...
Estou cada vez mais calado...
Cada tempo que passa estou, me fechando para vida...
Meus sonhos se tornaram “pesadelos...”
O MESMO AMOR
O amor é o mesmo
Em verdade e intensidade,
Muda de casa se preciso for,
Não vive sufocado.
O amor se alimenta de vida,
Ultrapassa décadas,
Se o coração é terra fértil,
Ele se alastra como videiras.
O amor convida,
É o anfitrião do coração,
Onde receptível
Sana toda dor.
O amor mão faz alardes,
Convive com a cautela,
Descentemente se porta
E importa com a semente que o alimenta.
O amor faz aliança com a paz,
Conduz por veredas tranqüilas,
Não se perde nas trevas,
Não alimenta ilusões.
O amor é único para todos,
Não tente ser maior que ele,
Deixa o amor fluir,
A casa do amor não tem paredes.
Voltando para casa, aquela Lua enorme toda amarela,
olhei para minha esquerda, estava olhando para oeste.
Pensei: divino não é!
Que Lua inspiradora.
Voltei o olhar para frente e continuei o retorno para casa.
Tornei a olhar para Lua, mas não a vi; estava em outra direção e eu também.
Assim é a vida, olhe para um lado lá está ela, olho para o outro lado e ela se foi.
Em uma bela manhã, eu irei sair de casa.
Não sei se para onde eu vou, vai melhorar meu estágio de decepção...
Tive meus sonhos mutilados, e fui trapaceado quando contei...
Hoje estou perdido, tive minha vida destruída pela inveja dos fracos...
E era uma vida simples, mas era uma vida livre...
... E essa liberdade que incomodou, foi o poder de sonhar e acreditar...
Mas infelizmente, muitas pessoas não estão acostumadas para novas idéias em um mundo tão comum.
Hoje estou aqui, com meus sonhos que confundo com pesadelos, já que fazem eu sofrer, por não ter forças para realizar.
Mas em uma bela manhã, eu irei sair de casa.
Eu irei para longe, e tentarei novamente realizar meus sonhos.
Quero ser livre novamente, quero voltar acreditar no que os outros não acreditam.
Tive minhas idéias roubadas, por ter um coração humilde.
Hoje não tenho nada, só me resta a esperança de um dia voltar ter alegria em meus dias.
Em uma bela manhã, eu irei embora e vou sai de casa, de onde estou seguro, mas acomodado, onde é minha fortaleza, mas é limitado para o que eu desejo, vou deixar o conforto e a certeza de ter uma casa onde posso descansar.
Mas preciso sair, preciso em uma bela manhã ir embora.
E eu farei...em uma bela manhã.
" E hoje eu to com ciúmes de você, é bom saber disso, quando você chegar em casa irei levar você para um lugar alto e dizer o quanto te amo, escreverei cartas para você, passaremos noites conversando, andarei mãos dadas sempre, e jamais farei você sofrer, por que quero conquistar você todos os dias, e amar você sem medo de te perder....Farei o meu tudo"
Ame por que amar é bom...
PIANO
Na sala principal da casa da direita, jaz um piano,
Em quem ninguém toca,
Nem a displicente mariposa nele toca,
Pra não dizer que nada, absoluto, lhe toca,
Toca-lhe a flanela leve, até por seus teclados.
Do que vale um piano inerte, fechado,
Como se houvesse dentro alguém calado,
No ponto já de seguir o cortejo.
No meu quintal resistem dois ipês antigos,
Que já nasceram como gêmeos, irmãos parecidos,
Qando é noite que o vento afoito balança sua fronte,
Eu ouço, do ranger dos galhos a mais suave melodia.
Por isso não vejo a necessidade de um piano
Em minha sala, as teclas se grudariam,
Porque eu não toco,
E pra que serve um piano que não toca.
Sozinho em casa,
Noite de densa escuridão lá fora,
Porque não libertar minha loucura,
Relaxar minha frágil razão?
Filosofar sem álcool só é mais fácil para achar o caminho de casa.
Não consegui ser filósofo porque deixei de beber por livre e espontânea pressão.
Foi aí que comecei a me embriagar com as palavras.
Quer saber... fico eufórico, não tenho ressaca e as poucas dores de cabeça foram um processo ou outro que eu tirei de letra.
Antes eu escrevia das dores de amores. As dores se foram.
"o dia começa, eu penso em você
e saio de casa louco pra te ver
no início da tarde eu fico a esperar
o brilho dos seus olhos pra me iluminar".
(Música Pedindo Pra Te Amar)
Em casa - em paz.
Ao acordar abro a janela
Lá fora o mundo grita e corre
Aqui o silêncio é minha paz.
O LOUCO DA CASA
Criamos muitas couraças,
Na vida são tantas ameaças.
Chega a hora em que vou partir,
Fui criticado agora tenho que ir.
Não sei o que é pele ou couraça,
O que virá se será amor ou ameaça.
Ando de cabeça erguida para o poente,
De longe até pareço ser gente.
Somos o nosso próprio vilão,
Matamos por causa do pão.
Dói confiar no tal do irmão;
Na esquina ele será a traição.
Sangra a minha alma,
O corpo não se acalma.
A couraça foi de papelão,
Sou besouro esmagado no chão.
Não aposto no sucesso,
Aposto no meu regresso.
O sucesso é efêmero,
O meu tempo é nictêmero.
Joguei o relógio fora,
Os insetos voam lá fora;
No regresso volto à luz,
Todos esqueceram minha cruz.
A cantora da um agudo.
O judeu está tão barrigudo.
O pintor fez o sorriso do querubim.
Os bêbados dão festas no botequim.
O sucesso é a fração do segundo,
É a maldita rodada do mundo;
É o também o bolor que come o pão,
É o verme que engorda dentro do caixão.
O fracasso é a lembrança,
É rezar com toda a esperança,
É o bolor na ultima fatia de pão,
É ter fome dentro da escuridão,
Querer cantar a beleza desafinada,
Mas sentir que a sua alma esta acabada;
O fracasso é fugir para o intimo exílio
E perto de todos sofrer um martírio.
Então aprendi a me avaliar baixo!
Mesmo de nariz empinado sou cabisbaixo,
Sou cria do meu pai.
Não posso falar ai.
Não tenho mais direito ao ir.
Caio sobre a terra escura,
Limpo a poeira como uma cura,
Guardo as minhas asas de querubim
E tenho apenas que sorrir... enfim.
Andre Zanarella 28-02-2012
Nictêmero = Espaço de tempo que compreende um dia e uma noite.
Estava chovendo e, deu saudade, de quando a gente se via, de quando você me deixava em casa, daquelas noites em que sentados, nenhum toque havia, e mesmo assim exalavamos “amor”. Deu saudade de quando tua boca sem jeito se encostava na minha, e o beijo mais tosco acontecia. Da tua risada trêmula, quando eu dizia que você me amava, e relutando você sorria. Deu até saudade das inúmeras mentiras que você contou pra eu dormir feliz, aquelas que me faziam os olhos brilhar, tão estúpida e doce, acreditando.. Deu saudade só do que eu era, antes de você partir, deixando poeira sobre os móveis e as fotos de uma história que nunca existiu.
2009, em alguma decepção.
O casamento de faz de conta - Eliane Gomes de Oliveira
É ótimo ficar em casa fazendo comidinha para quando vc chegar... ,
maravilhoso sentir seus braços em volta de mim... ,
cheiroso depois do banho , te abraçar
e ver-mos juntos o jornal Nacional ,
maravilhoso escutar vc falando do seu trabalho ,
dizendo q estava doido para voltar pra casa.
Essa brincadeira um dia vai ficar séria .
E um dia esse faz de conta ,
vai ser nossa realidade
Brincamos sim de verdade ,
sentimentos que rolam e nos fazem rolar na cama .
Adoro quando diz que me ama
Adoro sentir seus beijos , carinhos e caminhos .
saber que sua cama é o nosso Ninho .
Te sentir respirar ofegante por está perto de mim .
Ficar ofegante de prazer por sentir vc em mim .
Enfim..., coisas que a gente sente .
Sonhos que não se medem ,
amores cotidianos de amar sem fazer planos .
adiamos a volta , que para nós sempre demora.
o Amor e o sentimento , o prazer e o tormento .
de te ver sair todo dia e saber que volta sempre pra mim
e se torna meu guia .
Eu ali sentada na beira do rio
Sentindo saudades da nossa casa
Sim! Fazíamos dela “nossa casa”
Sentindo saudades de cada canto
Nosso quarto, nosso banheiro, nossa toalha, nossa escova
Sentindo saudades dos meus brincos, sapatos e casaco no seu carro
Sentindo saudades de cada beijo que te dava no ombro antes de virar na cama
Sentindo sua falta
E com tantas coisas para esquecer
Cheiros, beijos, abraços e risadas!
personagem
Publicado; maio 6, 2010 | Autor: vitorquintan | Arquivado em: casa das palavras |2 Comments »
não era dela q queria falar e nem precisava. não havia incômodo qq sobre a capa de beleza determinada por belas roupas. não havia nada a encobrir a não ser a solidão.
diante do travesseiro estamos todos na coxia, caem os textos e maquiagem e figurino, exposição. as personagens se vão logo q o pano fecha, fim do dia.
e ali, sem texto, sem platéia, sem direção desenrolava-se outro enredo, improviso. ninguém defere a própria dor. na franca e frágil percepção de si msm percebia-se só.
exigia-se tanto e tanto de todos q msm a solidão custava a lhe fazer companhia.
preenchia espaços entre os pensamentos com outros q pudessem afastá-la de si msm, cansaço. e esperava o sono, fuga.
