Poema Casa
Desejo passar a chave mágica na porta da casa dos meus pensamentos problemáticos
Trancafiar todas as minhas frustrações lá dentro
E descansar do lado de fora dessa casa de idéias... A maioria delas fúteis.
Fechar os olhos e sair de mim, com os sentidos destituídos de apreensões!
O mundo é a minha casa, o corpo é a minha proteção,o caminhar é a esperança e as palavras minha arma.
Uso tudo, olho em volta e se algo não está bom,eu danço.
A válvula de escape do ser humano é a imaginação, e comigo não é diferente.
Sou poeta, sou mulher, incostante ser, sou a busca, e as respostas.
Quando quero ser o riso,sei sê-lo! e pra ser pranto basta um preparo.
Sou a protagonista da minha história, escrevo o roteiro, e não conheço todos os personagens, e nem precisa ser urgente.
O filme está apenas começando.
E eu?
ah... ainda estou me conhecendo.
Ia andando pela casa
A pensar como xular os meus pais
Ia ao café dar uma passa
Não dava mais porque não tinha gito p’ra mais
Acordei ao meio-dia
Fui xular a minha Tia
Sou um Lambão!
Tenho vida de Cão!
Quando os meus pais se reformarem
Não vão para o lar
Só têm dinheiro para fumar
Porque o resto é para EU VADIAR!
Aquela casa é minha
É minha aquela casa
Ela tem olhos, nariz e boca
E me diz
Você é dona
dos escombros
janelas despencadas
muito entulho pelo chão
Esta casa é minha
Porque me diz
Que é como eu
Abandonada
Todos enchem os olhos
E querem a casa
Mas a casa diz
Sou tua
Você é como eu
Se outro aqui entrar
Eu expulso
Só se for você
Só se for como eu
Sem teto,
abandonada
Mas que tem alma...
Tentei manter a casa arrumada
Não espalhar roupas e sapatos pelo chão
Fazer o jantar todos os dias
Não deixar toalha molhada no colchão;
Um dia bati na porta e ninguém abriu,
Liguei e ninguém atendeu,
Eu não estava lá, não era eu.
Eu já não caibo mais nessa casa.
Tudo gigantesco ficou...
Meu corpo.
Minhas roupas.
Meus sonhos.
Minha alma, está grande em demasia, para um lugar tão pequeno.
Já não tem saída certa.
O relógio me oprime, perguntando: quando sairá daí?
Digo: Irei sair em breve, porque preciso existir.
Existir para mim, e para o mundo em si.
Endereço
Minha casa é um recanto do mundo
a doze passos do coração.
É horta fértil, jardim fecundo,
pelos Campos do Mourão.
Minha casa é colo e cafuné,
é cheiro de mate e pão caseiro,
é força e vida, vigor e fé
que canta o sino de Engenheiro.
Minha casa é abraço apertado
onde a Gralha Azul fez ninho.
É beijo tímido, apaixonado
nos cafezais de Sertãozinho.
Minha casa é floresta que se avista
da janela velha rindo à toa.
É semente nova que o altruísta
acomoda e rega em terra boa.
Minha casa é pinheiro, é cipestre
que penumbra, em trilha oportuna,
os tapetes do ipê roxo, flor silvestre
nas calçadas de Araruna.
Minha casa tem gosto de Carneiro ao Vinho,
Sabor sagrado, segredo sangrado no sul.
É terra rubra que pinta o pé pelo caminho,
é sossego, saudade e sol. É Peabiru.
Vendesse eu as palavras quando não tenho nada a fazer
Vendesse eu a alma quando chego a casa entristecida
Vendesse eu o coração quando me apunhalam pelas costas
Vendesse eu a casa quando a família não esta presente
Vendesse eu o espelho quando me vejo menos bonita
Vendesse eu a consciência quando não disse o que havia a dizer
Só para não ferir o coração d’outrém.
A verdade é que se eu vender as palavras não saberei usar a alma
Também vendida por não dar valor à tristeza
Que nos assola quando o coração é traído
Pelos que mais amamos em virtude da sua imagem
Que não vemos quando nos olhamos ao espelho
Traindo o amor que à nossa volta têm por quem somos
Pesando-nos mais tarde a consciência pelo que não fizemos
Pelo que não amamos
Pelo que não dissemos a tempo
Perdendo a única oportunidade que temos numa vida:
A de amar para sempre.
******
- Ou qual é a mulher que, tendo
dez dracmas, se perder uma, não
acende a candeia, varre a casa
e a procura diligentemente, até
encontrá-la?
E tendo-a achado, reúne as
amigas e vizinhos dizendo:
Alegrai-vos porque achei a dracma
que eu havia perdido.
Cheguei em casa e já se acabou mais um dia, ao tirar os sapatos agradeço por olhar o relógio e já passarem da 00:00.
A vontade é de apagar todas as luzes, me jogar no sofá, agarrar uma almofada e chorar. E numa súbita raiva eu quero sumir. Esquecer.
Esquece que você existe. Esquecer que um dia já existiu 'nós'.
As mentiras continuam e as desculpas, mesmo verdadeiras, eu já não faço questão de aceitar.
Eu ainda não sei o que se passa dentro de mim, amor e ódio, felicidade e infelicidade, lembranças e indiferença,...
Eu conheci alguém que me fazia feliz, alguém com que eu podia confiar, alguém que me contava tudo e com quem eu podia contar. Hoje é mais provável que eu converse sozinha.
Hoje conheço alguém que não reconhece minhas mudanças, meus desapegos, meus sacrifícios, minhas dores,...
Alguém que me prova de ser eu mesma.
Eu quero acordar e ter coragem para não te ligar e se você fizer o mesmo, ter coragem para seguir minha vida. E daqui a um tempo me auto-reconhecer novamente; brincar e sorrir a toa; sair e me divertir; e no final olhar para o passado e não te enxergar lá. Não, não quero que você esteja nem no passado. Quero que você simplesmente não exista. Quero que não seja real. E finalmente conseguir sorrir, bem longe de você.!
Brasil, rumo pra casa!
Essa vai para Galvao, pra deixar de ser BOCÃO
O Brasil tenta, tenta, mas é só "penta"
Nas copas passadas foi Zidane, nessa foi a "jabulane"
A seleção foi quem perdeu, não fui eu nem ninguem meu!
Perante as Estrelas
Esse luar entra sobre a janela de casa
Pela manhã caminho por esse bosque,
Qual a sua flor preferida?
A noite eu me prendo perante as estrelas
Tão inocente o nascer do sol
Horas depois, esperamos por um céu nublado
Entre o bem e o mal
A nossa mentira prevalece,
Eu me prendo perante as estrelas
Quando houver um brilho maior, você pode me acordar
O meu passado está sendo levado com a água do mar
Por tanto, nada de bom para se lembrar
Momentos especiais não se vão fácil com a água
Procuram ficar sobre está imensa areia,
E você os guardará para sempre
Eu penso sobre o que farei após essa noite
Haverá um amanhã para mim?
Essa noite poderá ser a última,
E tudo o que eu desejo é um novo amanhecer
Eu penso sobre o que farei após essa noite
Haverá um amanhã para mim?
Enquanto a pergunta fica sobre o ar,
Eu me prendo perante as estrelas.
Natal
Está frio lá fora
Não há ninguém nas ruas da cidade
A janela de casa se abre, deixando o vento entrar
E trazendo lembranças que eu tento apagar
Hoje é natal
As luzes brilham mais que as estrelas
Somente para eles
Não há brilho mais forte do que o delas
É natal, e eu quero permanecer aqui
É natal, eu não tenho para onde ir
Eu fico por aqui, junto com essas estrelas
Permaneço com este imenso céu
Feliz estar com todos eles à sua volta
Feliz é esta sobre este gramado observando tudo ao meu redor
Você se parece tão só
Eu não serei o seu melhor,
É natal, você pode ficar por aqui
As luzes da cidade, são como
Lâmpadas apagadas para você
Sempre houve uma luz maior acima de você
Elas sabiam, que tudo um dia iria perder o brilho para você
Você nunca às enxergou,
Elas jamais deixaram de brilhar para você.
A vassoura limpou a casa,
O banho lavou meu corpo,
A reza libertou o meu espírito,
E eu (...)
(...) fiquei sozinho, tomei o meu Lexotan e fui dormir
Amor virtual
Passo o dia inteiro pensando em você
Não vejo a hora de chegar em casa
E ligar o PC
Para com você teclar.
Quando estou na frente
Do computador
O tempo para
Nesse momento quero apenas você.
O sentimento que tenho por você
É mais que amizade
É amor
Um amor separado pela distância.
É uma pena que você more em outra cidade
Mas quero que saiba
Que nem a distância
Apagará o que sinto por você.
A CASA DE VIDRO
Ela não permitia invasões por isso ergueu um muro sólido e com cercas elétricas. A impenetrabilidade era sua maior arma. - Aqui nada entra sem permissão e só sai o que eu desejar.
Na vizinhança haviam propriedades de muros baixos, outras apenas protegidas por uma frágil e ornamental cerca de flores, haviam também as que eram totalmente abertas, apenas um gramado na frente da porta principal, como se fosse um tapete de boas vindas para qualquer pessoa sentir-se convidada a entrar.
Ela sentia-se indignada com tamanha falta de precaução e ingenuidade daquelas pessoas, em sua concepção era um erro fatal deixar-se vulnerável, era como ser ostra fora da concha, guerreiro sem armadura. Quanta burrice!
Observava de sua janela, lá no alto, onde tudo podia assistir, pessoas entrando e saindo das casas vizinhas, uns entravam alegres e saiam gargalhando, outros entravam tristes e saiam sorrindo, as mesmas pessoas e pessoas estranhas. Tanta gente… Ela ali no seu mundo, sozinha, apreciava sua solidão e seu silêncio. Podia ver também que ao passarem por sua casa, as pessoas olhavam o muro alto e se afastavam, não apreciavam com o mesmo olhar que dedicavam às outras casas. Sentiu uma ponta tristeza, mas ainda sim preferia manter a aparência sóbria e lúgubre daquela fachada porque lá dentro tudo era feito de vidro.
Meu mundo
Em minha casa
De portas e janelas fechadas
Tomo o café que me aquece
Enquanto você adormece
Em algum outro lugar
A rotina me cansa
Hoje vou ficar aqui
A tela em branco
E também alguns pincéis
A inspiração então me vem
Como o rio vai ao mar
Eu crio um mundo á minha maneira
Mundo feito de sonhos e lembranças
Com todas as cores e nenhuma fronteira
E não vou me entristecer por saber
Que você não vai chegar
E a porta não se abrirá
A não ser se for por mim
O dia termina
E se passa uma noite inteira...
E sigo criando á minha maneira
Se um dia fui domada pela paixão que arrasa, é por amor que hoje vou pra casa , onde sem pressa quero descansar.
Marcia Cardoso da Silva Valente
(mon Gloss)
Saio de casa, chego e te chamo
Falo sem gaguejar: Eu te quero pra sempre ao meu lado.
Só que daí, acordo dos meus pensamentos e vejo que me falta coragem...
