Poema Carolina
E se um dia você me perguntar
Se continuo te amar
Responderei com prazer
Nem hoje nem amanhã
Nunca irei te esquecer
Ou deixar de amar você
Como é tão linda
Como deixa transparecer nos olhos
A triste desesperança
A dor da lembrança
Que insiste em latejar
Como pode ser tão linda
A forma como demonstra
Que nada aconteceu
Que os dias em que morreu
Sempre desejam voltar
E te iludem prometendo
Que a dor vai acabar
Se vai acabar também tua beleza
E a razão para cantar
E essa rosa, que está murcha
Vai terminar de desmanchar
Ai, Lua!
Queria te falar que tinha medo de ti
Quando criança, eu corri assustado e com medo da tua imponência
Você estáva lá, brilhante e soberanamente cheia
Eu, pequeno ainda, não sabia de nada
Corri apressado e vc me seguia
Eu cresci
E agora, imagina, me apaixonei por ti
Esse teu jeito
Essas.tuas fases
Momentos mais timida
E em outros inspira os amantes
Os amores
Sabe, eu olho para ti e quero outro corpo
Outra boca, outro prazer
Tua grandeza me incendeia e me enlouquece
E eu procuro outro ser pra me.aquecer
Ai, Lua!
Não faz isso comigo não!
A Páscoa é tempo de renovação
De mudarmos nossas atitudes
Nos tornar verdadeiros cristãos
Para fazer um mundo melhor
E reunidos, dando as mãos
Provar que somos capazes
de amar a todos como irmãos.
permanecem estáticas as pontes do boassú
as pontes da boa vista
tivéssemos dinheiro vontade
compraríamos pão
mas essa casa de velhos
tão próxima ao campinho
onde torcidas formigas
vibravam milhões
essa casa aos olhos
congela mangue
manga e tijolos
houvesse gana cimento
pegaríamos a br 101
tua corda prende a primeira hora
e retira da carne minha
o trato das tuas crianças
se não tomasse o nome do meu olho a planta
teu feitiço não funcionaria
trato tua terra com patas largas
que me dão caroços
e fruto à tua burocracia
se não tomasse o nome do meu olho a planta
teu feitiço não funcionaria
a garça
estrangeira parque d’água
equilibra-se
na madeira arcada
de mangas
tece
de curva e pescoço
o ninho estranho
atrás da casa toda
água é lama
e a deusa
branca
torna-se galho
pelos calcanhares
o pássaro olha
a criança que rasga coxas
caule acima
atrás de rasgar a pele da fruta
depois de seis meses de espera
os bichos se encaram
o pássaro firma, cúmplice
sabem
que é papel dos velhos
cochilar durante os furtos
caranguejo
retroescavadeira
na areia preta
acanto
estrutura espinhosa
sobressalente no corpo crustáceo
serve
para risco traço fosso aberto
na areia preta
entre lama
e fuzileiros navais
um caranguejo
de carne pouca
pra tanto lodo:
ilha das flores
casa
de um caranguejo magro
e fuzileiros navais
ela
ferida preta
fosso aberto
entre peito e útero
a carne pouca
pra tanto lodo
de resto
pensava não
com o cérebro
com o corpinho
úmido e mole
que nem ela
nem a lesma
eram fortes
como o tardígrado desidratado
que vira e amara
no espaço sideral
"Em meio as névoas flutuantes do pensamento,
Várias coisas vem e vão,
Caminhando lentamente
Procurando inspiração,
E assim cruzam em vão,
As centelhas contidas
Em seu coração!!"
Contrastar.
- Senta aqui.
- Não, aqui, tocando tecidos frios, estou bem aqui.
... Para longe, deslocando-me como um raio, lampejos de azul e branco em meio a árvores, ora real, ora não, fui. Passei a alvorada toda submersa, numa natureza oscilante, não sabia ignorar. Senti-me frouxa, covarde, trocando olhares mutuamente por incalculáveis minutos, o tumulto afora ficou calado e o sossego aniquilava-me. Estava a par que ao olhar aquela carcaça eu não conseguiria não desejar nada. Eu o desejava, e muito. Já o amara antes e o cálice fora grave demais para deixar assim, puramente, passar em branco. Eco. Estava hesitante, irresoluta e desabitada.
A noite anterior foi cansativa, afoguei-me nas lágrimas, agora, mais uma vez, quase chorando, só que por exaustão, dissipação. Só o que me vale é o devaneio, assim como a claridade febril. Nos dois próximos dias sei que desandarei e encontrar-me-ei, igualmente, nos braços do amante.
Fechei a bolsa. Subi os degraus. Abri a porta dos fundos e entrei em casa, enfim. Uma ducha. A água do chuveiro corria e o vapor rodopiava, embaçando o espelho, nublando a noite de astros pálidos.
Amar-amor.
Amar omitido, escondido por trás de um coração congelado.
Amar destoante, dissonante.
Amar profundo, na nostalgia do infinito, perene.
Amar subentendido, incontestavelmente.
Amar-amor, amar te amar.
Amar na distância, na saudade e na presença desatenta.
Amar concentrado, distraído na compleição do não-ansiado.
Amar no comparecimento, amar na carência.
Amar nos dois e no um: amar.
Veneno a flor da pele.
Cientes de tudo que possa vir a ocorrer contra eles, escrevem os indignados. Aquele aroma de falsidade no ambiente deixando todos zonzos, estava tudo claro, tinha significado puro. Fumaça do fumo mais letal. Risos, convites, falas, verdades oprimidas, mentiras devassadas, máscaras caídas ao chão. Quanta ironia. Sangue frio e a vingança mais perfeita, sem deixar marcas, vestígios. Estava ali, pronta para dar o bote, verdadeira cobra malévola, sutil, perspicaz. Ínfimo instante de enfermidade. A criativa sem traços típicos agiria harmoniosamente, sem desafinar. Vibração de sons e o baque exato. Seria eu a desafiante desejada? Para que tanto pranto? Vítima, destruição súbita. O jogo inicia-se agora, a cartada precisa. Deseja-se uma boa... Permita-me dizer, má sorte.
Antítese
Calorosamente
foi a forma como me abraçou
Loucamente
foi como me possuiu
Decididamente
foi quando me disse "Te amo"
Absolutamente
eu acreditei em suas palavras
Feliz
era como eu me sentia ao teu lado
"Linda"
era como você me chamava
E de repente,
Simplesmente se foi
Pausadamente
foi como me deixou
Esta foi a forma como me disse adeus:
Friamente
Diga que me ama, diga que me quer, por apenas um segundo ou coisa outra qualquer...
Não sei bem o que sinto, também não sei expressar, numa manhã de fevereiro, meu coração começou a falar...
Foi mais forte do que eu, inevitável se for pensar, foram seus olhos, seu sorriso, seu jeito talvez, inexplicável...
Engraçado é saber que hoje um dia sem você parece um século, pode parecer besteira, tolice de uma niña que não sabe o que quer, mas se quer saber a verdade, meu coração está batendo mais forte, as lágrimas ja estão caindo dos meus olhos e eu realmente não sei o que fazer…
Eu jamais me recusaria a te dar carinho e jamais me negaria a receber um carinho ou um beijo seu, só não queria que você me visse chorar, por isso às vezes me viro e saio andando sem destino, tentando enganar a mim mesmo, pensando que um dia quem sabe você possa vir andar comigo...
O que eu quero?
Eu poderia dizer que quero te ver feliz, pois se você fica mal eu também fico, entretanto a verdade é que eu quero te fazer feliz, mas sei que isso pode não ser possível, portanto, sem ter mais o que dizer ou fazer, eu paro por aqui.
Sabe o que eu aprendi?
Que o amor, sozinho, não tem a força que imaginei, que vou sempre me surpreender, seja com os outros ou comigo mesma; que vou cair e levantar por milhões de vezes e que ainda assim não terei aprendido tudo.
Apenas diga que me ama, diga que me quer, por apenas um segundo ou coisa outra qualquer...
A forma como inclina sua cabeça nos meus seios,
O jeito que você contorna meu corpo com suas mãos como o de quem faz uma obra de arte,
A maneira que você segura meu cabelo dizendo para eu me calar,
Seu olhar de desejo quando sente meu cheiro...
Seus beijos, sua maneira de brincar, seu jeito de tocar...
Onde está você? Onde está aquele homem?
Volte a dançar comigo na chuva, diga que me ama me dê novamente flores, toque para mim a mais bela melodia...
Me deixa entrar e ficar na sua vida...
Me deixa deitar na sua cama...
Me deixa cuidar de você...
Deixa-me ser para você o q nenhuma outra será...
Sua imagem
É...
Os dias passando e eu aqui...
Esperando...
Espero com esperança,
De que venhas me procurar.
Sento-me e fico horas...
Olho para o nada
E do nada surge tua imagem
Vens em minha direção
Tocas minha mão e nada dizes.
Apenas olhas profundamente em meus olhos...
E de uma longa espera,
Surge um sorriso...
Este diz o que simples palavras
Não conseguem traduzir.
Sinto como se meu corpo estivesse a cair...
Então acordo...
E vejo-me sentada,
Novamente fitando o nada
E continuo a te esperar.
Desde menina
Não sei se devo falar
Não sei se devo insistir
Mas queria poder te dizer
O quanto te quero e sempre te quis
Não consigo expressar verbalmente
Talvez se aceitasse o que te escrevi
Saberias então a verdade
Que te quero, te amo
E nunca te esqueci
Que penso em ti a cada instante
E sonho...
Sonho em viver, não apenas um lance
Quem sabe talvez um romance
No qual o amor venha a nascer
Da segunda chance que vou te pedir
Só e apenas mais uma chance
Para esses dois seres
Que um dia ficaram pelo acaso
E que eu, ser insano
Por não saber o que fazer
Sem deixar rastros, desapareci
Desperdiçando os momentos
Que desde menina
Contigo,
Viver eu quis.
Trava línguas
Não sei se devo
Porém quero poder demonstrar
Tudo aquilo que sempre senti
E por qual motivo eu não sei
Jamais consegui transmitir
Queria dizer que gosto de ti
Não digo que te amo
Não por não sentir
Talvez por que tal expressão
Seja o maior trava línguas que já conheci
Sabes o quanto te quero
Talvez saibas o quão já te quis
Apenas não compreendes
Que agora me basta
Tê-lo perto de mim.
Encruzilhada
Guardo em meus sonhos
Uma única esperança
Instigada pela vontade de tê-lo
Lado a lado com meu coração
Estrelas iluminam meu caminho
Estrada complicada...
Caminho e caminho...
Uma encruzilhada...
Não sei para onde ir
Felicidade...
Solidão...
Para qual lugar
Haverá de caminhar
Meu coração?
