Poema Azul
Sem Endereço
Seus olhos não estão mais aqui.
De azul só ficou o céu
sem assinatura.
Não, não há nada, cadáver
neste apartamento cego
de seu olhar
que lembre o outro
onde você correu
desde a menina do princípio
até o precipício da mulher final.
Aqui não há nada, cadáver:
somente sua voz sozinha
e gravada – em off
que faz com que qualquer coisa
das que foram suas
ganhe corpo, sopro, retrato
enquanto escutamos
o repetido ataque de sua voz.
Céu azul, doce brilho escuro.
Seus olhos são infinitos de possibilidade, alegria e lealdade.
Teu entusiasmo reflete em meu ser, a alegria constante que significa te ver.
Sua delicadeza transparece em toda sua essência e pureza, me trazendo o gosto doce deste devaneio.
Seus beijos são a coisa mais preciosa em que me espelho, um grande aperto.
Fecho os olhos e não te vejo, sendo, impossível respirar o som deste sórdido silêncio.
Não se vire contra, me beije até o brilho das estrelas se apagarem, até perdemos a sua conta.
Não há oque temer, não há para onde se esconder, oque é especial foi feito para se viver.
Passando em claro, com cada um de seus beijos molhados, me beije até amanhecer.
Era uma manhã de sol, eu disse a ela: o céu está tão azul hoje...
Ela respondeu-me em tom frio: todos os dias são azuis...
Eu continuei olhando o céu, como se fosse a primeira vez, talvez fosse a última... Então aprenda de uma vez por todas: o inverno da Solidão é triste e sombrio, por isso nem todos os dias são azuis...
O céu sorrindo azul,
o sol fazendo jus ao nome.
Os pássaros cantando sem cessar, dizem:
O caminho é longo, cheio de percalços.. Mas veja como a vida é bela!
A mente pode ser o que a pessoa quiser: seu refúgio, seu jardim, seu céu azul, seu hospital e sua paz. Mas também pode ser seu martírio, seu pântano, sua tempestade, seu manicômio e seu horror.
É preciso encarar a vida como ela é, sem deixar contudo que a realidade penetre a alma com seus espinhos dilacerantes.
Um olhar de ternura e compaixão altera imediatamente a percepção espiritual acerca da paisagem que nos rodeia.
Cada fato, por mais triste ou sombrio, traz em si algo de bom e que vale a pena memorizar.
Entre a realidade e o coração, coloquemos o filtro do amor para que a alma registre, apesar de tudo, mais cores e menos dores.
(Instituto André Luiz)
... Boa maré nos trazem barcos
E encantos do mar,
das ondas sonoras
e Projetos Cósmicos.
Azul, verde,
Ondinas e silfides
Surgem borbulhando na beira da praia...
Grãos de luz se unem,
formando dunas sagradas e altas;
e recanto para irmãos
... que aguardam a ilha mágica surgir após temporal.
Bons ventos trazem boas novas!
Vamos ao leme!
Leticia Gil Siqueira Santos
Lety Alegria
set (?) 2017
Eu não me importo com a cor da bandeira...
Se é rosa, branca, preta, azul, amarela, verde, laranja, lilás...
Um arco-íris inteiro.
Não me importo com o gênero dessa bandeira...
Pode ser de papel, madeira, pano, papelão, plástico, crochê...
Um patchwork.
Não me importa se ela é levantada pela mão direita ou pela mão esquerda...
Pode ser pelas duas mãos juntas.
Também não me importo com a denominação de quem escreveu...
Se está baseada em crenças protestantes, indígenas, católicas, judaicas, umbandistas, espíritas...
Pode ser até escrita por ateus.
Desde que nesta bandeira esteja a seguinte frase:
V I D A S IMPORTAM!!!
Elane Azevedo ✍🏼🌺🍃
Um porta lápis cheio de canetas
Que com elas escrevo em preto, azul e vermelho
Linhas de minha vida,
tão prazerosa vida
sem recursos econômicos,
mas com vários motivos para contar
a felicidade de estar vivo.
Nas minhas lamúrias
sois o céus tão azul
quanto seus olhos que amei.
Na de despedida tive a certeza do amor...
Como riscos do disco que lamenta o amor...
Todos os motivos que tive para amar
O amanhecer seria uma nova brisa
Então a tive coragem amar mais uma vez...
Na solidão dos seus olhos vermelhos
Senti culpa dessas lamúrias.
Desatino belos devaneios... Como a amei.
Eu lembro dela cantando
como alguém que não importasse
com quem ouvisse.
A cor dela é azul,
mas ela fica bem em todas,
até daquela cor morena que veste ela.
É mulher nunca vista antes,
vivia a vida no seu mundo,
era encantadora sem propósito algum.
E quando teve propósito,
nunca mais saiu de mim.
Quatro pedaço de pau
Sob o céu azul
Levantei quatro pedaço de pau
Pus um teto azul do céu
E nela com a família eu entrei!
Fui caçar no mato o que comer
Num rio um peixe eu fisguei...
Lá fora uma fogueira acendi
Pra do frio nos aquecer,
E o peixe também assei
A família chamei ao ar:
- Venham comer!
E todos felizes vieram ceiar
A cabana chamei de casa
Ainda de olho na brasa
Uma canção eu cantei
Levantei as mãos pro céu
E ao meu Deus feliz, agradeci
Para muitos, tudo isso é muito pouco
Mas, um dia já fui ambicioso e louco,
Estressado e na soberba me perdi
A família o dia inteiro
Viviam brigando por bens e dinheiro
Foi então que decidi...
E de tudo me desfiz
Larguei tudo da cidade grande
Pra's minhas raízes eu regressei
No mesmo lugar onde nasci
Ganhei a liberdade
Redescobri a felicidade
Abracei a terra de tanto verde
E na natureza me refiz
O JATOBÁ DA PRAÇA
Rasgando o azul do cerrado
Copa densa, beleza colossal
Reina entre todas, encantado
O jatobá, é sombra, é casual
Afinal, o seu porte escultural
É vida, cor, sabor imaculado
Gosto exótico, fruto espiritual
Tem dinamismo, e é arrojado
Há mistério na sua ramagem
Juras de amantes, tatuagem
Entalhadas no tronco, ao léu
Ó jatobá! donairoso, de valia
Mergulha o sol por sua ramaria
Em pique esconde com o céu.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15/12/ 2020 – Triângulo Mineiro
- Limoeiro
Entrei em minha casa nova
Com muitas caixas no chão
O logo da empresa no uniforme azul
E no custo de todas as minhas ações
O torcedor entrou no estádio portando sua bandeira
O turista penou para suportar o calor no deserto
TOCAIA (soneto)
Ao sopro do vendaval no cerrado
No céu azul da vastidão do sertão
Segue veloz os sonhos do coração
Entre os uivos do já e do passado
A quimera, se acautela na ilusão
Prudente, contra o sentir errado
Tenta equilibrar estar apaixonado
Pra não sufocar a sofrida emoção
Na procela no peito esganiçada
Brami uma dor abafante e escura
Que perambula pela madrugada
E, em aflitivos véus da sofrência
Dando-lhe, assim, ar de loucura
No amor valência é ter paciência
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24/07/2020, 15’15” – Triângulo Mineiro
VIAGEM ASTRAL
Eu naveguei numa tosca canoa por sobre as águas de um lago azul, molhei as mãos na cachoeira que o alimentava,cheguei as margens e adentrei a floresta,onde bruxas e bruxos conferenciavam enquanto um deles lia trechos do Livro Antigo! Passei por eles e continuei meu caminho,indo ao encontro do Cacique Pena Branca,que junto ao Caboclo Curador me mostrou senhores e senhoras, negros de idade avançada, que preparavam poções com o comando da Vó Maria Conga e Pai José Benedito das Almas! A um canto,olhando atentamente esses trabalhos, estavam os doutores Fritz e Bezerra de Menezes a me olharem com doçura e compreensão! Sentindo-me abençoado,voltei a sala onde estava meu corpo,em posição de meditação!
odai flores
O sol nasce, trazendo um dia belo e azulado
formando um imenso céu azul
Que nós traz, a saudade do mar
de tudo aquilo que já foi água
O vento pinta nas águas do céu
ondas brancas
Onde pássaros mergulham sem medo
OUTONO EM POESIA (soneto)
Bailando no ar, gemia inquieta a folha caída
No azul do céu, do sertão, ao vento rodopia
Agitando, em uma certa alvoroçada melodia
Amarelada, vai-se ela, e pelo tempo abatida
Pudesse eu acalmar o seu fado, de partida
Que, dos galhos torcidos, assim desprendia
Num balé de fascínio, e de maga infantaria
Suspirosas, cumprindo a sua sina prometida
A vida em uso! Na rútila estação, obedecia
Um desbotado no horizonte, desenhado
E em romaria as folhas, em ritmo e magia
No chão embebido, o esgalho adormecido
Gótica sensação, de pesar e de melancolia
No cerrado, ocaso, do outono em poesia...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/07/2020, 10’22” – Triangulo Mineiro
Violão ao céu azul
No fundo o campo verde
O som na expansão da natureza
As melodias na pura beleza
Pássaros cantando
Árvores dançando
Ventos harmonizando
E tudo aperfeiçoando.
Olho azul, de piscina
Me dá outra vida
Quem me dera te ver hoje, minha linda
Se eu pudesse, eu te dava uma ilha
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