Poema a Morte das Casas de Ouro Preto
Eu sempre precisei ter um plano B,
As surras me levavam para um sentimento devastador de morte iminente,
O choro me atrasava,
A prioridade era sobreviver.
Mas, talvez, eu já estivesse tão acostumada com a idéia da morte que fui secando:
Adiando a vida,
Colocando distrações supérfluas,
me perdi, tentando me encontrar,
Procurando uma saída do lado de fora,
O tal plano B,
De pouco me serve,
De nada me salva,
Muito me exausta.
O jeito talvez seja ter um plano A legal,
E fazer ele dar certo!
O miserável não teme a morte,
pois não tem nada a perder.
Para ele, a morte é sinônimo de paz.
Porém, para o abastado, a morte é calamitosa,
pois deixará para trás sua riqueza e seus bens materiais.
Vida... ou Morte?
Eu me pego pensando:
-Vivo ou morro? Afinal esou morta por dentro e viva por fora... por dentro quero morrer e viver por fora... Bonita por dentro... Horrorosa por fora... Pensar no que fazer... No que devo escolher? A Vida ou Morte?
Eterna Chama
“Tomar a Morte como Conselheira”,
Fez-me um homem mais presente!
Fez-me humanamente consciente!
Fez-me da atitude ,uma boa maneira!!
Aceitar a minha mortalidade,
Fez-me da vida uma guerreira!
Fez-me da esperança uma herdeira!!
Fez-me da lembrança, uma saudade!!
Esse fogo que me queima o coração
É mais que a ardente chama da paixão,
que me bate dentro do peito, todo dia...
Esse fogo que me aquece toda a mente
É mais que a fanal chama permanente,
Que me ascende, com a sabedoria!
Eterna Oração
Senhora Dona Morte! A Ti confesso!
Nesta vida de vontades que me deixa louco
Todo desejo do mundo para mim é pouco.
Retira de mim toda ânsia, é o que Te peço.
Solícito, como um solitário antropo oco,
Silenciosamente a solitude me conforta!
Dona Morte! Sou um solilóquio moco!
Seja a Perene Guardiã na minha porta.
Com a fenomenal Áurea Oriunda
Da Tua Obscura Fonte Mais Profunda
Cubra meu pranto vazio, e o resto afasta...
Deixa sair toda a utopia do meu desatino...
Nasci só e Morrerei só — é meu destino!
Expulsa todo prazer que não me basta...
O que vem à sua mente, então, quando você pensa na morte?
Você sente medo ou fica em paz em seu mundo de ilusão?
Há quem viva sempre sem saber que já morto segue vivendo
Mero sentimento que apenas faz com que menor seja o sofrer
- Em Frente ao Espelho
Antes que a morte nos tome...
Quando a morte chega, fria e implacável,
E leva quem amamos ao reino insondável,
É então que o coração, em pranto se curva,
E entende o valor que a vida dali pra frente será oculta.
Em vida, deixamos passar o brilho no olhar,
O riso que encanta, o dom de amar,
Mas é na ausência, no vazio que se expande,
Que percebemos o quanto o amor nos prende.
Cada palavra não dita, cada gesto esquecido,
Transforma-se em lamento, em pesar contido,
A dor nos invade, o arrependimento persiste,
Por não termos amado com o fervor que insiste.
A morte revela o que a vida, em sua pressa, esconde,
Que o tempo é frágil, e o amor, que responde,
Deve ser vivido com toda a devoção,
Antes que a morte nos tome pela mão.
Ficamos com a lição, melancólica e severa,
Que o valor do amor só se vê quando a dor impera,
Aprendemos, tarde demais, na sombra que consome,
A dar valor à vida, antes que a morte nos tome.
Dedico este poema ao meu pai Waltairo Brumm , ao meu querido primo Marcelo e a tantos outros familiares e amigos que se foram.
Ó velas do meu moinho,
rodízios da minha azenha,
vão rodando lentamente
esperando que a morte venha.
I
Há qualquer coisa no rosto
desse teu ser pachorrento,
como quem espera o vento
nas belas tardes de Agosto…
O que me causa desgosto
é ver o teu descaminho,
deixo neste pergaminho
saudades do teu passado,
e ao ver-te abandonado
ó velas do meu moinho.
II
Foste um símbolo da vida,
remoeste farinha a rodos,
foi pena não dar p´ra todos,
como é triste a despedida...
Foste pão numa guarida,
imperador real da brenha...
O meu ser em ti se empenha
em ser cantante e moleiro,
ó águas do meu ribeiro,
rodízios da minha azenha.
III
Rodopiando a nostalgia
onde o meu ser nada viu,
não laborou, não sentiu,
nem fez de ti moradia...
Resta a minha simpatia,
o supor de quem não sente,
recordar o antigamente,
enaltecer a nossa História,
E os meus versos, na memória
vão rodando lentamente.
IV
Rodam como uma moagem
com carradas de cultura
e os sinais de desventura
dão-me gritos de coragem...
São murmúrios da mensagem
celebrada na resenha,
pra que o vento nos mantenha
sempre a par do seu saber,
e todo o mais é só viver,
esperando que a morte venha.
Questões Metafísicas II
( Continuação)
Entre a morte até a ressurreição de Jesus, muita coisa aconteceu no além. Segundo a Teologia Bíblica, o Corpo de Jesus esteve no túmulo por cerca de três dias. Porém Sua Alma, não. Sua Alma desceu às partes mais baixas da extremidade da "Terra", e fora ao Mundo dos Mortos ( Sheol, Hades). "Pregando para os espíritos em cadeias". Jesus visitou o submundo. Esteve, literalmente, no Inferno, e depois esteve na parte boa do submundo, conhecida como "Seio de Abraão". Bons e maus iam para o mundo dos Mortos. Porém os maus, iam para a parte de sofrimento ( Inferno). E os bons, para o lugar de delícias ( O Paraíso).
Jesus transportou, ainda no além, as Almas do Paraíso, bem como o próprio Paraíso, para a Morada de Deus, O Céu ( nas alturas). Foi enaltecido por Anjos e pelo próprio Deus, e depois desceu, indo se encontrar com seu Corpo, no túmulo. Ressuscitando! Mas, o que tem a fome dEle, com isso? Trataremos a seguir...
Jesus está voltando.Sim, Ele vem.
Mas não sabemos o dia...
Então, prepare-se, não para a morte, porque morrer em Cristo é viver.
Mas, prepare-se para envelhecer.
Cuide de sua saúde.Beba água.
Poupe. Sorria.
Para quando chegar a ser velho, você tenha uma vida tranquila, com esperança.
Porque, o dia que perder a esperança, perde-se tudo!
O objetivo da vida,
é a morte.
Existem duas maneiras
de alcança-lo,
por acidente, ou por mérito,
cabe a você,
tentar evitar a primeira.
Dor no peito
(visão da morte e seus prenúncios)
Dor literal, não literária!
É no coração mesmo, no real.
Começou do nada,
quase sem sentir...
Foi aumentando devagarinho,
mas sem parar um segundo.
Tomou a parte superior do peito.
Adentrou as costas.
Respiração parecia até normal...
Um incômodo.
Uma tristeza.
Um ai...
Como se fosse partir
sem ter, ainda, onde chegar.
2021
"Um chute no saco
Ou a lei do cangaço?
A morte com sorte
Com um tiro no peito
Religião do mais forte!"
Rogério Pacheco
Poema: Chute no saco
Livro: Vermelho Navalha - 2023
Teófilo Otoni/MG
Tentei me jogar da ponte
Mas a morte segurou minha mão
E disse que a graça da morte é esperar a ida e não antecipá-la
A morte
A morte pode ser a salvação, pois nem sempre a morte significa o fim, mas também não se trata de dogma, religião, espiritualidade, crença ou o que seja. A morte se trata de qualquer final e recomeço. Muitas vezes é a salvação de si mesmo, da fadiga, da mesmice, do cotidiano monótono, enfadonho, ou até mesmo a desgraça contínua.
A jornada de José da prisão para a posição de governante reflete a jornada de Jesus da morte para a ressurreição. A escuridão da prisão em que José esteve confinado ecoa a escuridão da tumba onde Jesus foi sepultado. Assim como José emergiu da escuridão da prisão para a luz do palácio, Jesus emergiu da escuridão da morte para a luz da ressurreição, trazendo esperança e vida eterna para todos que creem Nele.
Livro: Saindo da Masmorra
