Poeira
Não somos nada, realmente nada além de poeira amontoada. Somos partículas atômicas agrupadas, somos barro com arrogância exacerbada. Somos um sopro e mais nada. Qual barro na mão do oleiro, que amassa e refaz sua arte animada, que molda ao seu bel prazer e como lhe apraz ser adornada.
E essa liberdade tem o artífice criador, moldar o barro para desonra, ou faze-lo para o encher de honra e louvor.
Um dia você será honrado, não importa a poeira de inveja que caia sobre ti. Respire, Deus costuma enviar a chuva para fazer a limpeza.
Se deuses um dia existiram, com o passar do tempo foram sendo esquecidos, dissipando-se como poeira ao vento. Cada pessoa que nasce carrega traços dessas antigas ciências: ora o deus da guerra, associado àqueles que buscam o conflito; ora o deus Apolo, inspiração para quem se dedica à medicina; ou ainda a influência de bruxarias nas pseudociências. Mas há também a deusa Afrodite, cuja essência de amor e beleza parece ter envolvido você por completo.
Mas o que busca a verdade deve humilhar-se tão baixo que possibilite à própria poeira pisá-lo. Então – mas somente então – verá ele brilhar um débil clarão de verdade.
Em algum momento até a poeira precisa partir.
Ao nosso tempo, sempre ao nosso tempo, precisamos escolher em desfazer do passado material que vai deixar o apego mental, também, mais fácil de ser transmutado.
O sonho, o novo que tanto desejamos precisa de espaço, e nos cabe escolher abrir esse cantinho da vida para a chegada plena dessa conquista.
Somos poeira de estrelas,
Nossos átomos formados nas entranhas do cosmo,
Ainda bem que em nossa jornada terrena, nós nos revelas,
Pois somos fragmentos de um mesmo macrocosmo.
No vasto universo, estamos ligados pelo espaço-tempo,
Em órbitas que se cruzam, em danças siderais,
Ainda bem que nossos destinos se encontraram neste tempo,
Pois somos constelações de histórias ancestrais.
Em galáxias distantes, em nebulosas de luz,
Nossos destinos foram traçados, em intricada dança,
Ainda bem que neste planeta, encontramos a conduz,
Para compartilhar essa jornada cósmica e sua bonança.
Nas estrelas, encontramos o reflexo do nosso ser,
Somos poeira de estrelas, conectados pelo universo,
E ainda bem que neste vasto espaço, conseguimos perceber,
Que somos parte de algo maior, num encontro tão diverso.
SACODE A POEIRA:
Sacudir a poeira?
Se não desalinho
Provoca sandice
Obstruindo as vias.
À volta por cima?
Pode ser metódico
E o método, quiçá,
Sem méritos.
O tempo não apaga coisa alguma,apenas vai cobrindo de poeira e desbotando as cores das nossas lembranças.
____"Mera partícula de poeira cósmica pensante, em luta consigo mesmo. Eis, o animal falante que se acha pensante, autoproclamado 'humano'"
Eu sou o rei da minha terra
Enfrentando tempestades de poeira
Eu vou lutar até o fim
Criaturas dos meus sonhos - levantem e dancem comigo!
Agora e para sempre
Eu sou seu REI!
Do pó nós viemos, ao pó nós voltaremos, nada mais, nada menos
Somos poeira cósmica, eu vou fugir dá órbita
De tanto ficar alto, eu já deixei de ser terreno
Poeira, Moldura do Teatro Mágico
Se quiser derrubar uma árvore na metade do tempo, passe o dobro do tempo amolando o machado.Se o vento soprar de uma única direção, a árvore crescerá inclinada.
Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou? Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Não carreguei entulho como você, mas me sinto como se tivesse calçado o calçamento da rua, inteira.
Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los, saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos e sigo o fumo como uma rota própria,gozo num momento sensitivo e competente, a libertação de todas as especulações ea consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.
E a coisa mais divina que há no mundo, é viver cada segundo como nunca mais.
Cem mil cérebros se concebem em sonho e gênios como eu,e a história não marcará, nem um.Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,é não ver o futuro que nos convida.
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras. Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,eu era feliz e ninguém estava morto. Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,e a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.
Saudade é o inferno dos que perderam,é a dor dos que ficaram para trás,é o gosto de morte na boca dos que continuam.
Que a tristeza te convença que a saudade não compensa e, que a ausência não dá paz. E o verdadeiro amor de quem se ama, tece a mesma antiga trama trêmula, que não se desfaz.
O Escorregar de Manejo
Cheiro
De poeira
Molhada
De chuva
Esperta
Em
Caminho
De
De terra
Sensação
De apruveitá
Qui nem
Tempo
De chuva
É
Chuva
Marota
Apertando
Água
De enxurrada
Já cobrindo
O pé
Essa
Outras
Lembranças
Perdidas
No tempo
Na memória
De quando
Já
Nem sabe
Se foi
Se ainda
É
Poeta do cerrado
Sou da terra, do triângulo mineiro
Sou poeta do cerrado, estradeiro
De poeira e chão batido, cavaleiro
No espírito embebido, alma de peão
Caipira do amor poetando paixão
Trago nos olhos o sal do sertão
Do curral, do fogão de lenha, lamparina
Da moda de viola, catira e da ave de rapina
Sou araguarino, origem e apreço na sina
Sou interiorano com cheiro do mar
Onde nas tuas ruas eu pude me achar
Estrangeiro no Rio de janeiro, fui morar
Sou brasileiro de sobrenome e nação
Mineiroca de cognome de pura emoção
Aventurado no cerrado goiano sem direção
Sou de onde o cascalho forra o chão
Onde o vento se perde no horizonte
Aqui nasci, e a poeira trago na canção
Sou do cerrado, árido, a minha fonte
Onde bebo da água da poética ilusão
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