Poeira
Nas veredas da vida
A liberdade é poeira
Só os pensamentos voam
Os sonhos dançam com o vento...
Cada um constrói o seu cativeiro
E paga por cada segundo da existência
O custo da vida
É a própria vida...
Sou feito do pó, da fina poeira cósmica contida
em todas as coisas.
Sou de tudo um pouco e um pouco de tudo.
Sou finito, posto que sou vivo, sou parte.
Sou eterno, posto que sou divino, o todo de tudo.
Andanças
Pelo caminho a vida vai traçando passos. Os pés vão aprendendo a dançar na poeira do tempo. Tempo de sóis e ventania.
Mudanças nas andanças são rotineiras, certeiras e ferozes. Guarda teus pés da lama e procura os lírios que nela nascem. Vivencia as pegadas que estão à frente, mas finca teus pés no teu próprio traçado. Vale a pena, pequena, cuidar de ti. Lavar os pés em água de chuva, às vezes é necessário, muitas vezes imprescindível. Reconhece tua dança, teu canto, tua morada. Redescobre o caminho quando se perder. São eles, os teus pés, que lhe trarão de volta, e, também, a farão prosseguir. Lava tua alma na canção do rio. O rio que corta a tua estrada vai dar no mar do coração. E aí, escuta, criança, no barulho dos teus passos, os segredos da viagem, e transforma em laços todos os nós do caminho. E que teus pés te levem, te tragam, te conduzam, desenhem e contem sua história: história de mulher com detalhes de menina.
Somos mais estrelas do que pensávamos ser: 90% da massa corporal do ser humano é composta de poeira de estrelas, pois todos os elementos químicos são criados nelas, excluindo hidrogênio e hélio.
Deus se lembra
Ele conhece o nosso quadro; Ele lembra que somos poeira. - Salmo 103: 14
Escritura de hoje : Salmo 103: 6-22
Jamais esquecerei a mensagem que o Pastor Joseph Bower trouxe à equipe dos Ministérios da RBC em uma sessão da capela há alguns anos. Ele usou três textos das Escrituras (2 Timóteo 2:19; Salmo 103: 14; 2 Pedro 2: 9) para apontar que Deus nos entende perfeitamente - nossas fraquezas, nossas limitações, nossa própria natureza.
O que mais me lembro do sermão do pastor Bower, porém, foi uma experiência pessoal que ele compartilhou que ilustrava o Salmo 103: 14. Homem de grande porte e força, ele foi ativo na construção de edifícios da igreja, além de pregar.
Um dia ele queria mover uma viga de aço pesando cerca de 300 libras, então pediu ao filho que agarrasse a outra extremidade e a colocasse no lugar. O jovem tentou levantar a enorme viga, mas não conseguiu. Na verdade, ele acabou no hospital. O pastor Bower estava com o coração partido. Por causa de sua própria força, ele havia ignorado a fraqueza relativa de seu filho. Ele continuou dizendo que nosso Pai celestial nunca esquecerá as fraquezas de Seus filhos, pois “Ele conhece nossa estrutura; Ele lembra que somos pó ”(Salmo 103: 14).
Se você está sob uma carga pesada hoje, reconheça que o Senhor nunca o sobrecarregará com mais do que você pode carregar.
Refletir e orar
Ele conhece nossos fardos e nossas cruzes,
aquelas coisas que machucam, nossas provações e perdas;
Ele cuida de toda alma que chora,
Deus enxuga as lágrimas dos olhos que choram. —Brandt
Deus, que conhece nosso limite de carga, limita graciosamente nossa carga. Richard DeHaan
“Alguns vidas habitam no deserto da sabedoria, vivenda na tempestade de agonias, comendo a poeira da aflição.”
Giovane Silva Santos
"O que você quer deixar aqui na Terra?
Uma poeira levada pelo vento, ou
Uma Rocha que resiste ao tempo?
O homem é eterno pela suas obras e suas atitudes".
Mangueira, tira a poeira dos porões
Ô, abre alas pros teus heróis de barracões
Dos Brasis que se faz um país de Lecis, jamelões
(São verde e rosa, as multidões)
Brasil, meu nego
Deixa eu te contar
A história que a história não conta
O avesso do mesmo lugar
Na luta é que a gente se encontra
Poeira
Preso em um tempo
Onde o edifício
Desmoronou.
É difícil
Mas agora no silêncio
Sobre o túmulo
Encontro o sentido.
Somos nada
Apenas poeira.
As tempestades do deserto de minha alma trouxeram-me até você. Da grande massa de poeira da areia, formou-se um sentimento dourado, que deixei deslocar-se através dos ventos de meu ego, para o solo de meu coração. Tudo resultou numa única palavra: VOCÊ.
Flávia Abib
A eternidade é algo inexistente, seremos poeira em estantes de livros, esquecidos até as traças devorarem em uma velocidade voraz.
Rainha do deserto (versão 2)
Pedras a rodeiam,
desenhando suas asas,
jogada num cinturão de poeira,
o sol drena a água das raízes,
sobre sua cabeça emulando uma coroa.
Calibres de areia se moldam,
sobre as curvas do corpo emulando um vestido.
A encapada flutua nas areias quentes do Saara,
o véu distorce ao vento,
até ladeira abaixo ornamentada.
Guiada por calangos e dromedários,
abutres e carcaças,
levando fé, paixão e garra,
ela é a rainha do deserto,
a cigana flamejante das terras
áridas e quentes,
escultura de areia que resiste as dunas,
a seca, as tempestades e a poeira,
na imensa vastidão desértica.
Você não olhava
Foi só um vislumbre
Dois anos atrás
Eu era chorume
Poeira estelar
Eu era faísca
Sujeira de ouvido
Eu fui seu amigo
E o seu carrasco
Fui tudo o que tinha
Retalho e maço
E as chuvas chegaram aqui/
inundando com enchentes/
a poeira das queimadas se dilui/
mas o sentimento alagado/
transborda nos olhos/
e o sal das lágrimas se achega ao mar/
***
Lua
Me envia
Um pouco de poeira lunar
Preciso espalhar luz
Aqui na terra
Está muito escuro
Tantas tragédias
Que nem nos compadecemos mais
O tempo que não temos
Nos consome
Somos máquinas
Não somos mais humanos
O sentimento escorreu
Junto com as lágrimas e dores
Acordamos e dormirmos
Pelas regras impostss
O tempo de vida útil
Foi reduzido
No ritmo capitalista
Onde tudo se vende e se compra
O medo nos consome
Então me envia luz
Para que eu possa te ajudar
A iluminar o caminho
Por onde passo
Que o meu toque seja luz
Que seja vida
