Pessoas Inocentes
É ainda no bocejar do dia que a vida faz festa em mim e acorda os sonhos que inocentes dorminharam em minha cama. Sorrio e de braços dados com eles saio para receber o dia que manso como água de riacho está batendo em minha porta. Recebo-o com um sorriso bonito que se estende em mim de leste a oeste e se faz luz na minha boca. Sigo pelas horas a fora com a displicência de quem colhe flores no campo, sem pressa alguma de chegar. No jardim da esperança, colho um punhado delas para enfeitar o altar do coração. Mais adiante esbarro em um raio de sol que como criança sapeca vem brincar com meus cabelos e beijar o meu olhar. Acaricio a poesia singular deste momento e a guardo em minha caixinha de memórias. Olho para o céu com gratidão, com o arrebatamento de quem está sendo agraciada com a maior de todas as dádivas e com o entusiasmo que a vida pede e a fé que o guardião das estrelas espera de mim estendo as mãos como se fosse prece e recebo em meu cerne o milagre que é viver.
Dores das Primaveras.
Quando criança, há risos.
De doer a barriga, pois há tanta alegria inocente.
Ao crescer, há gargalhadas vazias.
Piadas hilariantes que os armagurados se agarram.
Se agarram tentando ser crianças novamente.
Pois dói.
Não a barriga.
E não de alegria.
Com certeza não mais inocente.
De doer a cabeça, pois há preocupações.
De doer os olhos, pois há lágrimas.
De doer o coração, pois já está cansado de ser magoado, ser quebrado,
ser entregue e devolvido.
Os risos eram dados com prazer
e ouvidos com deleite.
As gargalhadas são dadas com desespero
e ouvidas com terror.
Dói não ser criança.
Quero rir de novo.
Pequenos, mirrados, puros, inocentes.
Caprichosos, teimosos, curiosos, imprudentes.
Indefesos, engraçados, genuínos, contundentes.
Cândidos, autênticos, espontâneos, transparentes.
Absolutos, naturais, sinceros, independentes.
Franzinos, fracos, fortes, obedientes.
Desconfiados, alertas, determinados, resilientes.
Espevitados, sapecas, destemidos, sorridentes.
Cuide, proteja, cerque, alimente.
Ainda não têm passado, nem imaginam o futuro.
São apenas crianças, que precisam do seu presente.
Devemos ser bons. Sempre. Mas jamais inocentes a ponto de deixar o homem perverso nos atacar e comprometer nosso equilíbrio pelo puro prazer de nos ver em estado de dificuldade.
E a vida esta sempre por um fio, entre caça e caçadores, vitima e réus, culpados ou inocentes, doenças ou acidentes, causas naturais ou não, porém uma coisa é certa, incrivelmente, nunca sentimos claramente que isto possa ocorrer conosco.
Pode acontecer do nosso lado, ou com personagens famosos da mídia, pelo mundo afora, e até multimilionários, com recursos de sobrevivência muito maiores do que os nossos,
mas não conosco.
Só Deus mesmo para nos abastecer com tamanha insensatez programada e dirigida à nossa percepção na aceitação de um destino maravilhoso e sempre superior.
Imaginem o peso de uma existência toda, pensando num fim implacável e a qualquer momento.
Obrigado Senhor.
(Teorilang)
Pela lógica Bíblica, se não há inocentes para predestiná-los ao inferno então não há santos para predestiná-los ao Céu!
O amor inocente das crianças
Envolto em suas brincadeiras e olhares
Atenua a tristeza e a angústia
Transformando a incerteza e o cansaço em vigor e alegria
Inocentes
Creio eu, que inocentes sejam
os poetas.
Falam de amor aonde vão.
Creem na fidelidade dele, e
o vivem.
Pensei que poetas, só de amor
falassem em suas poesias.
Mas não, eles o vivem, sofrem
e por ele, morrem.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista - RJ
Membro Honorário da A.L.B.- S,J.do Rio Preto. -SP
Membro Honorário da A.L.B. - Votuporanga - SP
Membro da U.B.E
Com a tristeza acender a alegria
Com a miséria atear a felicidade
E no céu inocente da visão
Fazer pulsar um pássaro por vir
Fazer voar um novo coração
Andamos nus, apenas revestidos
Da música inocente dos sentidos.
Como nuvens ou pássaros passamos
Entre o arvoredo, sem tocar nos ramos.
No entanto, em nós, o canto é quase mudo.
Nada pedimos. Recusamos tudo.
Nunca para vingar as próprias dores
Tiramos sangue ao mundo ou vida às flores.
E a noite chega! Ao longe, morre o dia...
A Pátria é o Céu. E o Céu, a Poesia...
E há mãos que vêm poisar em nossos ombros
E somos o silêncio dos escombros.
Ó meus irmãos! em todos os países,
Rezai pelos amigos infelizes!
“A divindade só é visível para aquele que procura com o olhar inocente de uma criança, e a visão aguda de um iniciado.”
Culpado ou inocente
Eu não sei bem.
Não carrego a certeza do mal e do bem.
Nessa imensidão vulcânica.
Montanhas e nuvens viajantes.
Como nossos pensamentos.
Correndo aos ventos.
Sem a direção do certo ou errantes.
Talvez somos uma cadeia de tribunal.
Condenamos nosso próprio mau.
Presidiário cumprido sentença.
Esperando de Deus a recompensa.
Sem ter a crítica do que se esparrama.
O veneno letal.
Somos a imoralidade viva.
Somos a nobre criação.
Essa arma mortal.
Essa esperança da moral.
O fato que fechamos e abrimos.
Vestidos e despidos.
Transcende o próprio saber.
Criatura mais complexa.
Deixa toda circunstância anexa.
A santidade perplexa.
Tudo confuso e claramente.
O homem.
Culpado ou inocente?
Giovane Silva Santos
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