Pessoas Boas Dormem bem
Enquanto uns dormem com o sabor doce da leveza da felicidade, outros passam a noite em claro com o sabor amargo do peso da desilusão.
Hoje já não dormimos mais como antes
A cada ausência da presença, a saudade toma seu lugar
Cada amanhecer é meio sem graça sem nosso café e nossas risadas
Cada vez que deitamos pra dormir sentimos que algo mudou
Notamos que a presença, mesmo sem corpo, é inevitável
E onde andam nossos corpos que nunca mais abraçados estiveram?
Dorme e então entra,
no mundo dos sonhos.
Onde pensamentos criam formas,
onde é possível voar.
Sem tirar os pés do chão,
não é proibido usar a imaginação.
Do nebuloso pesadelo
Ao sonho mais inocente.
Quando você corre e parece não sair do lugar.
Mística, alegria, o impensável
o não convencional.
Barreiras de nuvens de algodão,
animais falantes.
Alcançar o infinito.
Mesmo parecendo distante,
céu verde, mar estrelado.
O futuro parece estar misturado ao passado.
No auge das minhas tristezas, faltou amor, faltou fé, e eu já não sabia se viver era dormir e sonhar, ou sonhar e dormir. G.M.
Mesmo se eu dormir mais alguns anos eu nunca deixarei de lembrar que você me ferio, e tenho esperança em não mais sentir dor nessa profunda ferida.
SOLIDÃO ATROZ
Quando fores dormir, ó saudade tenebrosa
na noite negra insone de uma agonia, e não
tiveres por alcova o ardor e o abraço, senão
o silêncio, uma ausência dum dedo de prosa
Adormeça-te, enxugue tua lágrima medrosa
na vil dor, e me deixe nesta aflitiva lassidão
com o meu pranto e o arfar do meu coração
então, não venhas me consolar aventurosa
O suspiro que tem um confidente em mim
pois, o esbaforir há de adormecer o poeta
da insônia sombria dessas noites sem fim...
Dir-te-ei: de que serve a calma completa?
se os teus estardalhaços, nos faz mais sós!
E ao sentimento, falto, uma solidão atroz...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
01 de maio de 2021 – Araguari, MG
Sapo é sapo, e mesmo que o coloquemos para dormir numa cama com colcha de seda indiana, ele irá logo sentir saudades e preferirá o lago sujo e escuro, que é de sua natureza, portanto não se iluda de que seu sapo virará príncipe, isso só acontece nos contos de fada.
vou me virando
comigo.
vou me virando
sem dormir.
vou me virando
sem você.
espero não acordar sem
querer me virar
para o vazio
que você deixa.
sonho meu.
Esta é apenas uma suposição, mas talvez a Nezuko esteja recuperando as suas forças dormindo, ao invés de ficar consumindo carne humana, como fazem outros demônios.
Arrebatamento
Não quero, irmãos que sejais ignorantes,
acerca dos que já dormem, no Senhor...
Pois estes são também triunfantes!
Como nós em grande a Deus amor!
Não deveis vos entristecer como os demais,
que vivem sem esperança nenhuma...
Como os do mundo que não têm alegria mais.
Vivem sem salvação alguma!
Pois assim como Jesus morreu e ressuscitou,
os crentes vão também ressuscitar...
Na vinda daquele, que os salvou!
Isto é, os mortos vão ao Senhor vivos se juntar,
conosco, que ele também já salvou!
Assim ele ambos, vem ao céu arrebatar!
os mortos não dormem
Nem sonham ...
Estou vivo
Os Deus não oram
Nem crêem...
Eu acredito
Aqueles que não amam
Dizem que são loucos os amantes
E tudo que quero é me perder com você em nós mesmos
Quando nós olharmos na volta
Não saberemos nem o de estamos
Felizes, prometemos nunca mais fazer aquilo
Para nos perdermos novamente
O seu ato de dar e receber prazer, pode ser até bom, mas se não souber dormir de conchinha, só me serve para diversão.
A noite passa e eu continuo em casa
Tentando dormir, sem conseguir
Fico sem ter onde ir
O escuro da noite me traz lembranças
Que me perturbam até eu chorar
A vida lá fora é tão estranha
E parece que vou flutuar
Somos Centelhas
Caminhar faz bem,
Sonhar não é pecado,
Dormir bem não faz mal,
Agora caminhar espalhando luzes é um bem maior que podemos fazer.
Somos Centelhas de Deus.
Somos a única espécie que pode fazer isso.
Amar e perdoar não é sentimento.
É um dever.
Mas também não é obrigação.
As escolhas são nossas.
Cada um com as suas.
Então....!?
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
#INVÓLUCROS
A luz apagada...
A porta fechada...
Cama desarrumada...
A tv ligada...
A perna dormente...
O coração que sente...
Um frio constante...
O cigarro que queima sozinho...
A fumaça subindo lentamente...
A vontade que bate...
No calor que arde...
De fazer amor...
O tempo escoa...
E no silêncio que ecoa...
Mais fria fica a noite...
Mais a solidão abraça...
E sussura deixando sem graça...
Pedindo aconhego...
No vazio do peito...
A garganta aperta...
A lágrima quente rola...
Molha a boca amarga...
Deixando a língua presa...
Pela tristeza que assola...
O gemido não sai...
E no chão a que vai...
Encontra o sustento...
Da alma quase morta...
Enfim suas mãos posta...
Oração eleva...
Ao que crer e precisa nessa fatídica hora...
Encontra o alento...
Naquele momento...
E quando o sono chega...
Amanhã será um novo dia...
Tudo disfarça...
Seu rosto estampa alegria...
E assim...
A vida passa...
Sandro Paschoal Nogueira
