Pequenez do Homem
“Minha pequenez”
Não me sinto tão imponente quanto aquela árvore centenária, mas sei que tenho a firmeza de suas raízes.
Não sou insano de pensar que posso enfrentar as ondas do mar, mas sei que em um canto quietinho, as suas águas podem vir me molhar.
Não arrisco escalar as mais altas montanhas e seu vento cortante, mas sei que sentado eu posso espiar as nuvens escondendo aquele pedaço de terra estonteante.
Não pretendo enfrentar um amor de braços vazios, deixar flores caídas do lado de fora, mas quero sim te dar um mundo perfeito, o tiro certeiro e fazer transbordar de amor o seu coração, deixando de fora qualquer mínimo defeito.
LEMBRAR QUEM REALMENTE VOCÊ É, LEMBRAR DA SUA PEQUENEZ, E QUE ANTES DE VOCÊ OUTROS EXISTIRAM, NOSSAS MARCAS SÃO DIFERENTES, SÃO DEMODÊS ATÉ CERTO PONTO, UMA VEZ QUE AGORA NADA MAIS CRIAMOS, APENAS SOMOS O REPETECO DE ÁGUAS PASSADAS, USUFRUÍMOS DAS CONQUISTAS OUTRAS E PRODUZIMOS POUCO. QUEM REALMENTE SOMOS? VIVENTES APENAS OU PENSADORES EM FORMAÇÃO? QUANDO VOLTARMOS AO ORIGINAL CONHECIMENTO, O SIMPLISTA, O IMENSURÁVEL, TAMBÉM VOLTAREMOS A VER A FACE DE DEUS, DOUTRO MODO NÃO, O RESTANTE É CONTEMPLAÇÃO, ESPERA PELO IMPROVÁVEL, VIVER POR VIVER.
Pequenez de passarinho
Estou descobrindo a grandeza de ser menor.
Eu, que já sou pequena,
Quero parar de inflar como um sapo-boi.
Ser do meu tamanho, irrisório, insignificante.
Ser na vida só o que sou.
E bastar-me na minha pequenez de passarinho.
Que eu apesar da minha pequenez, possa ser instrumento de Deus, e tocar os corações que estejam sedentos de amor, e de uma palavra bendita.
O desejo de ouvir todos os sinos incorpora a música no silêncio. Uma leveza tal qual a pequenez de uma gota d’água de rara beleza, que até então era um sentimento desconhecido.
No silêncio de um olhar tímido, a pequenez é o essencial para entender que a grandeza depende da profundidade da gratidão.
Nosso intelecto se exalta,
mas ignora sua real pequenez
diante de um Deus
que não apenas possui sabedoria,
mas a criou.
A grandeza de um ser reside na sutileza de sua alma, onde a pequenez da prepotência dá lugar à vastidão da compaixão, à profundidade da empatia e à beleza da humildade.
Quando compreendemos a grandiosidade do Universo fica fácil perceber a nossa pequenez. Não passamos de poeira cósmica.
Tristura inabitável,
A certeza da minha pequenez amplifica meu grito insuportável,
Que ouço amiúde,
Adoeço com minha ausência,
Em teus braços
Foi em teus braços o meu amor julgado
E eu, em minha pequenez
Somente amava...
Enquanto suspirava, me vigiava
Como sentinela, me observava
Quisera ler teus olhos
Nas linhas da íris me encontrar
E valsar
E em teus braços morrer
Que doce morrer!
