Pensamentos de Conforto a Morte

"Eu pretendo viver para sempre, ou morrer tentando."

Meu Deus, só agora me lembrei que a gente morre. Mas – mas eu também?! Não esquecer que por enquanto é tempo de morangos. Sim.

Não sabes que é melhor viajar com esperança do que chegar ao destino?

Enterre os mortos. Não como os egípcios, para tentar a imortalidade. Mas como deve ser, definitivamente. Volte as costas ao passado. Olhe apenas em frente. Recorde que o tempo tudo cura.

⁠Quer saber a única coisa pior do que ser invisível? Não ser invisível.

O esquecimento é a morte de tudo quanto vive no coração.

O amor é vida quando não é morte; é berço e também sepultura.

Toda a recusa duma linguagem é uma morte.

Portanto, hipocritamente os velhos invocam a morte, / e criticam a velhice e a longa duração da vida: / quando a morte se aproxima, ninguém quer / morrer, a velhice não pesa mais.

A morte está escondida nos relógios.

Aprendendo a conhecer os males da natureza, despreza-se a morte; aprendendo a conhecer os males da sociedade, despreza-se a vida.

Só a música pode falar da morte.

Vem morte, tão escondida, / que eu não te sinta chegar, / para que o prazer de morrer / não me dê novamente a vida.

Não é verdade que a morte é / o pior de todos os males; / é um alívio para os mortais / que estão cansados de sofrer.

O que é trágico na velhice é que a morte é normal. E a sua vantagem também.

A morte não é um tormento, é o fim de um tormento.

O amor é tormento, a falta de amor é morte.

O pensamento da morte engana-nos, pois faz-nos esquecer de viver.

O lazer sem as belas-letras é como a morte e a sepultura do homem vivo.

Os homens vivem juntos, porém cada um morre sozinho e a morte é a suprema solidão.