No nordeste segue a sina
entre a dor e a solidão
chuva escassa, nuvem fina
não tem susto de trovão
quase ninguém imagina
que a família nordestina
ainda sofre no sertão.
faminto desejo
olhar disperso
único momento.
desaparece entre as trevas,
solidão da alma,
reflexo do espírito,
vagante em tantas formas...
deflaga a luxuria da alma,
pura e sombria.
Estes meus versos que soturnos singram pelo mar da solidão representam o fracasso do veleiro que, ao se render à tempestade, tornou-se náufrago nos abismos de si mesmo.