Pensadores Alemães
Um dia o último retrato de Rembrandt e o último compasso de Mozart terão deixado de ser - embora possivelmente uma tela colorida e uma folha de anotações permaneçam - porque o último olho e o último ouvido acessível à sua mensagem terão desaparecido.
o que ela faz da vida? Ela cultiva flores cuida de animais de rua ouve Mozart e pratica meditação...
ARCHITETTO: ANDREA PIRLO E SEUS 44 ANOS DE “BLACK TIE”
Professore, Maestro ou Mozart, o eterno meio-campista italiano, sempre jogando "de terno", completa mais um ano de vida neste 19 de maio
Seu uniforme é Black Tie, dizem que joga de terno
Apelidado de Architetto, Andrea Pirlo no Milan é eterno
Talentoso com a bola nos pés, sua batuta é a chuteira
Construtor de jogadas, na produção do vinho é a videira
A orquestra toda gira em torno de seu ritmo
Seu toque de elegância torna o problema em algoritmo
Maestro da banda de Brescia, passou por Inter e Reggina
Mas em busca da sintonia, tornou-se rossoneri com gana
Andrea Pirlo: Architetto de uma geração
De alma rubro-negra, poeticamente não era católico
Por mais que seja do Panteão dos craques, é diabólico
Suas cobranças de faltas tinham o apelido de maledetta
A famosa batida folha seca tornou-se uma arte do “capeta”
Com toques curtos refinados e lançamentos com harmonia
Arquitetou diversas filarmônicas, mantendo sempre a sintonia
Decerto, na melodia da Azzurra, foi o regente da orquestra
Assim, na final da Copa do Mundo de 2006, a Itália terminou em festa
Com exímio controle de bola, era a redonda que corria
Organizando, afinando os músicos, mas sempre com maestria
Visão de jogo apurada, chutes com crueldade e passes com perfeição
Era o toque da alvorada colocando intensidade no meio-campo da composição
Um gênio da arquitetura: Pirlinho
Made in Italy, estudou um brasileiro como plano cartesiano
Traçou um ponto em comum e tornou-se virtuose em bolas paradas, como Juninho Pernambucano
Dessa forma, Pirlo tornou-se Pirlinho, um italiano com traços tupiniquins
É como se Arturo Toscanini fosse um pouco João Carlos Martins
Os Bianconeris se renderam ao seu adágio com pensamento presto
Por fim, o Tio Sam requisitou a poesia de um Hefesto
E o fogo deste Diavolo Milanista incendiou todo o planeta
Conquistando toda a Terra ou, de forma poética, a destruindo como um cometa
As vezes eu acho que vou enlouquecer algum dia... como Vincent, ou Franz, só que mais inútil e tals.
Aos leitores amigos
Poetas não podem calar-se,
Querem às turbas mostrar-se.
Há de haver louvores, censuras!
Quem vai confessar-se em prosa?
Mas abrimo-nos sub rosa
No calmo bosque das musas.
Quanto errei, quanto vivi,
Quanto aspirei e sofri,
Só flores num ramo – aí estão;
E a velhice e a juventude,
E o erro e a virtude
Ficam bem numa canção.
Vamos esquecer opiniões,
Cantar juntos todos os refrões.
Vamos fazer tudo acontecer,
O que de ser, vai ser.