Peito Apertado
DO DESEJAMENTO
Alguns são feitos de um desejamento dilacerado.
Desse querer aflorado, não receio.
Nele me introduzo. E me ponho a ver o não dito.
Como quando me enamorei por uma moça.
Ela tinha um nome no meu peito escavado.
Chegava-me nas noites em que a buscava.
Deitava sua ternura sobre minha espera.
Acariciava as palavras que o silêncio esculpia.
Ela era tão docemente tingida de inteireza,
Tão despida de melancolia e incerteza.
Que apenas eu a via, andarejando ao meu lado,
Com suas mãos encravadas em minha ausência.
E eu já então, descabidamente encantado,
Apenas me sabia, ao traduzir-me fecundado,
Que mesmo a passar a só, a esperar a moça que viria,
Ela com o coração entreaberto de mim não partia.
Carlos Daniel Dojja
Amor que explode no peito
Transformar sentimentos em palavras.... coisa mais difícil não há.
O ódio que você sente é capaz de lhe engasgar,
o amor que explode no peito não há jeito de totalmente expressar...
a dor que dói tão doída.... não adianta gritar, e gritar, e gritar... não vai parar.
A paz que morada em sua alma faz... está lá e você não consegue mostrar...
Um medo de arrepiar... arrepio você sente se sente a unha o quadro riscar...
um gosto, um desgosto,
tanto afeto, desafeto...
solidão,
esperança... que nunca alcança,
alegria todo dia
ou que falta no seu dia...
E a palavra fere...
magoa, entristece
alegra o coração...
...tente entender isso não...
Foi com pregos de desgosto
que a saudade, do seu jeito,
pôs retratos do teu rosto
nas paredes do meu peito...
Ah, se você soubesse que todos os dias você caminha em meus pensamentos.
Se você soubesse o quão me faz bem ouvir sua voz em todas as noites antes de dormir. Que ela me tranquiliza, me acalma, me faz traz paz. E as vezes que te ligo de manhã, mesmo sem entender muito o que fala, aquele efeito do sono, é tão bom.
Fora o seu sorriso, que é tão lindo quanto você.
Ah, se você soubesse como eu amo dormir ao seu lado, deitada em seus braços, respirando o mesmo ar e dividindo o mesmo espaço.
Ah, se você soubesse o quão eu te amo, e não poderia existir ninguém melhor que você para caminhar junto comigo. Ah, como eu te amo!
Pretendo te puxar pela mão e fazer-lhe envolver em meu abraço, para que você fique colado em meu peito e sinta o pulsar de um homem apaixonado.
Tem dias que o peito aperta
Tem dias que o fardo pesa
Nem que fosse arrastando
Eu não volto pra trás
Fica aqui comigo e não sai mais
A última gota
Eu estou aqui ainda
O que posso eu fazer
enquanto vivo?
Eu estou aqui ainda
Posso ser juiz
ou ser juízo!
Eu estou aqui ainda
Posso lamentar
ou saltar o abismo.
Eu estou aqui ainda
Posso enfurecer
ou tornar-me aprisco.
Eu estou aqui ainda
O que posso eu fazer
enquanto a vida pulsa
em meu peito
em minha face
em minhas mãos?
há decisões que – ainda -
podem ser tomadas
e escolhas que prescindem dos nãos!
Bate o peito
Arde a pele
Sente o gosto
Não repele!
Brisa passa
Alma sente
Doce voz
Ao meu ouvido
Sussurrar.
Vou conversar com seu pai pra gente casar. Eu não tenho dinheiro como ele gostaria mas tenho um peito que dentro só cabe teu nome e medo nenhum quando penso em você. Se tudo der errado te proponho uma fuga e muito amor pro resto da vida.
" Te observei entrar e ti vií sair, e foi como se nada tivesse acontecido..." Não romantize oque te rasga no peito!
Traga sempre em seu peito o mover incansável da esperança, como combustível da alma.
Adriana C. Benedito
@drica_poetizando
Em, 27.12.21
O DIA QUE EU MAIS CHOREI
Quando embalsamei o meu corpo
No elixir sagrado - Vinho Panteístico
Que os deuses sorvem do ''místico''
Rebanho - salguei-me, absorto!
Chovia em todo meu ser, navalhas,
Perfurando-me o peito e os olhos;
E o mar, que chocalhava-me os ossos,
Chocalhava também as minhas falhas.
E só, no se ir das ondas, eu naufraguei
Meu barco nos corais: tanta beleza
Tinha no olhar, tanta sede; - Afundei
No azul de um céu que encontrei...
E ao beber de minha própria profundeza,
M'embriaguei, Tornei-me Deus, e me afoguei!
Itamar FS
Eu quero dividir o travesseiro, o edredom, o lençol, a cama inteira... Com você. Ficar próximo do teu peito te acariciando enquanto fico te olhando e depois lhe dar um beijo na sua boca carinhosamente.
"Esse aperto no peito me deixa pensando se meu coração ficou pequeno ou foi você que ficou grande demais dentro dele"
A MULHER
Ó Mulher! Como és fraca e como és forte!
Como sabes ser doce e desgraçada!
Como sabes fingir quando em teu peito
A tua alma se estorce amargurada!
Quantas morrem saudosa duma imagem
Adorada que amaram doidamente!
Quantas e quantas almas endoidecem
UM QUERER
Um beijo.
Um querer.
Um amor para viver.
Uma ausência sentida.
Uma saudade sofrida,
um sofrer que dói.
Uma dor que destrói.
Enfim,todo amor maltrata,
mas, é um bom sinal,
que de verdade, se ama.
E se esse amor
correspondido é, a dor
logo se esquece.
Vive-se outra vida,
vida mais consciente
de quem, em seu peito
sente,uma alegria incomum.
Uma alegria só sua.
Dividí-la,só com quem,
seu coração,consente.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Acadêmico Acilbras - Roldão Aires
Cadeira 681 -
Patrono- Armando Caaraüra- Presidente
O amor perde-se o amor ganha-se
O amor perde na ausência do toque do olhar
O amor ganha-se no toque no olhar
O amor perde-se na ausência do diálogo
O amor ganha-se no diálogo
O amor perde-se nas discussões e nas costas viradas
O amor ganha-se a socializar e no peito aberto
A falta, faz falta..
O tempo a seu tempo
A #ROSA #VERMELHA
Entre pedras caladas no tempo...
Sob a magia do arco-íris florido...
Quando o coração bate acelerado...
A rosa vermelha sua história me contou...
Disse-me ela entre o vento...
Que nasceu entre as açucenas...
Entre as belas dálias...
Na calada do tempo...
Tão logo cresceu...
Viçosa cedo floresceu...
Apaixonou-se pelo girassol galante...
Que seu amor nunca percebeu...
Os lírios mais lindos...
De cores mais variadas...
A cortejavam com alegria...
Os gladíolos enchiam-se de cuidados...
Mas o carinho deles, ela não queria...
Cravos, orquídeas e jasmins...
Brotavam como pérolas no jardim...
Para ela o sabiá cantava...
Pouco ouvia o sussurro da fonte...
Nunca quis ouvir...
Em uma dia nublado...
Já prestes a cair um temporal...
O vento soprou mais forte...
E jogou ao chão o girassol...
Disse-me a rosa...
Que suas lágrimas foram confundidas com a chuva...
E no amargo dos dias seguidos...
Espinhos ela criou...
Ela bela com certeza...
Mas triste foi no amor...
- Arramque-me - implorou...
- Não quero ser aquela que morre...
-Aos pés pisada...
-Triste e tão só...
- Na sarjeta abandonada...
-Leve-me consigo...
-Guarda-me junto ao seu peito...
- E assim desse jeito...
-Terei eu a doce esperança...
-De ser seu amor...
Sandro Paschoal Nogueira
Conservatória - Caminhos de um poeta
Quem consegue explicar o amor, se nem a dor o expulsa? Quando no peito pulsa, faz sonhar, faz sorrir, faz chorar, faz a alma delirar, faz a mente enlouquecer e o cego enxergar e dele, ninguém consegue se livrar.
